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MMI Veterano
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# jan/18
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Minha impressão...
O LP é péssimo, horrível. Cheio de estalos e chiados, risca, suja, o tocador desregula, estraga agulha... Som analógico é meuzovo. O bom daquilo era um encarte bacana que se podia ler e admirar - até porque as bandas/gravadoras investiam na arte, hoje mal se investe no próprio conteúdo musical. Legal que por ser caro, ruim, nada portátil e de certa forma "raro", havia um ritual, as pessoas paravam a vida para curtir o LP adquirido a duras penas, convidávamos os amigos para curtir e trocar os LPs, se fazia uma reunião na sala. Eu e minha família demos toda coleção de LPs para o primeiro trouxa que levou, sem o menor ressentimento, fiquei só com 1 como relíquia, até porque nem tocador mais eu tenho (sim, não tenho como tocar, mas um só não ocupa meu espaço).
Os japas curtem CDs... Tem algo neste texto, parece que passou batido, mas comentei num tópico ontem algo no mesmo sentido - entre outras coisas existe nisto uma escolha ética. A pirataria lá não é desenfreada, as pessoas evitam. Em nossa terra falar ética beira o ridículo, eu sei... Aqui tem a "ethical choice" e cabe a "fair trade banana", da mesma forma que nos instrumentos, até porque ali se dizia que a cada aquisição que se faz hoje, tudo, envolve a tal "ethical choice".
Explico... Um artista ou banda hoje vai investir anos de estudo e desenvolvimento (me refiro aos artistas de verdade e não aos Pabllo Vittar da vida, ok?), investir em produção, divulgação, tocar nos muquifos, fazer canais decentes no Youtube e redes sociais etc. até despontar - até aqui acho que todo mundo do fórum entende e domina bem do que se trata. Aí chega a hora de fazer uma produção de verdade, um álbum apresentável, o que custa! O CD era ótimo até a fase que era impossível se fazer cópias caseiras e não dava para se pegar na internet. Assim como o LP, era caro, com todas as críticas era capaz de financiar a indústria da música, produtoras, lojas de CD e inclusive bandas e músicos. Veio o MP3 e junto com ele a pirataria - ninguém precisava mais comprar CD ou LP, o que fez que toda a indústria mudasse completamente a forma de atuar. O Metallica processou o Napster, achando que seus fãs fariam (ou deveriam fazer) a escolha ética de pagar pelo trabalho da banda que curtiam, para que produzissem mais, mantivessem os trabalhos, fossem reconhecidos como uma grande banda (se f...). Veio o tal de streaming que por uma merrequinha se tem acesso a toda discografia do artista que se deseja. Na minha visão é a tal "fair trade bananas", ao invés de se dar nada, se dá quase nada pela música, sendo uma "escolha ética", legal, sem riscos de vírus, sem perder tempo em sites de torrent etc. Aqui somos músicos, aprendizes, amadores, profissionais... Ao contrário do que o Metallica supôs, a maioria não está disposto a pagar por música, mesmo num nicho específico e que deveria respeitar a profissão de músico. Os CDs ainda são lançados e ainda existem em sites na internet por aqui, mas sumiram das lojas porque ninguém compra, o que reflete também na internet. No máximo se paga um Spotify da vida, um troquinho, para se acessar todos os artistas que se deseja. A realidade cruel é que a música, nem para os músicos, vale alguma coisa.
Conversava com um amigo músico que foi embora do Brasil. É muito nítido que grande parte dos bons guitarristas daqui se afastaram dos palcos, das gravações mais ainda. Tem o Kiko Loureiro arrebentando, ok... Uns foram embora do país, outros viraram "professores". Alguns são excelentes guitarristas, mas não são professores. Quem quer vender música, que vá vender no Japão... Aqui é Anitta e Pabllo Vittar que cai nas graças da Globo e do público.
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makumbator Moderador
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# jan/18 · Editado por: makumbator
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MMI até porque nem tocador mais eu tenho
Também não tenho mais tocador de LP. Fiquei com uns 7 ou 8 de recordação por terem valor sentimental. os demais também doei tudo.
Eu também não gostava muito do som do LP, gostava das músicas que podiam vir neles.
Nessa questão de spotify e semelhantes eu não assino nenhum deles justamente por saber das migalhas que os criadores da música recebem.
