Sobre equipamentos de figuração no palco vs utilizados no backstage (Slash, Duff, Fortus)

Autor Mensagem
Del-Rei
Veterano
# nov/17


Fala, pípou...

Entonces... Estava vendo esse vídeo recente, da série Rig Rundown da Premier Guitar, onde os famosos mostram seus equipamentos (boa parte das vezes quem mostra é o técnico de som...) e sempre me vem esse incômodo em relação ao que vemos e ao que de fato está sendo usado...

O vídeo é esse que vou postar no final, especificamente sobre a turnê atual do Guns N' Roses, no qual são mostrados os equipamentos de show do Duff, Slash e Fortus. Curiosamente, nesse caso, o Fortus foi o único que demonstrou pessoalmente os equipos. E já tinha visto outros videos dele fazendo isso...

É óbvio que hoje em dia quase ninguém usa mais aquelas paredes de Marshall. Mas no geral, em algumas vezes pelo menos um desses amps é de fato utilizado e um ou outro falante microfonado....

Claro que rola muito marketing de fabricante nesses casos, entendo. Em situações mais radicais, vemos artistas com amps de figuração no palco da marca A enquanto o som vem do amp da marca B escondido... Mas no caso do Slash, por exemplo, embora seja tudo Marshall, ele usa basicamente Jubilee enquanto no palco creio que sejam Plexis... Curioso que ele tem até Signature da Marshall, mas em alguns shows só tem Plexi no palco....

Outro ponto... É a quantidade de equipamentos que tem na cadeia... É tanto hack, tanto pedal, tanto amp, tudo simultâneo, rolando no backstage controlado pelo técnico, que me pergunto se esses caras ainda saberiam tocar com o simples (guitarra, uns pedais e amp - tudo no palco, claro)... Os caras usam uma penca de equipamentos e vendem o peixe de que o som é uma Lespa e um Marshall... rs... Talvez seja....

Mais um ponto que não esperava: Apesar de saber que alguns guitarristas fazem isso, não imaginava que o Guns fazia - os gabinetes 4x12" microfonados ficam dentro de isobox's debaixo do palco. Ou seja, no palco é só monitoramento, não tem som berrando dos gabinetes - o que ajuda a limpar o som no palco, claro.

E aí, o entrevistador questiona sobre como é conseguido o feedback do Slash no palco, já que os gabinetes estão em isobox's... É muita tecnologia pra mim, rsrs.

Richard Fortus parece ser um cara maneiro. Sempre de bom humor e com equipamentos muito interessantes, principalmente as guitarras...

Enfim, é um vídeo longo. Quem gostar desse assunto e da banda, é um prato cheio. Bastante curiosidade legal...



Um aceno de longe!!!

acabaramosnicks
Membro Novato
# nov/17
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esse incômodo em relação ao que vemos e ao que de fato está sendo usado...
ele usa basicamente Jubilee enquanto no palco creio que sejam Plexis

Besteira isso rsrs desapega! Status é importante, principalmente pra quem vive de imagem. Os caras dependem disso também.

me pergunto se esses caras ainda saberiam tocar com o simples (guitarra, uns pedais e amp - tudo no palco, claro)... Os caras usam uma penca de equipamentos e vendem o peixe de que o som é uma Lespa e um Marshall...

Acho que tem artistas e artistas... tem gente que se acomoda com facilidade, depois de experimentar do melhor fica desmerecendo o menor, tem gente que desaprende, tem gente que continua mandando bem independente do equipo. Acho que isso depende mais da personalidade da pessoa do que do nível de habilidade, digamos assim.
Outra coisa importante a ser dita é que a diferença entre um equipo de rack e um pedal pode ser maior ou menor dependendo do tipo de efeito e dependendo de quais equipos estamos falando, porém, muitas vezes opta-se pelo rack não tanto pela qualidade mas por soluções de roteamento de sinal e/ou "logística".

gabinetes 4x12" microfonados ficam dentro de isobox's

Vi isso pela primeira vez no Lamb Of God, eu nem sabia que o povo fazia isso. Bem bacana!

Synth-Men
Veterano
# nov/17 · Editado por: Synth-Men
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Putzs! Quanto equipamento!

