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Rednef2 Veterano |
# mai/13
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Adler3x3 Essa sua pergunta me deixa intrigado sempre que lembro de caras como Alceu Valença e Geraldo Azevedo, se não me engano eles são artistas independente, não fazem tanto shows e ainda assim são cheio da grana. Como conseguem isso?
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Mr. Rosa Veterano |
# mai/13
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Lemo Mig[b]
[b]MMI Estou esperando seu parecer dos fatos também...[/i]
Também conto com a aparição do [/i]Lemo Mig , para dar diretrizes sobre o assunto. Creio que de certa forma há uma variedade de motivos muito grande para dizer o porque da música ter mudado tanto dos anos áureos da década de 60 e 70 (na minha opinião). Prova disso é á extensão desse tópico, onde vários deram várias teses e não houve conclusão mútua entre ninguém, pelo menos ninguém expressou.
Eu vejo a música como apenas uma arte entre outras, acho que já até disse isso por aqui, e a arte é uma comunicação. Não há fuga desse conceito. Com a cultura do consumismo rápido, muitas vezes supérfluo e fútil, as músicas (estou me referindo somente ao cenário mainstrain) tendem a ser mais rápidas na idéia que querem passar. Eu já disse isto também por aqui e vou me parafrasear
Na década de 70, lí o James Hetfield falando sobre isso, eles sentavam, colocavam o vinilzão na vitrola, fones de ouvido e embarcavam em uma viagem. Eles realmente ouviam a música. Hoje, (nada contra os malditos ou benditos mp3) as pessoas baixam discos a revelia na net e foda-se, mal ouvem... Já me peguei fazendo mais de 1000 vezes. Isso claro, quando se busca algo. Que nem sempre é comum, principalmente em terras tupiniquins, de um povo iletrado.
O que eu quero dizer em suma, que a QUALIDADE da COMUNICAÇÃO está comprometida nos tempos atuais com adventos como a internet, celular, TV a cabo, teletransporte. O ser humano nunca se comunicou tanto, e nunca tão mal. As idéias tendem a ser simplicistas para a democracia da compreensão prevalecer. Mesmo com as ferramentas de pesquisa ultra-avançadas que possuímos a pausterização de conteúdo é maior do que nunca.
A música não foge disso, e o rock muito menos. O rock n' roll se tornou um gênero com clichês muito definidos na cabeça das pessoas, eu creio que nos anos 60 e 70, eles viam as coisas de outra forma. Sabiam que podiam ir além, serem diferentes e serem aceitos.
Além disso, vou tomar os dados Instituto DataCasper que o Casper possui(srsrsrs)
[b]Casper[b]
2º e 3º - Se existem mais bandas, mais acesso e mais variedade, a conclusão lógica seria que, estatisticamente, fosse mais fácil encontrar qualidade no meio da mediocridade. Minha conclusão é que a fração de música de qualidade é menor hoje. Por exemplo: De 100 bandas nos anos 70, 20 (chutando) eram acima da média. Hoje, de cada 1000, 20 (chutando novamente) são acima da média.
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jucasambora Veterano |
# mai/13
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MMI Caramba passei direto do seu coment sobre as políticas públicas.... então, eu acho, de certa forma, injusto uma artista do tamanho da Ivete gravar com recursos públicos. Esse tipo de "investimento" deveria fazer parte sim é da Educação Fundamental e não em shows de artistas já consagrados.
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jucasambora Veterano |
# mai/13
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Mr. Rosa O ser humano nunca se comunicou tanto, e nunca tão mal. As idéias tendem a ser simplicistas para a democracia da compreensão prevalecer. Mesmo com as ferramentas de pesquisa ultra-avançadas que possuímos a pausterização de conteúdo é maior do que nunca.
Não sei se concordo com isso completamente, afinal toda ideia é simples na sua origem e, relativa ao seu idealizador, também. Concordo que o ser humano se comunica mal, mas como eu já falei antes, isso é uma coisa totalmente nova para o ser humano, "potencial infinito de comunicabilidade", é nosso desafio equilibrar e desenvolver isso, como estamos fazendo agora nessa saudável discussão aqui no fórum. A humanidade nunca teve "esse poder" antes, admito que estamos começando mal, mas nem tudo esta perdido.