Eu prefiro comprar o álbum do artista (e se for direto melhor, pois aí sei que quase tudo fica com ele). Pode ser em formato digital que pra mim não tem problema (desde que não tenha DRM). Semana passada comprei um álbum digital do Snarky Puppy direto deles (Flac e mp3).
Se o artista não vende direto e não tem álbum físico eu compro na loja do Itunes (que também abocanha 30% da venda, mas ao menos o restante não é tão migalha quanto serviços de streaming).
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Adler3x3 Veterano |
# jan/18 · Editado por: Adler3x3
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Ainda tenho um sistema Magix da Gradiente funcionando bem, as vezes dou uma escutada, consegui comprar novas agulhas que estão de reserva. Só tenho que mandar consertar o sistema de fitas cassete.
E a vezes em quando dou uma curtida, tenho centenas de Lps e compactos simples, não me desfiz de nenhuma, a minha esposa e filhos queriam vender e se livrar disto, mas não deixei, não gosto de me livrar das coisas boas que fazem parte do meu passado, e proibi qualquer tentativa de se livrarem destas coisas.
O mesmo eu faço com os livros, não empresto e não vendo, e não adianta chorar.
Tenho até alguns discos de um lado só, que devem ter mais de 80 anos, lá da década de 20, de música gaucha. Fora centenas de fitas cassete. Até pensei várias vezes em passar para a mídia digital, mas não precisa fazer isto, basta procurar a mesma música no you tube que tá lá.
Agora com relação a mídia digital o fato é que vivemos uma fase transição, ninguém sabe direito aonde vamos parar. Mas de um jeito ou de outro a mídia tradicional ainda tem poder de tentar determinar o que ouvimos, ou o que a maioria da população ouve, e nem sabe que esta sendo manipulada. A manipulação cultural contínua.
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makumbator Moderador
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# jan/18
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Adler3x3 minha esposa e filhos queriam vender e se livrar disto, mas não deixei
Já sabe que se você morrer primeiro isso aí vai rodar rapidinho né? Heheh!
Fita K7 eu nunca tive original de estúdio, só regravações mesmo. Fiquei apenas com as que eu gravei músicas com amigos/bandas no meu antigo Tascam Portastudio. Algumas já digitalizei. Ainda tenho um tocador de K7 da Teac.
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Adler3x3 Veterano |
# jan/18 · Editado por: Adler3x3
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Quando eu perceber que estou mais pra lá do que para cá, vou providenciar um destino melhor.
Mas por enquanto nem penso nisto, já estou melhor do que a dez anos atrás. E em 2.018 quero me recuperar, pois perdi muito peso, estou com o mesmo peso de quando tinha 21 anos. Mas estou mal na forma física, tenho que montar um programa de exercícios. A última operação na perna que fiz em 2.017 me debilitou muito, em 2.014 por muito pouco não fui embora, foi por um fio, mas não me rendo fácil, e resolvi ficar.
E parei de me tratar com médicos, e parei de tomar remédios, estou por minha conta por meios alternativos, o principal é a saúde mental, com claridade na mente tudo se consegue. Estava gastando entre 700 e 800 reis por mês em remédios, e não aguentava mais, o meu figado coitado, e partir do momento que cortei estas porcarias da indústria alopata melhorei.
A gota d'água foi um remédio que a médica prescreveu, que tinha que fazer um cadastro especial lá no laboratório para poder ter desconto, um falso benefício, que visa escravizar o sujeito e submeter ele a tomar remédios o resto de sua vida. Um atentado a liberdade individual, que o governo nem esta aí.
Não aceito isto, me senti preso e dominado, e me vi pressionado pela família, por amigos, pela médica, e pus um fim a esta exploração. E proibi também a família em comprar remédios.
E olha desde que fiz isto comecei a melhorar, e vou melhorar mais, e meu pique de fazer coisas esta voltando, estou ainda na fase de desintoxicação de remédios.
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# jan/18
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Adler3x3 Belo depoimento... Tens minha solidariedade... Abç
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Adler3x3 Veterano |
# jan/18
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Maurício Luiz Bertola
Obrigado.
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Ismah Veterano |
# jan/18 · Editado por: Ismah
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Meio que puxando o tópico de volta a estrada...
A questão da vendagem de discos é bem complicada... Ela não rende fortunas, mas é curioso que os shows eram feitos para divulgar o disco... Eu gosto de biografias, e a biografia de uma grande parcela de artistas aponta para isso...