Eu vi um vídeo semelhante a este alguns anos passados. Com outras bandas diversas e até o U2.

Eu também tenho estes questionamentos e dúvidas, se o cara está usando realmente o que aparenta ser. Até por que quando nós formos fazer um cover, tentaremos aproximar o som o máximo possível. Acontece muito com teclados.
O indivíduo às vezes tampa o modelo e marca. Ou aparece com um modelo A que está controlando outro B, por trás dos bastidores. Parece o A tocando, mas é só propaganda.

Eu acredito sim que no palco aparece uma coisa, mas possa está sendo emitida por outra. Até por que os artistas e produção em geral não vão revelar os segredos e receitas de seus sons assim mole. O quê, como, quando e onde. Duvido eles divulgarem essas combinações de seus equipamentos.

Outra coisa que me dá impressão é que o próprio artista não sabe tudo sobre toda aquela parafernália usada para melhorar o seu próprio som. Duvido que eles testem cada parâmetro e equipamento até chegar na melhor combinação. Esse trabalho magnífico fica com os técnicos mesmo. Mesmo que os donos mandem e desmandem.

Lelo Mig
Membro
# nov/17
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Synth-Men

"Outra coisa que me dá impressão é que o próprio artista não sabe tudo sobre toda aquela parafernália usada"

A maioria não sabe nada!

Os caras, a cada show, a cada nova cidade, tem compromisso com a radio local, com a tv local, é entrevista na rádio, na revista, no jornal, é programa de auditório, programa de entrevistador.

A maioria mal passa o som. É muito compromisso, muita correria... e muitos, ainda tem um estilo muito rock'n'roll de vida, ou seja, no pouco tempo que sobra, estão chapados.

Voce pega o proprio Slash, citado aí, como exemplo. Caras, sejamos honestos, ele passou mais da metade da vida, enquanto famoso, completamente bebado ou bem louco. Não tomou decisão tecnica alguma.

Os caras só sobem no palco e tocam. Muito poucos tem consciência do equipo que esta lá, pra que serve, e como é ligado.

Matec
Membro
# nov/17
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Lelo Mig
A maioria não sabe nada!

Concordo, para isso eles pagam a equipe de som.

O importante mesmo é que o som role sem problemas.
Timbres, amplificadores, pedais, já foram definidos desde o começo da turnê.
O negócio dos músicos, nessa hora, (e que mais importa), é tocar.
\o/

Del-Rei
Veterano
# nov/17
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acabaramosnicks
Besteira isso rsrs desapega! Status é importante, principalmente pra quem vive de imagem. Os caras dependem disso também.

Rs... Sabemos que isso é normal... Mas você não acha que isso tudo se torna extremamente bizarro quando o guitarrista tem um amp assinado pela marca (pra fins de marketing), mas a própria marca prefere outro amp no palco? Talvez porque o assinado não fabrique mais... Pode ser.


muitas vezes opta-se pelo rack não tanto pela qualidade mas por soluções de roteamento de sinal e/ou "logística".

Mas não seria muito mais prático um pedal indo direto no amp....? Talvez não pro guitarrista, que precisaria acioná-lo. Aí jogam o trampo todo pro técnico... No caso do Slash, acho muito bizarro... O técnico fica acompanhando pelo monitor pra saber as horas de ligar/desligar/trocar cada efeito/amp.
Esses caras ficaram muito estrela... hehe.

Synth-Men
Lelo Mig
Também creio que os técnicos saibam muito mais sobre as possibilidades sonoras daquele mar de equipamentos, do que os próprios músicos. Mas não acho que isso seja um absurso, afinal são contratados justamente pra isso. Caso contrário, bastariam os roadies.

No caso específico do citado Slash, eu até acho que hoje ele tenha um controle/conhecimento sobre boa parte do som dele. O cara cresceu demais em termos de marketing com várias marcas e acredito que isso tenha um mínimo de comprometimento técnico e profissional. Acho que quando o cara vai ficando mais velho, vai se tornando mais centrado e profissional. Mas só acho... Talvez eu esteja errado.

