Sonorização de palcos e P.A (Parte 5)

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MMI
Veterano
# nov/12
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juninholiveira

Uma dúvidaa, vc disse aí pra cima que tem microfone tão sensível, que se vc der um berro ele queima.... É vdd isso? como alguem tem coragem de colocar um microfone assim num estúdio, onde vai ter varios tipos de cantores e etc, é tão sensível assim?

Um leve exagero, mas existe sim. Por exemplo, o Neumann U67 vintage que foi usado na gravação do violão que citei ali em cima não deixam ser usado para vocais, bateria. É um mic de uns 7 mil dólares lá nos EUA, valvulado.

Não são só sensíveis a som como a pancada também. Olha só o tamanho do case original do TLM103 (o KM184 está no canto, mas desconsidere). É uma mala de 31 x 40 cm de alumínio, cheia de espuma.

Eu tenho que me preocupar com quanto volume um mic consegue aguentar antes de escolher ele?

Claro que tem! É uma das principais características técnicas de um microfone, junto com a curva de frequências.

Lelo Mig

Não só os condensadores, como os ribbon (de fita) são bem delicados. Alguns se ligar o phantom, queimam de fato (os SM pode ligar o phantom neles sem querer que não acontece nada, kkk).

Rednef2
Veterano
# nov/12
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MMI
Lelo Mig
Quanto custa mais ou menos um SM57?

MMI
Veterano
# nov/12
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Rednef2

Lá na gringa, uns 100 dólares.

inExperienced
Veterano
# nov/12
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MMI
Eu tenho que me preocupar com quanto volume um mic consegue aguentar antes de escolher ele?
Claro que tem! É uma das principais características técnicas de um microfone, junto com a curva de frequências.
Como vejo isso (volume suportado) no manual do mic.?

Lelo Mig
Membro
# nov/12
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inExperienced

Em mics condensadores (não todos) há um indicador de level no próprio corpo do mic, não deve acusar "vermelho".

Em microfones dinâmicos ou sem indicação, o level peak da mesa é o indicador. Se esta clipando com volume razoavelmente baixo ou o gain esta muito aberto ou têm excesso de volume no microfone.

MMI
Veterano
# nov/12
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Rednef2

Lá na gringa, uns 100 dólares.Como vejo isso (volume suportado) no manual do mic.?

Sim, tem no manual, nas especificações. Passou disso eles distorcem ou estragam.

inExperienced
Veterano
# nov/12
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Já que o pessoal ta falando de microfones, eu tava dano uma olhada no ML, olha o que achei, um vendedor com microfones que não acaba mais.

MauricioBahia
Moderador
# nov/12
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Lelo Mig

Essa tal de microfonia é um porre!!!! Mas nada é pior que um mau contato daqueles do além. Sem contar o zumbido do liquidificador "ao lado" interferindo na rede elétrica! hehe Tem horas que a solução é "1, 2, 3 e..."!

Valeu Lelo por mais um tópico eficiente!

Abs

Lelo Mig
Membro
# nov/12
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MauricioBahia

essas interferências são um porre mesmo...hehe...Valeu!!


inExperienced

Caraca!! O MMI vai ficar louco quando ver isso... o cara têm "jóias raras"

MMI
Veterano
# nov/12
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Lelo Mig

Caraca!! O MMI vai ficar louco quando ver isso... o cara têm "jóias raras"

hahahahaha

Eu vi. O cara tem uma ou outra coisa que me interessaria ali, mas caro. Nem dou muita bola não. Estou dando muito mais bola para o espaço físico, a acústica em si, do que tal mic, tal pré etc. E me convidaram para sociedade de um belíssimo estúdio, isso sim me deixou louco. rsrs

inExperienced
Veterano
# nov/12
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Lelo Mig
MMI
Quando se fala em microfonar amp de guitarra o pessoal já "grita" logo Shure SM 57 ou SM 58. Até ai tudo bem, todo mundo sabe que são muito bons.
Agora se eu quiser optar por um microfone de outra marca, como eu sei que ele vai suprir a minha necessidade.
Eu tava olhando aqui umas especificações de alguns microfones e eles não dizem pra que servem.
Só dizem o básico, tipo, cardióide, condensador, omnidirecional...até aqui ok, aquela tabéla que o Lelo Mig postou la em cima explica isso.
A duvida é com a frequência.
Alguns dizem assim 40 Hz - 18 kHz, outros 20 Hz - 20 kHz.
Como sei que este é bom pra amp de baixo, aquele pra guitarra, o outro pra bateria com base na frequência?

