Nova Era da indústria fonográfica

Autor Mensagem
maggie
Veterana
# nov/05


Os tempos estão mudando.
O album como existe hoje vai acabar?
E as gravadoras?
Qual o papel da internet nisso tudo?


Seguem duas reportagens de fontes diferentes que falam da mesma coisa: a Nova Era da indústria fonográfica.
Enjoy.

maggie
Veterana
# nov/05
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O novo modelo vem de uma banda rebelde

Ninguém discute que a internet desafia a indústria da música - e, honestamente, sem exagero, todas as indústrias, a meu ver - a pensar em um novo modelo de negócios. O que eu acho divertido é observar que a reinvençao nao está vindo dos MBAs da Harvard Business School, Kellog ou do Ensead. Um editorial da Wired fala da estratégia de internet da Public Enemy, uma banda americana de hip hop conhecida por suas letras cheias de opiniao política.

Em uma manobra ousada a banda lançou na internet e em zip drives, a despeito das políticas da Polygram, sua antiga gravadora, o disco 'There's a Poison Goin'On'. Com o sucesso, resolveram ir adiante e lançaram sua própria gravadora, em seguida o Rapstation, um site que é visita obrigatória para quem gosta de rap e hip hop ou está curioso para saber como sair do imbroglio dos direitos autorais na era da sociedade conectada.

Segundo o Rapstation, "a revoluçao nao será televisionada, será digitalizada" e as pessoas têm que se "libertar do Matrix". No site da banda, o PublicEnemy.com, os fãs encontram, entre outras coisas, suas músicas em versao capela e sao encorajados a remixá-las e fazer suas próprias criaçoes.

No ano dos 20 milhoes de blogs, aumentando 80 mil a cada dia, do computador cada vez mais barato e dos softwares abertos, parece que o Public Enemy resolveu que a maxima do "se nao pode vencê-los, junte-se a eles" pode e deve ser a maxima da produçao de informaçao.
Fernanda Romano

maggie
Veterana
# nov/05
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EU AMO MP3

Toda semana tem um assunto novo sobre a revolução musical na era digital. Aí na semana seguinte o tal assunto novo fica velho, porque um outro mais novo apareceu.

Embarca aí, que eu vou contar a última das novidades, que já deve ser notícia com validade vencida quando você alcançar minha foto manjada lá embaixo.

"MP3? Eu amo MP3! É com ele que eu posso encher meu iPod de músicas legais", é o que acha o baterista do Arctic Monkeys, a banda-sensação da Inglaterra.

MP3 é a música comprimida em arquivo, inventada por cientistas alemães em 1997. O Arctic Monkeys é grupo de quatro moleques amigos de escola de Sheffield, Inglaterra, que vem provocando programas de rádio e artigos de jornais na Europa, por causa desse negócio de MP3, internet e essas coisas que devem dar um nó na cabeça dos caras do Metallica, que já mandou prender o inventor do Napster sem saber que estavam dando um tiro no próprio pé.

maggie
Veterana
# nov/05
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Acompanha o que está acontecendo na nova música. Há dois anos, o Arctic Monkeys, já destaque neste espaço, gravou suas demos no quarto de um de seus integrantes. Postaram as músicas em MP3 na internet, que eram o que dava para fazer. Criaram forum de discussão, entraram no My Space, uma espécie de Orkut para quem gosta de música.

Viraram o show mais disputado do Reino Unido, superlotados, com gente cantando todas as músicas, mesmo com o detalhe que nenhuma canção do Arctic Monkeys tinha sido oficialmente lançada. Banda de internet, enfim.
Aí no começo de outubro, o primeiro single oficial deles foi lançado. E virou o disco físico mais vendido da semana, a música mais comprada em loja na Inglaterra, o número 1 da parada.

Aí as grandes gravadoras se perguntam. O supergrupo Coldplay gravou seu protegido (em vão) terceiro álbum pagando semanalmente cerca de R$ 200 mil de aluguel de estúdio e não conseguiu atingir a performance de uma bandeca desconhecida que trouxe o disco pronto de casa e se fez à custa da cultura de MP3 e de conversas com fãs na internet?

maggie
Veterana
# nov/05
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* Enquanto isso, no Brasil, uma gravadora independente e virtual (lógico), a Peligro, importa o tal single-bomba do Arctic Monkeys e passa a vender HOJE para todo o país, a precinho camarada estimado de R$ 12. Isso no mesmo período em que o Cansei de Ser Sexy, banda que se fez na internet, lança seu primeiro disco dando de bônus um CD virgem, para ser devidamente "queimado" com suas músicas e distribuído a amigos.