De toda forma, o mundo business é cruel. Faz o cara acreditar que o ídolo dele toca num equipamento X, então ele vai lá, compra e se frustra... rs... Hoje é fácil perceber essas tramóias, basta procurar informações na internet. Mas imagine isso quando não era possível ter as informações....rs.

Um aceno de longe!!!

makumbator
Moderador
# nov/17
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Lelo Mig
Caras, sejamos honestos, ele passou mais da metade da vida, enquanto famoso, completamente bebado ou bem louco. Não tomou decisão tecnica alguma.


Tem cara que nem lembra de turnês que fez, de tão doidão que estava. pro cara é como se não tivesse acontecido...hehehe

Del-Rei

Essas fotos resumem tudo:
http://www.metalinjection.net/wp-content/uploads/2013/06/Black-Veil-Br ides-fake-cabs.jpg

http://photobucket.com/gallery/user/captpete1/media/bWVkaWFJZDo1NzUxOT Q0Mg==/?ref=

http://2.bp.blogspot.com/_P09jpHp5b_U/SmEC9sSQAZI/AAAAAAAACE4/eokneWKN 33Y/s320/fake+marshall1.jpg

Ismah
Veterano
# nov/17
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Lelo Mig
Synth-Men

A melhor banda para se trabalhar sem dúvida ALGUMA, é a que fuma um baseado ou cheira uma linha de pó no camarim, enquanto eu monto o palco, passo o som...
Músico é muito mítico, pouco prático, e mesmo sóbrio, falta bom senso geralmente. Ouvi de um grande amigo, que se identifica o guitarrista/baixista bom, pela quantidade de vezes que ele mexe no amp após a passagem... Nego passa a guitarra sozinha, e aí não se escuta no contexto da banda depois... Porque será...?

Tem muito macete, e pessoalmente, desconheço algum músico que quando não se escuta, pensa na hipótese de ser equalização o problema... Todos vão direto no volume...

Del-Rei
não seria muito mais prático um pedal indo direto no amp....?

Pedal não tem sinal balanceado, tem muito parâmetro pré-fixado, e a maioria não opera em stereo... Não, definitivamente para ESSE FIM, não é o melhor.

Pedal é feito para estar no pé, quando se fala do nível de superstar... A cena do Hendrix é de 1970 pra trás, segundo o próprio técnico, ele era resistente ao novo... É um dos motivos de eu gostar de southern rock, e jam bands: mesmo nas bandas mainstream, a coisa é muito mais perto da MINHA realidade...

Começa que o Elvis já usava um protótipo de "playback", para preservar a voz...

O técnico fica acompanhando pelo monitor pra saber as horas de ligar/desligar/trocar cada efeito/amp.

E isso é estrela vintage, coisa dos anos 70/80... Bandas que se modernizaram, usam tudo num world clock, e controlado por algum protocolo... Quando eu digo isso, nego acha que estou sendo chato...

Mas não acho que isso seja um absurdo, afinal são contratados justamente pra isso. Caso contrário, bastariam os roadies.

Roadie é todo cara que trabalha com uma banda "na estrada". Temos os carregadores/carriers, os assistentes de palco/stage hands, e os guitar/bass techs, geralmente o que nós chamaríamos de luthier aqui, que é um especialista em regulagem, concerto/reparo, gambiarra etc...

Acho que quando o cara vai ficando mais velho, vai se tornando mais centrado e profissional. Mas só acho... Talvez eu esteja errado.

Siga o Instagram dele e terá certeza disso...

Lelo Mig
Membro
# nov/17 · Editado por: Lelo Mig
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Matec
Del-Rei
makumbator
Ismah

É óbvio, que eu sempre desprezo as exceções e dou uma forçada na regra.

Sempre têm o interessado, sempre têm o que se preocupa, quer saber, aprende, e, uma ou outra exceção acaba conhecendo muito bem.

Mas, eu que trabalhei como roadie um bom tempo e, principalmente o Ismah, que é técnico, sabemos muito bem que Quarto - Garagem - Studio - Palco, são coisas muito diferentes.

Mesmo os guitarristas que conhecem bem seus equipos, se "especializam" mais em "quarto", onde compõe e studio, onde gravam.

