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Ed_Vedder Veterano |
# abr/04
"MAN ON THE EDGE" KERRANG! - 1993
" Junto ao Nirvana, com os quais eles tiveram uma relação inicial meio tumultuada, o Pearl Jam iniciou a explosão do grunge, quando eles estouraram em Seattle, em 1991. E desde o começo, era óbvio que Vedder era um extraordinário frontman. Um surfista apaixonado que pessoalmente brigou por mais causas humanitárias do que a Madre Teresa. Vedder foi um artista intenso que procurou dar o máximo de si para os fãs da banda. No começo isso era muito positivo, mas quando a popularidade da banda começou a aumentar, ele achou cada vez mais difícil manter o contato com tudo isso.
Como Kurt Cobain, Vedder não fazia negócio com o estrelato do rock. Ele via em seu público, uma plataforma para divulgar algumas de suas causas preciosas e - especialmente- intensificar a consciência de sua banda. A última coisa que ele queria era a adulação e a atenção constante. Ele evitou festas no camarim e vínculos com a mídia, preferindo conversar com fãs ou com pessoas que ele encontrava na rua do que com funcionários das companhias de disco. Mas, eventualmente, a mídia ganhou: como a banda estourou, isso demandou mais e mais dele.
"Eu provavelmente um dia não farei entrevistas, porque eu não quero acabar distorcendo o tópico", diz Eddie Vedder. "Música é o tópico. Não seria por causa de atitude ou qualquer outra coisa. É simplesmente que, há 15 anos, eu encontrei um meio bonito de me expressar. Música é uma forma das pessoas se aproximarem e curtirem. Está aí e é o que eu faço; então, quando você pensa nisso, em termos dessas revistas... A outra razão para eu não mais fazer entrevistas, é que as pessoas não vão querer saber - por falta de interesse ou seja lá o que for. Eu não quero ser uma estrela: não vale a pena ter fotos tiradas de mim e a minha cara em tudo quanto é lugar. É assustador - eu poderia assustar um monte de gente com a minha cara! Não é sobre rostos. Eu acho, particularmente, que, quanto menos você conhece sobre um músico, melhor. Tudo que você precisa é a música e daí você não terá outras idéias preconcebidas".
Eddie Vedder vê da seguinte forma: nós vivemos em uma sociedade em que a mídia tem tanto poder, que não se preocupa mais com honestidade, sensibilidade; ao invés de prover entretenimento, com um serviço de informação equilibrado, distorce-se tudo, absolutamente fora da proporção.
Como um americano, o mundo de Vedder já é mais dominado pela mídia do que o nosso. Mais significativamente, ele é o vocalista da mais popular banda de rock do mundo no momento. Isso faz dele, o alvo principal da mídia e ele está começando a detestar isso. E é por esse motivo que essa será a última entrevista que você vai ler.
Desde que o Pearl Jam lançou o "Ten", em 1991, eles vêm sendo questionados e interrogados e escolhidos pela imprensa mundial. Para alguns, o Pearl Jam foi sozinho responsável por salvar o rock. Para outros, Vedder, os guitarristas Stone Gossard e Mike McCready, o baixista Jeff Ament e o baterista Dave Abbruzzese, são somente roqueiros fazendo pose de angustiados.
A atenção interminável tem empurrado a banda e, principalmente Vedder, para a beira. No último ano, no Festival Roskilde, na Dinamarca, Eddie se quebrou. No dia anterior, em um show em Estocolmo, roubaram um caderno com letras de músicas e um jornal dele no camarim, quando ele já estava no limite. Durante o show em Roskilde, ele explodiu ao ver um segurança atacando um fã fazendo stage dive e ele acabou batendo no segurança.
A pressão vem sendo construída há tempo. O Pearl Jam gastou muito tempo na estrada. Eles cancelaram os dois shows em Londres, no começo do ano, para manterem a sanidade. Mesmo que você tinha um ingresso para esses dois shows, você se sentirá orgulhoso ao ouvir "Vs".
