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erico.ascencao Veterano |
# dez/10 · Editado por: erico.ascencao
E aí povo, ando meio sumido daqui por causa do TCC da faculdade. E foi numa breve folga que eu tive uma epifania e gostaria de compartilhá-la com vocês.
Estava eu assistindo o programa do Ronnie Von na Gazeta (não sei se passa pra todo o Brasil... mas acreditem, é o melhor programa da TV aberta) e eis que se apresenta no programa a banda Soundtrackers. Os caras têm um repertório de trilhas sonoras de filmes que fizeram sucesso - basicamente é uma bela coletânea Pop Rock anos 70/80/90. Um dos integrantes da banda é aquele gordinho que apresenta o programa Vitrine, da TV Cultura (essa sim é de SP), e os outros são músicos da vida.
Entre as duas músicas que eles tocaram (Footloose e What a Feeling), o gordinho foi papear um pouco com o Ronnie e contou que esta idéia vinha desde os tempos de colégio dele e agora que ele atingiu uma "estabilidade" na televisão ele decidiu retomar este projeto de banda como um projeto paralelo mesmo. Isso me fez pensar: "Cacete, porque eu não poderia ter um 'projeto paralelo' também?". Esta epifania me fez lembrar de algumas outras bandas daqui de SP nas quais eu me inspiro para um eventual projeto paralelo.
A primeira delas é o Rush Project, banda tributo ao Rush daqui de São Paulo (na verdade São Bernardo). Eles costumam tocar a cada três meses no Café Piu-Piu, já tocaram no Blackmore e em alguns bares do interior como o Bar da Montanha (Limeira). Basicamente são caras que têm suas profissões de segunda a sexta e mantém este projeto paralelo com uma puta competência. Eles recentemente passaram por uma mudança de integrantes, tendo assumido os vocais e as guitarras outros caras que já tocavam na Yesongs, banda tributo ao Yes.
Outra banda é a Banda MP3, cujo baixista é meu cabeleireiro. Já conversei um pouco com ele e ele diz ter entrado para o "show bizz" meio sem querer, num dia em que o baixista da banda da qual ele era metido a roadie faltou. Desde então ele sempre esteve em bandas, já tocou em alguns bares conhecidos da noite paulistana, conhece os caras que circulam tocando por estes bares e hoje toca nesta banda disco.
Agora... mas por que esta epifania? Porra, eu vejo nestas pessoas (com exceção dos músicos da Soundtrackers, que devem ser músicos) uma possibilidade de ter projetos musicais interessantes sem precisar depender deles para viver. É como se fosse um "bico", que parece ser bastante divertido. Pra mim é este o limite ao qual eu estou disposto a chegar na música: ter uma banda boa, com repertório de covers legal (Classic e Pop Rock) e com uma agenda de show regular porém não massacrante (sei lá, a cada mês ou quinze dias).
Pronto, falei. E quem tiver disposto a montar uma banda para um projeto "Kiss FM style", manda MP.
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-Dan Veterano
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# dez/10
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Vc tem cabeleireiro?? Que bicha!
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-Dan Veterano
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# dez/10
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Agora falando serio, conheço excelentes bandas aqui de BH que são nesse molde que você falou: os caras tem uma atividade propria e se dedicam a banda pra tocar nos fds.
Eu também não pensaria em fazer de outra forma, se eu voltasse a ter banda. Viver de banda no inicio me parece ser muito dificil.
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Tonanteador Veterano |
# dez/10
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erico.ascencao Po man, faça isso mesmo! Mas vc num tem banda já (fez tpc no fórum de guitarra do "dilema da banda" e td)?
Abs
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Marcosrcf Veterano |
# dez/10 · Editado por: Marcosrcf
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erico.ascencao Comecei a tocar com minha banda em bares esse ano, ainda estamos longe de bandas "conhecidas", mas posso te dizer uma coisa, a maioria das bandas que tocam na noite são nesse esquema, todo mundo tem profissão e leva a banda como um "projeto paralelo".
Sem querer, conversando com clientes que minha empresa atende, descobri pelo menos mais umas 3 pessoas que também tocam a noite, mas durante o dia tem outra profissão.