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Mr. Rosa Veterano |
# mai/13
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jucasambora
isso é uma coisa totalmente nova para o ser humano, "potencial infinito de comunicabilidade",
A humanidade nunca teve "esse poder" antes, admito que estamos começando mal, mas nem tudo esta perdido.
Achei muito interessante o teu comentário, pois nunca havia parado para pensar nisso. Talvez você esteja certo e espero que que sim.
Talvez as coisas tenham acontecido rápido demais, a tecnologia está ainda em processo de assimilação. ´Nem todas as pessoas aprenderam a lidar com ferramentas tecnológicas no dia a dia, algumas a usam mal e fazem disso um mal, um fardo a mais para carregar.
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MMI Veterano
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# mai/13
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Poxa, eu já acho que tudo tem seu lado bom e seu lado ruim, sempre. Logo, vamos ganhar agilidade, papear aqui como estamos fazendo, mas tem um preço a pagar...
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Rednef2 Veterano |
# mai/13
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Ja que tão nesse debate sobre gravadoras.
Parece que tão enxergando uma luz no fim do tunel:
http://ne10.uol.com.br/canal/cultura/noticia/2013/05/13/streaming-e-a- saida-para-a-industria-fonografica-418580.php
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Luiz_RibeiroSP Veterano |
# mai/13
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Rednef2 No Brasil vai demorar pra pegar, como dito no texto, por causa da qualidade da internet. as operadoras são incompetentes, infraestrutura mal feita, roubo de cabos, péssima velocidade de conexão. Não sei se é bom ou ruim o serviço, to meio perdido ainda porque a forma de se consumir musica mudou muito em pouco tempo. Vou sentir falta de uma mídia física como LP,CD e K7, a forma de se consumir musica hoje é estranha mas pelo menos tenho acesso ha muito mais coisas que antes, mas aquela reunião social que eu tinha com amigos, que compravam um disco ou CD novo e raro , onde a gente ficava escutando a musica, trocando ideias e lendo o encarte vai acabar.
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JJJ Veterano
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# mai/13
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Luiz_RibeiroSP aquela reunião social que eu tinha com amigos, que compravam um disco ou CD novo e raro , onde a gente ficava escutando a musica, trocando ideias e lendo o encarte vai acabar.
Já acabou faz tempo. Infelizmente.
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Casper Veterano
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# mai/13
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Senhores:
Chegamos ao ponto em que somos uma ilha de um habitante apenas?
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jucasambora Veterano |
# mai/13
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Rednef2 Caso aqui no Brasil a conexão com a rede e prestação de serviços dessa área já fossem de qualidade, resolveria, mas só uma parte do problema. O motivo é que só estão considerando uma parte dos consumidores. A relação é simples e prática assim mesmo.
Luiz_RibeiroSP Conforme respondi ao Rednef2, concordo com vc na questão da má qualidade de conexão e péssimos serviços prestados pelas operadores, mas no que diz respeito as mídias, não vejo problemas com as novas formas de oferta e consumo, seria uma inocência muito grande da nossa parte acreditar que discos, cds, DVDs e BRs serão eternos. A questão do encarte por exemplo pode facilmente ser resolvida de outras formas até pq com a baixa na venda dessas mídias, obriga-se o público estar mais perto das bandas através das mídias sociais e frequência em shows e aparições dos artistas.
JJJ Já acabou faz tempo. Infelizmente. Mas isso não precisa "acabar", o fato de não ter um encarte ou um disco na mão não significa que não podemos nos reunir para ouvir música e trocar ideias. O problema não é exatamente a falta do encarte ou de um disco, mas sim que essas redes sociais transformaram o relacionamento pessoal e essas pequenas ações entre amigos/grupos sociais em algo virtual e na maioria das vezes superficial. Aposto com qq um que essa nossa conversa seria infinitamente melhor, mais descontraída e produtiva se estivéssemos conversando ao vivo e a cores (não estou considerando aqui a distancia física entre os users do fórum e nem querendo levantar a discussão das vantagens e desvantagens das redes sociais, mas cito como um fenômeno social rsrsrsrs).