maggie
Veterana
# nov/05
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* Ainda enquanto isso, no site da Trama Virtual, depósito de músicas novas de bandas novas sem nenhum vínculo com grande gravadora, virou hit uma música chamada "Entrei no Seu Site Ontem", de uma cantora baiana independente que até outro dia botava voz no Olodum, e que agora vem com uma música romântica cuja letra fala de iPod, o aparelhinho "mágico" da Apple que virou instrumento oficial da revolução do MP3.

maggie
Veterana
# nov/05
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* De novo na Inglaterra, outra banda pequena que em show arregimenta uma multidão entusiasmada de fãs (criada na internet) lançou nesta semana um single que deve vender bem. É o Rakes e o single é o "22 Grand Job". No "lado B", eles "dão" a música "iProblem", excelente rock de garagem com levada dance que conta a historinha de um cara ligando para o serviço de atendimento da loja onde ele comprou o iPod dele. Para reclamar de um problema com a bateria do aparelho, que não segura a carga prometida na caixa. Assim, diz ele na música, não está dando para ouvir Babyshambles, Bloc Party, Futureheads, todos grupos da nova geração britânica que viraram "mega" graças à internet.

maggie
Veterana
# nov/05
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* Coisas que dá para saber: em 2004, cerca de 6 milhões de músicas "sofreram" download no mundo todo. Agora em 2005, até setembro último, esse número já chegava a 7 milhões.

Coisas que não dá para saber: onde isso vai parar e quais serão as dimensões do impacto desta revolução musical, que ainda está em pleno curso. Estamos aqui para ver o que acontece.

Lúcio Ribeiro

Lugh
Veterano
# nov/05
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Eu particularmente não gosto de mp3, pode parecer besteira mas eu não tenho a mesma sensação de que possui a esma qualidade uma música de cd com aquela baixada em mp3.

Certa vez eu ouvi que em mp3, mesmo de alta qualidade, corta-se certas freqüências que são inaudíveis ao ouvido humano, então não faz qualquer diferença, até barateando a forma de disribuição de música. Pode até ser verdade, masmesmo assim eu não engulo como forma de mudança daindústria fonográfica.

pra mim eles só servem para conhecer uma ou outra música, mas no fundo, eu prefiro comprar um cd de gravadora mesmo.

mp3 no meu caso funciona mais como aquelas fitas de tape de carro. Eu frequentava muitas lojas, quando a era digital não existia, que possuiam esssas fitinhas com o disco inteiro gravado.
Se c não tinha dinheiro pra comprar o dico ou queria conhecer a banda c comprava uma fita e punha pra tocar no carro.

mesmo que a indústria parta para esse lado, eu continuarei comprando cds, como comprava vinil

Hangel
Veterano
# nov/05
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mesmo que a indústria parta para esse lado, eu continuarei comprando cd 2

franciscocantao
Veterano
# nov/05
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mesmo que a indústria parta para esse lado, eu continuarei comprando cd das bandas que mais curto

RobertSmith
Veterano
# nov/05
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mesmo que a indústria parta para esse lado, eu continuarei comprando cd (4)

Mailan Gabriel Stahnke Moraes
Veterano
# nov/05
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eu só compro cd das bandas q eu curto mto mesmo, as outras eu baixo mp3...

acho q o futuro da indústria fonográfica vai partir logo pra era digital...pra se ter uma idéia, a gwen stefani vendeu mais de 1 milhão de singles da música hollaback girl pela internet...acho q é o recorde mundial de música vendida pela internet...

o public enemy foi bem ousado nesse lance deles, acho q radiohead tava com umas idéias parecidas, não lançar mais cd e disponibilizar as músicas pra baixar no site...tem bandas q vendem cds com faixas extras interativas pra baixar da internet (o detonautas fez isso com o cd roque marciano)...

fabio_gravata
Veterano
# nov/05
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Lugh

é fato comprovado que o mp3 NÃO tem a mesma qualidade de uma musica de cd.

Lugh
Veterano
# nov/05
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fabio_gravata

taí, então só pra confirmar minha posição! viva o cd e os encartes!

heathcliff
Veterano
# nov/05 · Editado por: heathcliff
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fabio_gravata

Aposto minha virgindade anal que nem você e nem 96% do fórum saberia distinguir a diferença em um teste cego entre um mesmo som em MP3 com qualidade boa e no CD.

22222 oirartnoc oa
Veterano
# nov/05
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Como faço pra ficar rico com a minha banda entao?