Lelo Mig
Membro
# nov/12 · Editado por: Lelo Mig
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inExperienced

Costumo usar tabelas de frequências (já que não decoro nem ferrando...rs), como essa para referência:

Tabela de Frequências


Possuo várias aqui, de instrumentos convencionais, de orquestra e etc., você acha na Net, mas se precisar de alguma específica da um toque que eu vejo as que tenho aqui.

MMI
Veterano
# nov/12
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inExperienced

Agora se eu quiser optar por um microfone de outra marca, como eu sei que ele vai suprir a minha necessidade.

A questão é saber exatamente a sua necessidade. Posso te dar uma lista de microfones, mas a verdade é que se sua intenção é guitarra em home studio a coisa é simples. O espectro sonoro da guitarra é muito médio, tem poucos graves e agudos, então muito microfone vai dar conta pela curva de frequência. O que vai diferenciar é o quanto ele vai se dar bem em close-miking, o quanto aguenta de pressão sonora, o padrão polar dele, a resistência a pancada e a quantidade de brilho dele (isso até dá para resolver no equalizador). Tem que lembrar que um amp no talo em close miking faz o mic receber fácil 130 dB.

Microfones dinâmicos que você vê muita gente usando: Sennheiser MD421 e Electro Voice RE20, são comuns. Eu tenho um AKG D770 para isso. Esses são cardióides, mais recomendados para casa onde não tem acústica legal, mas tem o Sennheiser E609, Beyer M201 e por aí vai. O Alan Parsons, produtor e músico que gravou Beatles e Pink Floyd não gosta de gravar com dinâmicos (diz que eles tem som de telefone, o que eu concordo parcialmente), usava principalmente um condensador Neumann U-87 a pelo menos 1 metro do gabinete. Outros condensadores usados são o AkG-414, Shure KSM-32, ou os de diafragma pequeno, mais distantes, como o Neumann KM84 ou KM184 e o Sennheiser MKH40. O Eddie Kramer diz que o melhor mic que existe para guitarra é o Beyer M160 (ele é um ribbon). Eu também não curto muito gravar com dinâmicos.

A questão é que grande parte das vezes nesse fórum vejo esse tipo de pergunta quando a pessoa se refere a microfone barato, já que achou o SM57 caro. O problema é que ele é um dos mais baratos... Tem as cópias mais baratas, o condensador Behringer B1, os ribbon Nady RSM-4 e RSM-5 e um monte de condensadores meio suspeitos, mas que podem dar conta.

inExperienced
Veterano
# nov/12
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Lelo Mig
MMI

Vejam se comecei a entender, com base na tabela que o Lelo Mig postou e nas especificações destes três microfones, AKG P4, Audio Tecnica MB 2k e o Shure SM 57, poderia se afirmar que o AKG cobriria praticamente toda a faixa de frequências da tabela, e com isso seria o microfone "melhor" dos 3 pois poderia usa-lo em todas aplicações?
E ainda o SM 57 cobriria uma faixa de frequência maior que o Audio Tecnica, sendo mais indicado para microfonar baixo que este Audio Tecnica?
E ainda quanto a impedância, por exemplo:
Shure 150 ohms (310 ohms reais);
Audio Tecnica 600 ohms;
AKG >=2000 ohms.
O que isso influi?

Lelo Mig
Membro
# nov/12
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inExperienced

Vamos por partes....hehehe, primeiro sobre a impedância.

Assunto meio complicado de explicar aqui, mas a impedância, de forma simplificada, é a resistência gerada pelo microfone. Os dinâmicos, geralmente, possuem uma impedância entre 200 e 600 Ohms.

O AKG que você citou, na página, esta descrito: "Recommended load impedance"...Isso não quer dizer que a impedância dele é de 2K Ohms e sim que é para ele trabalhar nesta faixa de entrada, ou seja, a mesma dos outros.

Normalmente as mesas de som possuem entrada de baixa impedância no MIC In (600 ohms) e alta no LINE In (mais de 10K Ohms). Quando temos dois dispositivos com impedâncias aproximadamente iguais (não precisa ser o valor exato), temos o máximo de transferência de energia com um mínimo de perda!

Para você entender melhor esse assunto, você vai ter que "dar uma estudada" no tema, porque ele é bem complicadinho.