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jucasambora Veterano |
# mai/13
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Casper Chegamos ao ponto em que somos uma ilha de um habitante apenas? Talvez! A questão é como vamos reagir a isso? Se lamentando, conversando com o "Wilson", comendo larva e bebendo água de chuva? Ou fazendo uma jangada, sinalizando pra outras ilhas, expandindo de alguma forma útil e saudável até que sejamos um continente produtivo?
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MMI Veterano
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# mai/13
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Lelo Mig
Não pensa que eu esqueci que você está devendo um texto aqui... hahahahahaha
Casper
Chegamos ao ponto em que somos uma ilha de um habitante apenas?
Talvez... Cada vez mais.
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JJJ Veterano
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# mai/13
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jucasambora
Cara... Por mais que eu aprecie seu otimismo, contra fatos não há argumentos. Parafraseando Milton: "nada será como antes". O mundo mudou. Há coisas muito melhores hoje do que quando eu tinha 18 anos. Mas há coisas piores também e isso que o Luiz_RibeiroSP falou é uma delas. E ele ainda falou de CD... No meu tempo de moleque era LP! Aquilo sim tinha encarte que fazia você viajar enquanto ouvia a música... Não todos, obviamente, mas muitos vinham com um material riquíssimo. Hoje a gente baixa um mp3 que mal vem com o nome do artista ou o ano em que foi gravada a música. Compro discos no iTunes que nem vem com a ficha técnica! Fazer o quê? This is the world we living... Oh oh oh... rs
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Luiz_RibeiroSP Veterano |
# mai/13
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JJJ Disco pirata era coisa de fãs, porque era 2x ou 3x mais caro que o original,tinha poucas tiragens, qualidade da gravação as vezes era horrível por ser gravado com aqueles gravadores de fita de secretaria eletrônica, no meio da plateia, vinha com a arte gráfica ótima muitas vezes e não quebrava o artista, depois veio o CD e começou a mudar a pirataria.
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Rednef2 Veterano |
# mai/13 · Editado por: Rednef2
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jucasambora Luiz_RibeiroSP Concordo com vocês. Para esse sistema funcionar aqui no Brasil, ainda vai levar alguns anos.
Mas será que finalmente encontraram a solução, ou esse seria apenas o primeiro passo?
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Luiz_RibeiroSP Veterano |
# mai/13
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Rednef2 Acho que não tem uma 'solução', é um equilíbrio de forças, devido a mudança tecnológica,sociais, econômicas... mudaram a forma de mercado. Com o tempo a coisa pode estabilizar um pouco até mudar outra vez entrando em choque com novos fatores. Eu chuto que as mudanças aconteçam com maior velocidade devido a um maior volume de dados circulando no mundo.
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jucasambora Veterano |
# mai/13
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JJJ Apesar de não ser tão idoso (rsrsrs) peguei essa fase dos LPs, realmente a ficha técnica é algo que faz diferença, isso sim me irrita nessa coisa de música digital! Mas cabe aos próprios músicos e produtores forçarem a barra para que essas informações sejam passadas adiante, afinal, como é a informação que manda hoje em dia, é vantagem para eles que o nome percorra! Eu mesmo já descobri muitos músicos bons por pesquisar o nome depois de ler na ficha técnica de um disco. Isso é uma coisa muito relevante pro mercado fonográfico enquanto profissionais do ramo, principalmente. Considero que esse seria um dos ajustes que precisa ser feito neste modelo atual.
Rednef2 Como eu disse anteriormente, independente de qq coisa só resolveria uma parte do problema, pq só consideraram uma parte dos consumidores, os "consumidores digitais", que são esta geração que já nasceu conectada. E como disse o Luiz_RibeiroSP, com o tempo a coisa pode estabilizar um pouco até mudar outra vez entrando em choque com novos fatores.
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Adler3x3 Veterano |
# mai/13 · Editado por: Adler3x3
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Rednef2
Essa sua pergunta me deixa intrigado sempre que lembro de caras como Alceu Valença e Geraldo Azevedo, se não me engano eles são artistas independente, não fazem tanto shows e ainda assim são cheio da grana. Como conseguem isso?