Mesmo os que são "bem loucos" sabem que precisa ser "muito louco" prá se meter com som ao vivo.

Muito mais negócio deixar na mão do técnico....

CarlemSngr
Membro Novato
# nov/17
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Entretanto isso, quando se pega um Bonamassa desses, você se impressiona. Normal. O cara sabe absolutamente tudo o que está acontecendo no palco com o seu equipamento e com o do resto da banda. Não é necessário citar que os músicos de apoio dele são fascinantes.

Mas o cara é um entusiasta, como poucos. Ele gasta tempo de sua vida indo atrás do melhor equipamento, da melhor combinação, do melhor som. É do tipo que acredita que menos é mais, totalmente averso à grandes quantidades de pedais e um inimigo do digital. É alguém apaixonado por tudo a cerca do meio em que trabalha. As entrevistas em que comenta sobre seus equipamentos e "truques" são todas muito boas, você é capaz de notar o prazer no homem.

Não atoa que é um dos maiores e extremamente respeitado no meio.

Me pergunto se um músico que não entende a parte técnica de seu trabalho é realmente um músico. Afinal, essa é uma das coisas mais importantes. É com.o você transmite seu som.

Ismah
Veterano
# nov/17
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Honestamente? Acho sua visão ao menos em parte, romântica demais em relação a realidade que vejo, porque viver de fama, é preciso muita dedicação...
Só que isso não faz do cara um asno... Como tem músico famoso que faz academia, pedala, compõe, etc ele pode realmente se dedicar a produção e a caçar o Santo Graal do timbre...
No show? Não, na hora H, não dá tempo, é preciso se dedicar ao público e imprensa... Descansar nos intervalos, para estar inteiro na hora do show.

Pô eu fiz UM SHOW e to muito cansado, só esperando baixar a adrenalina pra dormir... Imagina o cara fazendo 3 ou 4 por semana (além de todo o trabalho de divulgação, entrevistas, e tal...
DETALHE: eu tenho 22 anos, o Bonamassa tem 40 !!!

CarlemSngr
Membro Novato
# nov/17
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DETALHE: eu tenho 22 anos, o Bonamassa tem 40 !!!

Por isso ele é o Bonamassa.

A questão não é viver de fama. É viver de música.
Essa visão preguiçosa da coisa - entenda que não me refiro a você - é um dos motivos da mediocridade no cenário musical em geral. Dance, Monkey! Dance!

No show da tempo sim, principalmente se o artista em questão encara isso como parte de seu trabalho. Em nenhum momento eu quis passar a idéia de que ele sobe no palco, monta a banda toda e manda os roadies tomar um cafezinho. Apenas que, no palco, ele sabe o que ele quer, como ele quer e como tem que ser.

Sinceramente? Existem profissões muito mais exaustivas que a de um artista para ele usar isso como desculpa para não se dar ao trabalho de se quer saber o que está acontecendo entre ele e o seu amplificador. Muito mais que exaustão, acho que o que impera é o estrelismo. Toda regra tem sua excessão, é verdade. Mas como nosso amigo Lelo, gosto de generalizar.

Luiz_RibeiroSP
Veterano
# nov/17
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Eu nem sei pra que tanta coisa, mas tenho certeza que não é por G.A.S. Deve ter um bom motivo para cada equipamento com luizinha piscando.

Iversonfr
Veterano
# nov/17
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Del-Rei

Eu tava tranquilo aqui em casa no domingão, feliz com meu equipo. Fui inventar de ver esse vídeo, vi o tal do Schaffer Replica e fui procurar na net. Fazia muito tempo que alguma coisa não atiçava minha GAS, mas esse pedalzinho me ferrou... já sei até onde ele vai rsrs.

Kallau
Veterano
# nov/17
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Isso tudo vai do perfil do cara.
Eu tenho certeza que se eu estivesse no patamar desses caras, ia estar ciente de tudo que está acontecendo, porque é algo que me interessa, tenho um perfil mais técnico e tal. Como dito, 90% dos músicos estavam chapados 80% do tempo na sua juventude, quando estavam despontando. O cara tava pouco se fudendo pra equalização ou o ganho do amp.

