Debates sobre a Indústria Fonográfica

    Autor Mensagem
    -Dan
    Veterano
    # set/11


    Nós que que assistimos e até mesmo participamos do meio musical, que ralamos nesse campo de tentar divulgar, vender, comprar... vemos cada coisa por aí.

    Porem a grande maioria da população mal conhece o termo "indústria fonográfica" e como existem os podres nesse meio.

    Eu sempre fui curioso em relação a nebulosa lei sobre direitos autorais e, navegando por ai, li uma entrevista interessante do músico Fernando Anitelli. Fiquei feliz pela forma de pensar dele, que bateu muito com as minhas divagações.

    Segue um trecho:

    Fórum – Qual a sua opinião a respeito da mídia comercial tradicional?
    Anitelli – As mídias comerciais tradicionais vivem querendo criar novos talentos, novos sucessos. Por isso, um monte de gente se tranca em uma casa ou num sítio e sai de lá artista, achando que é uma pessoa representativa. É porra nenhuma! Não traz nada de debate, não contribui com nada. O artista autônomo é outra coisa, ele traz consigo o debate. É militante. Não sou artista, sou militante da música. A gente tem que pensar assim, até porque o artista já começa a ter um significado pejorativo hoje.
    Alguns colocam 50 pessoas na plateia em lugares onde colocamos 2,5 mil. O Lobão outro dia, em São Paulo, tocou para 400 pessoas. Nós fechamos três dias com seis mil pessoas no Memorial da América Latina. E esgotou tudo. E aí o Lobão é mainstream e o Teatro Mágico, não? O Lobão tem uma boa história e é um ótimo compositor e até ficou longe das gravadoras por vários anos, quando tentou trazer a numeração do CD e batalhou pela independência. Mas ao mesmo tempo só fez isso porque foi chutado da gravadora. Ele não surgiu independente, como o Teatro Mágico e outros grupos que escolheram a independência como projeto. Tanto que hoje voltou pra Sony e passou de novo a defender esse mercado. Outro dia, no Campus Party, falou uma besteira gigante na mesa em que estava. Eu me apresentei e perguntei o que ele achava do jabá. Ele disse que como já somos famosos na internet, uma gravadora poderia aceitar nos contratar e pagar o jabá pra gente. Retruquei dizendo que jabá é crime e que ninguém deve pagar isso, nem a gravadora nem o artista.

    Fórum – Além do Lobão, o Fred Zero Quatro também tem assumido uma posição diferente da de vocês em relação ao Música Pra Baixar.
    Anitelli – É uma coisa natural, a resistência ao novo. Todas as mudanças, todas as conquistas tiveram briga, porrada, palavrão. É sempre desse jeito. Acho que os jovens sempre estiveram contextualizados nas principais mudanças históricas. O Fred fez esse comentário a partir de uma ótica da história dele. Encontrei com ele no aeroporto e ele me disse que em Recife sempre ficaram à margem de muita coisa. E que não tinham como entrar no contexto do cenário musical nacional. Foi justamente através de uma gravadora, a Banguela Records, do Miranda e dos Titãs, que conseguiram chegar ao resto do país, que conseguiram instrumentos e chegaram à MTV. E isso num momento em que a internet não era tão forte.
    A MTV, naquela época, ainda era um canal de TV que prestava. Que até tinha alguma novidade. Hoje em dia, o cara que inventou o YouTube acabou com a MTV. Daí a emissora tem que inventar programas de debate, usar apresentadoras gostosas, essas coisas. Porque ninguém mais vê. Ninguém mais espera um dia inteiro para que um VJ semi-engraçado fale se sua música vai tocar ou não. Além disso, a MTV aparece com o VMB como a festa da música brasileira. Podia se chamar a "festa do jabá nacional". É impossível fazer uma festa da música sem chamar Gog, um baita rapper, e sem ter Silvério Pessoa. Nós do Teatro Mágico também nunca fomos chamados. Mas também nem quero e não iria.
    Agora, me explica, como o melhor artista do ano pode ser o Fresno e a outra banda é o NX Zero, e todas são do mesmo empresário? Que coincidência, né? Já está claro que tudo isso é armado. É uma festa para promover pessoas que não fazem diferença nenhuma na música brasileira. Acho importante trazer esse debate à tona. Parabéns à gravadora que investiu em dois grandes artistas, o Chico Science e o Mundo Livre S/A, mas hoje em dia todo o mecanismo de comunicação que você precisa está às mãos. O grande segredo é não parar de produzir.


    fonte: revista forum


    Rebatendo a bola:

    Como encaram as questões levantadas na entrevista?

