Essa é para o fãs do Nirvana - Livro com fotos inéditas da 1ª tour da banda na Europa

    Autor Mensagem
    renatocaster
    Moderador
    # nov/12


    Fundador do selo que lançou disco de estreia, ‘Bleach’, publica obra com relatos da viagem

    Apesar do talento de Kurt Cobain, o Nirvana era uma das muitas bandas dos Estados Unidos que, sem as devidas atenção e aposta, não chegaria ao topo das paradas. Bruce Pavitt foi um dos responsáveis por alçar a banda à posição de líder do movimento grunge, já que seu selo, o independente Sub Pop, lançou a primeira edição do disco de estreia, "Bleach", em 1989, nos formatos LP e no então novato e quase mítico CD.
    Depois de 23 anos, Pavitt decidiu publicar o e-book "Experiencing Nirvana: Grunge in Europe, 1989" (disponível no iTunes por US$ 4,99), com fotos tiradas por uma câmera amadora e relatos da primeira turnê à Europa do Nirvana, que passou por Itália, Suíça, França e Inglaterra. Na época, a banda contava com Cobain nos vocais e guitarra, Krist Novoselic no baixo e Chad Channing na bateria. Em entrevista ao GLOBO por telefone, o americano explica por que levou tanto tempo para publicar o material e conta intimidades do cantor morto em 1994.

    Por que lançar o livro 23 anos depois de ter saído em turnê com o Nirvana?

    Fiquei tão triste com a morte de Kurt (em abril de 1994) que abandonei o material por todos esses anos. Há algum tempo, encontrei essas essas fotos por acaso e achei que poderia ser útil, despertar a curiosidade de novos fãs e manter a história dele viva.

    Como se deu o processo entre conhecer a banda e lançar o disco de estreia, "Bleach", em 1989?

    Recebemos um disco demo do Nirvana e chamamos a banda para fazer um show em Seattle. Havia, no máximo, quatro pessoas na plateia. Mas percebemos que aquela banda tinha tanto potencial e era tão diferente de tudo o que já tínhamos ouvido, que lançamos o disco e propusemos uma turnê pela Europa para divulgá-lo, com duas outras bandas então desconhecidas, Mudhoney e Tad. Eu tinha 29 anos naquela época e nem tanta experiência quanto hoje, mas minha opinião continua a mesma sobre o Nirvana.

    Como era sua relação com Kurt Cobain e como ele se comportava na intimidade?

    Todo mundo que trabalhava na Sub Pop era amigo e não fazia sentido que os artistas que produzíamos também não fossem. Então éramos muito próximos. Ele era tímido, calado e muito criativo. E defendia muito sobre os direitos femininos. Kurt prestava muita atenção em bandas novas e desconhecidas também. Uma vez fui visitá-lo e levei um disco do Daniel Johnston, um músico iniciante e obscuro daquela época. Fiquei muito feliz de vê-lo em uma entrevista à revista "Rolling Stone", anos depois, com uma camisa com o nome do Johnston estampada.
    A morte trágica e precoce de Cobain deixou milhares de fãs e amigos dele surpresos.

    Você chegou a presenciar algum momento de depressão ou descontrole durante a turnê?

    Eu não imaginava que o fim de Kurt seria assim, mas durante a turnê, quando passamos por Roma, ele teve um colapso nervoso no palco. Não queria mais tocar e teve uma postura agressiva. Minha torcida era para ele se controlar, porque ele ainda tinha muito o que fazer musicalmente.

    E o que aconteceu depois que a turnê chegou ao fim?

    Acabamos nos afastando, porque quando voltamos, uma grande gravadora fez uma excelente oferta para lançar o disco que viria a ser o "Nevermind". E eles aceitaram. Fiquei muito triste, mas entendo que são negócios e que a minha gravadora era pequena e independente. Não tínhamos metade do orçamento para oferecer. Mas fico satisfeito de ter estado junto na primeira turnê, quando o público começou a se formar, a banda deixou de fazer show para quatro pessoas, para reunir 2 mil. A imprensa inglesa começou a prestar atenção. E quando eles voltaram aos Estados Unidos já estavam consagrados.

    Já se passaram 18 anos da morte de Kurt Cobain. Se ele estivesse vivo hoje, o que você acha que ele estaria fazendo?