É punk administrar o tempo pra fazer isso, mas tocar num bar e ver o pessoal cantando vale a pena!
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erico.ascencao Veterano |
# dez/10 · Editado por: erico.ascencao
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Tonanteador: Mas vc num tem banda já (fez tpc no fórum de guitarra do "dilema da banda" e td)?
O grau de seriedade desta banda está muito aquém do que eu quero. Eu quero montar um tipo de banda que dê retorno financeiro - não significa que eu quero e/ou espero ganhar dinheiro tocando, mas este é um indicador do quão séria uma banda é. Quando uma banda começa a ficar séria, custos entram na jogada. Levar R$5k de equipamento no carro pra tocar de graça começa a ficar inviável (pra não dizer perigoso).
Além disso, pra mim uma banda séria é uma banda que monta um repertório seguindo uma determinada lógica ou objetivo, que pensa em procurar lugares para tocar, que pensa em agradar um público em primeiro lugar e depois agradar a si mesmo, etc.
Esta minha banda atual está sendo bom pra pegar experiência de grupo. Mas o foda é que eu fico "puxando" a banda, sabe? Eu não queria e não esperava isso, pensava que eu seria "puxado" (por me considerar cabaço no início) ou que pelo menos fosse um grupo mais homogêneo.
Marcosrcf: a maioria das bandas que tocam na noite são nesse esquema, todo mundo tem profissão e leva a banda como um "projeto paralelo"
Aqui em SP tem muita gente que toca nestas bandas mais ainda trabalha com música além disso: músico de estúdio, professor de música, sideman de bandas/cantores famosos, etc. Eu não quero ser este tipo de cara, eu quero ser Engenheiro de segunda a sexta e músico de fim de semana (e nas noites do meio da semana, se necessário...).
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Marcosrcf Veterano |
# dez/10 · Editado por: Marcosrcf
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erico.ascencao Mas é isso mesmo que eu disse, a maioria dos músicos que eu conheci faz outra coisa completamente diferente durante o dia. Na minha banda: Eu: Consultoria de Informática Baixista: Analista Batera: Trabalha no banco, não sei o que ele faz lá... huahuuha Outro guitarrista: Monitor em escola de idiomas Vocalista: Trampa na área de contratos na hp
As outras pessoas que conheci, uma trabalha no setor de compras de uma empresa de materiais de escritório, os outros dois trabalham no administrativo de uma empresa de desenvolvimento de projetos.
E por aí vai...
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Curly Veterano |
# dez/10
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acho uma perda de tempo e de energia imensa ficar tocando em bares, churrascos, festas, etc... evito, às vezes faço para dar uma força a algum amigo.
para começar, 90% das pessoas que estão lá não prestam atenção no que vc está tocando e também poucos gostam do estilo, já me senti envergonhado de tocar em certas situações... fora a aporrinhação de ficar transportando e montando equipamentos. tudo isso para quê ?!... tomar o lugar de um músico profissional que precisa daquilo ? o curioso é que a maioria monta um projeto e quando vc pergunta para que, a resposta é sempre "tocar por aí", para quê ? "ora, para se divertir..." mas o meu conceito de diversão não e bem esse...
música é uma coisa que te coloca diante de vc mesmo. quais são suas motivações ? ser um ídolo ? ganhar dinheiro ? se sentir importante ? "comer as menininhas" ? mostrar que é foda ? levar semanas para finalizar uma gravação que ninguém vai ouvir ?
o que eu gosto mesmo é de colaborar com músicos que tenham trabalho próprio, em geral caras de mpb, ajudando nos arranjos, composições e tocando em alguma apresentação onde as pessoas estejam ouvindo de verdade
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Marcosrcf Veterano |
# dez/10
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Curly para começar, 90% das pessoas que estão lá não prestam atenção no que vc está tocando e também poucos gostam do estilo
Tem bares específicos pra esse tipo de público, nos bares que eu toco, TODO mundo vai pra ver a banda, quando eu vou pra um bar, antes de qualquer coisa eu procuro qual banda estará lá.