    Simonhead
    Veterano
    # set/11
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    A MTV, naquela época, ainda era um canal de TV que prestava. Que até tinha alguma novidade. Hoje em dia, o cara que inventou o YouTube acabou com a MTV. Daí a emissora tem que inventar programas de debate, usar apresentadoras gostosas, essas coisas. Porque ninguém mais vê. Ninguém mais espera um dia inteiro para que um VJ semi-engraçado fale se sua música vai tocar ou não. Além disso, a MTV aparece com o VMB como a festa da música brasileira. Podia se chamar a "festa do jabá nacional". É impossível fazer uma festa da música sem chamar Gog, um baita rapper, e sem ter Silvério Pessoa. Nós do Teatro Mágico também nunca fomos chamados. Mas também nem quero e não iria.


    Nossa, falou tudo ai!

    Simonhead
    Veterano
    # set/11
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    -Dan
    Como encaram as questões levantadas na entrevista?

    Respondendo a sua pergunta, eu diria que a última frase do Fernando nessa entrevista que você compartilhou ai é bem o que se deve fazer, na minha humilde opinião. Ou seja, não parar produzir e meter as caras, sempre.

    -Dan
    Veterano
    # set/11
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    Simonhead

    Vlw por comentar. =]
    Criei esse tópico e pouco tempo depois criam um sobre Restart. Aí já viu né?

    Qual assunto é mais relevante, Industria Fonográfica ou o Restart?
    Obviamente é se indignar contra o Restart, justamente um fruto da atual Indústria Fonográfica. Nòs somos um povo reclamão, e nada muito além disso.


    Enfim, sobre o tópico:

    A Internet realmente foi uma benção nesses aspectos.

    E como gravar em casa tem ficado mais fácil a cada dia que passa, um fio de esperança cresce.

    Entretanto a internet ainda é cara e lenta pra maioria dos brasileiros e engolir o que toca na cara e mastigado, ainda é mais fácil.

    Simonhead
    Veterano
    # set/11
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    -Dan
    Entretanto a internet ainda é cara e lenta pra maioria dos brasileiros e engolir o que toca na cara e mastigado, ainda é mais fácil.


    Entendo esse seu ponto acerca do acesso a net. Que essa possibilidade traga muito mais que entretenimento ao público em geral. Que a net traga educação, cultura, história, conhecimento também!


    E como gravar em casa tem ficado mais fácil a cada dia que passa, um fio de esperança cresce.

    Minha banda gravou um disco o ano passado e ainda estamos aguardando a Sonopress terminar a prensagem dos cds. Parece um parto esse negócio. A net ajuda muito na divulgação, porém o lance do cd na mão ainda é uma exigência do pessoal que assiste aos shows. Que bom, né?

    -Dan
    Veterano
    # set/11
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    Simonhead
    Entendo esse seu ponto acerca do acesso a net. Que essa possibilidade traga muito mais que entretenimento ao público em geral. Que a net traga educação, cultura, história, conhecimento também!

    ô. Palavras chaves aí!
    O buraco mesmo está aí: educação, cultura... coisas bastante negligenciadas nesse país.

    Minha banda gravou um disco o ano passado e ainda estamos aguardando a Sonopress terminar a prensagem dos cds. Parece um parto esse negócio. A net ajuda muito na divulgação, porém o lance do cd na mão ainda é uma exigência do pessoal que assiste aos shows. Que bom, né?

    Sonopress é o que? Uma gravadora?

    tambourine man
    Veterano
    # set/11
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    música é uma arte performática, pertence aos palcos. Gravação é secundária, mas se torna o principal porque movimentou milhões no passado.

    Direito autoral existe depois da cópia com custo quase zero? Ou depois que o original se tornou igual a cópia? Quantos artistas vivem ou viveram de direito autoral: 1%, 5%? Isso importa aos artistas?

    leotr3
    Veterano
    # set/11
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    A industria fonográfia é injusta
    só digo isso

    -Dan
    Veterano
    # set/11
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    tambourine man
    música é uma arte performática, pertence aos palcos. Gravação é secundária, mas se torna o principal porque movimentou milhões no passado.