Por outro lado, sem dúvida o técnico de guitarra dos caras tem 100% do tempo dedicado à isso, então é natural que seja ele quem traga a maioria das novidades, coisas pra testar. E seria de muito bom senso ele não importunar um cara como o Slash (que tem diversas obrigações fora do palco e longe da guitarra) com sei lá, um novo pedal de delay. Então muitas coisas entram no timbre sem mesmo o guitarrista estar sabendo. Ele só deve falar: "Hoje to on fire" ou "Tem algo de errado", o técnico de som escuta e já saberá o que fazer, manter ou remover o que ele mudou.

acabaramosnicks
Membro Novato
# nov/17
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Alguns highlights do tópico:
- As realidades de quarto-studio-palco são diferentes, é natural que o indivíduo saiba mais de um e menos de outro, e é sensato que o artista deixe o profissional adequado atuar na área onde ele mesmo não manja.
- Muitas vezes equipos que são bons em um contexto simplesmente não funcionam igual a equipos que fazem as vezes deste em um contexto diferente, como por exemplo um pedal de delay, que é MONO porque é pra amplificador de guitarra, que funciona totalmente diferente de um delay de rack, que pode ser estéreo, ter mil entradas e saídas, etc.
- Dependendo da rotina ou agenda do artista, é possível que mesmo que ele manje de equipos, meio que não dá tempo pra ele ficar mexendo com isso. Se ele quiser, é possível encaixar no meio da agenda um tempo pra lidar com equipos, mas isso depende muito também de como ele prioriza (quer priorizar) as coisas, ou seja, o quanto é importante para sua realização pessoal na atividade de mexer com equipos em detrimento do que seria estar se dedicando a outros pontos de sua arte, como fazer um marketing, ir pra uma entrevista ou reunião, gravar umas parada pras redes sociais, dar autógrafos, etc.

Agora imagina o cara que prioriza estar no palco pelo maior tempo possível. Pow, tem artista por aí que faz 2-3 apresentações por noite. Digamos então que o cara faz uma mais cedo e outra mais tarde do mesmo dia 5 dias na semana, são 40 apresentações p/mês! Em um ritmo desse, o cara tá pouco se fodendo pro equipamento, no tempo remanescente ele só quer descansar!

Acho que eu, em um posto alto de fama e talz, iria preferir tem pelo menos um footswitch alí comigo, mesmo que fosse um botão escrito "refrão" onde eu piso e aciona uma cadeia de efeitos que eu não sei bem como funciona, mas eu gostaria de acioná-la (no mínimo).

PguitarMaxx
Veterano
# nov/17
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Do jeito que a conversa está andando, a impressão é que em todo o show o artista aparece com um timbre diferente, um equipo novo ou algo do tipo, acho que não é por aí.


Por mais que eles apareçam com uma novidade ou outra as vezes, o trabalho dos caras é relativamente mecânico nessa parte. O Slash, por exemplo, só precisa encontrar o timbre "perfeito" uma vez, depois disso é só "repetir" pros outros shows e o técnico dele pode muito bem e deve fazer isso.

Quando uma parafernália nova aparece é muito simples pra ele arrumar um tempo pra testar e brincar um pouco.

Vi uma entrevista com o tecnico dele, tá no u2b, junto com um show na Austrália que ele fez com os Conspirators. O equipo do cara não era nada demais, na verdade era até bem simples pra um guitarrista profissional. Além das lespas e marshalls, ele tinha uns dois pedais Boss, wah e só. Provavelmente tinha um footswitch, mas eu não me lembro bem. Hoje em dia eu não acompanho mais, entretanto, o quão diferente deve estar? Ainda não tive tempo pra ver esse o video do tópico, mas verei!

Gabezorx
Membro Novato
# nov/17
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Para enriquecer o tópico, sei que é tendência entre os grandes, mas uma coisa que me chamou atenção quando vi esse video, foi que os caras do Megadeth têm a troca de efeitos automática, tudo programado e lá atrás no rack é só Marshall e Axe-FX II.

https://youtu.be/VDaEy1G-tag

Lelo Mig
Membro
# nov/17 · Editado por: Lelo Mig
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Têm gente confundindo um pouco as coisas........

