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JJJ Veterano
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# jan/17 · Editado por: JJJ
Tipo um "Sgt Peppers" ou um "Pet Sounds" ou um "Thriller" ou um "Dark Side of the Moon" ou um "Never Mind The Bollocks..." ou ... já entendeu, né?
Na sua opinião e para o seu gosto, qual foi o mais recente?
Indo mais fundo... será que esse formato de "álbum", "disco", está morrendo? Agora só contam músicas isoladas? Se sim, de quem é a culpa? Do CD? Do mp3? Da internet? Do imediatismo de hoje em dia, que não nos permite mais sentar pra ouvir uma obra inteira, apenas ouvir pedaços, enquanto dirigimos ou comemos um hambúrguer?
Filosofem à vontade...
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JJJ Veterano
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# jan/17 · Editado por: JJJ
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Bom... me auto-respondendo... pra mim foi o "Back to Black" da finada Amy Winehouse. E já tem mais de 10 anos. E esse "revolucionário" é bem entre aspas, já que, em essência, ele é bem retrô...
E, pra mim, o formato de "álbum" (mais ainda se considerarmos os álbuns conceituais) está definhando. É coisa de nicho. O que está valendo, para as massas e para a cultura pop - ou o que sobrou dela - são músicas lançadas de forma independente e com algum apelo específico (a bunda grande de alguma cantora, por exemplo).
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acabaramosnicks Membro Novato |
# jan/17
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JJJ
O formato álbum não está morrendo, a arte é feita dessa maneira, sempre funcionou e continua funcionando. Ser vendido em CD meio que está caindo em desuso, mas ainda tem quem compre.
A culpa é da facilidade que se obtem a música em outros meios, e muitas vezes a pessoa quer escutar uma ou duas músicas do álbum, e não a obra toda. Eu não acho que tenha a ver com imediatismo, pq quem quer conhecer a obra toda vai conhecer independente do meio, seja por mp3, seja por CD, a pessoa vai escutar a obra em algum momento.
Sobre o último álbum revolucionário, é difícil dizer porque o que alguns consideram revolucionário outros o negarão, fora que a pessoa pode negar o álbum ser revolucionário só pq não atende às expectativas pessoais.
Exemplo: esse último álbum do daft punk foi revolucionário pra mim, porque apesar de não ser tão nova ou inusitada essa quebra de paradigma de mesclar música "normal" com eletrônica, neste álbum foi feita de uma maneira muito foda. Muitos discordarão simplesmente pq não curtem daft punk ou porque acham que música eletrônica não pode ser revolucionária.
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JJJ Veterano
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# jan/17 · Editado por: JJJ
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acabaramosnicks é difícil dizer porque o que alguns consideram revolucionário outros o negarão, fora que a pessoa pode negar o álbum ser revolucionário só pq não atende às expectativas pessoais.
Eu alterei a pergunta, para refletir isso.
Mas, quanto ao fato de não ser do nosso gosto: isso não impede que reconheçamos a significância de uma obra...
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entamoeba Membro Novato |
# jan/17 · Editado por: entamoeba
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acabaramosnicks
Daft Punk é muito interessante. Vem fazendo uma resistência digna em tempos de aridez.
Sobre a pergunta do tópico, não consigo me decidir sobre qual foi o último álbum revolucionário que conheci...
As vezes acho que a Amy Winehouse, apesar de incrível, não passa de uma releitura daquelas cantoras de jazz dos anos... vixe.. 50? Sei lá, talvez, daquela coisa de cabaré...
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Lelo Mig Membro
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# jan/17
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JJJ
Revolucionário? Prá valer?
Ígor Stravinsky - L'Oiseau de feu ("O Pássaro de Fogo") - 1910.
hehehe
Falando sério... Michael Jackson - Thriller - 1982
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acabaramosnicks Membro Novato |
# jan/17
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Mas, quanto ao fato de não ser do nosso gosto: isso não impede que reconheçamos a significância de uma obra... Espero que esteja certo!
As vezes acho que a Amy Winehouse, apesar de incrível, não passa de uma releitura daquelas cantoras de jazz dos anos... vixe.. 50? Sei lá, talvez, daquela coisa de cabaré...
Talvez tenha sido revolucionário justamente por trazer de volta o que não era feito há muito tempo.
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Ningen Veterano |
# jan/17
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Pra mim... "O melhor do technobrega" vol. 7 acho... do DJ Geraldo... Não gostava de technobrega até então...