Tromeu
Veterano
# nov/05
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heathcliff

Cuidado!!!
Estabeleça a taxa de compressão do mp3, porque a 128kps a perda de qualidade é perceptível sim. Já de 196kps pra cima, as chances de você casar virgem aumentam...

maggie
Veterana
# nov/05
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22222 oirartnoc oa
Como faço pra ficar rico com a minha banda entao?
Shows.

heathcliff
Aposto minha virgindade anal que nem você e nem 96% do fórum saberia distinguir a diferença em um teste cego entre um mesmo som em MP3 e no CD.

hehe
Acho que faz sentido. :)

heathcliff
Veterano
# nov/05
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Tromeu

ehauheue

eh cara, mas só baixa mp3 com qualidade tosca quem quer né, desculpa de conexão ruim não cola pq a diferença de tamanho nem é tao grande assim.

heathcliff
Veterano
# nov/05
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Editei minha aposta lá em cima hehe

GeRAçãO
Veterano
# nov/05
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Nova era é muito doido...new days shines folling angels...AngrA é legal

GeRAçãO
Veterano
# nov/05
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esse meu comentario foi inutil em...

John Elf
Veterano
# nov/05
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Só sei que ouvirei vinil até o fim dos meus dias. ->

Tromeu
Veterano
# nov/05
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heathcliff

Verdade.
No começo era tudo 128kps... Hoje em dia tem hub do DC++ que te bane se tu compartilhar mp3s com essa taxa de compressõa.

franciscocantao
Veterano
# nov/05
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heathcliff
Aposto minha virgindade anal

Tá desesperado? Apostando o que não tem?? rsrs zoeira!

Psycho Man
Veterano
# nov/05
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Se não fosse por mp3 eu não iria conhecer o som de muitas bandas fodas.

HOREY para as mp3

fabio_gravata
Veterano
# nov/05
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heathcliff
então tá

babu
Veterano
# nov/05
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Eu concordo com o Public Enemy, em vários pontos. A começar pela atitude política deles, que seria algo mais ou menos análogo ao que o Racionais Mcs fazem aqui no Brasil. Quanto à música tender cada vez mais a se estabelecer quase que totalmente no âmbito digital, isso não é discussão: é fato.
Acontece que não é a música que está pungindo o mundo para as soluções e as existências digitais: é o mundo que exige que tudo (inclusive a música) seja digital. É por isso que o Public Enemy diz "temos que sair da Matrix", aproveitando esse "lugar comum" de referência à dominação do homem pelas máquinas e sistemas auto-funcionais e auto-poiéticos, para fazer uma crítica muito pertinente a atualizada.
Basta perceber que tudo o que é escrito aqui provém de uma cultura digital e internética, sem a qual praticamente todas as mensagens postadas seriam ilegíveis e carentes de significância, bem como a maneira com que são as discussões são levadas aqui jamais existiria, ou você imagina essas respostas todas fora de um âmbito digital?? Toda a forma e também todo conteúdo aqui vinculado é fruto dessa cultura toda, que por sua vez é resultante da 3ª Revolução Industrial recente: internet e produção econômica virtual (digital). Não são poucos os artistas que aceitam essa visão da nova realidade, de uma maneira crítica. A título de exemplo de dois "militantes" nessa área da crítica, estão Fear Factory (EUA) e Chipset Zero (Brasil).
Apenas para que não se pense ser esse tipo de coisa um delírio holywoodiano ou pós-matrix, é preciso lembrar que essa concepção vem da moderna sociologia que encara os sistemas sociais na concepção moderna de sistema auto-poiético, complexo e maquinário (Forester, 1960). No caso, a internet, a computação algoritmica pós-booleana (pobre dos que ainda acham que computadores pensam 0s e 1s..), formam uma nova linguagem elaborada como simulacro do pensamento racional lógico humano, operando os mesmos functores lógicos só que utilizando-se de milhões de códigos, subsistemas linguisticos e signos para operar milhões de vezes mais informações que os cérebros humanos. Assim, as máquinas pensam, são somente racionais e lógicas, não possuem emoção, são um sistema complexo mais articulado que o indivíduo humano no tocante à razão, formando o que Luhmann chamaria de metassistema complexo, a par de sistemas funcionais entre si.

À primeira vista pode parecer viagem, mas é a discussão mais moderna e mais fudida (na minha humirde opinião) sobre sociologia moderna. Os homens são livres ou já foram dominados pelas máquinas??

Para estudos sérios sobre o tema dos sistemas, vide:

Luhmann, Niklas, "Social Systems"
Bourdieu, Pierre, "A Economia das Trocas Simbólicas", São Paulo: Perspectiva
"Cognition - A multiple view", New York: Sparthan Books, 1970 (onde estão artigos do Heinz von Forester, Gordon Pask e Humberto Maturana

vide também: www.dgz.org.br (Revista científica DataGramaZero)

Espero não estar ficando louco

Indigente
Veterano
# nov/05
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mesmo que a indústria parta para esse lado, eu continuarei comprando cd

cambada de falsos

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