Música instrumental,o que acha?

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Dudu...
Veterano
# ago/07
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Eu acho q a maioria dos q ouvem instrumental são músicos, tocam alguma coisa, ou são posers :P
mas viva a boa música...

Atum Bluesman
Veterano
# ago/07
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ou são posers :P
Afff.......

Ken Himura
Veterano
# ago/07 · Editado por: Ken Himura
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os "24 Caprichos", de Paganini;
Na verdade, não tem nada de profundo aqui não (exceto o capricho 24 - aqui ele demonstra muito lirismo). Paganini é profundo, seus caprichos nem tanto.

Paganini fez essa compilação de estudos e dedicou a todos os violinistas profissionais. É uma coleção de estudos que exploram muitas possibilidades do violino, coisas que nem eram conhecidas na época, até. E só, não tem nada de espiritual, mórfico ou qualquer coisa esotérica. São apenas estudos com um apanhado de "novas" possibilidades pro violino, por isso são tão transcendentais. É estudo obrigatório de quem deseja se considerar um violinista de verdade.

Paganini devotou sua vida inteira à procura de novas possibilidades, novas colorações ao violino, expandido suas capacidades. Acabou fazendo algo semelhante com a viola (foi um dos poucos a ver a viola como solista). E até com o violão ele acabou fazendo um pouco disto.

Um fato interessante: prestem atenção nas músicas de Paganini (até em alguns caprichos, por sinal, mas nos concertos principalmente), na parte de solo/cadência e introdução dos temas. O violino faz a mesma coisa que um cantor faz numa ópera. Formas de expressão praticamente idênticas, até na "respiração". Isso é o reflexo da grande tradição italiana em ter grandes compositores e intérpretes de ópera. Paganini, desde muito cedo, era bombardeado com isso - e quis que seu violino cantasse, como um ser humano.

Legal, não? =]

ZXC
Veterano
# ago/07
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Tenho escutado alguns concertos instrumentais, onde os instrumentos parecem verbalizar o sentimento....é como se realmente tivesse letra...é como se os instrumentos falassem...
Será que quem não toca nenhum instrumento, consegue sentir esse prazer com o instrumental?

666ordnas
Veterano
# ago/07
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Ken Himura,
Sobre Paganini (Gênova, 27/10/1782 - Nice, 27/05/1840): "A sua obra era uma consequência do seu talento de virtuose: criava as dificuldades que queria vencer. Generalizou processos que, até então, só tinham tido um caráter excepcional: utilização dos harmônicos (antes dele, apenas eram empregados os harmônicos nas cordas livres),...acompanhamento em pizzicati da mão direita, etc. Como compositor, não pertenceu a qualquer escola nem deixou discípulos: os seus Capricci são verdadeiramente únicos no gênero." - Dicionário dos Músicos, autor Roland de Candé, editora Edições 70, 1964.
"Paganini tinha um espírito místico muito desenvolvido. Buscava a solidão dos conventos sempre que precisava de inspiração, fosse para compor ou fosse para seus concertos."
"Num concerto em Parma, aguardado com extrema ansiedade, ocorreu um incidente que firmou definitivamente a fama do grande virtuose. A aparição em cena de Paganini, na semi-obscuridade do palco, foi algo de impresssionante. Entretanto, logo depois, a dor que sentia numa das pernas de um tombo recente, obrigou-o a coxear enquanto caminhava até a estante. A débil tentativa de aplausos foi afogada numa torrente de gargalhadas. Paganini estava pálido. Não esperava, certamente, tal acolhida. Quando cessaram os risos, ajeitou o violino sob o queixo e preparou-se para dar o sinal ao acompanhante quando uma das velas da estante começou a tremer ameaçando cair. Gritaram das galerias para chamar-lhe a atenção e foi outra gargalhada geral. Paganini sorriu, segurou a vela e procurou ajeitá-la no seu devido lugar. Novamente preparou-se e deu o sinal ao acompanhante que começou a tocar. Como se houvesse algo de diabólico, a segunda vela começou a tremer por sua vez. Assobios penetrantes nas galerias e novas gargalhadas. Paganini ficou pálido como uma folha de papel. Seus lábios tremiam. Procurou sorrir, mas não o conseguiu. Entretanto, tinha que vencer aquele público hostil, tinha de lhe ser superior. As gargalhadas não poderiam vencer seu Stradivarius. Com uma súbita inspiração, Paganini apagou as duas velas. Em seguida, encaminhou-se para trás do piano. A sala estava em silêncio, presa de tensa expectativa. Paganini deu o sinal ao acompanhante. Nunca em Parma se executara uma música sem a partitura. Será que este jovem o conseguiria? Aos primeiros acordes, muitos esperavam que o músico se valesse da estante para ler a música. Paganini seguiu em frente. O entusiasmo atingiu o máximo.
Quando o público se acalmou, o mestre executou uma composição recebida com transportes de delírio. Uma verdadeira consagração. Os dois últimos números eram composições suas que foram executadas numa agilidade desconhecida para aquele público. Quando começou a execução da primeira, rompeu-se a corda mi. O acompanhante vacilou, não sabia se prosseguia. Paganini, com a cabeça, fez-lhe sinal de que continuaria. Tocou nas 3 primeiras restantes. Quando terminou, o público estava de pé aplaudindo. Paganini tirou outra corda do bolso, afinou-a, passou resina sobre as cordas e executou o último número, ouvido sob exclamações de júbilo e gritos de: bravo!"
"Durante 2 anos inteiros, Paganini esteve retirado no mosteiro de Certosa e dedicou todas as suas horas a um estudo paciente. Todas as manhãs, depois do desjejum, passava resina nas cordas do violino e tocava seu "Moto Perpétuo", partitura que contém a bagatela de 2.248 semicolcheias, cuja execução perfeita tem sido o cavalo de batalha de muitos violinistas. Sempre ouvia uma espécie de murmúrio nos ouvidos: "Mais rápido, querido, mais rápido." Era seu amor, a condessa Jane,..."
"O que se sabe, ao certo, é que o artista deixava correr a lenda a seu respeito (ter estabelecido um pacto com o diabo), ao mesmo tempo que sua técnica admirável e inigualável contribuíam ainda mais para firmar a sua auréola de lenda, de feiticeiro mesmo. Afirma-se que o próprio Paganini preparava o ambiente de mistério e lenda, fazendo, por exemplo, com que se rompessem uma ou duas cordas durante um concerto e continuando a tocar nas restantes. O público fremia de entusiasmo. Alguns chegavam a pensar estar na presença do próprio Lúcifer." - Mistérios da História da Música, autor Edgar de B. Chaves Júnior, editora Ediouro, 2.o edição.