    Pra mim são duas coisas diferentes e não excludentes. A arte performática, tanto visual quanto sonora, no palco. E a arte puramente sonora, como aquele cara que grava em casa uma sinfonia utilizando um EWQL, por exemplo.

    VOcê falou do passado. Como estamos em 2011, a gravação é de suma importancia.

    Direito autoral existe depois da cópia com custo quase zero? Ou depois que o original se tornou igual a cópia?

    Existe e deve existir. Mas não com a função de coibir a cópia, e sim coibir o ato de alguem ganhar grana com a sua composição, nas suas costas. Dificil né? Mas na minha opinião, no caso da música, copiar ok. Copiar e vender sem autorização, aí sim, crime.

    Quantos artistas vivem ou viveram de direito autoral: 1%, 5%? Isso importa aos artistas?
    Me parece que pagam por amostragem, e que só alguns beneficiados que ganham alguma coisa com direito autoral. Roubalheira né.

    Simonhead
    Veterano
    # set/11 · Editado por: Simonhead
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    -Dan
    Sonopress é o que? Uma gravadora?


    É a Sonopress quem vai prensar os CDs.

    Não é gravadora - nós mesmos vamos lançar por meio do nosso selo (Weirdoland Music).

    -Dan
    Veterano
    # set/11 · Editado por: -Dan
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    Simonhead
    É a Sonopress quem vai prensar os CDs.

    Humm, quantos cds vcs vão fazer? Fico pensando quanto será que custa uma máquina de prensar Cds...

    Não é gravadora - nós mesmos vamos lançar por meio do nosso selo (Weirdoland Music).

    Como funcionou isso, pra vcs?

    tambourine man
    Veterano
    # set/11
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    -Dan
    Como estamos em 2011, a gravação é de suma importancia

    Engula uma arte castrada então.

    Del-Rei
    Veterano
    # set/11
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    -Dan
    O Lobão outro dia, em São Paulo, tocou para 400 pessoas. Nós fechamos três dias com seis mil pessoas no Memorial da América Latina. E esgotou tudo. E aí o Lobão é mainstream e o Teatro Mágico, não?

    Nessa parte fica clara que o Mainstream não domina mais o mercado como antes. Ela domina os meios de comunicação fechados (TV e rádio).
    Graças à internet, hoje todos podem mostrar seus trabalhos, e quem é bom certamente vai sobressair.


    Hoje em dia, o cara que inventou o YouTube acabou com a MTV.

    Na verdade, acho que a MTV já foi pro saco muito antes do Youtube.
    Infelizmente, a MTV já foi muito boa, mas se vendeu (como a maioria).


    Agora, me explica, como o melhor artista do ano pode ser o Fresno e a outra banda é o NX Zero, e todas são do mesmo empresário? Que coincidência, né?

    É. O que mais me assusta é que muitos dos músicos que estão batalhando por espaço hoje continuam achando que dedicação e boa música vão fazer o mainstream absorvê-los. Muitos ainda sonham em fechar contratos com gravadoras.

    Um caso clássico foi o Manacá, que rompeu contrato com a EMI porque simplesmente descobriram que era furada... E podiam fazer muito mais sendo independentes.

    Um aceno de longe!!!

    -Dan
    Veterano
    # set/11
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    tambourine man
    Engula uma arte castrada então.

    Se vc chama essa modificação natural de castração, seja feliz com sua vitrolinha ouvindo seus shows ao vivo aí, se isso não for uma castração muito grande.

    tambourine man
    Veterano
    # set/11 · Editado por: tambourine man
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    -Dan

    a gravação se justifica se for o caso de um Glenn Herbert Gould ou um Stockhausen da vida, fruto de um projeto estético definido [como é o caso também de Sgt. Peppers]. No mais, ela é uma emulação pífia da experiência de um show.

    Se isso é "natural" para você, talvez você veja peças de teatro no seu DVD. E goste.

    Simonhead
    Veterano
    # set/11 · Editado por: Simonhead
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    -Dan
    Como funcionou isso, pra vcs?


    Independente, véi. 1000 cópias inicialmente.

    Esse lance de gravadora grande é só para algumas bandas mais tarimbadas ai. Distribuir pode vir a ser um problema - dai, a gente pode resolver levando o show aonde for possível.

