Por que acorde com sétima utiliza a sétima menor por padrão?

    Autor Mensagem
    the xuxu
    Membro Novato
    # abr/20


    Normalmente, quando temos um acorde como C6, adicionamos o sexto grau da escala maior. Nesse exemplo, adicionaríamos o Lá ao acorde de dó, não o Lá bemol (sexta menor).

    Existe algum motivo para especificamente com a sétima, exemplo C7, adicionarmos a sétima menor ao invés da maior? Uma nota fora da escala maior da tônica.

    LeandroP
    Moderador
    # abr/20
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    the xuxu

    São meras convenções!

    É importante entender alguma delas, como seguem:


    Os intervalos são classificados como maiores, menores, justos, aumentados e diminutos.

    Um intervalo maior quando subtraído um semitom, vira menor.
    Um intervalo menor quando adicionado um semitom, vira maior.

    Um intervalo maior quando aumentado um semitom, vira aumentado.
    Um intervalo menor quando subtraído um semitom, vira diminuto.

    Um intervalo justo quando subtraído um semitom, vira diminuto.
    Um intervalo justo quando adicionado um semitom, vira aumentado.

    Nas inversões:

    O intervalo maior vira menor
    O intervalo menor vira maior
    O intervalo justo permanece justo (daí o nome justo)
    O intervalo diminuto vira aumentado
    O intervalo aumentado vira diminuto

    Em graus, nas inversões:

    A tônica ou fundamental vira 8a
    O intervalo de 2a vira 7a
    O intervalo de 3a vira 6a
    O intervalo de 4a vira 5a
    O intervalo de 5a vira 4a
    O intervalo de 6a vira 3a
    O intervalo de 7a vira 2a
    O intervalo de 8a é a tônica (nota fundamental)

    Apesar das convenções, podemos afirmar que não existe 2a diminuta, porque ocuparia o lugar da tônica. Bem como não existe 7a aumentada, porque ocuparia o lugar da 8a, que é a repetição da tônica numa altura diferente.

    As convenções buscam simplificar a escrita, de modo a facilitar a interpretação. Num acorde maior, fica subentendido que se tiver uma 7a, este intervalo será sempre maior.

    O acorde do tipo "dominante" (acorde maior com sétima menor) não é considerado exatamente um acorde maior, em decorrência da sétima ser menor. Assim sendo, ficou convencionado que no caso do intervalo de 7a, caso esteja representada somente pelo número 7, este não precisaria de nenhum outro sinal pra indicar uma 7a menor, já que o respectivo acorde possui uma categoria própria: "acorde com sétima da dominante", os tais acordes X7.

    Nos demais graus, como 9, 11 e 13 são intervalos compostos, respectivamente correspondem aos graus 2, 4 e 6, com uma diferença de 7 entre eles (as 7 notas musicais).

    Enfim, talvez não tenha respondido exatamente a sua pergunta. Mas, deixo algumas convenções pra que você possa compreender e seguir adiante.

    fernando tecladista
    Veterano
    # abr/20
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    LeandroP
    mas eu entendo que o colega ai só quer saber da grafia do acorde porque marcamos um acorde como

    C9 e C9M (são a mesma coisa)

    quando preciso baixar a 9 eu marco C9-
    ----------------------------------------------------------
    e porque não ocorre com as 7

    C7 e C7M são coisas diferentes

    eu não preciso marcar C7- para baixar a 7
    ==================================

    a explicação que tive é que facilita a escrita

    LeandroP
    Moderador
    # abr/20
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    fernando tecladista

    Sim. Isso mesmo!

    LeandroP
    Moderador
    # abr/20
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    fernando tecladista

    Então, se escrever 7- ou b7 fica entendido como uma sétima diminuta, e que normalmente é grafado como Xdim7.

    Tem muitas convenções esquisitas. Eu, quando escrevo C9 entendo como um acorde C7(9). Outros interpretam como se fosse um Cadd9 (que é completamente diferente). Por isso acrescentei essas informações, porque em cifras existem muitas confusões nesse sentido. Se o cara ler e interpretar errado, quebra a harmonia.