Dublues
Veterano
# ago/07
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Galera no Ctrl+C e Ctrl+V forte!!!!

Ken Himura
Veterano
# ago/07 · Editado por: Ken Himura
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666ordnas
Cara, sobre Paganini existem as infinitas lendas e histórias aumentadas.

Seus caprichos são estudos de técnica voltados aos violinistas (como ele mesmo escreveu na dedicatória). Sua melhor expressão aparece nas outras obras, como Il Palpiti, Carnaval de Veneza, os concertos para violino, a Sonata para viola, Moto Perpetuo etc. Ele tinha uma facilidade enorme em fazer variações, tanto que fez inúmeras. As mais famosas são: Ária de Moisés na 4ª corda (entre outras inúmeras sobre algumas músicas de Rossini) e as variações sobre God Bless The King.

passou resina sobre as cordas
Sobre o arco.

Há erros bobos como este que corrigi acima em quase todos os textos sobre Paganini, principalmente de fontes não-musicistas. Provavelmente foram lendas ou histórias romantizadas sobre a vida do Nicolò.

Esta história do concerto de Parma é lenda, ou está muito distorcida. Razões: Nicolò, a partir dos 22 ou 23 anos (ele só estreou em Parma após 1810 - mais de 26 anos de idade), só usou um violino sua vida inteira. E não era um Stradivarius. Era um Guarneri, conhecido por "O Canhão"; O acompanhamento - há inúmeras versões, falando em cada um conjunto acompanhador diferente. Já li que era orquestra, noutra versão um quarteto; nesta, um piano. E que a história também seria uma serenata que ele fôra contratado a fazer para a amada de uma pessoa rica.

Porém, tocar tudo em uma corda só é possível - desde que esta corda seja a mais grave, a G. Só é meio inviável ir arrebentando as outras cordas pelo caminho, provavelmente o cavalete cairia desta forma.

Although he had some teachers, Nicolò Paganini developed his own very personal style and technique. He was famous for his prodigious technique, leading some people to say he had done a pact with the devil, but in his time he was also greatly appreciated for his singing, cantabile, tone, showing also a clear influence from the Italian opera style.

He was very interested in exploring the possibilities of producing new sounds and tone colours on the violin. He often used the scordatura , double harmonics and left hand pizzicato . In his concertos the strings in the orchestra often play pizzicato to accompany the solo violin (and the solo viola, too).
- Viola in Music

Scordatura - um truque na afinação, para valorizar ou realçar o timbre do instrumento de corda ou, dependendo, até pode facilitar o dedilhado. Consiste em afinar o instrumento de uma maneira fora da padrão, mas tocar do mesmo jeito que a padrão - fazendo o instrumento virar um instrumento transpositor. Por exemplo, a afinação padrão da viola é, da mais grave pra mais aguda, C - G - D - A. Na Sinfonia Concertante pra Violino e Viola, de Mozart, todo mundo toca em Eb Maior. Só que a partitura da viola solista tá em D maior. Mas a afinação dela é C# - G# - D# - A#, 1 semitom acima da padrão em todas as cordas. Tocando alguma coisa em Ré maior nesta afinação, vai soar em D# ou Eb, esta última que é a tom da peça. Mais ou menos do mesmo jeito que funciona as partituras pra Clarineta e Trompas, por exemplo.

