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Mirandovski Membro Novato |
# 20/abr/23 09:58
Devemos compor uma música usando apenas uma escala (por exemplo, Dó Maior) ou podemos usar mais de uma escala (por exemplo, Dó Maior e Sol Maior)? Se não, ao utilizar uma escala, nós devemos apenas usar as notas da escala em sequência (por exemplo, no Dó Maior, Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si) ou podemos misturar a ordem das notas? Se pudermos usar mais de uma escala para compor uma música, nós podemos misturar uma escala maior com uma escala menor? Desculpa se essas perguntas parecem bestas, é que eu sou iniciante.
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Delson Veterano |
# 20/abr/23 12:26
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O STF ainda não editou nenhum decreto impedindo.
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Lelo Mig Membro
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# 20/abr/23 12:43 · Editado por: Lelo Mig
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Mirandovski
Complicado amigo, pelo jeito você é bem iniciante (como você mesmo falou) e, cuidado, bastante cuidado, para não se equivocar com "regras" que na verdade não existem.
Se você esta estudando, continue, é importante conhecer como e porque as coisas "se formam" e "se encaixam" musicalmente, mas antes de dominar, pelo menos o básico muito bem, algumas coisas mais atrapalham do que ajudam e eu te aconselho a não se prender à regra alguma. Na real você aprende um monte de "regras" em música para concluir que não existe regra alguma. Vou tentar simplificar...
Primeiro: "usar as notas da escala em sequência", esquece isso pelamordedeus!! Pode até ocorrer numa passagem, para propor uma intenção, mas fora isso, limitaria demais a música e a tornaria uma chatice. Esquece isso.
"Devemos compor uma música usando apenas uma escala"
O ideal é compor não pensando em escala alguma, a não ser que a composição seja um "estudo" sobre alguma tonalidade. Fora isso, via de regra, um "pintor têm a ideia da imagem antes de sair desenhando"... ou seja, a melodia vêm (num pensamento) ou vai sendo construída, mas pouco importa a "escala" que ela se encontra.
"podemos misturar a ordem das notas?"
Não só pode como deve. Não existe esta limitação que você supõe, a coisa é muito mais ampla e complexa. Se não fosse assim, seria impossível fazer tanta e tão diferentes músicas com apenas 7 notas.
Por exemplo, a nota Dó esta presente na escala de Dó Maior, Ré Bemol Maior, Fá Maior, Sol Maior, Lá Bemol Maior, Si Bemol Maior, Dó Menor, Mi Menor, Fá Menor... e dezenas de outras. Percebe? Se uma nota esta presente em tantas escalas imagina todas? As escalas "se entrelaçam" se comunicam, falam entre si.
Cara, é bastante difícil explicar isso dessa forma. O que te aconselho, de verdade, é se dedicar a um instrumento, ir tocando, e não tentar teorizar tudo que você toca ou pretende tocar no início. Isso vai te engessar, vai te dar um monte de dúvidas inúteis.
Eu te garanto que 75% das músicas que você gosta os caras não sabem qual é a escala "dominante" da música e se bobear, 30% não sabe nem o nome dos acordes.
É legal e importante saber, mas... Relaxa!
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Wanton Veterano |
# 20/abr/23 12:53
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Mirandovski
Concordo um pouco com o Lelo Mig, você precisa saber que não existem regras tão estritas. Alguns estilos musicais caracterizam-se justamente por quebrar essas regras.
Porém...
É importante saber algumas regras mais comuns. Você pode começar fingindo que elas são importantes e tentando segui-las. É ruim começar sem alguma guia. Ainda que não exista nenhuma regra universal, TODA música usa algum conjunto de regras.
Passeie pelas escalas enquanto treina os ouvidos, descubra quais sons resolvem e quais não resolvem as frases, experimente usar frases de uma escala em cima de algum acorde (há várias backing tracks disponíveis no youtube).
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Schelb Veterano |
# 20/abr/23 17:13
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Mirandovski
A teoria surge do estudo da música. Ou seja, vai se buscando explicar o porque de alguns sons funcionarem de um jeito e outros de outros. O porque que algumas notas se tocadas juntas ou em sequencia, soam mais consonantes e outras mais dissonantes. Ou seja, a música vem antes da teoria.
Agora, eu particularmente acho que saber teoria facilita o aprendizado da música porque fornece alguns guias, algumas direções a se traçar que já foram amplamente usadas e sabemos que funcionam, soam bem aos ouvidos. Acho que se guiar por uma escala torna o instrumento menos intimidador. Com o tempo a gente vai amadurecendo no estudo e sabendo como misturar as escalas ou como inserir notas que "não deveriam" estar ali mas que vc sente que são o que a música pede.
Mas acho igualmente válido explorar o instrumento sem mapa nenhum, se funciona melhor pra quem está fazendo assim.
Pra mim são só dois caminhos diferentes.
Sobre suas perguntas, acho que o Lelo já respondeu, porém eu poderia acrescentar que tem músicas que usam uma só escala e outras que misturam escalas, ou mesmo que usam uma só escala porém sapecam uma nota extra aqui ou ali.
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