"Todo mundo pergunta sobre a pressão excessiva", diz Vedder "mas eu sinto que eu tenho que proteger a música disso. Eu acredito que isso me afeta pessoalmente, claro. Mas você sabe, eu poderia dizer um monte de nome de pessoas com as quais eu falo sobre essa pressão e como me desviar dela. Eu poderia falar toda noite sobre isso com eles. Mas tudo vem do fato de eu querer deixar tudo aquilo distante da música. É como uma criança; é como manter o bebê fechado em um quarto onde ninguém possa alcançá-lo, porque é uma coisa frágil".
"Vs" - que quase foi chamado 'Five Against One', que é um trecho da faixa 'Animal' - é um disco deliciosamente instável e maravilhosamente insano. Quanto às letras, como "Ten", é uma combinação do político, do espiritual e do pessoal.
"Bem, todas essas coisas reais se acumularam", diz Vedder, "Esse é o meu jeito de ser. Eu sempre fui desse jeito e sempre serei. Eu acho que você tem que tentar mudar as coisas - apenas um pouco. Eu realmente não tenho poder para fazer muito. Há muito mais que eu adoraria fazer. Eu faço coisas, mas não publicamente: eu não falarei sobre elas".
Essas coisas incluem apoiar o People for the Ethical Treatment of Animals; o Rock The Vote, durante a recente eleição para presidente nos EUA (Vedder apoiou Clinton); oposição à pornografia e contribuir para a proteção do ambiente. Ele fala sobre o Earth First, uma organização radical que emprega métodos ilegais para tentar salvar o planeta.
"A teoria deles é a da infiltração de um empecilho", ele explica. "Quando florestas estão sendo cortadas, eles colocam algo para engrossar as árvores, daí quando os serradores vão cortá-las, eles quebram as suas lâminas"!
Em "Vs", Vedder canta sobre coisas tais como, crianças com dificuldade de aprendizagem ('Daughter'), tensão racial ('W.M.A.'), e a terrível estupidez da cultura americana de culto às armas ('Glorifield G').
"Havia um tempo em que se pensava que crianças com dificuldade de aprendizagem eram teimosas e egoístas", ele diz sobre 'Daughter'. "Apenas recentemente foi conhecido o que é (distúrbios de aprendizagem). 'WMA' significa 'White Male American' (homens brancos americanos). Nós todos somos almas: todo mundo deve ter uma, não importa de que cor elas são".
Considerando-se o envolvimento de Vedder com o movimento Pro Choice (que está tentando impedir que o aborto de torne ilegal em qualquer lugar nos EUA), é só uma questão de tempo, até que ele escreva uma canção sobre isso, também.
"Deveria ser uma escolha da mulher o que ela faz com o corpo dela e como ela planeja o seu futuro", ele reconhece. "Se ela vai com um cara, por quê ela deve ser atolada pelo problema e ser forçada legalmente a ter esse bebê para o resto de sua vida, somente por causa de uma porra de um pênis?"
Vedder atualmente está realçando essas questões para um grande público na América. "Ten" vendeu até agora 7 milhões de cópias - mais que o "Nevermind" do Nirvana.
Assim como o também socialmente consciente, Zack de la Rocha, Vedder é o antídoto extremo aos roqueiros cabeças-de-vento do passado recente. Milhões de jovens não querem ícones decadentes nunca mais: eles querem que suas bandas favoritas tenham algo a dizer.
"Nós temos muitos problemas profundos enraizados, nós somente podemos tentar fazer nossa parte", diz Vedder. "Antes disso tudo, eu costuma achar que eu poderia mudar parte do mundo. Eu nunca esperava estar sob o olho do público mas, mesmo sem essa opção, eu imaginava que eu poderia mudar as coisas. As pessoas não entendem, elas esquecem o quanto é incrível quando você faz alguma coisa para alguém. As pessoa ficam chocadas quando você simplesmente dá algo a eles; eles sempre estão olhando acima dos seus ombros e você não pode culpá-los. Há um monte de pessoas tolas na América que nunca se esforçaram por nada. Não há substância na personalidade delas e elas estão desesperadas atrás de qualidade de vida".