Talvez o MMI possa explicar de forma mais clara que eu sobre esse assunto.

"e com isso seria o microfone "melhor" dos 3 pois poderia usa-lo em todas aplicações?"

Melhor é relativo. Ele é mais abrangente, isso não quer dizer que seja "melhor"!

Eu nunca trabalhei com este microfone, então não poderia dizer que ele é o melhor, nem que é o pior.

Diga especificamente o que pretende de um microfone e até que faixa de preço.
- Só para gravação?
- Gravação e ao vivo?
- Específico para guitarra?
- De baixo à guitarra?
- De Tuba à Picollo?

Aí fica mais fácil de a gente fixar pontos de vantagens. O MMI tem mais experiência com Studio, e dependendo de sua intenção ele pode ajudar bem.

inExperienced
Veterano
# nov/12 · Editado por: inExperienced
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Lelo Mig

.Diga especificamente o que pretende de um microfone e até que faixa de preço.
- Só para gravação?
- Gravação e ao vivo?
- Específico para guitarra?
- De baixo à guitarra?
- De Tuba à Picollo?

Aí fica mais fácil de a gente fixar pontos de vantagens. O MMI tem mais experiência com Studio, e dependendo de sua intenção ele pode ajudar bem.


Eu pretendo comprar uma interface pra gravar alguma coisa, e tenho é mais curiosidade mesmo.

MMI
Veterano
# nov/12
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inExperienced

Além do que o Lelo explicou sobre impedância, a questão é que impedâncias muito díspares você vai ter alterações nas frequências, principalmente agudos. Mas isso é teoria, o que importa é o que você ouve e gosta - mas tem que experimentar para isso.

Entenda, não existe um microfone para todas as aplicações. Apesar de nunca ter usado estes microfones que você mostrou, dá para ter uma ideia do que acontece... Os microfones costumam ter um comportamento meio que "padronizado", então se você conhece um dinâmico, como o SM57 e SM58, os outros dinâmicos seguem o comportamento deles mas cada um com suas peculiaridades. Da mesma forma acontece com os condensadores, ribbon, superfície etc.

Dos que você mostrou, o AKG é cardióide, o AT é hipercardióide. O AKG lembra mic de bumbo pelo jeitão e é exatamente o que no site eles propõe para uso bateria, som ao vivo, amplificador. O AT tem essa chavinha nele que eu não gosto, geralmente aumenta o ruído dele e dimunui a durabilidade e é hipercardióide. Talvez fosse legal você se inteirar bem sobre as diferenças dos padrões de microfones. Eu não acharia legal este microfone para botar com um vocalista num palco ao vivo.

Pela curva de todos eles, característica de dinâmicos, eles tem graves ruins, só fica plano lá pelos 100 Hz. Então algumas razões podem levar a colocar um desses para captar bumbo ou sons graves, mas eles tem suas limitações nessa área. Quero dizer com isso que um bom mic dinâmico para baixo... Talvez seja melhor coloca-lo em linha!

Rednef2
Veterano
# nov/12
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MMI
Valeu pela informação, meio caro hehehehe

dibass
Veterano
# jul/14 · Editado por: dibass
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________________________
Ressuscitando o tópico..

Pedido de ajuda ao Lelo Mig:
Considerando um console Yamaha 01V, como posso trabalhar a equalização?
Em outras palavras, como funciona e como equalizar melhor seguindo os parâmetros de equalização da 01V

foto

Diante disso, imaginando uma situação de microfonias, qual a melhor forma de fazer o corte de frequências sem perder a qualidade da equalização?

Considera-se que eu sou extremamente leigo quanto ao assunto, e sei no máximo equalizar decentemente com os botões já "prontos" de grave, médio grave, médio agudo e agudo.
Embora consiga me virar com o equalizador de gráficos..

Resumindo, gostaria de saber como equalizar (instrumento e vocal individualmente e também o conjunto da "obra") seguindo esta plataforma de equalização.

Agradeço a ajuda!!
Abraço!

Lelo Mig
Membro
# jul/14 · Editado por: Lelo Mig
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dibass

Cara, o assunto é meio complexo, difícil condensar num equipo específico ou generalizar.

De forma geral, você precisa saber, que não importa qual equipamento irá usar, o princípio de uma boa sonorização e equalização serão os mesmos.