    Mas, em resumo, é o que você disse mesmo: é pra facilitar a escrita.

    Del-Rei
    Veterano
    # abr/20
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    Rapaz... Eu fico impressionado com vocês.
    Pra mim, é grego issaê. O.o

    Um aceno de longe!!!

    brunodido
    Membro Novato
    # abr/20
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    Boa tarde amigos músicos.

    Todos aqui estão equivocados.

    Não é por causa de nenhuma convenção.

    O acorde de X7 originalmente é o acorde de V (quinto grau com a sétima) que é uma sétima menor; sendo esse acorde a "dominante" deve resolver no I (primeiro grau).

    O acorde de PRIMEIRO GRAU com sétima teria a sétima maior, mas essa sétima não é admitida na harmonia tradicional.

    No caso de Dó Maior, o acorde de sétima menor, está no quinto grau:
    Sol Si Ré e Fá.

    Mas e se nessa música aparecer o C7? Isso indica que esse C7 "momentaneamente" é a dominante de Fá, sendo assim está ok.

    Resumindo: O acorde de 7 se refere normalmente ao acorde de quinto grau, por isso é com a sétima menor.

    Bruno

    makumbator
    Moderador
    # abr/20
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    brunodido

    Acho que o cara não está discutindo a natureza do acorde e sua origem, e sim a sua nomenclatura. Ele estava querendo entender a lógica da mesma na cifragem. Obviamente que como não existe realmente um único padrão em cifragem harmônica, nem uma posição e explicação única podemos ter.

    brunodido
    Membro Novato
    # abr/20
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    Acho que o cara não está discutindo a natureza do acorde e sua origem, e sim a sua nomenclatura

    Mas ele não perguntou sobre a nomenclatura, e sim sobre o porque de adicionar a Sétima menor não a maior.

    Mais uma vez, a razão de adicionar a sétima menor é que na "ORIGEM" do acorde de sétima, a sétima é menor, e corresponde ao V grau.

    makumbator
    Moderador
    # abr/20
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    brunodido
    Mas ele não perguntou sobre a nomenclatura, e sim sobre o porque de adicionar a Sétima menor não a maior.

    Ele perguntou sobre o motivo da nomenclatura usual em cifras não seguir a lógica que ele mesmo percebeu (C6 ser com sexta maior e não menor, enquanto C7 ser com sétima menor, e não maior). Acho que isso é sobre a nomenclatura, e não sobre a origem e funcionamento dos referidos acordes. Mas só o próprio para esclarecer precisamente a dúvida levantada.

    LeandroP
    Moderador
    # abr/20
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    brunodido

    Cara, é bom ler antes de dizer que estamos equivocados. Veja o trecho do que eu havia postado antes.

    ... ficou convencionado que no caso do intervalo de 7a, caso esteja representada somente pelo número 7, este não precisaria de nenhum outro sinal pra indicar uma 7a menor, já que o respectivo acorde possui uma categoria própria: "acorde com sétima da dominante", os tais acordes X7.

    LeandroP
    Moderador
    # abr/20
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    makumbator

    Exato!

    Ismah
    Veterano
    # abr/20
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    Del-Rei
    Rapaz... Eu fico impressionado com vocês.
    Pra mim, é grego issaê. O.o


    É razoavelmente complexo, mas as relações não são fáceis. Estou com os dois pés na engenharia mecânica, e as equações de dinâmica dos fluídos são de arrancar os cabelos. Só que uma vez compreendido - o que pode levar anos - se abre novos horizontes.
    Esse é o nível do músico gringo médio, enquanto ainda vivemos a onda de imitar sem compreender, que o punk trouxe - isso não é demérito, mas nitidamente é limitado. Aliás, o punk de semana passada, ainda segue a fórmula criada a 50 anos atrás.