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Curly Veterano |
# dez/10
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Marcosrcf
há muitos anos, na minha cidade também era assim. em muitos bares rolava jazz, blues ao vivo da melhor qualidade na madrugada
mas antigamente, lugar de criança era em casa... hoje, qualquer lugar que vc vá aqui está tomado pela molecadinha de 15, 16, 17 anos que pega a carteira do irmão e vai tomar vodka na night, centenas, milhares deles, rsrs... e com esses aí, nem banda punk se consegue fazer ouvir !
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Marcosrcf Veterano |
# dez/10
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Curly Já passei por umas presepadas dessas, mas geralmente nos lugares que cola essa galera o bar também não ajuda. (Qualidade de atendimento, preços e etc...)
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kiki Moderador |
# dez/10
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erico.ascencao eu penso assim também. não vou viver de música, tem muita gente mais competente e dedicada que eu pra isso.
mas eu não pretendo parar de tocar nunca, e tocar em banda é um prazer inenarrável.
ainda não sei qual será a minha linha, eu e meus irmãos estamos em busca dessa definição..
E quem tiver disposto a montar uma banda para um projeto "Kiss FM style" se derepente o negócio estiver engatado e só faltar baixista, até penso no seu caso
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Its Fucking Boring To Death Veterano |
# dez/10
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isso me faz o lembrar o Will Kennedy(batera do Yellowjackets). De dia, ele é um empresário, tem os próprios negócios e à noite ele toca no Yellowjackets.
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Zeraus Veterano |
# dez/10
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erico.ascencao cujo baixista é meu cabeleireiro
Homem vai ao barbeiro
Brincadeiras à parte, é exatamente essa a situação de minha banda de rock autoral. Todos os integrantes têm vida estabilizada e distinta da cena musical. Mas gostamos de fazer arte. E esse ano gravamos um cd independente, que foi disponibilizado em versão online a partir de 01/11/10. Atualmente o álbum está sendo masterizado no exterior para lançamento em CD no próximo ano.
http://www.oinovosom.com.br/soldepapel
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Bruno_GF Veterano |
# dez/10
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Esse é meu caso. Tenho meu escritório e toco por aí, mais por diversão mesmo. O bom é que a grana que entra da música vai inteira pra GAS sem remorso hahaha
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erico.ascencao Veterano |
# dez/10
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kiki: se derepente o negócio estiver engatado e só faltar baixista, até penso no seu caso
Cara, isso é uma idéia. No caso, só tem eu por enquanto...
TODOS Pra especificar mais os meus anseios... eu adoraria fazer shows com estrutura minimamente aceitável. Uma banda no Café Piu-Piu com suas 500 pessoas tira um som maravilhoso com a ajuda dos equipos do lugar. Não é aquele lance de ficar improvisando PA e retorno sabe? Isto é só um detalhe que define, pra mim, o que é ter uma banda séria.
Uma coisa que eu fico meio receoso é com relação à parte técnica da coisa. Eu sempre tive muito receio de "não ser tão bom quanto o necessário" apesar de saber que o tipo de repertório que eu imagino não exige grandes extripulias técnicas, mas o problema é que um cara experiente toca Have You Ever Seen the Rain com a guitarra nas costas e com a mão esquerda, entende? Assim o cara fica mais a vontade no palco, transaparece mais segurança e uma melhor presença de palco para o público. Por outro lado, o meu cabeleireiro é um daqueles autodidatas que aprendeu tudo de orelhada e foi se enfiando a tocar com a galera. Aí eu penso: consigo me virar ou não?
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Marcosrcf Veterano |
# dez/10
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erico.ascencao Aí eu penso: consigo me virar ou não? COM CERTEZA!
Começa a sair a noite, só pra analisar as bandas. Eu tinha esse receio também, mas fui num bar e tinha uma banda muito escrota tocando, MUITO MESMO! Foi aí que eu mudei de idéia.
Quanto a equipamentos, a maioria dos bares ali na Vila Madalena tem equipamentos legais!
De verdade? Pega sua banda, grava alguma coisa com uma qualidade mínima, se der faz uns vídeos e mete as caras, entrega em um bar e tenta fazer um show que seja. Você vai ver que não é nada de outro mundo...