666ordnas
Veterano
# ago/07
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Cara, diminuir a figura, a obra ou a lenda em torno de Paganini é o mesmo que duvidar da ressurreição de Jesus Cristo, da trancendência do Buda e de que o Homem pisou na Lua! Não faz sentido este tipo de discussão! Quem somos nós prá criticar Paganini? Ele é importantíssimo prá História da Música, seja ontem, hoje, ou daqui a 300 anos! Se as fontes foram imprecisas (pelo menos, pesquisei nos livros, e não no Wikipedia), isso é o que menos importa. Eu não quis "esbanjar" conhecimento - até porque esta não é a intenção deste fórum - , apenas tentei ressaltar que prá mim é um absurdo falar de Paganini como se ele fosse um simples compositor, um mané qualquer. Paganini é Paganini!
Ficar discutindo aqui esse tipo de coisa é levar nada a lugar nenhum. Estudar os 24 Caprichos e Moto Perpétuo, por exemplo, são obrigatórios para todo guitarrista neoclássico, não só para os violinistas, não - vide Malmsteen, Joe Stump, Jason Becker, Michael Romeo (aliás, a idéia de se misturar Corelli, Vivaldi, Albinoni, Paganini, Bach e Mozart com Hard Rock foi uma coisa genial do Malmsteen, hein?) Ficar diminuindo ou ofuscando a relevância do Paganini ou de qualquer um desses caras prá História da Música é ridículo. Ponto final. Desculpe-me o dono do tópico.

Ken Himura
Veterano
# ago/07
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Mas eu não tô diminuindo ninguém, Paganini sempre foi um dos meus ídolos. Só não tô endeusando ele. Ele não foi tão grande compositor quanto performer, é aí que tá. As lendas em torno dele têm de ser combatidas, senão as pessoas vão ficar bitoladas achando que é verdade.

Mesmo com Paganini, virtuosidade nunca foi sinônimo de tocar tudo o mais rápido possível.

Estudar os 24 Caprichos e Moto Perpétuo, por exemplo, são obrigatórios para todo guitarrista neoclássico, não só para os violinistas, não - vide Malmsteen, Joe Stump, Jason Becker, Michael Romeo (aliás, a idéia de se misturar Corelli, Vivaldi, Albinoni, Paganini, Bach e Mozart com Hard Rock foi uma coisa genial do Malmsteen, hein?) Ficar diminuindo ou ofuscando a relevância do Paganini ou de qualquer um desses caras prá História da Música é ridículo. Ponto final. Desculpe-me o dono do tópico.
Cara, não é a mesma coisa. E mais uma vez vai recomeçar a mesma discussão, mas o nível de dificuldade disso no violino é infinitamente maior no violino que na guitarra. Há coisas que devem ser respeitadas nestes caprichos que na guitarra ou é impossível de fazer - como ricochet, por exemplo - ou ninguém faz - as ligaduras e staccatos. Tirando o Eliot Fisk, que adaptou pro violão, nunca vi ninguém tocando todos os 24. E, neoclássico não existe, é apenas um hard-rock com alguns clichês a mais. O verdadeiro "neo-clássico" é o período que vem depois do Barroco e antes do Romantismo, tendo Mozart, Haydn e o início do Beethoven como expoentes principais.

Paganini foi importante porque deu um salto absurdo na técnica do violino, além de influenciar todos os grandes compositores da época. Provavelmente, ele foi o melhor violinista ever, mas como não há gravações dele, não dá pra saber se, por exemplo, o Sarasate era melhor que ele. Ou o Heifetz. Ou o Milstein, ou o Kreisler.

Pra mim, o top 5 é: Paganini - Sarasate - Milstein - Kreisler - Perlman.

