Zenir
Membro Novato |
# ago/16 · Editado por: Zenir
O vox AC4Tv possui 5 versões: Head; com falantes de 12, 10, 8(Celestion); e a mini, com um falante de buldog 6,5 da própria vox(não sei se é o mesmo do pathfinder 10). Eu comprei a versão mini porque o queria bem compacto e prático. Como o circuito é o mesmo, posso tentar adquirir a cabinet(1X12) da sua versão head ou uma outra qualquer de 1, 2 ou 4 X12 e suprir esta deficiência quanto ao reduzido tamanho de seu falante. Fiquei feliz e surpreendido.
Características internas: É um valvulado, single ended, classe A, com uma 12AX7 no pré e uma EL-84 no power(somente a retificação é transistorizada, os primeiros, na década de 60 tinham retificação valvulada), de 4 wats de potência, cujo atenuador permite rebaixar para 1 wat e 1/10 wat. Auto falante de 6,5”, 16 ohms, vox buldog.
Características externas: Acabamento em Vinil creme, forro da saída de som típico vox marron com a logo marca dourada típica. Todo fechado, não há abertura traseira.
Painéis:
Superior: Entrada / Tone: abre e fecha o som, deixando mais puxado para o grave ou para o agudo, dependendo do lado em que se gira. / Volume: aqui controla-se não apenas o volume como a distorção, quanto mais alto, mais volume e mais compressão e drive. / Atenuador: alterna entre 4w-1w-1/10w.
Trazeiro: ac/dc-tomada, saída para falante de 16 ohms.
(não tem saída para fones de ouvidos ou de linha)
Sonoridade: faz apenas um mês que comprei, ainda estou me habituando às válvulas. Com relação a dinâmica, na primeira palhetada quem, como eu, nunca havia tocado em um valvulado, sente a diferença. Embora toque muito com o clean/drive leve, com o peso da levada de sua mão você consegue alternar entre clean e drive de forma bem interessante. Quando em volumes altos, ele tem um drive bem vintage, sonoridade bem característica vox. Eu não sou muito habituado com distorções e drives, mas mesmo assim, eu percebo que ele chegaria facilmente à sons semelhantes aos do Brian May, One Vision, e bem “fuzzys”, estilo Beatles, em Revolution(volume no talo). Ele é bem seco, pouco grave e o som da strato fica ainda mais estalado, talvez pela pequenez do falante, mas suportou bem os pedais de delay e chorus que eu tenho da landscape, além do equalizador. Meu drive é um simulador do fender twin reverb da joyo, não achei que ficou legal. Quanto ao timbre, mesmo com o pequeno falante, é muito bom. A limpeza, a clareza, a sujeira… vai toda ser controlada pela conjunção dos botões tone, volume e palhetada. Como minha guita é de captação ativa, o volume dela atenua o drive bem, mas não tanto a tonalidade. O atenuador é legal, mas com 1/10w é só para matar aquela vontade de tocar depois das 10:00 pm, pois o timbre fica bem embaçado, perde-se muito. 1W é ideal para sons mais sujos em casa e 4w para clean em casa. Não acho possível tocar com ele em ensaios com bandas sem microfonação ou ligação em uma 2X12, esta segunda opção, provavelmente, sem clean. Clean, em ensaio, só microfonando.
Confiabilidade e Durabilidade: o gabinete é de compensado de madeira bem densa e grossa. Tudo passa uma impressão de bem sólido e resistente. Inclusive o peso, para seu porte, tem peso.
Prós: tamanho/praticidade/mobilidade, timbre e dinâmica valvulada com timbre característico britsh em bom preço(R$1700).
Contras: Atenuador na posição de 1/10 com timbre muito ruim(a versão normal, não mini, é ¼). Esquenta bastante pois não é aberto atrás. O que se ganha em praticidade, perde-se em timbre com o falante de 6,5, falta graves e o som é seco. Podia ter um reverb para molhar um pouco o som, ainda não testei com pedal de reverb.
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