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acabaramosnicks Membro Novato |
# jan/17
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eu não faço idéia do que é tecnobrega, mas o nome não me soa bem
"eles passaram a mesclar riffs acelerados de guitarra da música brega tradicional com batidas eletrônicas e arranjos criados por programas de computadores, o que foi considerado como uma ruptura no mercado fonográfico" - wikipedia
isso foi inesperado
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locostras Membro Novato |
# jan/17
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Pink Floyd The Dark Side of The Moon Músicas como Brain Damage Time Wish you Where Here e Breath
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Ismah Veterano |
# jan/17
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É uma pergunta e tanto... Dar esse título de um jeito técnico é bem complexo...
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renatocaster Moderador
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# jan/17 · Editado por: renatocaster
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Nossa, enquete muito boa, apesar de ao mesmo tempo ser difícil de responder, hehehe! Bom, vou responder separando por décadas, partindo do momento onde "comecei a me entender por gente":
Anos 1980 - Thriller, Michael Jackson Anos 1990 - Nevermind, Nirvana Anos 2000 - Hybrid Theory, Linkin Park
Comentários:
Thriller e Nevermind na minha opinião foram revolucionários de uma forma geral no meio da música e da cultura popular, e não apenas no "metiê" restrito aos seus estilos (Pop e Rock, respectivamente).
Já Hybrid Theory foi revolucionário especificamente no meio do rock, pois foi a partir deste álbum que nasceu uma nova vertente do metal que se popularizou muito e continua em evidência até hoje: O tal do "Nu Metal".
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renatocaster Moderador
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# jan/17
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JJJ
E, pra mim, o formato de "álbum" (mais ainda se considerarmos os álbuns conceituais) está definhando.
Sim, salvo algumas exceções. Caso da cantora Adele, por exemplo. Conseguiu emplacar 20 milhões de cópias vendidas do seu último álbum "25". Álbum este que foi lançado agora em 2015! O.o
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BrotherCrow Membro Novato |
# jan/17
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"To Pimp a Butterfly" do Kendrick Lamar foi inovador, super influente no estilo e aderiu com força ao formato de álbum, sendo inclusive conceitual. Acho que será lembrado como um álbum revolucionário num futuro próximo.
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The Man Who Sold The World Veterano |
# jan/17 · Editado por: The Man Who Sold The World
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por ser um dos primeiros com gravação, mix e master 100% digital (e mesmo assim, sendo muito bom) vou de Brothers in arms - Dire Straits
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BorderLand Membro Novato |
# jan/17
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POP: Mutiply (2014) - Ed Sheeran - Apesar de gostar de um bom e velho rock n roll, quando ouvi esse album gostei bastante dos arranjos (faltou guitarra mas...) das letras dos carinha, das idéias, em um mundo onde todo mundo escreve as mesmas coisas, pra vender, inclusive ele com aquela romântica que esqueci o nome mas que já toquei pra minha noiva, o CD dele é recheado de letras bem fortes sobre vida, morte, traição, loucura.
Family Dinner VOL 2 (2016) - Snarky Puppy - Os caras fazem coisas diferentes que ninguém do mainstream tem coragem de fazer.
É complicado, cada vez que ouço uma música comparo ela com outra de outra pessoa e quando vamos ver são os mesmos produtores, labels, músicos, etc...
Mais do mesmo sempre, está tudo igual, ninguém parece ter mais coragem de tocar o que vem a cabeça, meter o louco na música, o sistema criou fantoches musicais que tocam o que sabe-se que vai vender pra um publico X que vive nas redes sociais. Ninguém inova é mais nada.
Mas estou feliz que com essa minha recente revolta, me lembrando dos amigos das antigas que se juntavam pra ouvir vinis antigos e os lançamentos de metal em CD com cheiro de plastico novo, depois de quase 14 anos, voltei a fazer isso, junto amigos, vamos nas casas uns dos outros ouvir música, comentar as últimas coisas BOAS ouvidas, compartilhar ideias, e avacalhar o mais do mesmo.
Filosofei minha opinião!
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boblau Veterano |
# jan/17
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Mamonas Assassinas - 1995
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Insufferable Bear Membro |
# jan/17
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BrotherCrow Tem aquele do Kamasi Washington, The Epic, também.
Pra mim: LXMP: Żony w pracy
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JJJ Veterano
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# jan/17
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Insufferable Bear
Eu achei que tinha uma poeirinha em cima do "Z" aqui no tablet. Tentei limpar... hehehehe
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MMI Veterano
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# jan/17
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JJJ
Difícil responder esta... De bate-pronto só me vem à cabeça álbuns de 40 anos. Kkkkkk
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Adler3x3 Veterano |
# jan/17 · Editado por: Adler3x3
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JJJ
Não sei dizer, nas últimas décadas não aconteceu nada de extraordinário.