Eddie Vedder cresceu em Illinois, onde a sua família possuía um orfanato. Ele não sabia quem era o seu pai até a adolescência. Ele é evasivo quando se fala sobre o seu passado, embora ele tenha me dito uma vez que sua apreciação pela vida, o ajuda a compreender toda a merda que aconteceu antes na sua vida. Fora isso, ele não entra em muitos detalhes.
"O negócio é criar; e eu faço isso, mas todas essas outras coisas...Eu falarei calmamente a você agora, mas há vezes em que eu não vou querer", ele diz. "Muitas pessoas falam e onde está o sentido disso?"
Ele tem recebido comentários ridículos de críticos e contemporâneos dele sobre o fato de ser "prostituído" pelo rock corporativo. Recentemente, ele até foi acusado de racista: "Há uma canção que nós tocamos, 'Leash', cujo refrão diz 'Drop the leash, drop the leash, drop the leash, get out of my fucking face'. Nós a tocamos em Washington, DC, e eu recebi uma carta de uma garota dizendo 'Eu amava a sua banda, mas eu não poderia acreditar que vocês cantavam aquela música, era tão racista!' Ela pensou que eu estava cantando 'Japanese, Japanese...'! (Japonês...Japonês!) E é claro que eu queria responder a carta. Isso era loucura! Ela disse 'Eu nunca mais ouvirei a sua banda novamente e eu direi a todos os meus amigos o que você fez'. Ela pensou que eu era capaz desse tipo de sentimento...Mas o que você vai fazer? Mas há tantos mal entendidos e isso acaba acontecendo na vida de qualquer pessoa, principalmente nessa escala".
Depois de dois anos vivendo em uma bolha, Eddie Vedder está aprendendo a arte da auto preservação. Ele falou apenas para três revistas britânicas para promover o lançamento de "Vs". Ele ficou irritado com pelo menos um ataque verbal ao Pearl Jam, vindo de um jornal de música mal informado. "Esses caras que estão escrevendo essas coisas, você nunca vê a cara deles. Eles provavelmente escrevem coisas pesadas apenas para ter uma reação. O vergonhoso é que muitas pessoas são influenciadas pelo o que está escrito e no fim, muitas pessoas hoje em dia lêem e falam sobre música muito mais do que ouvem".
Todos, é claro, devem ter lido sobre a rivalidade entre o Nirvana e o Pearl Jam - que começou quando Kurt Cobain fez alguns comentários inflamados sobre o Pearl Jam e terminou no ano passado quando ele e Vedder dançaram lentamente juntos em público. O fato dos disco 'Vs' e 'In Utero' do Nirvana serem lançados praticamente juntos, aumentou a percepção de como as duas bandas estão se dando bem agora.
"Nas últimas semanas, tem sido a mesma coisa - as pessoas estão falando sobre Nirvana e Pearl Jam. Eu e o Kurt conversamos outro dia, porque você sabe que os nossos discos vão sair ao mesmo tempo e isso poderia ser realmente ruim. Então, depois disso, nós alternaremos; nós vamos realizar os nossos discos com diferença de 6 meses! Contudo, as pessoas podem juntar dinheiro para comprar discos durante esse período".
A fofoca, a especulação, a incompreensão, a violação pessoal, o exagero e a distorção: isso tudo adicionou uma enorme "bolha fervendo" sobre as costas de Eddie Vedder. Ele entrou nesse negócio pelo simples prazer de fazer música e ele está convicto de que é isso que ele vai fazer a partir de agora. Ele não dará mais entrevistas por um bom tempo.
"Você tem que assumir uma postura. Você tem que ser capaz de confiar nas pessoas para poder ser tremendamente honesto. Então, se você ouvir que nenhum de nós da banda vamos mais dar entrevistas, isso será simplesmente porque nós estamos tentando manter um pouco de controle; tentando preservar um pouco a música. "
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maggie Veterana |
# abr/04
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Qual é a fonte?
