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Daniel_tecladista15 Membro Novato |
# mar/15
Pessoal,
Após estudar por alguns livros de Harmonia, percebi que não há consenso quanto a notação mais indicada para representação de inversões, alterações, notas adicionadas, etc... na cifra analítica.
Normalmente, eu utilizo a forma abaixo que é centrada na notação do baixo cifrado.
V = maior posição fundamental v (ou Vm) = menor pos. fundamental V6 = tríade primeira inversão V6/4 = tríade segunda inversão V7 = tétrade em posição fundamental V6/5 = tétrade em primeira inversão V4/3 tétrade em segunda inversão V4/2 (ou V2) = tétrade em terceira inversão VIIo = diminuto V/VI = dominante secundário do quarto grau V7 = suspenso 4 etc...
Um dos problema que eu vejo com esta notação é a representação de acordes adicionados e tétrades com outras tensões (9, 11 e 13) Exemplo: Se for usada a notação I6 para representar uma tríade com 6M, irá confundir com a primeira inversão de uma tríade.
O que vocês acham? Está correta? Há uma notação melhor?
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LeandroP Moderador |
# mar/15
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Daniel_tecladista15
Na sua notação é tudo Vº grau? Ou foi só um exemplo?
Eu utilizo toda a extensão do acorde, apenas substituindo a cifra das notas por cifra analítica (numerais romanos).
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Daniel_tecladista15 Membro Novato |
# mar/15 · Editado por: Daniel_tecladista15
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LeandroP Foi só um exemplo mesmo!!
Eu utilizo toda a extensão do acorde, apenas substituindo a cifra das notas por cifra analítica (numerais romanos). Acho que entendi o que você quis dizer, mas como seria representado uma inversão, por exemplo C7/E? Como seria representado o baixo?
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LeandroP Moderador |
# mar/15
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Daniel_tecladista15
Então, nesse caso, pra não ficar muito extenso eu represento a inversão usando numeral ordinal mesmo, tipo X7/3a ou X7/5a ou Xm/5a.
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Daniel_tecladista15 Membro Novato |
# mar/15
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LeandroP Entendi. Beleza!! Fica mais simples e fácil de entender. A notação do baixo cifrado não é tão simples e nem todos entendem muito bem.
Valeu, LeandroP. Obrigado pela ajuda!!
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Jabijirous Veterano |
# mar/15
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Daniel_tecladista15
Bicho, cuidado para não misturar a cifragem do erudito com o popular!
Essa cifragem numérica é voltada para o uso da harmonia tradicional/vocal. Para harmonia popular o que o LeandroP disse serve!
Caso seja a tradicional, as nonas você só coloca o V9 ou I9 ou i9. O mesmo serve para o 11 e a 13, exemplo:
I9 V7 vi11 V13/V V9 I7
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Daniel_tecladista15 Membro Novato |
# mar/15
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Jabijirous Acho que a salada de frutas é proposital mesmo!!! hehehe
A harmonia funcional é uma evolução recente da harmonia tradicional (mais sólida e já evoluída por séculos), logo não existe consenso em diversos pontos na harmonia funcional devido a esta falta de maturidade.
Por isso, diversos autores acabam misturando os conceitos da cifragem da harmonia tradicional (centrada no baixo cifrado da época barroca) com a funcional de forma proposital mesmo!! Obrigado pela dica!! Vou tentar representar as cifras sem misturar as coisas!!!
"...cuidado para não misturar a cifragem do erudito com o popular!" Esta frase me lembrou uma discussão antiga sobre "harmonia erudita" x "harmonia popular". Alguns teóricos e musicólogos não reconhecem esta separação (consideram o correto harmonia tradicional x funcional) Já outros reconhecem. Mas aí já é outra história!!
Abraços e valeu!!
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Jabijirous Veterano |
# mar/15
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Daniel_tecladista15
Eu reconheço, por isso separo e chamo de harmonia tonal. É muito mais fácil você dizer que um primeiro grau pode ter a sétima maior analisando dessa forma I7M do que dessa forma I7. Para muitos, o I7 é dominante, mas na harmonia vocal é 7ª da escala diatônica! Confuso? Um pouco, por isso é outra linguagem, por isso eu separo. Harmonia funcional é outra visão. É completamente diferente da chamada harmonia funcional que 99% dos cursos ensinam! Leia o livro do Koellreuter que você vai ver a diferença! O livro do Ian Guest tem um capítulo chamado harmonia funcional!
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Daniel_tecladista15 Membro Novato |
# mar/15
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Jabijirous Concordo com o que você disse. Vou procurar o livro do Koellreuter para dar uma lida. Obrigado pela dica.
Já dei uma folheada no Ian Guest e a notação que ele utiliza é claramente a funcional, entretanto me parece que ele não costuma representar as inversões nas cifras analíticas (parece que a justificativa dele é que o objetivo da análise harmônica é representar as funções harmônicas e para isso basta definir o grau. A inversão apenas tornaria aquele graus mais forte ou mais fraco). Na página 60 do livro Harmonia Prática tem um exemplo disto que estou falando.
Isso demonstra como cada autor tem uma maneira de tratar essa cifragem.
Aproveitando a sua ajuda, Jabijirous, como você cifraria os acordes da progressão abaixo considerando a tonalidade C maior?
C C7/E F
C7/E é a dominante do IV grau de C, logo poderia ser V7/IV/3 ou V7/3/IV?? Confuso!!
Obrigado pela ajuda!!!
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Jabijirous Veterano |
# mar/15
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Eu tb não uso a inversão na análise, mas o Almir Chediak trabalha!
V7/IV/3 ou V7/3/IV?? Confuso!!
Exatamente por isso que eu não trabalho com inversão!
Apenas o V7/IV está bom! Já indica que é o acorde, a inversão você vê na cifragem!
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