dimi1822 Membro |
# nov/13 · Editado por: dimi1822
Olá
antes que quelquer moderador feche o Topico o que vou postar, tem muita coisa interresante, e explicativa que não tem em outos topicos.
O que é um loop de efeitos?
O loop de um amplificador é o meio existente na grande maioria dos modelos de média e alta potência para inserir efeitos entre a etapa de pré (preamp) e a etapa de potência (poweramp ou simplesmente power). Nos modelos de baixa potência era artigo raro, mas de alguns anos pra cá, mais fabricantes incorporam este recurso aos seus amplificadores.
E qual a vantagem desse procedimento?
Há muitos guitarristas que preferem utilizar a distorção do amplificador, especialmente, quando o mesmo foi escolhido “a dedo”, após longo período de pesquisa e testes. No mesmo sentido, há pedais que funcionam melhor depois das distorções, especialmente no caso de amps com muito ganho (high gain). Exemplo disto são os pedais de delay e reverb, que, v.g., quando colocados antes de um amplificador de alto ganho acabam embolando muito o som.
Então a solução para esta questão é o loop de efeitos, pois permitirá ao guitarrista inserir seus pedais de delay e reverb, p. ex., depois da distorção do amplificador (produzida pelo preamp).
Diagrama do loop de efeitos
Para facilitar o entendimento de um loop de efeitos no amplificador de guitarra, seguem dois pequenos diagramas (resumidos) do caminho do sinal de guitarra.
Amplificador sem loop de efeitos
Guitarra -> Pedais -> Preamp -> Power -> Alto-falante
Veja que neste caso a única possibilidade de inserção de efeitos é no input do amplificador, ou seja, antes do pré. Isto no caso de um wah-wah, booster de ganho (entenda o funcionamento dos boosters neste outro artigo) ou outra distorção não haverá problema. Se o amp é low gain e o guitarrista usa mais distorções de pedal, também não vemos nenhuma necessidade de loop.
Quando o assunto são os pedais de modulação, aí o “clima esquenta”, pois há diversos guitarristas que preferem chorus e phaser antes da distorção. Para estes, um amp sem loop não seria um problema. Outros tantos só utilizam modulações após os drives.
Sobre a ordem dos pedais, recomendo a leitura destes dois artigos, um escrito por mim e outro pelo meu “brother” e colunista aqui da Central da Guitarra, o guitarrista Raphael Ticle:
a) Qual a ordem correta dos pedais de efeito na guitarra? Central do Rock explica – por Elvis Almeida;
b) Pedais de efeitos para guitarra: existe ordem correta? – Por Raphael Ticle.
Amplificador com loop de efeitos
Pedais 2 Guitarra -> Pedais 1 -> Preamp -> Loop Send |^ v| Loop Return -> Power -> Alto-Falante
Percebe-se que o loop é um recurso interessante, principalmente quando é bem construído pelo fabricante e bem usado pelo guitarrista, pois amplia as opções de configuração dos pedais de efeitos, permitindo a distribuição dos mesmos antes e depois do preamp.
Classificação quanto ao tipo de funcionamento
Neste ponto há basicamente dois tipos, o ativo e o passivo Loop ativo
Também chamado de buffered (porque contém um buffer), o loop ativo além de casar a impedância de saída do pré com a impedância de entrada do pedal, também recupera as perdas sofridas pelo sinal ao passar por um circuito externo. Loop passivo
Este tipo não “regenera” o sinal da guitarra, fazendo somente o casamento de impedâncias. Este tipo de loop tem o problema de perda do sinal.
