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FAP Veterano |
# jun/11
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Matéria muito interessante. Eu queria que botassem músicos eruditos pra avaliar bandas como Dream Theater, aí sim huauhauha Já pensou? Põe eles pra ouvir as orquestrações de Overture e Octavarium ou os tempos complexos de The Dance of Eternity mwhaha!
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SODAPOP Veterano |
# jun/11 · Editado por: SODAPOP
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overlappingcircles Essa postura pseudo intelectual de que a musica classica e a melhor coisa do mundo e todas as outras sao inferiores me lembra um pouco o radicalismo de certos ditadores que diziam que a sua raca era a melhor e unica merecedora de existencia. Escuta um pouco de musica africana por exemplo e veras uma complexidade ritmica que dificilmente se encontra em musica erudita, escuta musica oriental e escutaras escalas que nao sao utilizadas na chamada musica erudita.
Na verdade acho que vc partiu de um pressuposto de quem não tem familiaridade com a música erudita. Me permita esse "ad hominem" (termos intrincados pra tentar arrebanhar respeito são legais), porque o que faz da música erudita ter o mérito que lhe dão não é só complexidade. É, acima de qualquer aspecto, a forma de estruturação musical. O senso de forma e a noção de proporção musical vai tanto de notinha por notinha, quanto de gesto musical por gesto musical, quanto de micro pra macro-forma, criando uma simetria completamente audível, e que o ouvido capta, embora seja uma forma de escuta pouco comum pra quem é ambientado em outros meios e não está disposto a se aventurar numa escuta erudita. Esse senso de proporção é o que a diferencia de forma mais brusca de outros estilos, e não a "complexidade". Hoje em dia, os músicos "populares" (termo xulo pra algo tão complexo) diferenciados, os realmente sérios, se destacaram porque abraçaram esses conceitos de uma forma ou de outra. Hamilton de Holanda fez aula de composição erudita com Sérgio Nogueira, grande professor de composição erudita no Brasil, e compôs, de final de curso, um concerto para bandolim e orquestra. Entre vários outros exemplos.
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CaioWT Veterano |
# jun/11
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Não disseram nada além da verdade.
Se for comparar com música clássica o Heavy Metal em sua maioria é muito probre musicalmente falando, mas o que caracteriza o Rock'N'Roll em sua essência desde os primórdios é o ritmo agitado e viciante e não composições com harmonias complexas.
Slayer é música pesada, com agressividade, levada rápida, e bastante distorção. É exatamente essa simplicidade que os fãs querem ouvir, eles vão no show pra curtir pular e ir nos bates cabeças, e não para averiguar a complexidade harmônica de um trecho da música.
Concordo plenamente. Eu gosto muito de metallica por exemplo, mas admito que a composição musical é muito fraca. Eu curto muito Rock, principalmente Metal, mas em relação a estrutura musical, a maioria (a maioria MESMO), é totalmente fora dos padrões clássicos. Por exemplo, não se pode usar diversas vezes um acorde de quinta, oque acontece o tempo todo no Rock.
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overlappingcircles Veterano
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# jun/11
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SODAPOP sou apenas um ouvinte interessado em todos os tipos de musica :) O que eu nao gosto e a atitude extremista de alguns que excluem certos tipos de musica pelo fato de ela ser fora dos padroes que eles consideram "superiores". Quanto ao tal senso de forma e nocao de proporcao musical vai depender do ouvinte, ou estarei enganado? e convenhamos que a musica erudita e, hoje em dia, um estilo de musica elitista, nao? nao tenho o conhecimento e gabarito pra discutir objetivamente a qualidade de uma composicao musical, mas PARA MIM e algo que acho inutil, ja que como disse e repito a musica e a sua percepcao sera sempre algo de totalmente subjetivo.
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Widdly Scuds Veterano |
# jun/11 · Editado por: Widdly Scuds
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Quero ver esses "eruditos" analisando Sun O))) e Fantômas. Sério mesmo, tenho mó curiosidade.
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Widdly Scuds Veterano |
# jun/11
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"Mas a revolução do mundo sonoro se fez também dentro de nós. Vemos que hoje questiona-se amplamente a escuta tradicional. Posso ver nisso a dupla influência da eletroacústica e das músicas extra-européias, que nos revelaram um outro tipo de tempo, outras maneiras de perceber e acompanhar as durações, graças às quais aprendemos a prestar atenção a fenômenos antes considerados como secundários: micro-flutuações de todas as ordens, a côr do som, a emissão do som, etc.
Um bom exemplo dessa outra escuta seria a maneira pela qual os "roqueiros" escutam o "rock". Para nós (músicos "sérios"), todas essas músicas são horrivelmente parecidas e monótonas (compasso de quatro tempos, guitarras, melodias pentafônicas, tonalidade de Mi Menor - é mais fácil para os guitarristas, etc.). Entretanto, para os apreciadores de "rock", após alguns poucos compassos não há mais nenhuma dúvida quanto ao nome do grupo e o título da música. O que eles escutam não é a mesma coisa que nós: eles escutam o som (sound) antes de tudo; eles percebem as diferenças e as sutilezas que escapam aos ouvidos fechados e condicionados pela educação musical."
http://www.atravez.org.br/ceam_5/sons_complexos.htm
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Paul Young Veterano |
# jun/11
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Widdly Scuds todas essas músicas são horrivelmente parecidas e monótonas (compasso de quatro tempos, guitarras, melodias pentafônicas, tonalidade de Mi Menor - é mais fácil para os guitarristas, etc.)
Não generaliza...
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Ken Himura Veterano |
# jun/11
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Widdly Scuds Generalizado demais. É este tipo de postura elitista que desacretida muita gente por aí.
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Benih Veterano |
# jun/11
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Sou metaleiro, e como tal, adimiro (não chego a venerar) muito a banda Slayer. Gostei dos comentários desses grandes músicos a respeito da banda.
O respeito a generos distintos, citado por Gil Jardim, é a maior dádiva que um músico competente e profissional pode ter.
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J. S. Coltrane Veterano |
# jun/11 · Editado por: J. S. Coltrane
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ainda estou dando risada da tentativa ridícula desses eruditos de acharem valor no que eles desprezam.
hushuhauauah
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TitoOliveira Veterano |
# jun/11
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KKKKk dá pra contar nos dedos de UMA mão quantas pessoas nesse tópico leram a matéria, e no que sobrar, quantas comentaram lendo só o que o cara postou no post principal.
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Drive30 Veterano |
# jun/11
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Eu já fiz violao clássico, e numa época andava muito com professores e instrumentistas dessa área, o que me fez me afastar disso foi um pouco esse caratér elitista desse grupo de músicos, eu gosto de música clássica, nem por isso tenho que me achar superior, alguns musicos eruditos são muito egocêntricos e tem um rei na barriga (musicos em geral já são, mas essa classe você ainda encontra gente pior).
O comentário da regente Claudia Feres achei ridiculo. Falar apenas que a música é tribal, simples, repetitiva e pobre qualquer um pode falar. Eu gostei do comentário do Fabio Zanon, falando sobre o carater de marcha dos compassos binarios, da bateria e tal, interessante. Como em qualquer area profissional existem os que falam e nao dizem nada , e aqueles que dizem muito.
Legal a matéria, e antes de mais nada, eu curto tanto musica clássica como Slayer, e muito.
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