Aliás, atualmente estou na metade da biografia do Nightwish, e acho EXTREMAMENTE INTERESSANTE quem quer ter uma visão do mainstream "atual", porque vai a fundo com o que normalmente fica no backstage da banda. Os planos de marketing, a exposição na TV etc...
Parece que disco não dá dinheiro, mas realmente é o oposto... Disco dá dinheiro e muito dinheiro, o duro é fazer rodar a música, e as pessoas comprarem o disco... Pegando um disco qualquer aí, que sai a 20 reais (raridade), são tranquilamente 15 reais de lucro, se a tiragem for na ordem de 40 mil (disco de ouro no BR).
15 * 40 000 = 600 000 limpos para artista/banda e gravadora dividirem... E isso em shows, chutando um cachê " BEM razoável "de 50 mil / show, são 12 shows - mas há encargos ainda, que no CD não há - e ao menos 2 meses para isso ser viável...
Agora pega o exemplo do tal MC, que teve supostamente 14 MILHÕES de acessos... Se fossem 1% disso só em vendas do single, seria um single 140 mil cópias, que é quase platina dupla (160 mil)!
140 mil cópias, se tirar 5 pila de lucro, o cara embolsa 700 mil...
Ainda vale dizer que somos 207,7 milhões de pessoas, 140mil daria pra juntar só no RiR... Mas não temos cultura de disco...
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Lelo Mig Membro
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# jan/18 · Editado por: Lelo Mig
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Adler3x3
Também não me desfiz dos vinis.... Tenho alguns milhares, mais alguns milhares de CDs e algumas centenas de Fitas K7.
Varias coisas, discografias ou álbuns especiais, possuo o Vinil, o CD, a Edição Comemorativa, o arquivo MP3, o arquivo Flac....
Não sou defensor do Vinil, melhor que CD ou vice e versa. To pouco me fudendo pra isso. Sou colecionador... É bem diferente. Apesar de que, quem é do ramo ou audiofilo, sabe que esta fama se deu porque as primeiras remessas de CDs, lançadas as pressas para suprir demanda de mercado, são, na maioria, sonoramente muito ruins.
Um exemplo: Comprei o Machine Head, vinil brazuca, versão 1975. Alguns anos mais tarde encontrei e comprei a primeira versão lançada no Brasil de 1972. Algum tempo depois consegui a versão inglesa original, lançada em 1971. Possuo o CD original do lançamento, a edição comemorativa 30 anos duplo, e uma edição especial Japonesa. A discografia do Deep Purple em MP3 e em Flac... Ou seja, só de Machine Head, tenho uns 8.
O mesmo vale para dezenas de outros albuns e bandas.
Fiz uma estimativa de valor de minha coleção há uns 3 meses atrás. Tomei um susto. Alguns vinis que possuo valem uma pequena fortuna. Minha coleção me salvaria financeiramente, num momento que tem sido complicado pra mim.
O mesmo vale para minha coleção de HQs.
Mas...desisti, optei por seguir um pouco mais na base do "pão com ovo" e preservar minhas coleções.
Para muitos é injustificável, até infantil. Mas, a paixão desconhece a razão.
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Adler3x3 Veterano |
# jan/18
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Lelo Mig Que legal.
Também não sou fanático, sei me adaptar, mas não faz mal nenhum guardar o que tenho, e só eu sei o quanto gastei, todo mês adicionava algo.
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# jan/18
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Adler3x3 Lelo Mig Eu conservo meus vinís também, e os ouço de vez em quando. Uma parte deles está na casa dos meus velhinhos e escuto quando vou pra lá, assim como mantenho minha aparelhagem dos anos 70 e 80, cuja qualidade de reprodução e manufatura é muito superior à maior parte dos aparelhos de hoje em dia. Abç]
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fernando tecladista Veterano |
# jan/18 · Editado por: fernando tecladista
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Filippo14 Porque aprender com os japoneses? Realmente não entendi serio que você seu os três links e não chegou a conclusão de nada mesmo? não achou nada interessante, ou pensou como seria interessante isso aqui no brasil
CD sempre gerou mais renda para as gravadoras, musico sempre ganhou mais grana com show, como continua ate hoje, apenas a ferramenta mudou. tá falando do mercado nacional ou tá falando do mercado mundial ou japonês? do artista vendido para a gravadora ficar jabazando sua música ou do mercado independente?