    Nos últimos 20 anos, nenhuma banda teve o impacto que o Nirvana teve. Acho que ele estaria fazendo algo brilhante e novamente diferente de tudo o que estamos ouvindo. É verdade que artistas que morrem tendem a virar gênios e que alguns daquela geração, meio rivais dele, que seguem na ativa, viraram piada. Mas Kurt realmente era um gênio.

    Por que você decidiu lançar o livro em formato digital, ignorando o tradicional livro de papel?

    Decidi lançar primeiramente um e-book, porque queria que fosse um lançamento mundial. Que todos os países tivessem acesso rapidamente ao material e só digitalmente isso é possível. Terminamos de editar tudo e uma semana depois já poderia estar nos iPads e computadores dos fãs. Vou acabar fazendo uma versão tradicional, em papel, porque muitos dos fãs da época em que o Nirvana estava nascendo ainda são avessos ao mundo digital. Mas acho que isso está mudando, além de ter toda uma geração de adolescentes buscando esse tipo de som, que nenhuma banda jamais vai alcançar. Além do mais, acho que as minhas fotos e a diagramação fica muito mais bonita no iPad. Nirvana ainda está em todo o mundo, especialmente por causa da força que a voz do Kurt tinha.

    O que você faz atualmente?

    Moro em uma ilha perto de Seattle e trabalho como DJ em festas pelo mundo. Mas sigo buscando novos talentos.

    Fonte

    Mr.Myself
    Veterano
    # nov/12
    · votar


    renatocaster

    Show de bola!!

    No livro Heavier Than Heaven a bigrofia do Kurt, diz que no começo o Nirvana chamou muito mais atençao na Europa do que nos estados unidos.


    vlw!!

    Del-Rei
    Veterano
    # nov/12 · Editado por: Del-Rei
    · votar


    Eu gosto de ler livros sobre bastidores e biografia. São bem legais e até inspiradores!

    Mr.Myself
    diz que no começo o Nirvana chamou muito mais atençao na Europa do que nos estados unidos.

    Pois é... Às vezes vemos algumas informações desencontradas. Esse é o problema de livros escritos por pessoas diversas, cada um tem seu ponto de vista. Até por isso fico com o pé atrás em relação às biografias escritas por outras pessoas. Auto-biografias são muito mais confiáveis.

    Um aceno de longe!!!

    EDIT:
    Caraca, as datas dos posts estão loucas....

    renatocaster
    Moderador
    # nov/12
    · votar


    Mr.Myself

    No livro Heavier Than Heaven a bigrofia do Kurt, diz que no começo o Nirvana chamou muito mais atençao na Europa do que nos estados unidos.

    Mas o tal Bruce Pavitt falou sobre isso: Mas fico satisfeito de ter estado junto na primeira turnê, quando o público começou a se formar, a banda deixou de fazer show para quatro pessoas, para reunir 2 mil. A imprensa inglesa começou a prestar atenção. E quando eles voltaram aos Estados Unidos já estavam consagrados.

    Del-Rei

    Eu gosto de ler livros sobre bastidores e biografia.

    Também acho legal essas histórias. Embora eu não tenha hábito de ler livros biográficos, eu sempre me interesso por essas notícias quando elas surgem.

    Até por isso fico com o pé atrás em relação às biografias escritas por outras pessoas. Auto-biografias são muito mais confiáveis.

    Eu acho que depende da pessoa que escreve. Se for uma pessoa que era (ou é) muito próxima ao artista em questão, talvez a veracidade dos fatos seja maior. Um exemplo é o livro que a mãe do Cazuza escreveu sobre ele.

    Se tratando da mãe, por ser uma pessoa que estava ali, bem perto e presente em pelo menos boa parte da história e carreira dele, creio que a confiabilidade da biografia narrada seja maior.

    Agora, se o autor da biografia é um jornalista, ou um fã, etc, as chances de ter muitas especulações ou trechos "fictícios" são maiores. Enfim, estou apenas ponderando, pois como falei não tenho hábito de ler biografias, hehehehe.

    renatocaster
    Moderador
    # nov/12
    · votar


    Del-Rei

    EDIT:
    Caraca, as datas dos posts estão loucas....


    FCC tá com o bug do fim do mundo, hehehehe.

      Enviar sua resposta para este assunto
              Tablatura   
      Responder tópico na versão original
       

      Tópicos relacionados a Essa é para o fãs do Nirvana - Livro com fotos inéditas da 1ª tour da banda na Europa