Não é que o músico não sabe nada!.........Não disse isso. O que acontece que é que vocês não podem analisar fora de um contexto "histórico".

Façam um exercício de imaginação... exemplo:

- Joe Slash Gilmour Page era um guitarristazinho talentoso de uma banda da Vila Inhocuné!

- Após muita ralação, seus videos no Youtube e as apresentações de sua banda começaram a bombar. Ele conseguiu comprar uma Teleca, um Orange e um TS 9, entre outras coisas.

- Ele é um cara curioso e fuçador, participa de fóruns, compra a Guitar Player, ouve muita música. Com este equipo básico + sua pegada, ele conseguiu um timbre bonito e tudo a ver com o som que ele faz.

- Entraram em studio, ele conversou com o técnico, aprendeu um pouco, ouviu, aceitou conselhos e seu timbre (que já era legal) ficou mais "azeitado".

- A galera curtiu, acharam bem legal. A música Confortably Stairway O´Mine, de sua banda, estourou em todo o Brasil... agora tem empresário, começaram a fazer shows grandes.

- Agora Joe Slash Gilmour Page é guitar hero. Toca no Morumbi lotado, no Madison Square Garden... dá entrevista, participa da banheira do Gugu, joga futebol na MTV, participa de trollagem no Pânico, faz clip do Fantástico, participa como convidado no novo trabalho da Lady Gaga....

- Então, como ele faz para ter seu timbre nos diversos lugares que toca?

Contratou um técnico de guitarra e disse: Não importa o tamanho do local, não importa quantas pessoas estejam na platéia, não importa se é inverno ou verão, não importa nada. "Eu quero o meu timbre onde e como estiver. Consegue?"

- O técnico de som respondeu: Sim! Se tiver verba prá comprar os equipos necessários.


Galera, com a maioria dos profissionais é assim. Existem N historinhas diferentes da que contei, mas quase todas com a mesma base.

Obs: O Joe Slash Gilmour Page não se tornou um imbecil que não sabe timbrar, mas ele é inteligente o suficiente para saber que timbrar no Maracanã, não é prá qualquer um, vai além de sua capacidade. Ele é bom guitarrista, não é técnico de som.

Se ele lota um Maracanã, ele pode pagar quem faça isso. Ou alguém acha que estes caras vão pro show de busão, carregando ampli e guitarra nas costas?

Ismah
Veterano
# nov/17 · Editado por: Ismah
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CarlemSngr
Essa visão preguiçosa da coisa

Não, é essa a visão real da coisa... Não existe só mais o viver de música, desde os anos 80... Tudo gira em cima de viver de marketing.

Tenho um conhecido que conheci pela noite com a banda, o cara é ator de uma rede de TV - ou seja, algum salário cai todo mês, só para estar disponível exclusivamente para...
Atualmente o trabalho dele, além de receber os royalties sobre o que está gravado e é exibido a longo prazo (direitos de imagem), é dirigir uma Lamborghini Gallardo em na serra gaúcha, num serviço meio que Uber, mas usando carros super esportivos...
E acredite em mim, ele trabalha algumas horas diárias, e nas demais, é reuniões corporativas.
Sinceramente, ele é um cara que só fez algumas novelas, imagina o Slash...

Só pra ti ter ideia, a produção do Coldplay esteve num bar que tocamos na capital. Fiz amizade com um dos operadores de spyder cam (juntou os alemães, bebendo cerveja... rsrs) eles estavam EXPRESSAMENTE PROIBIDOS de tirar fotos, porque PODERIA dar indícios de onde a banda estava hospedada - apesar disso ser um tanto óbvio para nós, os ingleses não sabiam disso. Após o show, eles apareceram lá de novo (era dobradinha sex/sáb na mesma casa), e no fim quem tem foto com a turma sou só eu...

No show da tempo sim, principalmente se o artista em questão encara isso como parte de seu trabalho.

Sim, mas é que ninguém encara como parte. Eu sei exatamente como 4 dos 5 assessorados quer se ouvir no ear, como gosta de timbrar o amp, e como gosta. O quinto elemento, é o baterista, que chegou agora a pouco mais de um mês...