não tem risco de perda e nem danificação e muito menos estraga com o tempo. Streaming, sob o ponto de vista de mercado e de consumo é muito melhor streaming funciona no dia que a internet funciona e onde tem sinal se eu quero me isolar no mundo ouvindo música em um local onde nem energia elétrica chega um diskman com pilhas recarregáveis resolve meu celular fora de area não faz nada
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Lelo Mig Membro
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# jan/18 · Editado por: Lelo Mig
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Ismah
"Disco dá dinheiro e muito dinheiro... a 20 reais (raridade), são tranquilamente 15 reais de lucro... 15 * 40 000 = 600 000 limpos para artista/banda e gravadora dividirem... "
Não li a biografia do Nightwish... Não vou entrar no merito do mercado internacional, pelo que acompanhei, não era muito diferente do mercado nacional.... Mas, na realidade brasileira meu amigo, esta conta esta equivocada.
Disco sempre deu dinheiro somente para gravadora. Mesmos nos tempos aureos, artistas do porte de Zeze DiCamargo & Luciano, ganhavam em torno de 1 real por CD. Vendiam mais de um milhão de cópias em um ano, 1 milhão de reais por ano, nada mal... (Nada mal pra mim, mas pra quem ganhava 150 mil limpo por show....era dinheiro de pinga). Mesmo assim, Zezé e meia duzia de cantores deste naipe de sucesso...o resto não vendia 30 mil copias e não ganhava 1 real por album.
E porque tão pouco?
Um CD de preço final de 25 reais, o lojista ganhava uns 30%, 40%, grandes magazines nem isso.
Então pagaram uns 18 reais.
O custo de um CD (gravação/studio, capa, encarte e estojo) custava uns 6 reais.
Gastavam entre 6 e 8 reais com merchadising (cartazes, posteres, displays em pontos de vendas, tarde de autografos, sorteios, jabas para radios e tvs, distribuição em todo País e etc)... Sem esta artilharia pesada NINGUÉM venderia 1 milhão de copias nem fodendo!
6 + 8 = 14... Para 18, 4. 3 da gravadora 1 do artistas. (Há atacadistas e representantes comerciais levando parte destes 3...e os custos operacionais das gravadoras não eram baixos).
Ganhava-se muito dinheiro, principalmente as gravadoras, pela rotatividade e alto número de unidades, mas pouco por unidade.
Pra vc ter idéia, nos tempos áureos, eu cheguei a faturar perto de 400 mil dólares ano (bruto) com 3 lojas.
O artista, quem menos ganhava....10, 20, 30 mil reais por ano....muitas vezes nem isso.
" os shows eram feitos para divulgar o disco..."
Discos eram lançados para divulgar o artista. Ninguém vai num show de um anônimo. Grande divulgação e grandes vendas significavam extensas turnes, ou seja muitos shows. Ninguém ia em show para conhecer o novo disco...iam em show para ver o sucesso.
Show sempre foi, historicamente, a grande fonte de renda na música. E, muitos, que vendiam pouco mas tinha publico fiel, como alguns icones da MPB, eram mais ricos que os "campeões de vendas" por conta do numero e estabilidade de shows.
Sabe quem ganhou dinheiro com CD no Brasil?
Aurio Corra! Nunca ouviu falar? Pois é, a maioria não conhece. Tecladista brasileiro que gravava albuns de música da Nova Era (mantras, musica para meditação, relaxamento, Reiki e etc) e vendia em algumas lojas de CDs e de produtos esotéricos.
Seus discos eram totalmente independentes e devia ganhar uns 10 reais por álbum. Chegou a vender perto de 500 mil albuns de toda sua discografia.
Para artista contratado de gravadora (tirando a meia duzia que vai no Faustão), vinil nunca deu dinheiro, k7 nunca deu dinheiro, CD nunca deu dinheiro e MP3/Streaming dá menos ainda.
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SteveRayMorse Veterano |
# jan/18
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fernando tecladista
streaming funciona no dia que a internet funciona e onde tem sinal se eu quero me isolar no mundo ouvindo música em um local onde nem energia elétrica chega um diskman com pilhas recarregáveis resolve meu celular fora de area não faz nada
Nada que um download (via streamming mesmo) não resolva tbm, e assim como pilha recarregável (se não tem energia recarrega como?) existe também bateria externa.