Mas pode ser ignorância minha, deve existir alguns álbuns que se enquadrem como revolucionários. Mas a própria palavra revolucionário talvez seja um exagero para rotular algo, em determinadas situações pode soar forte além do necessário, afinal a música é uma arte, que pode ser combinada com outras artes. Nos anos 60 e 70 a palavra se enquadra melhor, mas música é acima de tudo sutileza, e o imprevisível pode ser bom.
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Insufferable Bear Membro |
# jan/17
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Não sei dizer, nas últimas décadas não aconteceu nada de extraordinário.
Mas pode ser ignorância minha sim
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Luisfelp FR1 Membro |
# jan/17
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JJJ
Falando de "revoluções musicais" eu considero as seguintes obras como boas referências no assunto:
Na década de 1980: U2 - The Unfforgettable Fire em 1984, com a maneira como foram manejados os efeitos de ambiência e mixagem e a possível criação utilização efetiva do efeito de shimmer como conhecemos hoje em dia. E também Michael Jackson - Thriller em 1982 pelo conjunto da obra e conceito.
Na década de 1990: Nirvana - Nevermind e o Radiohead - Ok Computer, por terem marcado muito forte e revolucionado seus gêneros
Agora o último mesmo, levando em consideração o conceito de "revolução" mais ao pé da letra, eu considero o Linkin Park - Hybrid Theory de 2000, por ter misturado conceitos de Rap, Rock com uma pitada de metal, influenciando muito outras bandas dos anos 2000.
Na minha opinião o formato de álbum, no estilo em que cada música contribui de maneira mais direcionada para a formação de uma obra em si, está tendendo a seu declínio. Explicando melhor minha analogia: É como se cada música fosse um tijolo para construção de um muro (no caso o álbum). Eles podem ter formatos diferentes e cores diferentes porém quando juntos formam algo bonito e harmonioso que forma um muro. O problema é que cada tijolo está ficando com uma forma mais diferente um do outro que quando juntos parece que não se conectam como deveriam. Porém já ressalto que o conceito de "Muro" varia de pessoa para pessoa.
Do imediatismo de hoje em dia, que não nos permite mais sentar pra ouvir uma obra inteira
Na verdade, na minha opinião, o imediatismo não faz isso conosco, mas sim a maneira como deixamos esse conceito influenciar nossa vida, o que sinceramente muitas vezes pode ser controlado por nós, porém acabamos "por nos deixar levar pela onda".
As vezes acho que falta um pouco de reflexão das pessoas na hora de apreciar as coisas nos dias de hoje, coisa que se acentuou muito rápido nos últimos anos.
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Casper Veterano
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# jan/17
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Radiohead - OK Computer
Björk - Vulnicura
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waltercruz Veterano |
# jan/17
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Algum do Massive Attack? Talvez Mezzanine?
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JJJ Veterano
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# jan/17 · Editado por: JJJ
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Tem uma pequena "pegadinha" nessa questão aí, com relação à dificuldade de se achar algo muito recente.
A sociedade só reconhece uma coisa como realmente "revolucionária" depois de um tempo.
Para ser "revolucionária", essa coisa tem que influenciar, gerar frutos, mudar a história de algum modo. E isso só é possível de constatar algum tempo depois que a coisa aparece...
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BrotherCrow Membro Novato |
# jan/17
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JJJ Outra "pegadinha" é que, para os estilos mais "true", se alguém revoluciona demais acaba sendo hostilizado. Pega o Sunbather, do Deafheaven. Foi quase unanimidade da crítica, um dos melhores discos do ano em várias listas, mas o pessoal do black metal diz que eles não são true, são posers, fazem música pra hipster...
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Casper Veterano
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# jan/17 · Editado por: Casper
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E tem um fato importante: a álbum pode ser "revolucionário" mas ser um lixo:
Lou Reed - Metal Machine Music
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JJJ Veterano
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# jan/17
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BrotherCrow o pessoal do black metal diz que eles não são true
Cara, eu acho esse tipo de coisa tão infantil...
Uma vez um cara me disse que, se a banda não fizesse pelo menos uma música mais lenta e melodiosa entre as porradas (tipo, sei lá... Changes, do Sabbath ou Nothing Else Matters, do Metallica ) não seria realmente "metal"...
Que coisa mais idiota...
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Lelo Mig Membro
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# jan/17
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True Metal
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