Bem são dois músicos bem talentosos que já passaram por várias fases. Acredito que tenham feito um bom planejamento de vida, e já de certa forma conseguiram uma boa estabilidade financeira quando as coisas eram aparentemente mais fáceis. Não sei dizer se são ricos. Hoje acho que esta mais difícil para quem esta começando.
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Adler3x3 Veterano |
# mai/13 · Editado por: Adler3x3
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Todos
Muito bom todos os comentários.
Informações Então teriam que melhorar as informações contidas nos arquivos de áudio em seus vários formatos, acrescentando muito mais texto (nenhum problema pois ocupa pouco espaço) e mais imagens (que consomem muito espaço). E aí poderiam incluir : Ficha técnica, Fotos de Estudio, Comentários, Biografia e muito muito mais.
Tem players que buscam na Internet os detalhes da peça musical e até biografia dos músicos, mas uma informação fora do aquivo, e requer que se escute a música estando on-line. E o usuário tem que fazer uma pesquisa navegando, e aí dispersa a atenção do Album. Pois uma das características da Web, é que "começamos a navegar num ponto de partida que escolhemos, e depois vamos clicando em outros links, e nunca sabemos aonde vamos terminar", e perdemos o foco, perdendo tempo até com besteiras.
Qualidade dos players e aparelhos: Aqui tenho uma reclamação a fazer. Nunca desde a década de 60 se produziram aparelhos de som tão ruins como os de hoje. Muito embora a tecnologia tenha evoluído a níveis nunca imagináveis. Na minha opinião os aparelhos de som atuais deixam a desejar. Não sei explicar, mas parece que o problema esta na produção em larga escala de "chips" made in asia, que não me convencem, como por exemplo o efeito da equalização.
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Casper Veterano
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# mai/13
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Caro Adler3x3:
Nunca desde a década de 60 se produziram aparelhos de som tão ruins como os de hoje.
Concordo em número, gênero e grau. O equipamento de som médio hoje em dia é muito inferior ao que poderia ser produzido. Claro, existe o mercado de nicho, os hi-end da vida, mas, novamente, é um nicho pequeno, onde as pessoas em geral tem mais prazer em mostrar que possuem o bem em estado-de-arte que prazer em ouvir música.
Meu equipamento de áudio é relativamente bom, tenhos módulos antigos da Cygnus e um par de caixas Marantz que não me desfaço por nada no mundo. Muitas pessoas que vão em casa pela primeira vez ficam impressionadas, porque estão desacostumadas com som de alguma qualidade. E olha que em casa o hi-end passa longe.
O MP3 foi o início do retrocesso. Tudo antes dele visava a melhoria da qualidade. O computador trouxe o hábito de ouvir música em micro caixas acústicas de plástico, para a maioria das pessoas. Tem gente que aceita até ouvir música direto do celular, pelo falante de 10mm.
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JJJ Veterano
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# mai/13
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Casper Tem gente que aceita até ouvir música direto do celular, pelo falante de 10mm.
Outro dia passou um doido por mim fazendo isso. Lembrei do meu primeiro gravador k7 mono "National Panasonic"... (apesar de ser uma bela buesta, ele tinha um som melhor que esses celulares).
Que dirá dos Marantz e Cygnus, ou até mesmo dos Polyvox e Gradientes da minha juventude!!!
Tem tecnologia pra fazer melhor? Claro que tem. Mas não deve valer a pena... Lei da oferta e da procura. Eu tenho um par de caixas Lando lá em casa que eu duvido que qualquer caixa "normal" de hoje (com suas madeirinhas MDF - quando não são de plástico!) cheguem perto. Mas quem quer isso? Vou mais além: quem quer parar para "apenas" ouvir boa música em frente a um par de caixas de som??? (é par mesmo, duas - nada de 2.1, 5.1, 7.1 e outras baboseiras - só temos 2 ouvidos). Então... o celular com seus agudos irritantes tá de bom tamanho, né?