    -Dan
    Veterano
    # set/11
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    tambourine man
    a gravação se justifica se for o caso de um Glenn Herbert Gould ou um Stockhausen da vida, fruto de um projeto estético definido [como é o caso também de Sgt. Peppers]. No mais, ela é uma emulação pífia da experiência de um show.

    Se essa sua concepção de música como sendo arte performática de palco te atende e te deixa feliz, blz.

    Pra mim não é unicamente isso.
    Tem quem use musica gravada para dançar, para lavar louça, para dormir, para lembrar do fulaninho, da fulaninha, pra transar, para sorrir, pra chorar, para matar ovelhas... e isso sendo possivel pq ela está gravadinha ali graças aos avanços tecnologicos, de certa forma, naturais.

    Se isso é "natural" para você, talvez você veja peças de teatro no seu DVD. E goste.
    Particularmente não sou fã de teatro em nenhum aspecto. Mas gravar peças de teatro ocasionaram coisas interessantes, como alguns filmes.

    -Dan
    Veterano
    # set/11
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    Simonhead

    Independente, véi. 1000 cópias inicialmente.

    Esse lance de gravadora grande é só para algumas bandas mais tarimbadas ai. Distribuir pode vir a ser um problema - dai, a gente pode resolver levando o show aonde for possível.


    Mil copias com capinha, adesivo e tudo? Por quanto saiu?

    Del-Rei

    Nessa parte fica clara que o Mainstream não domina mais o mercado como antes. Ela domina os meios de comunicação fechados (TV e rádio).
    Graças à internet, hoje todos podem mostrar seus trabalhos, e quem é bom certamente vai sobressair.


    Mas Lobão não é tão a hype do momento né.. Se fosse Restart ao invés de Lobão, como será que seria?

    Del-Rei
    Veterano
    # set/11
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    -Dan
    Se fosse Restart ao invés de Lobão, como será que seria?


    Pois é... O que acontece é que o mainstream não domina o mercado, mas obviamente faz parte dele.
    O mainstream está dividindo o mercado com as produções independentes.

    Tem muita coisa sendo consumida em larga escala sem passar pelo mainstream. Mas é claro que muita coisa passa por ele.

    A internet foi a melhor coisa que aconteceu pras bandas que querem espaço e não conseguem. Até para as grandes bandas posso arriscar que também foi bom (em alguns casos), porque a fatia gorda da arrecadação de discos sempre caía nas mãos da gravadora.

    Um aceno de longe!!!

    Simonhead
    Veterano
    # set/11 · Editado por: Simonhead
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    -Dan
    Mil copias com capinha, adesivo e tudo? Por quanto saiu?


    Ainda no aguardo do baixista repassar os custos a respeito do lançamento. Quando eu tiver essa info, eu lhe escrevo, ok?

    Comuna CCCP
    Veterano
    # set/11
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    Acho muito engraçado esses artistas, como o Teatro Mágico dizendo essas coisas... pelo que sei nos contatos que tenho em SP muitos dos integrantes eram de Alphaville, um condomínio de luxo aqui, e com certeza possuíam meios financeiros de se promover... se alguém acha que eles não pagaram jabá para ninguém está sendo apenas ingenuo.

    O mínimo que os caras do teatro precisariam ter é respeito pelo Lobão que tem um tempo de estrada enorme e que enfrentou, cara a cara, os principais produtores que estão no "mainstream" hoje em dia. Diferentemente desses hippie-chic que tentam se esconder em cantos que só parecem ser sujos e só parecem ser alternativos.

    E melhor, eu analiso o Teatro Mágico muito mais como uma peça teatral circense do que como música, que eu particularmente acho tediosa.

    Sobre a questão de direitos autorais, é necessária uma revisão na distribuição desse material. Ir contra a maré da tecnologia é impossível.
    Eu acredito que soluções como Bibliotecas on-line (legalizadas), onde você nem precisa baixar nada, você já teria todo o material lá (CD, DVD's, Posters, letras, bibliografia e etc...) distribuiria melhor essa renda.

    O que precisa é parar de ter um produtor que simplesmente investe em uma formula magica para sucesso.
    Esses regras comercias escrotas de uma faixa ter 2,3min e um CD ter 12 faixas são ridículas.