    LeandroP
    Moderador
    # abr/20
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    as equações de dinâmica dos fluídos

    coidiloco memu rs

    mgustavo72
    Membro Novato
    # abr/20 · Editado por: mgustavo72
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    Gostaria de dizer que eu vinha responder de forma semelhante ao brunodido, que a 7ª no acorde de dominante faz parte da escala maior por ex., e a 7ª maior, dos acordes de I e IV graus no campo harmônico maior.
    Mas também a classificação dos intervalos que o LeandroP postou também é importante como referência!

    LeandroP

    Queria comentar que no programa Musescore existe a opção de transpor notas em uma 2ª diminuta, e o resultado é chegar em notas enarmônicas. Às vezes uso esse recurso para não ter de editar nota por nota, em algumas situações!

    Também queria dizer que acredito que a nomenclatura b7 diz respeito à 7ª menor, pois se fosse analisada como graus de uma escala seria esse o intervalo (por ex. bVI, #IV, etc.)

    LeandroP
    Moderador
    # abr/20
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    mgustavo72

    Sim. Não há nada de errado fazer uso da enarmonia. Pelo contrário.
    Mas, isso que você escreveu é apenas um truque pra enganar o software.

    A grafia dos graus não é exatamente igual a grafia dos intervalos. Até porque não é a mesma coisa, filosoficamente falando rs

    mgustavo72
    Membro Novato
    # abr/20
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    LeandroP

    Mas, isso que você escreveu é apenas um truque pra enganar o software.
    É verdade!

    A grafia dos graus não é exatamente igual a grafia dos intervalos. Até porque não é a mesma coisa, filosoficamente falando rs
    É verdade, viajei! rs

    Ken Himura
    Veterano
    # mai/20
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    Ismah
    Esse é o nível do músico gringo médio, enquanto ainda vivemos a onda de imitar sem compreender, que o punk trouxe - isso não é demérito, mas nitidamente é limitado. Aliás, o punk de semana passada, ainda segue a fórmula criada a 50 anos atrás.
    Já foi, Ismah. O nível do músico gringo mediano hoje é fazer beats no Fruity Loops. Teoria musical? É de comer? Harmonia é quando a batida casa com a voz, né?

    É desse nível pra baixo. Pessoal que entende um pouco mais, tá preso no tonalismo pré-Bach ou tenta ser "vanguarda" tacando tensão em todos os acordes, soa jazzy.

    De toda a internet gringa, só realmente entendem do que estão falando uns poucos youtubers e algumas pessoas pacientes em poucos grupos de harmonia e teoria no reddit. O facebook é ladeira abaixo, você demora tanto pra achar algo decente que não vale à pena. 1 ano lendo o Aldwell & Schachter (ou outro, como o Kostka, Schoenberg ou Piston) e você chega no mesmo nível dessa galera - ou fica até acima. Pessoal fica muito preso em regras didáticas e/ou estilísticas e não consegue sair do lugar.

    LeandroP
    Moderador
    # mai/20
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    Ken Himura

    Pessoal fica muito preso em regras didáticas e/ou estilísticas e não consegue sair do lugar

    E o legal é isso! Sair do lugar, quebrar as regras, transgredir, ou como se diz em bom popular, meter o louco rs

    makumbator
    Moderador
    # mai/20
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    LeandroP
    meter o louco rs

    Like a hurricane!

    Lelo Mig
    Membro
    # mai/20
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    LeandroP
    makumbator

    "meter o louco rs... Like a hurricane!"

    Então, eu e o Del-Rei metemos o louco, optando por tocar de ouvido e não saber porra nenhuma de teoria só pelo prazer da transgressão...kkkk

    Ismah
    Veterano
    # mai/20
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    Ken Himura

    Pode ser, mas de todos que eu conheço, a grande maioria consegue fazer algo muito maior que criar loops... Dos que conheço, a grande maioria dos gringos de 30 anos pra baixo, praticou algum esporte e tocou algum instrumento... Se tu der o instrumento na mão, a pinta pelo menos sabe improvisar e tocar uma meia dúzia de músicas.

    LeandroP
    Moderador
    # mai/20
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    makumbator
    kkkkkkkkkk

    Lelo Mig

    Não! Você e o Del-Rei metem o loucão rs

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