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yield Veterano |
# abr/04
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Eddie Vedder é o cara
putz a da guria achar que drop the leash era japanese foi a pior hehhe
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Ed_Vedder Veterano |
# abr/04
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yield
ahuahuahu... pior
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Ed_Vedder Veterano |
# abr/04
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maggie
ja te confirmo
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Ed_Vedder Veterano |
# abr/04
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maggie
O site de onde eu copiei a entrevista está fora do ar, se não me engano é um artigo da Rolling Stone
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Rainmaker_Acid Rain Veterano |
# abr/04
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Mta coisa pra le =/
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GrungeMan Veterano |
# mai/04
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acho mto idiota essa coisa de nao dar mais entrevistas.. se o cara faz musica e trabalha com isso .. ao menos deve dar satisfação como o porque , o que ele espera do seu trabalho e das musicas para os fãs.
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Comanche Veterano |
# mai/04
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Eu acho, particularmente, que, quanto menos você conhece sobre um músico, melhor. Tudo que você precisa é a música e daí você não terá outras idéias preconcebidas".
Nisso ele está totalmente certo.
As vezes fico pensando em como algo pode ser considerador "cult" lá fora e horrivel, ridiculo e brega aqui dentro do Brasil quando na verdade o sentido da musica é o mesmo, o que muda é apenas a cara do artista.
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little_wolf Veterano |
# mai/04
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Nem tanto...Antes não falar nada do que falar asneira...
Uma vez os Detonautas foram fazer um show em Goiania e se apresentaram na canja do jornal local da globo. O reporter fez uma pergunta sobre política (que eu não lembro qual) e o cara respondeu: "Não tenho opinião sobre isso, só falo de música"....
Isso sim é ser idiota
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Ed_Vedder Veterano |
# mai/04
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Comanche
a parte que vc destacou do texto, é a minha resposta para a colocação do GrungeMan.
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Akan Veterano |
# set/04
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Grunge 4ever!
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AlexVedder Veterano |
# jan/05
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Mew isso d dar entrevistas é q a midia modifica oq o artista falou,para faturar com isso...e oq mtas pessoas esqueceram hj em dia são dos sentimentos mew,us muléke só pensa in come as mina,as mina só pensa em dá(naum generalizando)fazendo com q o amor seja destruído e daki a uns nos eskecido....
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Ed_Vedder Veterano |
# mar/05
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O embrião do Pearl Jam pode ser encontrado em outras bandas de Seattle, na época em que a cidade ainda não era o grande foco das atenções no mundo do rock’n’roll, como ficou sendo durante a primeira metade da década de 90. Podemos começar dizendo que o guitarrista Stone Gossard e o baixista Jeff Ament eram amigos e formaram uma banda de hard-rock chamada de Green River ao lado do guitarrista Steve Turner e o vocalista Mark Arm, mais ou menos na metade da décade de 80. Chegaram a gravar e lançar um disco, chamado "Rehad Doll", além de um EP, pelo selo local Sub Pop. Mas em 1988, a banda resolve se separar, sendo que Arm e Turner formariam logo depois o Mudhoney, uma das bandas primordiais do grunge. Jeff e Stone continuam juntos e, juntamente com o baterista Jeff Turner e o vocalista Andrew Wood, formam uma nova banda, chamada Mother Love Bone. Assinam um contrato com a Geffen Records e lançam em 1989 o EP chamado "Shine" e, em 1990, um álbum chamado "Apple". A banda começa a fazer a sucesso nos EUA, quando, logo depois do lançamento de "Apple", em 16 de março de 1990, morre o vocalista Andrew Wood, vítima de uma overdose de heroína.
Depois disso, Stone e Jeff se separam, mas continuam a compor e escrever músicas. Depois de algum tempo, voltam a se juntar com o propósito de formar mais uma banda. A eles se junta o guitarrista Mike McCready (ex-Shadow), mas faltava ainda um vocalista e um baterista. Por intermédio do amigo e baterista Jack Irons (ex-Red Hot Chilli Peppers), eles conhecem Eddie Vedder, que estava naquele momento trabalhando em uma indústria de petróleo em San Diego (que fica no estado da California, sendo que Eddie nasceu no estado de Illinois), mas que costumava cantar e tocar com alguns amigos nos bares da cidade, em uma banda chamada Bad Radio. Vedder recebe uma fita demo do trio de Seattle (apenas com músicas instrumentais) e gosta do som que ouve. Ele resolve escrever as letras que faltam à essas músicas (reza a lenda que ele foi surfar um dia, e, ao sair do mar, estava com as três letras prontas na cabeça – são elas: "Once", "Alive" e "Footsteps", e possuem ligação entre si), e ele mesmo grava sua performance por cima dos instrumentos na fita e a envia de volta para Seattle. O trio fica impressionado com o que ouve e resolve convidar Eddie para ser o vocal da futura nova banda. Assim, ele vai para Seattle e grava com a banda durante três semanas, sendo que ao final dessas, já estavam se apresentando para o público local.