Só não adianta fazer que nem um monte de gente que quer tocar nos mesmos lugares e ter a mesma aceitação de um Rockstock por exemplo... isso vai vindo aos poucos.
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erico.ascencao Veterano |
# dez/10
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Marcosrcf Na época de baterista cheguei a fazer uns shows. A minha banda estava quase chegando no que eu classifico como séria: nós tínhamos um bom repertório que agradava uma boa galera, levávamos ensaio a sério, tocávamos com uma frequência razoável (sei lá, coisa de uns 15 shows em 2 anos de banda, para um bando de amadores, tá bom até)... paramos porque cada um começou a ter outras prioridades e a dedicação passou a não ser mais a mesma. O baixista na época tinha outra banda meio emo a qual ele levava bastante a sério e os moleques estão aí até hoje.
Agora, concordo com você: tem muita banda escrota por aí.
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Marcosrcf Veterano |
# dez/10
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erico.ascencao paramos porque cada um começou a ter outras prioridades e a dedicação passou a não ser mais a mesma. To achando que a minha tá indo pro mesmo caminho...
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MauricioBahia Moderador |
# dez/10
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Marcosrcf 22 anos, São Paulo / SP, Brasil
Tá muito novo ainda! Muita água vai rolar! :)
Abs
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Marcosrcf Veterano |
# dez/10 · Editado por: Marcosrcf
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MauricioBahia Com certeza, eu já decidi que não paro mais de tocar, nem que seja pra ficar aqui brigando com o reaper... huahuhauha
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faith_girl Veterano |
# dez/10
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a banda Soundtrackers. ahhh massa pracarai o show deles :)
Ah cara viver de cara assim de música é algo muito complicado são poucos os q conseguem e ainda sim a estabilidade financeira é algo q fica muito longe do esperado,cê tu n tem familia dá pra arriscar mais tem de ter o pé no chão e fazer network fudido pra poder crescer.
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erico.ascencao Veterano |
# dez/10
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faith_girl: Ah cara viver de cara assim de música é algo muito complicado
Mas eu não quero viver de Música, quero viver de Engenharia e ter a Música como um projeto paralelo de fim de semana.
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MMI Veterano
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# dez/10
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erico.ascencao
É complicado isso aí... Cada um acaba achando o seu caminho, não tem muito como falar alguma coisa. Você tem bastante tempo ainda para buscar suas aspirações. Desconfio que você vai ter que fazer umas concessões aqui e ali... Música é algo apaixonante, prazeroso, mas via de regra mal remunerado (depende do ponto de vista...). Traçar um projeto como o seu, que em última análise será um hobby (como para mim tb), e exigir retorno financeiro é bem complicado. Digo hobby porque você deixou bem claro, sua profissão será ligada à engenharia, sua dedicação maior será à isso. Sem querer desanimar, de forma nenhuma, mas são coisas meio incompatíveis. Explico... Eu mesmo há algum tempo larguei mão de banda. Eu não quero saber de banda. Nessa altura da vida, achar pessoas com essas mesmas aspirações suas já é bem difícil. Como todos estão se divertindo, não é profissional, todos terão seus empregos, certo? Todos tem seus compromissos, famílias e problemas. Conciliar as agendas de 4 pessoas, digamos, dessa forma, é bem complicado. E tem que ensaiar, né? Eu compartilho da opinião do Curly. Como adoro música, prefiro ajudar em arranjos, composições, gravações e o que for preciso, junto com músicos que muitas vezes são profissionais. Para isso, tenho sociedade num estúdio e me divirto muito nisso - daqui a pouco estou indo para lá! Assim tenho minhas horas de sono e descanso respeitadas, me divirto para valer, tenho muito prazer, já que durante a semana a barra é pesada. E mais, faço questão que meu nome não seja divulgado com ligação à música. Eu faço por hobby, estou me divertindo, não tenho obrigações nem cobranças em relação à isso. Mesmo o dinheiro eu faço questão de não receber. Mas esse é meu enfoque. Boa sorte no seu caminho!
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ogner Veterano
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# dez/10
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MMI
Muito racional e correto oq vc disse!! Concordo!!
Existe também a coisa da química!!! Eu não consigo relacionar musica com algo tão racional, tão direcionado, tão objetivo...