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MMI Veterano
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# jan/18
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Ismah
Essa sua conta é muito difícil...
Tenho um relacionamento bem próximo, meio que familiar, com gente de 2 "Majors". Para não te tirar a razão, sim, quem ganha ou ganhavam eram eles. Mais que óbvio... Eles são a ponta capitalista, forte, empresarial da coisa. Não tenha dúvidas que se um dia Roberto Carlos, Ivete, Zezé ou sei lá quem ganhou "x", a gravadora deles ganhou pelo menos "2x". São o lado forte da corda, o lado fraco sempre vai ficar com menos. Mas tem o outro lado...
Eu já comentei, já presenciei gravações que o orçamento passou de 1 milhão, isso porque foi há vários anos... Arroubos de estrelismos, como avião ou helicópteros fretados, camarim com rosas e água Perrier, médicos no backstage para aplicar vitamina...
Em todo caso, eu mesmo gravei para esse povo, dentro de minhas limitações. Contratos leoninos era praxe... Parei com isto porque não faz sentido nenhum. Tem CD que nunca vou receber 1 centavo e que vendeu bem, vendedores de lojas diziam que vendiam tudo que aparecia dele (na FNAC e Livraria Cultura, na época...). De novo, é o lado capitalista, empresarial, eles fazem os contratos e eles que ganham o dinheiro (ou ganhavam). Isso que o Whindersson Nunes consegue até comprar um avião com o troco que sobra de shows, Youtube e sei lá o que ele faz...
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JJJ Veterano
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# jan/18 · Editado por: JJJ
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Kasperdamus
Entendi o ponto. Nesse sentido, concordo com V.Sa.
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A quem interessar possa (ninguém, provavelmente): ainda tenho "tocador" de LP e uma montanha deles... e não pretendo me desfazer nunca.
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Luiz_RibeiroSP Veterano |
# jan/18 · Editado por: Luiz_RibeiroSP
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Tenho vinil da Suzi4 da década 70 e apesar de riscado, reproduz o áudio certinho. CD um monte ficou com um buraco transparente e parou de funcionar. Ja escutei que vinil dura uns 100 anos e CD tem um prazo de validade menor, não sei até onde é verdade. Eu prefiro vinil que compro com certa frequência, CD o ultimo que comprei ja passou de 10 anos. Agora o Japão é um caso a parte mesmo, eles consomem muito coisas colecionáveis como revistas, HQ, discos, brinquedos, cartuchos de games, etc. É cultural deles e consomem porque podem, tem boa economia e industrias fortes, a ponto que até o cidadão mais pobre tenha um bom nível de vida comparado ao daqui por exemplo. Tem alguns canais de Brasileiros no japão que acompanho e isso fica nítido.
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Ismah Veterano |
# jan/18
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Lelo Mig
1 chance para acertar quem mais ganha com streaming 1 chance para acertar quem mais ganha com shows
A diferença, entre o disco e o streaming é que no streaming o repasse é minúsculo... Estou fazendo contas bruto, não existe lucro que sai do nada, é preciso sempre investimento... Leia o livro, se não quiser comprar assim que terminar eu te empresto ele, acho legal a visão que ele trás, digamos de "um mercado novo". É um modo de pensar que eu não vi em nenhuma banda BR ainda - posso só não ter conhecido a certa ainda.
150 mil por show, 100 da gravadora, 50 de custo operacional, e... Pera não sobrou nada! rs
Acho que vale para o MMI também o que segue...
Tive recentemente um contrato em mãos - infelizmente não pra mim rs - que definia algo assim:
-> 2,5mil por semana pra um "dono" ficar em casa -> cachê passa de 800/show pra 1500/show pra cada músico + 25% dos direitos de execução -> 2 mil pro vocalista + 2,5mil por ser o outro dono + direitos de composição + 25% dos direitos de execução. -> o que entrar é da gravadora/produtora durante a duração do contrato (mínimo 36 meses) -> nome da banda continua sendo dos proprietários
Sendo que a banda já toca em média 5 shows (não boteco, SHOW) por mês, tem equipamento, ônibus e van própria... Não falta mais nada... Mas... Se considerar o possível lucro total, o individual é uma fatia BEM fina do bolo todo...
MMI
Não acho que seja quem está ou não com a razão... São apenas óticas que temos. Foi um raciocínio que desenvolvi, não é nada estatístico. Quase aquela filosofia entre um copo e outro, numa mesa de bar...