    Podemos citar vários exemplos de sucesso sem estas formulas, vide Pink Floyd.

    -Dan
    Veterano
    # set/11
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    Comuna CCCP
    Acho muito engraçado esses artistas, como o Teatro Mágico dizendo essas coisas... pelo que sei nos contatos que tenho em SP muitos dos integrantes eram de Alphaville, um condomínio de luxo aqui, e com certeza possuíam meios financeiros de se promover... se alguém acha que eles não pagaram jabá para ninguém está sendo apenas ingenuo.

    O mínimo que os caras do teatro precisariam ter é respeito pelo Lobão que tem um tempo de estrada enorme e que enfrentou, cara a cara, os principais produtores que estão no "mainstream" hoje em dia. Diferentemente desses hippie-chic que tentam se esconder em cantos que só parecem ser sujos e só parecem ser alternativos.

    E melhor, eu analiso o Teatro Mágico muito mais como uma peça teatral circense do que como música, que eu particularmente acho tediosa.


    BOm, ai vc está entrando no campo da acusação/especulação. Dizer que alguem comete o crime do jabá apenas pelo fato de uma banda ter integrantes abastados, e uma vez que o discurso do lider da banda é justamente o contrário disso, cabe a quem acusa o onus da prova.

    Embora eu ache o Lobão meio contraditório, não acho que o estão desrespeitando não. Acho que a discussão não é essa.

    Sobre a questão de direitos autorais, é necessária uma revisão na distribuição desse material. Ir contra a maré da tecnologia é impossível.
    Eu acredito que soluções como Bibliotecas on-line (legalizadas), onde você nem precisa baixar nada, você já teria todo o material lá (CD, DVD's, Posters, letras, bibliografia e etc...) distribuiria melhor essa renda.

    O que precisa é parar de ter um produtor que simplesmente investe em uma formula magica para sucesso.
    Esses regras comercias escrotas de uma faixa ter 2,3min e um CD ter 12 faixas são ridículas.

    Podemos citar vários exemplos de sucesso sem estas formulas, vide Pink Floyd.


    O problema é a área governamental responsável por cuidar disso. OMB? ECAD?

    TRatar da legalidade dependerá da boa vontade do governo, o que já quebra as pernas. Parece existir uma máfia do está-bom-como-está, e nela se encontra os produtores das formulas magicas que continuam aí, agindo e enriquecendo, pois o que a maioria do povo pede é o que a grande mídia dá. SEm educação, é a TV que educa as pessoas.

    -Dan
    Veterano
    # set/11
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    Del-Rei

    Pois é... O que acontece é que o mainstream não domina o mercado, mas obviamente faz parte dele.
    O mainstream está dividindo o mercado com as produções independentes.

    Tem muita coisa sendo consumida em larga escala sem passar pelo mainstream. Mas é claro que muita coisa passa por ele.

    A internet foi a melhor coisa que aconteceu pras bandas que querem espaço e não conseguem. Até para as grandes bandas posso arriscar que também foi bom (em alguns casos), porque a fatia gorda da arrecadação de discos sempre caía nas mãos da gravadora.

    Um aceno de longe!!!


    Isso, alem de ser um nicho interessante para divulgar, é uma coisa interessante para novas bandas avaliarem.
    Uma coisa positiva tambem é a necessidade da banda não ser mais uma coisinha generica, igual e rotulada para seguir a formulinha magica do sucesso.
    Logo, pode surgir bandas interessantes daí.

    maninhobadu
    Veterano
    # jun/12 · Editado por: maninhobadu
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    A indústria não deveria existir, sua única função é acabar com a música como arte e transformar num pacote de arroz. Limar arranjos, tornar a música como uma novela. Onde já de cara todo mundo sabe o final, pois um Hermeto Pascoal cansa ouvir muitas notas.
    Hermeto Pascoal é um gênio da musica mundial, porém ele é mais conhecido no exterior do que no Brasil.
    A indústria não tem nenhuma preocupação com a música, elas assim como o governo querem e sempre quis manter a massa burra, são no mínimo 8 horas de trabalho, depois novelas, musicas com três notas e letras sem nexo.
    Ou seja, não existe uma relação da indústria com a música, um artista quer mostrar sua arte, e a indústria não quer musica e sim um produto de fácil venda.
    Viva a pirataria!!!

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