Ao mesmo tempo que isso acontecia, Chris Cornell, vocalista do Soundgarden e ex-companheiro de quarto do falecido vocalista do Mother Love Bone, resolve formar um banda para fazer um disco em homenagem ao antigo companheiro. Ele contacta Jeff Ament e Stone Gossard, que aceitam fazer parte desse projeto. Estes, por sua vez, levam Mike McCready e Eddie Vedder, e juntamente com o baterista Matt Cameron, também do Soundgarden, formam o Temple of the Dog. Gravam um excelente álbum auto-intitulado, que saiu pela A&M Records em 1991. Depois do fim dessa banda (que desde o início era apenas um projeto temporário para homenagear o carismático Andrew Wood), Jeff, Stone, Mike e Eddie decidem formar definitivamente uma nova banda, e para isso ganham o reforço do baterista Dave Krusen.
Assim, nasce o Pearl Jam. A princípio, o nome da banda seria Mookie Blaylock, que era o nome de um jogador de basquete. Mas eles tiverem que mudá-lo por problemas burocráticos, e Vedder sugere o nome Pearl Jam, que seria uma homengam à uma geléia com poderes alucinógenos que sua avó (chamada Pearl) fazia. Depois de mais algum tempo gravando material para o álbum debut, eles assinam um contrato com a Epic Records, lançando o resultado dessas gravações em agosto de 1991.
Esse resultado é o disco "Ten" (número da camisa de Blaylock no New Jersey Nets), certamente um dos melhores álbuns do grunge, e do rock em geral nos últimos tempos. Possui canções belas e inesquecíveis como "Alive" (o grande sucesso radiofônico do disco, e que levou o Pearl Jam a ser conhecido nos quatro cantos do mundo), "Oceans", "Black" e "Release", outras pesadas e raivosas típicas do grunge, como "Once" e "Why Go", além de outras excelentes por si sós, como "Jeremy" (outro grande sucesso radiofônico, e que possui uma letra auto-biográfica de Vedder, narrando problemas em sua juventude), "Porch" e "Even Flow". Com a excessiva excecução desse disco nas rádios e MTVs, a banda vai ficando bastante conhecida (logo Vedder começa a sentir o peso desse sucesso) e o álbum chega assim ao Top Ten americano. A banda ganha o prêmio de Video of the Year da MTV, com o clip de "Jeremy", além de vários outros prêmios. O destaque final fica por conta das emotivas letras escritas por Vedder, responsáveis em parte pela sintonia imediata do público com a banda. Ele costuma dizer que suas letras são para serem interpretadas por cada um como bem entender, podendo até gerar interpretações distintas dependendo do ouvinte.
Assim, a banda parte para uma grande turnê de divulgação ao redor do mundo, mas sem o baterista Dave Krusen, que saiu no final das gravações desse primeiro disco por problemas pessoais. Matt Chamberlain tocou com a banda nessa turnê. O Pearl Jam também fica conhecido por suas apresentações, cheias de energia e com o carisma de Vedder transbordando em cada uma delas, com seu comportamento no palco e os constantes stage-dives em meio ao público.
Em 1992, a banda participa do filme "Singles", do diretor americano Cameron Crowe. Nesse filme, é feito um retrato da geração grunge de Seattle, e várias bandas da cidade aparecem tocando, como por exemplo, o Alice in Chains. Alguns dos membros do Pearl Jam fazem parte da banda de Matt Dillon, chamada Citizen Dick, sendo que Vedder é o baterista.