Isso que o Whindersson Nunes consegue até comprar um avião com o troco que sobra de shows, Youtube e sei lá o que ele faz...
A mesma coisa que te levou a dizer isso: marketing. Só falaram que ele comprou um avião, mas não que é um já razoavelmente velhinho, e um dos mais baratos da Embraer. Por fora, más línguas falam que ele tem sérios problemas, e precisaria uma modernização completa...
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Julia Hardy Veterano |
# jan/18
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Mesmo no Japão, a venda de cds não é mais a mesma. Só pra citar um grupo gigantesco: o tal AKB48 tem o esquema de handshake(encontros onde o fã pode pegar na mão e trocar meia dúzia de palavras com a sua preferida do grupo), em que cada single lançado, tem um tíquete junto. Dependendo da quantidade de tíquetes juntados, o sujeito ganha um ingresso ou senha pra participar do handshake. O resultado? Cada pessoa compra cinco, dez, vinte, cinquenta cds pra ganhar essa bagaça. Aí vende mesmo.
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Buja Veterano |
# jan/18
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Julia Hardy Tudo por causa de uma japa anorexica? Imagina quantos CDs nao comprariam pra dar umas reladas numas dessas funkeras do brasil.
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Lelo Mig Membro
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# jan/18 · Editado por: Lelo Mig
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AKB48?
Acho que há uma confusão de conceitos.
Isso não é um grupo. É um produto comercial. Nem as integrantes são fixas. São produtos, divididos em varias equipes, que se revezam em torno de meia duzia de "líderes" que por sua vez são substituidas de tempos em tempos.
São funcionários temporários que experimentam seus 10 minutos de fama (e nem é fama individual e sim coletiva, já que ninguém sabe nem o nome das integrantes) e depois descartados, catapultados de volta ao anonimato.
Se pra alguns isso é idealização de um mercado musical sólido, na boa, to fora.
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Felipe Stathopoulos Membro Novato |
# jan/18
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Eu não sei de vocês, mas até hoje compro e escuto CDs. Prefiro mil vezes ouvir um CD no meu som ou em meu carro do que ouvir na internet. A começar pela qualidade do áudio. Inclusive quando baixo músicas pela internet costumo gravar em CD, ainda que convertido de MP3.
Claro, como nem temos mais lojas de CD não consigo comprar com a mesma frequencia que comprava antigamente (e antes do CD, os vinil). Até achar CDs bons de rock pela internet é difícil e trabalhoso. Sem falar no preço, uma coisa que (sempre achei) foi inflada propositalmente pelas gravadoras, no Brasil.
Quanto às gravadoras, quero q se fodam. Vagabundos sugaram o sangue de muita gente por trilênios, tem mais é q se lascar mesmo.
Lelo Mig
Conta a fita ae bro, quero saber mais das palhaçadas das grandes gravadoras...
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Lelo Mig Membro
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# jan/18 · Editado por: Lelo Mig
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Ismah
"150 mil por show, 100 da gravadora, 50 de custo operacional, e... Pera não sobrou nada! rs"
Cara, presta a atenção no texto: Eu friso 150 mil limpo! Um show do Zezé custava 300 - 400 mil reais. (Preço da Ivete nos tempos atuais). Os caras faziam no mínimo 20 por mês.
Felipe Stathopoulos
"Conta a fita ae bro, quero saber mais das palhaçadas das grandes gravadoras..."
Cara, existe o assunto que você conhece superficialmente. Existe o assunto que fulano conhece e te contou. Existe o assunto que você conhece por dentro.
Isso não faz de você um expert, porque você conhece à partir de seu ponto de vista e de sua vivência, mas é uma opinião sem "achismos".
Não gosto muito de colocações do tipo "eu conheço fulano", "sou amigo de beltrano", "já fui em tal lugar", "tenho acesso à...".
Ainda que não duvide quando argumentam assim por aqui, me soa meio pretensioso. Meio "meu pau é maior que o seu", sou profissional e você amador. Me parece argumento de quem quer encerrar uma discussão como o vencedor. O certo.
Mas, e confesso já fiz isso, muitas vezes, e em algumas é inevitável recorrer ao exemplo pessoal no desenrolar de uma discussão.
