Review Sollo Amps Mini8

    Autor Mensagem
    JulianoF.
    Membro Novato
    # abr/16


    Breve Review do Sollo Mini8.

    Construção: Achei o amp bem construído, parece muito resistente, e o chassis é bem firme, passa uma ideia de robustez. Os potênciometros são firmes e não se movem sem a gente querer. O footswitch que acompanha o amp é feito de metal, com chave bem pesada, com click bem definido e o cabo liga separadamente no foot, então o risco de dar problema parece pequeno.

    Embalagem/acessórios: Como disse no outro tópico, o amp vem com um bag reforçado, bem parecido com os bags de câmeras fotográficas. O bag parece bem resistente, e tem 2 divisões, que são presas com velcro, então é possível redimensiona-las. Além do footswitch, também recebi cabo de força, com adaptador para o padrão antigo de tomada, manual de instruções bem completo e o certificado de autencidade/garantia, assinado pelo técnico responsável. O amp veio com muito plástico bolha, nada a reclamar neste quesito.

    Som:
    A parte mais importante do amp.
    Começando pelo canal limpo. Achei que a decisão do canal limpo não ter tone stack, no mínimo curiosa. Pessoalmente, eu gosto da idéia de ter um EQ no canal limpo, pois gosto de cortar os médios no canal limpo, para ressaltar o brilho natural. Acho que ao menos um botão de tone, seria o ideal, não ocuparia tanto espaço quanto um EQ de 3 bandas, e daria uma opção de compensar alguma característica da guitarra. O canal limpo soa bem limpo, tem bastante headroom, coloquei o volume em 75% e mesmo usando humbuckers, ele não entrou em breakup/crunch, se mantendo bem limpo. Com um chorus e um EQ no loop, dá para tirar sons limpos excelentes, bem orgânicos. É um canal bem usável. Liguei inclusive meu violão, e ele se comportou bem, obviamente, não é o objetivo do amp, mas achei bem aceitável.

    O canal de drive é o onde o amp mostra a que veio. Achei o voicing bem british, na linha Marshall 90's. O drive dele me lembrou bastante o JCM900, com a vantagem de ser mais controlável, dado o menor volume. O botão de ganho tem um alcance grande. Podendo ir de um drive bem leve (até 9:00hrs), passando por sons de classic rock e hardrock (entre 10:00 e 12:00hrs) e indo até 2:00hrs, dá para tocar metal. Passando disso, achei que o acréscimo de ganho, faz o som apenas sujar, e entrar em uma área meio fuzz, que pessoalmente, desgosto.
    Porém com o ganho em 1:00hr e dando boost com um ts-like. O amp fica com um high gain com bastante definção e assim como o JCM900, pode ser usado para tocar uma variedade bem grande de estilos.

    O controle de graves responde bem, mas mesmo exagerando nos graves, o amp não chega no grave de um Recto, porém não perde definição. O controle de médios trabalha em uma faixa bem musical e achei que funciona muito bem, podendo cortar os médios para dar mais peso, sem ficar over-scooped. O controle de agudos, passando de 1:00hrs, achei que exagera nos agudos, mas basta manter o controle entre 11:00 e 12:00 para não ter problemas.

    O loop de efeitos funciona bem, não testei muito, pois não utilizo muitos efeitos com drive. Gosto do drive mais seco, e do reverb natural da sala.

    Apesar de apenas 8W, o amp tem bastante volume, e conseguir usar em ensaio, com o auxilio do baterista que pegou leve para não termos problemas. Para uso doméstico, ele tem volume mais do que suficiente.

    Então, para o meu uso, senti falta apenas de uma opção, uma chave para desligar a seção de power, e poder usar o pré do amp diretamente na interface de audio no computador. Vários miniamps atualmente dão esta opção, e acho que o Mini8 seria ainda melhor, se tivesse essa opção. Infelizmente não tive como testar assim, pois não tive acesso a um dummy load para testar. Mas imagino que usando um Torpedo Live, o mini8 deva ser uma poderosa arma para quem grava em casa.

    Achei o amp muito bom, com um canal de drive versátil e que pode atender a bastante gente.
    E é uma opção muito mais prática e em conta do que carregar um JCM900 por aí.

    Agradeço novamente ao Rafael e ao Felipe da Sollo, pela oportunidade de testar o Mini8.


    Samples:





    O som é a minha Ibanez, ligado direto no Mini8, com a 4x12 Behringer do estúdio onde costumo ensaiar.
    O áudio foi captado com a NEX-6 (close mic). A captação do áudio deu um aumento nos médios, mas nada que comprometa muito (não houve pós equalização no som).