O que muda é que num equipo melhor, você terá mais recursos, possibilidades para chegar onde deseja.

Você não deixa claro exatamente o que deseja equalizar, mas partindo do pressuposto que o tópico é sobre "sonorização de palcos", creio que esteja pensando em sonorização ao vivo,
então você têm de considerar alguns fatores e reler o início deste tópico, resumindo:

- Ao vivo, diferente de um stúdio, a coisa mais importante é ser audível para a platéia, para todos em todos os pontos da audiência, a qualidade é segundo plano. Não adianta ter qualidade se ninguém ouve.

Conseguir uma boa sonorização, não vai depender tanto da mesa (o número de canais sim, mas os recursos dela, serão relativos). Você depende muito mais da amplificação e caixas, considerando,
é claro, que tudo esta sendo devidamente captado. A mesa é só uma "distribuidora".

Mas, considerando que você tem caixas/amplificadores para "soltar o som" e microfones para capta-los, vou dar uma palhinha sobre a mesa, apenas superficialmente, ok?

Uma mesa Yamaha não têm erro, mesmo as ruins, são boas...

Quanto a 01V (vou me basear na 01V96i, que conheço melhor), é uma mesa digital. Isso, ao vivo, também é relativo. A principal vantagem das digitais é "gravar equalizações pressetadas".

Como ao vivo, cada lugar é um lugar e tudo muda, essa vantagem passa a ser relativa. Em se tratando de uma banda "fixa" dona da mesa, você pode ter um presset geral e fazer os ajustes
necessários em cada local. Mas, não sei se é muito efetivo.

De resto, você irá equalizar como em qualquer mesa. Utilizando-se dos ajustes de ganho/graves/ médios/agudos/reverb e etc.

Daqui prá frente, não tenho como colaborar muito.

Manual na mão, mesa ligada, estude cada botão. Uma mesa dessas requer paciência, estudo e dedicação como se fosse um instrumento. Se não, corre o risco de jogar todos os recursos dela no lixo.

A questão da microfonia, ao vivo, tem muito mais a ver com posicionamento de microfones e caixas do que com equalização da mesa. É preciso saber posicionar o equipo. A mesa ajusta o que esta distribuído fisicamente no palco, só se faz pequenas alterações de posicionamento se muito necessário.

Não costumo "Cortar Frequências", somente se inevitável, por conta de ruídos excessivos ou microfonias não controláveis.

Esta mesa, o que você precisa saber a princípio, além de ir mexendo e testando exaustivamente e de preferência ler o manual, é o seguinte (olhe para ela;vou descrever pelo que lembro, então posso errar alguma coisa):

1- Você têm um campo acima a esquerda, onde tudo que você vê é relativo as ENTRADAS. Input A/B XLR e P10, são entradas balanceadas para microfone ou linha, lembrando que como padrão, ao conectar Input A e B, somente B funciona. (Os botões de phantom power para A, ficam atrás do painel).

2- Entrada IO, desbalanceados. São como Entrada ou Saída de inserção de canal. (Inserir um processador de efeito externo somente naquele canal, por exemplo).

3- Botão PAD (atenuar de 20 Db)

4- Controle de Ganho. (Controle de sensibilidade de entrada. O botão PAD atua nesse ganho).

5- Indicadores de Pico e Sinal.

Acima a direita, tudo relativo as SAÍDAS.

1- RCAs, normalmente entrada ou saída de níveis de linha, mas é preciso rotear no console. Geralmente ligamos gravadores, CD players, etc.

2- P10 - Saida para fone de ouvidos.

3- Monitor Out

4- Monitor Level


- Embaixo à esquerda, cada canal com seus controles de equalização.
- Embaixo à direita, os controles gerais.

Até aqui, tudo igual a uma mesa analógica.

Contudo, ao centro, em toda a volta do "monitor lcd", você tem as sessões de botões relativos aos pressets. A parte digital. Acesso ao display, Scene Memory, Layers e etc.

dibass
Veterano
# jul/14
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Lelo Mig
Amigo, muitíssimo obrigado pela ajuda. O que tu postou já vai servir de grande auxílio para mim.

Mas no final das contas acho que eu não consegui expressar ao certo a minha dúvida.

Resumindo, eu não sei usar a equalização da mesa especificada.
Entendo o básico sobre equalização, de modo geral. Mas não sei equalizar usando esta plataforma:
display

Aquela "linha" que seleciona aonde a frequencia vai "subir" ou "descer"; se eu mexo no agudo (por causa da tal da linha) ela vai mexer no grave lá do outro lado; etc..