Resumindo... Havia escrito inúmeras linhas sobre as gravadoras para atender sua solicitação. Mas apaguei. Vai polemizar, vai causar mal estar e prevejo argumentações que não estou afim de encarar.
Houve um tempo que eu gostava de polemizar, por aqui, para despertar o espirito da discussão e fazer a galera colocar suas opiniões. Tenho tentado (e é dificil pra mim) parar com isso.
O FCC, como fórum, reflete a sociedade, e como tal anda com muita tendência a polarização. Donos da verdade, muito pouca aceitação a opinião diversa. Uma coisa meio direita vs esquerda. Poucos querem discutir... Muitos querem estar certos.
E o assunto gravadora é polemico.
O que posso dizer é que quando as gravadoras entraram no Brasil entregaram suas direções a empresarios bandidos que dominavam o cenário.
Essa gente sem caráter, sem escrúpulos e sem estudo foram os diretores e presidentes das gravadoras no Brasil e trataram de empregar outros bandidos como funcionários.
O que se vê à partir daí, desde o tempo do vinil, é toda sorte de corrupção, exploração, abusos, lavagem de dinheiro, contas no exterior, cabide de empregos, favores sexuais, extorsão, desvios diversos dignos de deixar o congresso nacional com inveja.
Nunca houve no Brasil UM só figurão de gravadora que, se não fosse bandido, fosse ao menos competente.
Até que durou muitas décadas, porque era tanto dinheiro, que podia-se literalmente queimar... (Como dar apartamento para integrantes de grupo de pagode "segundo escalão" na assinatura de contrato).
Melhor parar por aqui...
Abraço!
Obs: As grandes gravadoras faliram e apesar de tudo de ruim, o mercado é tão prostituido, que não conseguiu viver sem elas. Era pra melhorar e de certa forma piorou.
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Synth-Men Veterano |
# jan/18
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No Brasil o CD acabou e artistas também.
Não tem essa de culpa de camelos, pirataria, informática.
Mudaram o formato do produto final e é isso aí que temos hoje.
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Julia Hardy Veterano |
# jan/18 · Editado por: Julia Hardy
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Se pra alguns isso é idealização de um mercado musical sólido, na boa, to fora.
Não é idealização. É como é. Por lá, pelo menos.
Tem outros esquemas como o crowdfunding. Falei disse uma vez por aqui e um retardado disse que era desonesto. Enfim...
Uma banda que eu gosto muito chamada Worst fez uma campanha de crowdfunding pra gravar o cd deles. A meta era 15 mil(eu acho) e eles arrecadaram 19 mil ou algo assim. Acho que é uma alternativa bacana. Mas, só pra quem tem um público consolidado.
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Lelo Mig Membro
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# jan/18
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Julia Hardy
"o crowdfunding. Falei disse uma vez por aqui e um retardado disse que era desonesto. "
Crowdfunding não é aquela parada de vaquinha virtual? Eu peço uma grana para um projeto e dá quem quer?
Porque seria desonesto? Fiquei curioso.
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Buja Veterano |
# jan/18
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Nao acho desonesto. Mas é um pouco esquisito eu participar de uma vaquinha pra fins comerciais depois....tipo...porque eu faria um donativo pra algo que depois eu teria que comprar?
Ah nao ser que nao seja esse o caso.
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Julia Hardy Veterano |
# jan/18
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Lelo Mig
Nem lembro. Só lembro que o imbecil(que teve a conta excluída senão me engano) disse que era desonesto. Não entendi e continuo não entendendo.
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Felipe Stathopoulos Membro Novato |
# jan/18
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Lelo Mig
Beleza, peguei o espírito da coisa. Tem algumas coisas que a gente sabe que é melhor nem espalhar mesmo...
Mas não, não sinto saudades das grandes gravadoras. Elas que pereçam no esquecimento...
Abç
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makumbator Moderador
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# jan/18 · Editado por: makumbator
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Buja Nao acho desonesto. Mas é um pouco esquisito eu participar de uma vaquinha pra fins comerciais depois....tipo...porque eu faria um donativo pra algo que depois eu teria que comprar?
Ah nao ser que nao seja esse o caso.
Em muitos desses projetos (não sei se é o caso desse que vocês se referem) ao participar com uma quantia mínima (definido pelo criador do projeto) você recebe o produto depois. Para quantias maiores há retribuições maiores (edições especiais, personalizadas, nome incluído no projeto, etc...).
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