Quem aqui sente que perdeu a chance quando formou aquela banda super bacana, redonda, quando tínhamos uns 18, 20 anos com aqueles caras que a coisa fluia, todo mundo gostava mas vc era moleque demais pra, ai sim, racionalizar a coisa e seguir em frente????
Eu sim. Continuo a amizade com esses músicos/amigos, mas sentimos lá no fundinho ( sem sacanagem) que o tempo passou, tudo se complicou e agora a vida esta ae...na cara, cobrando o preço!!! Masssss, não discordo que uma coisa organizada, racionalizada não de certo...
Esse tópico é tão filosófico assim mesmo eu estou viajando!?
Se bem que quando o Erico citou epifania, cabe um pouco de divagação filosófica de buteco sim!! hehe
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MMI Veterano
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# dez/10
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ogner
Putz! Acho que vou abrir uma cerveja então!
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Curly Veterano |
# dez/10 · Editado por: Curly
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MMI
Exato ! e para mim, existe uma coisa ainda pior: a pressão de TER que tocar bem ! se eu não tocar 1 ou 2 horas por dia, TODOS OS DIAS, a minha execução cai em todos os níveis... e se vc participa de uma banda com bons músicos, ninguém vai ficar contente por vc tocar mal, muito menos vc... durante anos fui aguentando essa pressão, empurrando com a barriga mas agora simplesmente não aguento mais, ano que vem talvez me desligue dos meus projetos musicais que envolvem banda...
é muito difícil na fase da vida em ques estou, com responsabilidade com tudo e todos, arrumar o tempo e energia que um projeto musical sério exige!
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MMI Veterano
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# dez/10
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Curly
Foi exatamente isso que eu me lembrei quando li que o colega erico falou de "cara experiente toca Have You Ever Seen the Rain com a guitarra nas costas e com a mão esquerda". Essa experiência vem com a prática. Na bilhonésima vez que se toca isso, o cara toca só com o olhar. E isso tem de ser diário. Por isso que meu projeto musical hoje faço questão de ser amador e por diversão. É quando dá e quando quero, não dá para ter cobrança e obrigações de curto prazo, tipo, algo para essa semana.
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erico.ascencao Veterano |
# dez/10 · Editado por: erico.ascencao
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MMI Entendi a sua posição. O que eu quis dizer com "retorno financeiro" é você poder tocar num lugar e pelo menos descolar uns R$100 pra pagar estacionamento, gasolina e trocar as cordas da guitarra. Não exijo muito não, é só pra "sustentar o vício musical". Nos tempos da outra banda tocávamos muito de graça ou por R$80 para a banda inteira, era legal mas analisando friamente não valia a pena.
Obviamente, se surgissem oportunidades de tocar ganhando um achê de verdade, aí seria bom também. Mas aí já é um passo adiante, que vem depois de um bom tempo de experiência/contatos.
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MMI Veterano
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# dez/10
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erico.ascencao
Amigo, não quero te desrespeitar nem aos seus sonhos. Acho que se você tem isso como meta, deve ir atrás e ter sucesso. Mesmo porque você é um dos membros que respeito por aqui. E entendo sua posição mesmo porque leio seus tópicos. O que eu acho é que receber acaba sendo um problema também. Porque receber 80 ou 8.000 depende do ponto de vista de quem paga e de quem recebe, se é muito ou é mixaria, se sustenta o vício ou não. Mas receber começa a profissionalizar. E disso vem cobrança, responsabilidade, exigências e obrigatoriedades. Um trabalho recente rendeu R$ 10.000,00. Vamos começar outro bem mais barato agora, uns 5.000,00. Mas são trabalhos para gravadoras grandes... Me perguntaram se mesmo assim eu não queria, mas continuei batendo o pé que disso não quero nada, porque é diversão minha, não obrigação. E meu nome continua sem aparecer, faço questão. Quem me procura no google me acha dentro na minha profissão, não no meu hobby. E para mim, diversão, hobby, não tem que "valer a pena", ter retorno. É como ir com a família ou amigos para a praia. Se bem que se tiver alguma facilidade envolvida, é ótimo.
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