Basicamente, eu sei usar o equalizador de uma mesa analógica, já de uma digital eu tenho dificuldades. Entende?

Lelo Mig
Membro
# jul/14
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dibass

Agora entendi melhor sua dúvida...

Cara, meio difícil explicar isso aqui.... vou tentar fazer um tutorial básico, assim que sobrar um tempo, e posto aqui.

Enquanto isso... Você chegou a procurar tutoriais dela no Youtube e Internet em geral?

A Yamaha 01V96, principalmente, é muito utilizada, deve ter bastantes tutoriais na Net.

f14gomes
Membro
# jul/14
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Parabéns pelos tópicos !!! Que saga!!! Li tudo nessa tarde, muito legal.
Vejo por ai muitas perguntas sobre quais equipamentos necessários para montar um P.A. para pequenas apresentações de bandas, tipo pubs ou pequenos bares, mas as respostas são meio soltas. Lendo aqui deu pra ter uma noção geral, achei muito interessante.
Mas se alguém puder dar uma sugestão básica (com números/potências) de equipamentos pra isso eu apreciaria muito. Eu sei que o tamanho do local faz toda a diferença, mas se alguém puder citar, por exemplo, o que já viu em algum lugar (algum barzinho desses com apresentação de bandas de rock ). A título de ilustração mesmo. Valeu!!

Luiz_RibeiroSP
Veterano
# mar/20
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Um colega perguntou para mim como captar o som de um berimbau ao vivo, falei para microfonar mas, sera que um captador piezo de violão poderia ser usado para esta tarefa?
Sei que existe piezoelétricos para peles de instrumentos de percussão, mas nunca mexi com eles.
E sobre microfonar, pode gerar microfonias, pesar do ganho ser baixo, nesta aplicação?
E se quem estiver tocando mexer muito pode variar o volume do som no caso de se usar um microfone?

makumbator
Moderador
# mar/20
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Luiz_RibeiroSP

Se for usar microfone, o ideal é usar os modelos pequenos com prendedores que se fixam nos instrumentos (assim não importa a movimentação do músico, pois o mic continuará na mesma distância e posição em relação ao instrumento).

Esse tipo de solução é usada frequentemente em sonorização ao vivo de metais (por exemplo). Aqui um exemplo:

https://www.akg.com/Microphones/Condenser%20Microphones/C519M.html

Ismah
Veterano
# mar/20
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Tem uma coisa muito mais complexa: o que é o som do berimbau?
Veja bem, alguns ruídos vindos dos mecanismos de acionamento das chaves, do próprio fole e demais, fazem parte do som de um acordeon. Eu não lembro de ter visto um berimbau pessoalmente, mas ele tem um som percussivo - ou seja transientes, ou seja um som que não tem altura definida.
Todavia, um tambor é um som percussivo, e há uma diferença brutal entre apontar o microfone para o centro da pele (som da pele + baquetada), para a borda (praticamente apenas o som da pele) e para o casco (praticamente só a ressonância do tambor)... É bobo pensar em captar o casco, mas em estúdio, isso dá um barato a mais.

Também é notável em guitarra, onde o som captado é muito parecido, apesar de que o som pleno é BEM diferente...

Aí é que a porca torce o rabo, nesse caso do berimbau... Um piezo, colocado num ponto, vai captar aquele ponto, e isso não é o som pleno do instrumento.

Lelo Mig
Membro
# mar/20 · Editado por: Lelo Mig
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Berimbau tradicional possui uma corda, tocada de forma percutida e uma cabaça para amplificar. Ou seja, emite notas.

Se eu tivesse de amplificar um, começaria tentando com aqueles captadores em forma de pastilhas nos mesmos modelos usados para captação de instrumentos percussivos idiofônicos como Tablas, Hang Drums, etc.

https://www.rivel.com.es/pastilla-pickup-tablas-percusion.htm

Ismah
Veterano
# mar/20
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Tem inclusive um Berimbau ali. Acredito que não seja difícil encontrar alguma maneira de contatar o Gil Teixeira.

Todavia o Berimbau é um instrumento de percussão. Como os tambores (p.e. tons de uma bateria), ele também emite nota de altura definida, mas é um transiente bastante rápido, que é desconsiderado.

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