    Jeferson.Gomes
    Membro Novato
    # abr/16
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    JulianoF.
    Muito legal velho, estava dando uma olhada no mini20 que este sim tem EQ no canal limpo.

    Ismah
    Veterano
    # abr/16
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    JulianoF.
    gosto de cortar os médios no canal limpo, para ressaltar o brilho natural

    Não faça isso, você destrói o cerne do instrumento. Melhor então um treble booster ligado continuamente.

    http://maquinasdemusica.com/pedals/07/como-usar-o-efeito-treble-booste r/

    strks
    Veterano
    # abr/16
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    Ismah
    O rapaz disse que gostava, realmente não entendi sua colocação.

    Ismah
    Veterano
    # abr/16
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    O som é dele, e ele faz o que quer. Eu dei uma dica: Fechar os médios (a menos que sua guitarra seja absurdamente média, o que é BEM raro) mata o som, aí no PA ficam as abelhas, e um grave embolando com o baixo e onde a guitarra tem o corpo foi atenuado.

    StratovariaCaster
    Membro Novato
    # abr/16
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    JulianoF.
    Poxa bem legal mesmo! parabéns pelo review.
    Você tem algum video mostrando o clean dele? abração

    krixzy
    Veterano
    # abr/16
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    JulianoF.
    Valeu pelo review amigo, agora tenho duas dúvidas

    Você disse:
    O canal de drive é o onde o amp mostra a que veio. Achei o voicing bem british, na linha Marshall 90's. O drive dele me lembrou bastante o JCM900

    Seria aquele cabeçote Marshall ali, que você costuma usar nesse mesmo gabinete 4x12 da Behringer? Talvez o motivo de vc ter achado parecido com o JCM é porque ligou no mesmo gabinete, chegou a testar em outro gabinete além desse? Os alto falantes devem influenciar bastante no som, já vi outros comentarem que lembra mais o som americano, acho que depende muito do gabinete usado...


    Minha outra dúvida é sobre a EQ dele, os controles tem um espaço grande de equalização? Tipo, no mínimo vc sente que o grave desaparece mesmo, e no máximo é bem exagerado, isso pra grave médio e agudo? Porque tem amps que do mínimo ao máximo quase não se nota diferença...

    JulianoF.
    Membro Novato
    # abr/16
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    Ismah
    aí no PA ficam as abelhas, e um grave embolando com o baixo e onde a guitarra tem o corpo foi atenuado.

    Ismah, eu entendo sua colocação, minha intenção de "cortar os médios" no som limpo (e não no drive) não deixa o som abelhudo, minha Ibanez tem bastante médios naturalmente (corpo em mogno e humbuckers) e minha idéia é aproximar o som limpo dela ao de uma Telecaster na posição do meio, que tem um pequeno "dip" nos médios. Eu não fecho 100% os médios, até porque, sou da opinião que são os médios que fazem o timbre funcionar. Mas gosto muito do som limpo com médios reduzidos, e acho que funciona bem na mix. Dá uma ouvida no demo 2, ali tem um som limpo, que gravei com a Ibanez, e estou cortando os médios.

    StratovariaCaster
    Você tem algum video mostrando o clean dele?
    Não fiz video com o clean, mas gravei 2 samples em som. Vou mixar eles e posto aqui neste tópico quando estiverem prontos, ok?

    krixzy
    Seria aquele cabeçote Marshall ali, que você costuma usar nesse mesmo gabinete 4x12 da Behringer?
    Não, aquele do vídeo é um MG100H, solid state, o JCM900 e nem o gabinete que costumo usar com ele estão nessa mesma sala, está na outra sala do mesmo estúdio, e o gabinete do JCM900 é um Marshall 1960A. Testei o Mini8 em um gabinete 2x8 simples que tenho (falantes Selenium), e funcionou bem. A resposta de graves não é a mesma do 4x12, obviamente, mas gostei bastante do Mini8 também neste gabinete, e achei que ainda lembra bastante o JCM900. O voicing geral do amp, é british imho, não tem aquele grave retumbante de um Recto, e o drive não lembra os amps all-tube Fender que conheço (que são o DRRI e o HDx).

    Minha outra dúvida é sobre a EQ dele, os controles tem um espaço grande de equalização?
    O controle de grave, achei o range menor do que os outros. O grave no máximo é grave demais para mim, mas achei que ele cobre menos território que o controle de médios e agudos. Mas em geral o EQ é bem abrangente. Um pequeno movimento nos knobs altera claramente o som.

    krixzy
    Veterano
    # abr/16
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    JulianoF.
    Hum, blz, obrigado pelas informações!

    rafael_cpu
    Veterano
    # abr/16
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