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MMI Veterano
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# mai/13
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Eu acho que o neto do Lelo um dia vai falar: "Ah, lá na década de 2010 que era bom, tinha Foo Fighters tocando nas rádios...". Na verdade, quem pensa que na década de 70 rolava Led, Pink Floyd, Deep Purple, Sabbath, tá muito enganado. O que bombava era isso aqui:
Casper
tenhos módulos antigos da Cygnus e um par de caixas Marantz que não me desfaço por nada no mundo.
Mas isso não era para todo mundo. Hoje tem lixo para todo mundo... rs
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Adler3x3 Veterano |
# mai/13 · Editado por: Adler3x3
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MMI
Eu acho que o neto do Lelo um dia vai falar: "Ah, lá na década de 2010 que era bom, tinha Foo Fighters tocando nas rádios...". Na verdade, quem pensa que na década de 70 rolava Led, Pink Floyd, Deep Purple, Sabbath, tá muito enganado. O que bombava era isso aqui:
É verdade muito pouco tocava nas rádios, somente algumas poucas rádios com programas especializados em rock tocavam, coisa muito rara. A curtição de verdade era escutar os lps e novidades na casa dos amigos, como um outro membro comentou. Uma coisa era o sucesso nas rádios, outra coisa era o sucesso de vendas de lps de bandas de rock nas lojas.
E a versão da música acima foi destruída pela má adição de efeitos.
Edit: Black Night do Deep Purple até tocou bem nas rádios. Do Led Zeppelin "Black Dog" e Rock And roll em algumas rádios mais especializadas, do Black Sabath e Pink Floyd quase nada. Do Pink Floyd tinha uma música que era utilizada na abertura do Jornal Nacional. Da TV Educativa no final dos 60 e boa parte dos anos 70 tocava na abertura do Canal She's a Rainbow dos Rolling Stones.
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jucasambora Veterano |
# mai/13 · Editado por: jucasambora
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MMI Puuuuuuuuuuuutz! Kkkkkkk De acordo com a história dessa música, podemos ver também que a arte naquele tempo tinha um cunho sociológico muito forte. Eram as "causas" pelo que se lutava!
Falando no que se tocava nas rádios naquela época, olhem isso: Hits dos anos 70 nas rádios, ordenado por ano!
E agora, isso muda um pouco nossa perspectiva, eu acho...
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Lelo Mig Membro
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# mai/13
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Todos
Algumas considerações que não podem ser desprezadas...
1- Os DJs antigos, não eram funcionários das rádios. Eram "divulgadores independentes" que faziam programas musicais com seu acervo pessoal. Posso afirmar isso categoricamente, fiz programa em uma rádio local nas tardes de sábado, com meu acervo pessoal. Essa prática foi se diluindo com o tempo, caindo em porcentagem de número/horas de programas independentes, mas se manteve até boa parte dos anos 90. A fórmula é simples, se o programa da audiência e gera anunciantes, você toca o que bem entender. Quem "assassinou" dolosamente este tipo de DJ foram as gravadoras!
Desta feita, afirmo que, nos anos 60, tocava muita merda? tocava, mas haviam inúmeros programas bons, com DJs cheio de discos interessantes e fartamente informados.
Vocês acham que conheci Gentle Giant, Frank Zappa, Camel, Roy Buchanann, Robert Johnson, John Coltrane, Miles Davis, etc, (reparem estou falando dos menos populares), onde? no Youtoba? Não, foi nas rádios!!
Haviam programas só de rock, só de blues, só de jazz, só erudito, só mpb, só progressivo, só metal e etc..........os DJs, desde à época de minha infância, com Big Boy (que trouxe a soul music pro Brasil) até final dos 80 com Vitão Bonesso (que tinha o Fúria Metal), passando por Jackes & o Caleidoscópio (Só progressivo), entre outros.
No entanto, quem conhecia música, ou pelo menos um estilo profundamente e cheios de informações, tocando seu acervo pessoal (que as gravadoras não colocavam nas lojas para vender, o chamado "catálogo"), não aceitavam Jabá e NÃO interessavam as gravadoras... e uma das partes do "plano" foi eliminar esses caras!
O assunto "gravadoras" é grande e complexo, estou escrevendo sobre, vou colocar assim que der.