Kallau
muitas coisas entram no timbre sem mesmo o guitarrista estar sabendo

Tem uma entrevista de um técnico, não consigo lembrar de quem, que não gostava de usar sistema sem fio (isso nos anos 90)... O dia que se convenceu a usar, ele já estava usando a um bom tempo sem notar rs

o técnico de som escuta e já saberá o que fazer, manter ou remover o que ele mudou

Sim, tem disso... Mas veja bem, por isso que os ears são a mais atual maravilha do mundo... Dá para ser toda noite a mesma coisa, e mudar em paralelo...

acabaramosnicks
um botão escrito "refrão" onde eu piso e aciona uma cadeia de efeitos que eu não sei bem como funciona, mas eu gostaria de acioná-la (no mínimo).

Bem vindo a 1970.

PguitarMaxx
a impressão é que em todo o show o artista aparece com um timbre diferente, um equipo novo ou algo do tipo, acho que não é por aí.

É sim por aí... Ao menos quem não usa ear...
Cada local, é uma marca de monitoração diferente - é especificado algumas marcas com quais a banda trabalha, mas não dá para exigir um modelo específico. É pouco provável, que se chegaria na Alemanha e encontrará um PA da LS Audio, como é quase impossível, achar um Meyer Sound no Brasil...
E isso até se dá pela variação do tamanho do evento. Novamente o ear tem vantagens...

Outra coisa que muda é a acústica... Ainda mais num estádio de futebol, para um teatro, para uma concha acústica...

Então sim, toda noite É outro timbre, mesmo sem mudar equipamento. Mas é raro de usar o mesmo equipamento duas noites seguidas, porque nem sempre os palcos comportam a mesma coisa.

Além das lespas e marshalls, ele tinha uns dois pedais Boss, wah e só. Provavelmente tinha um footswitch, mas eu não me lembro bem. Hoje em dia eu não acompanho mais, entretanto, o quão diferente deve estar

Note que isso é um touring set... Não é viável - salvo se tu for Iron Maiden - voar com o set completo que eles teriam na terra natal. Mesmo alugar, sobe exponencialmente com o custo. Logisticamente falando não é compensador.
Por coisas do tipo que Kemper e Fractal tem ganhado espaço.

PguitarMaxx
Veterano
# nov/17
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Ismah
Cara, não só dá, como acontece e muito. Especialmente quando tratamos de bandas de rock, onde se exige uma certa fidelidade em relação as músicas. Aí do Slash se ele tenta algo diferente com Sweet Child O mine. Não dá pra ser genérico, especialmente quando falamos de bandas grandes.

"Ah, não dá," pro GNR? Tá bom. Se vira! Do contrário eles juntam os pano de bunda e vão embora


falo GNR como um exemplo.


Um exemplo um pouco distante...Um conhecido trabalhou 10 anos como contra regra musical em uma emissora grande. No decorrer desses 10 anos, poucos dos músicos que passaram por ali mudaram de equipamento. Obvio, nunca eram equipamentos pessoais, marcas sediam o equipamento dos caras, mas um JCM 800 é a mesma coisa em qualquer lugar do mundo. Essa pessoa inclusive sabia alguns dos truques de timbragem de artistas renomados. Não só relacionado a guitarra, mas a equipamentos em geral, Até palheta especifica.

Bandas grandes já viajavam com equipamento todo preparado. Era chegar, colocar no palco e fazer um ajuste aqui ou alí.

Ismah
Veterano
# nov/17
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To com a impressão que nosso conceito de diferente, não é o mesmo. rs

acabaramosnicks
Membro Novato
# nov/17
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To com a impressão que nosso conceito de diferente, não é o mesmo. rs

eita! rsrsrs

makumbator
Moderador
# nov/17
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Ismah
To com a impressão que nosso conceito de diferente, não é o mesmo. rs

E o conceito de mesmo? É igual ou diferente?

Hehe!

Lelo Mig
Membro
# nov/17
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makumbator

Eles divergem no conceito de impressão também.

CarlemSngr
Membro Novato
# nov/17
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Creio que a palavra chave de toda essa questão seja "genérico", citada pelo amigo Pguitarmaxx acima, com uma visão um pouco mais exarcebada do assunto, rsrs.