Classificação quanto ao tipo de componente ativo. Loop valvulado
Sempre digo que deve haver coerência no projeto de um amplificador. Mais que possuir um loop de efeitos, o mesmo deve ser bem projetado e adequado ao tipo de amp. É no mínimo estranho um loop transistorizado ser instalado de fábrica num amplificador valvulado. Não que não funcione bem, mas é que talvez, o trabalho que irá demandar para fornecer a tensão adequada (muitas vezes com mais um secundário do transformador de energia, ou com gambiarras) não valerá a pena. Por isso, com maior frequência, vemos loops transistorizados em amps valvulados mais nos casos de adaptações de modelos clássicos que não tinham loop no projeto original. Muito raramente, o fabricante decide economizar 1 (uma) válvula, quando o amp é todo valvulado, pois o acréscimo no custo de fabricação é muito menor que os problemas que poderão surgir (ruído é um deles). Loop transistorizado
Da mesma forma, mais estranho ainda seria fazer um loop valvulado num amplificador transistorizado. As adaptações no circuito para que funcionasse não justificariam mesmo. Fazer um buffer transistorizado num amp que já tem tensão baixa (como é o caso de amplificadores solid state) é mais barato e seguro.
Classificação quanto ao caminho percorrido pelo sinal Serial (em série)
Este é o loop de efeitos mais tradicional entre os amplificadores de guitarra. Nele o sinal é integralmente retirado do preamp (lógico que tem de existir o casamento de impedâncias no mínimo) jogado para o(s) pedal(is), retirado deste(s) e reinjetado no power. Parallel (em paralelo)
O loop de efeitos paralelo não interrompe o sinal, ele retira o sinal do preamp paralelamente ao que vai para o power e manda para os pedais. Depois o sinal que vem dos pedais não é diretamente injetado na etapa de potência. Neste tipo de loop, existe um controle de mistura (mix, blend… etc.) para que o guitarrista possa dosar a quantidade de sinal puro com a quantidade de sinal vinda dos efeitos ligados no loop.
Particularmente, e respeitadas as opiniões em contrário, eu não gosto deste tipo de loop, pois no caso de um pedal de reverb ou delay, p. ex., o seu efeito não passa de um controle extra de nível (level) do(s) pedal(is).
Assista ao vídeo que fiz para o grupo Amplificadores Valvulados sobre o tema: materia
Outras características dos loops de efeitos
Também há loops com controle de nível para permitir que o guitarrista impeça (ou controle) a saturação do sinal na entrada do pedal. Outros possuem chave liga/desliga no painel traseiro ou no footswitch.
Em contra-ataque existe aqueles que já possuem controle da saturação do sinal já ajustado de fábrica para a maioria dos pedais de efeito do mercado. Também tem aqueles que o circuito foi projetado em conjunto com o amplificador de forma que possui transparência com o timbre. Em outros amplificadores, o loop faz parte do timbre (como é o caso do Soldano SLO100, onde um bypass total do loop vai alterar significativamente o timbre do amp).
fonte original : http://centraldaguitarra.com/loop-de-efeitos-amplificador-como-funcion a/
agradecimentos ao elvisalmeida pela otima materia
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marciaofreitas Veterano |
# dez/13
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Prezados, estou com um abacaxi para descascar rsrs. Peguei um Marshall JCM 2000 TSL 601, excelente amplificador! Clean muito bonito, crunch animal (com um booster fica um drive bem R&R anos 80/90) e o canal Lead para um som pouco mais pesado, reverb orgânico e fala muito! Bom, tinha muita vontade de usar o drive dele, porém o Loop de feitos me acaba com o delay (de que forma? Quando acionado no canal limpo o delay fica muito bonito alto e com brilho, bem audível. Ao passar para o canal crunch ou Lead o delay fica com volume baixo, apagado e sem brilho, vc consegue ouvi-lo muuuuuuuito baixo). Levarei ele em meu técnico de som daqui uns dias, já me falaram que isso é característico do ampli (loop deixa as ambientações e modulações com sinal baixo qdo acionado os canais de drive), isso procede ou´seria algum defeito. Cara, confesso que isso me incomoda muito, ter um amplificador desse calibre e não poder utilizar todo potencial dele! Espero que comentem e possam me ajudar. Valeu!!!
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