Abri essa exceção, por conta do assunto "rádios/hits".
Obs: Galera, nunca fui chegado a essas "teorias conspiratórias" mas no caso das gravadoras, acreditem, existiu um plano minuscioso, complexo e (mal feito), prá extirpar toda música que não desse larga vendagem a elas e seus astros, que acabasse com o mercado alternativo, com os chamados "sêlos" e com a "música de catálogo"... só que foi um tiro pela culatra, e por incompetência total "sifuderam".
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Luiz_RibeiroSP Veterano |
# mai/13
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MMI pô! mó somzão véi! não conhecia esse Paulo Diniz. Melhor bombar na radio esse som do que Claudia Leite.
Lelo Mig No aguardo para ler seu texto.
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MMI Veterano
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# mai/13
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Lelo Mig
Mas Lelo, isso de tirar um colecionador de discos de dentro das rádios foi uma profissionalização. Ser radialista hoje é para quem tem curso superior, da mesma forma que técnico de futebol precisa de diploma de educação física. Mais ainda, as radios (outro setores também) deixavam rolar na "confiança", mas hoje o cidadão que faz um punhado de programas vai na Justiça do Trabalho e pede salários e encargos, além de fechar a empresa por trabalho escravo.
Veio também a questão de direitos autorais. Nem tanto pelas gravadoras, foi muito por entidades ligadas à música mas que na verdade não os representa. Veja, a própria OMB foi desacreditada pelos próprios músicos e estes comemoram que não precisam mais filiação para tocar na noite. Devia ser o contrário, uma entidade que defende os músicos e luta por eles, ou seja, muito bom fazer parte e pagar para os caras defenderem a classe. Já existia o jabá, mas não como hoje, algo bem mais tímido. Mas a partir do momento que cobraram direitos nas músicas, as rádios responderam com jabá, então continuaram sem pagar os direitos para executarem as músicas repassando a cobrança pela execução. Quem paga? O lado mais fraco, não é a rádio nem a gravadora, mas o músico.
Mas que houve o tal plano de acabar com o mercado alternativo, isso houve.
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MMI Veterano
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# mai/13
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Luiz_RibeiroSP
Depende... Como hoje a música não é mais dissociada da imagem, pela imagem sou muito mais a Claudinha... kkkkkkk
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Lelo Mig Membro
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# mai/13 · Editado por: Lelo Mig
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MMI
Em termos amigo...
Na TV e na mídia impressa, "esse profissionalismo" foi justificado de outras formas, as grandes revistas continuam empregando "cronistas, articulistas, colunistas, e etc", ou seja, uma série de "não jornalistas", mas que são especialistas em outras áreas e por meio de suas reputações e nome, foram mantidos nos mercados. Rádios, estritamente jornalísticas, como a CBN, também conseguem manter esses profissionais.
Nas rádios musicais, os DJs (muitos deles) eram especialistas em gêneros musicais, muito acima desses "jornalistas/locutores mal formados"..., mas nas rádios musicais, não tiveram força, sob a alegação da "falta de formação".
Os direitos autorais eram "teoricamente" pagos. Até os anos 80, até para fazer um baile ou peça de teatro, você fornecia uma lista do que iria tocar e a OMB possuía uma tabela, que não era feita "música à música" mas com uma taxa fixa. Você pagava a taxa e tinha o horário liberado à execução.
Não havia vinculação profissional, porque um programa de 1 hora por semana, não caracteriza vinculo trabalhista e não recebíamos nada da rádio, apenas participação dos anunciantes, que eram captados pelo próprio DJ.
A "falta de formação" profissional e "evasão de direitos autorais", foram os mecanismos (brechas) legais, que as gravadoras encontraram para limpar o terreno e promover luta de classes com os "locutores e jornalistas" com formação.
Porque, então, nas rádios jornalísticas os cronistas, articulistas e etc, não foram demitidos? Especialistas em vinhos, em cinema, em medicina, colunistas sociais, economistas, analistas políticos e muitos profissionais de outras áreas atuam nesses segmentos, sem formação em jornalismo ou curso de locutor.
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