É necessário entender que certos artistas tem um compromisso maior com o que fazem do que outros. Não maior, mas diferente. Um fenômeno interessante inclusive. Quantos aqui se perguntaram qual o violão usado pelo fulaninho que tocou em "É O Amor" da dupla Zezé de Camargo & Luciano? Ao mesmo tempo, quantos guitarristas não gastaram boa parte de suas jornadas buscando o icônico Woman Tone?

Icônico.

Creio que existam músicos e músicos, músicas e músicas. Existe o indivíduo que fica lá atrás e tem como objetivo apoiar a atração principal, esse pode ser genérico. Ele vai tirar o melhor que puder com o que tiver disponível. E existem os ícones. Esses não tem como fugir da responsabilidade. Estão fadados a soarem como eles mesmos pelo resto da vida. Oh, Sweet Child'O Mine!


Acredito que seja um erro confundir a obra do mestre Picasso com a pica de aço do mestre de obra. Será Coldplay uma banda icônica como a banda que já foi considerada a mais perigosa do planeta? - sim, sou um grande fã de Guns N'Roses - O guitarrista do Coldplay sim pode mudar tudo de um show para o outro, posso estar errado, por favor, corrijam-me se realmente estiver. Entretanto, o guitarrista Slash não se pode se dar a esse luxo. Pode não ser um gênio da guitarra, mas ele sabe o que quer, como quer e como tem que ser, como já citado em outro exemplo. O amigo Ismah - que acredito ter uma boa visão da parte mais técnica, por tudo o que prega - Parece gostar de enxergar as coisas por um prisma mais "prático" ou "pés-no-chão". Afinal é a visão exigida no meio, ué!?

A pegadinha é que não há nada prático ou pés-no-chão quando falamos de grandes bandas, do big deal. Por vários motivos. Meu pai já trabalhou com grandes bandas - realmente grandes - nacionais e internacionais. Acredite que essa realidade que tanto insiste, até hoje não se aplica. Não dá forma que você prega.

Therefore, existe de tudo e tudo é necessário. É um erro generalizarmos para qualquer um dos lados. Se a vida fosse simples, não se chamaria vida e sim sitcom.

Em tempo, gostaria, com a permissão dos amigos, de insistir que façamos um esforço coletivo para que não caiamos na teia da mediocridade. A visão simplista na música está tornando tudo genérico e por melhor que isso seja para o famoso show business, é extremamente prejudicial para a arte. Uma simples mudança de mentalidade pode fazer toda a diferença.

Abraços de um jovem entusiasta.

Ismah
Veterano
# nov/17
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CarlemSngr
Não dá forma que você prega.

Foi a mim dirigido esse "você"?

CarlemSngr
Membro Novato
# nov/17
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Ismah
Sim, foi.

Entretanto, espero que não tenha tomado minhas palavras como uma forma de ataque, afinal não foi essa minha intenção.

Ismah
Veterano
# nov/17
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Não, de modo nenhum. Minha função ao falar, jamais é a de me provar mais que alguém, agora pode assistir a todos os rig's rundowns. Recomendo fortemente pesquisar em grupos de "roadies", "stage hands", e ler biografias... Infelizmente é o máximo que tenho condições de fazer, mostrar não é possível...

sandroguiraldo
Veterano
# nov/17
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Existe o indivíduo que fica lá atrás e tem como objetivo apoiar a atração principal, esse pode ser genérico. Ele vai tirar o melhor que puder com o que tiver disponível. E existem os ícones. Esses não tem como fugir da responsabilidade.

Vi uma entrevista da Orianthi (é assim que escreve?) de quando ela tocou com o Michael Jackson... disse que um dos falantes dela queimou no ensaio e ele percebeu a diferença no timbre, virou pra ela e disse: "o timbre está errado". Ela explicou o que houve e ele disse: "Ok, só certifique-se que isso não aconteça mais". Não tem muito a ver com o que você disse, mas lembrei da história.

Parece gostar de enxergar as coisas por um prisma mais "prático" ou "pés-no-chão".
Ismah é uma prostituta na bancada de testes da casa dele e uma dama no palco! (espero que entenda a analogia)

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