Mini-acústico para a MTV A banda participa ainda de um mini-acústico para a MTV, onde eles tocam algumas canções do primeiro disco, além de uma música que saiu na trilha sonora do filme "Singles" (chamada "State of Love and Trust", e que podia perfeitamente ter saído no "Ten", de tão boa que é) e uma música cover de Neil Young, chamada "Rockin’ in the Free World" (que a banda também tocou em vários shows normais).
Nessa apresentação, Vedder protagoniza um show particular ao final, quando ele sobe no banquinho em que estava sentado e com uma caneta escreve vários slogans em seu corpo, em particular, alguns a favor de um instituição ambiental chamada Earth First (ele possui uma tatuagem em sua perna com o logotipo dessa instituição, da qual ele é sócio). O ano de 1992 também marcou a aproximação entre o Nirvana e Pearl Jam, uma vez que, no passado, Kurt Cobain havia hostilizado a banda de Eddie Vedder. Depois de conhecer Vedder pessoalmente, Kurt pediu desculpas em público pelo o que havia dito sobre eles. "I’m not going to do that anymore. It hurts Eddie and he’s a good guy", disse Kurt em uma ocasião. A agenda do grupo em 1992 continua intensa: Vedder ainda acha tempo de participar das gravações do álbum "Recipe for Hate", do Bad Religion, banda do seu amigo Greg Graffin. No quesito shows, a banda abre para vários artistas conhecidos, como Red Hot Chilli Peppers, U2 e Neil Young (com quem fariam uma parceria anos mais tarde), além de serem o headliner da segunda edição do festival alternativo Lollapalooza, organizado anualmente por Perry Farrell (ex-Jane’s Addiction e Porno for Pyros).
Depois desse exaustivo ano, em que o Pearl Jam consolidou de vez o status de ser a grande banda de rock do momento, o grupo volta ao estúdio para gravar o seu segundo disco. Em outubro de 1993 sai então "Vs", outro álbum excepcional. A principio, ele iria se chamar "5 Against 1", mas na última hora a banda resolveu chamá-lo simplesmente de "Vs" (aliás, esse título não está escrito em nenhum lugar do CD, à exemplo do que fez o Led Zeppelin em seu quarto disco). No line-up da banda, nova troca de baterista: Matt Chamberlain saiu para ir tocar no Saturday Night Live Band, e no seu lugar entra Dave Abbruzzese. A banda mostra definitivamente que pode ir além do que faz a maioria das bandas grunges, que nessa época, já estavam fazendo muito sucesso. Possui excelentes canções como "Animal", "Daughter", "Rearviewmirror", "WMA", "Leash" e "Indifference". Cada canção transborda de feeling e garra, mostrando a banda bem entrosada e com composições excepcionais. O disco logo entra no Top Ten americano, tendo atingido a incrível marca de 350.000 cópias vendidas apenas no primeiro dia de seu lançamento. Mas nem tudo são flores: Vedder experimenta cada vez mais o que é ser um "rock star", sendo que isso o incomoda. Mas a banda não diminui o ritmo intenso. Ainda em 1993, Eddie participa de um show no Rock and Roll Hall of Fame ao lado dos ex-membros do The Doors, Ray Manzarek, John Densmore e Rob Krieger. Lá eles cantam três músicas do inesquecível grupo de Los Angeles: "Roadhouse Blues", "Break on Through" e "Light my Fire". Para fechar o ano, a banda aparece em uma apresentação para o MTV Music Video Awards, com Neil Young no palco para a última música, "Rockin’ in the Free World".
Nesse período, a banda começa a se mostrar insatisfeita com a política comercial da Ticketmaster, a empresa americana que controla a venda e distribuição de ingresssos para os shows feitos nesse país. O principal motivo era o preço desses ingressos, que a banda sempre lutou para manter baixo, ao contrário do que efetivamente acontecia. Em maio, eles acionam oficialmente a justiça americana para uma investigação, acusando-os de monopólio, uma vez que não haviam outras empresas para assim promover uma competição, e, consequentemente, abaixar os preços e forçar a melhora dos serviços. Assim, eles rompem com a empresa e passam a promover e organizar os próprios shows, obtendo apoio de vários outros artistas, como o REM, Aerosmith e Ne
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Dave Grohl Veterano |
# set/05
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bah
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