Philippe Lobo - Velocidade

    Autor Mensagem
    Cres
    Membro Novato
    # set/14


    Galera, segue abaixo um vídeo do mestre Philippe Lobo sobre velocidade. Nesse vídeo além dele obviamente falar sobre velocidade, ele toca num assunto muito interessante que é o de sempre tocar no clique.
    Enfim, assistam. Espero que uma boa discussão surja a partir desse vídeo.



    Casper
    Veterano
    # out/14
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    Caro Cres:

    1) O Maestro é um metrônomo dinâmico. Mas se alguém
    sair do tempo que ele coloca, leva uma bronca na hora.

    2) Dave Grohl usou click na gravação do Nevermind, conforme
    o documentário Sound City. É uma lenda que foi gravado tudo
    livremente.

    3) Uma coisa é o John Bonham tocando, que dominava a arte
    e podia fazer tensões rítmicas, expansões e retrações temporais
    coerentes. Outra coisa é a maioria dos bateristas despreparados.
    Perde-se muito tempo em DAW corrigindo essas bobagens para
    a coisa ficar no tempo. Tocar no tempo é importante. Isso não
    significa resultado "mecânico" ou "orgânico". A não ser que a
    percepção de "orgânico" seja uma liberdade poética para
    tocar errado.

    4) Dos 9 minutos em diante me parece que o cidadão só
    quer justificar esse conceito "orgânico", de forma muito
    preconceituosa com a música "mecânica".

    guizimm
    Veterano
    # out/14
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    A não ser que a
    percepção de "orgânico" seja uma liberdade poética para
    tocar errado

    e o que seria tocar errado?qualquer coisa fora da teoria estabelecida ou do que os ouvidos estão acostumados a ouvir?

    krixzy
    Veterano
    # out/14
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    Casper
    A não ser que a
    percepção de "orgânico" seja uma liberdade poética para
    tocar errado
    e o que seria tocar errado?qualquer coisa fora da teoria estabelecida ou do que os ouvidos estão acostumados a ouvir?


    x2

    Concordo com o vídeo, no meio musical as regras nunca são absolutas, sempre são quebradas, música é expressão, e quando um humano expressa algum sentimento ele não pensa se vai expressar de forma certa ou errada, simplesmente expressa o que sente, seja raiva, alegria, tristeza.

    Mas claro, se vai haver variações no tempo, tem que ser controlada, se não é óbvio que vira bagunça, acho que esse é o papel de um maestro no caso.

    Headstock invertido
    Veterano
    # out/14
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    Eu acho que a coisa é mais simples do que parece.

    O objetivo é: soar bem.

    Seja lá como for ou como se chegou a isso. Se o final soou bem para quem você quis que soasse, trabalho feito.

    O metrônomo é uma receita, um caminho conhecido para se alcançar esse "soar bem", mas não uma regra.

    Se uma banda consegue gravar algo sem click e no final ficou legal para o público alvo daquele som, está tudo certo.

    Casper
    Veterano
    # out/14
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    Caros todos:

    Tocar errado foi um termo ruim, me desculpem.
    O conceito soar bem é muito mais sintético e preciso.

    Exemplos de soar mal:

    http://www.youtube.com/watch?v=eUmCat6TlfE

    http://www.youtube.com/watch?v=hxPsXPCR5MU


    Exemplos de soar muito bem (sem metrônomo):

    http://www.youtube.com/watch?v=BZ5B7yqDYbA

    http://www.youtube.com/watch?v=cRuTcnd8YLU


    Os dois primeiros exemplos tem vários elementos que
    fazem o conjunto não funcionar: problemas de sincronismo,
    afinação etc.

    Os dois últimos são exemplos de "sincronismo fora do click"
    feitos por pessoas que sabem o que estão fazendo.

    Headstock invertido
    Veterano
    # out/14
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    Casper
    Po, cara, Shaggs é brilhante.

    Cres
    Membro Novato
    # out/14
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    Casper

    Caro Cres:

    1) O Maestro é um metrônomo dinâmico. Mas se alguém
    sair do tempo que ele coloca, leva uma bronca na hora.

    2) Dave Grohl usou click na gravação do Nevermind, conforme
    o documentário Sound City. É uma lenda que foi gravado tudo
    livremente.

    3) Uma coisa é o John Bonham tocando, que dominava a arte
    e podia fazer tensões rítmicas, expansões e retrações temporais
    coerentes. Outra coisa é a maioria dos bateristas despreparados.
    Perde-se muito tempo em DAW corrigindo essas bobagens para
    a coisa ficar no tempo. Tocar no tempo é importante. Isso não
    significa resultado "mecânico" ou "orgânico". A não ser que a
    percepção de "orgânico" seja uma liberdade poética para
    tocar errado.

    4) Dos 9 minutos em diante me parece que o cidadão só
    quer justificar esse conceito "orgânico", de forma muito
    preconceituosa com a música "mecânica".


    1 - Não vou comentar muito sobre isso, até porque não tenho experiência nesse ramo, mas acho que o que Philippe Lobo quis dizer como variações no click é dentro do limite de "soar bem", como ja foi comentado.

    2 - Sobre isso não tenho o que contestar, deve ter sido um erro mesmo :P

    3 - Sobre isso eu concordo. Acredito que para se "flutuar" no tempo tem que se ter um domínio mínimo no instrumento. Se não, creio que o melhor seja seguir o click mesmo.

    4 - Pode até ter tido um pequeno "ataque" à música "mecânica", mas acho que o Philippe conseguiu expor bem as suas ideias sem ser desrespeitoso com ninguém.

    Gostaria de adicionar que o Philippe Lobo não é qualquer músico. Ele é um cara com ideias interessantes e com o cacife necessário pra falar sobre assuntos desse tipo. Não que a partir de um certo ponto devemos aceitar tudo o que alguém fala é a verdade absoluta, mas confio no que ele fala.

    No mais, é só isso, abraços a todos.

    cafe_com_leite
    Veterano
    # out/14
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    Casper
    Deixa o scrutnizer saber que tu tá falando mal das Shaggs.

    Casper
    Veterano
    # out/14 · Editado por: Casper
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    Caro cafe_com_leite:

    Não devia ter mexido no sagrado.


    Caro Scrutinizer:

    Mil perdões. Em sua homenagem, coloco aqui um clássico raro:

    http://www.youtube.com/watch?v=zq5xJVhWW14

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