666ordnas
Veterano
# ago/07
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Caro companheiro, se as lendas em torno de Paganini hão de ser combatidas, as lendas em torno de (a)/(o) Jesus Cristo, Muhammed Ali, Deus, Napoleão, Maria Madalena, Arca da Aliança, Leonardo da Vinci, Beethoven, Lampião, Nero, Marylin Monroe, apóstolo João, caso Roswell, Operação Prato, Getúlio Vargas, et de Varginha, Diabo, Jimi Hendrix, boto da Amazônia, Minotauro, Ícaro, Hércules, Cavalo de Tróia, Arca de Noé, Davi e Golias, Zé do Caixão, Igreja Católica, Santa Inquisição, Drácula, monstro de Loch Ness, origem do Homem e Maomé também.
Toda a obra do Paganini, principalmente a maioria dos caprichos e Moto Perpétuo se adaptam perfeitamente à guitarra, e têm dificuldade elevadíssima. Eu tirei a 1.a parte da Moto Perpétuo, o Capricho n.o 10 e o n.o 24, com as 11 variações. Meu, ufa! Que trampo!
Não me referi ao Período Neo-Clássico - o qual eu conheço -, e sim ao chamado Rock Neo-Clássico (fusão do Rock com a Música Clássica). Entendeu? Ouça o disco "Rising Force"(1984), de Yngwie J. Malmsteen, compare com tudo o que vinha se fazendo até então, que você vai entender.
Adoro música clássica - até porque comecei com violão erudito; aliás, todo guitarrista neoclássico tem que gostar primeiramente de música clássica, senão não rola. Eu acho que é por isso que tem gente que não gosta do Malmsteen. É lógico, prá gostar dele, tem que conhecer e gostar pelo menos um pouco de música clássica. Valeu!

666ordnas
Veterano
# ago/07
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Pessoal, essa foi a minha opinião. O que vocês acham? É possível gostar de rock neoclássico, principalmente instrumental, sem antes gostar de música clássica?

Nerd_Zeppelin
Veterano
# ago/07
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Será que quem não toca nenhum instrumento, consegue sentir esse prazer com o instrumental?

Com certeza, eu não toco nada e prefiro mil vezes música instrumental a música com voz :P

_Raulzito_
Veterano
# ago/07
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Que merda, fiz um topico sobre Yndi Halda e ninguem postou nada, aff...

fã de mp3
Veterano
# ago/07
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666ordnas
É possível gostar de rock neoclássico, principalmente instrumental, sem antes gostar de música clássica?

Sim, é possível. Mas é até uma estupidez dizer que é uma evolução natural da música Clássica, ou que se equipara a ela, blábláblá. Mas nada que um pouco de estudo e de bom senso não resolva. :-)

Eu acho que é por isso que tem gente que não gosta do Malmsteen. É lógico, prá gostar dele, tem que conhecer e gostar pelo menos um pouco de música clássica

Não necessariamente. O que tem de fã de Malmsteen (e de qualquer outro guitarrista solo, ou qualquer outro instrumentista de Heavy Metal e/ou Prog Metal) que não entende patavinas de música (mesmo sendo músico) não tá escrito no gibi. O que acontece é o que falei aí em cima. Como diz o filósofo: "na minha ignorância, manter-me-ei calado e aprenderei ouvindo". Algo assim. :-)

And...
Paganini

[mezzo irônico] Narigudo chato. Só sabe subir e descer escalas. xD


_Raulzito_
Poxa, procurei por curiosidade sobre essa banda e o único lugar onde poderia ouví-la é no MySpace. Mas por um motivo obscuro não consegui ouví-la, nem saber baixar as músicas. Como a banda quer ser conhecida 9mesmo que por alguns gatos pingados) se não consegue nem se fazer ouvir?

Ken Himura
Veterano
# ago/07
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Toda a obra do Paganini, principalmente a maioria dos caprichos e Moto Perpétuo se adaptam perfeitamente à guitarra, e têm dificuldade elevadíssima. Eu tirei a 1.a parte da Moto Perpétuo, o Capricho n.o 10 e o n.o 24, com as 11 variações.
É adaptável, mas não sai do mesmo jeito. Não dá pra tocar as ligaduras, nem os golpes de arco, nem algumas notas. O capricho 5, por exemplo, não tem como sair do jeito que deveria, o jeito que tá escrito.

A parte de violino solo nunca vai ficar bem na guitarra, porque o principal do violino é o arco e não a mão esquerda. E na guitarra não tem arco.

É possível gostar de rock neoclássico, principalmente instrumental, sem antes gostar de música clássica?
Sim, é possível. Mas é até uma estupidez dizer que é uma evolução natural da música Clássica, ou que se equipara a ela, blábláblá. Mas nada que um pouco de estudo e de bom senso não resolva. :-)

Exatamente.


sim ao chamado Rock Neo-Clássico (fusão do Rock com a Música Clássica).
Não há fusão aqui. Pelo menos eu não nunca vi (e sim, já ouvi o Rising Force e o considerei um pé no saco). O que eu vejo é um tipo de hard-rock com muitos clichês de música clássica.

Aliás, pra ser Neo é porque tá retomando algo que era antes. E o rock clássico? Não era o dos anos 50 e 60?

666ordnas
Veterano
# ago/07
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fã de mp3,

Concordo com você. A música Clássica é inigualável e incomparável. Os guitarristas que eu citei tiveram forte influência dela - começaram estudando piano, violino, etc. muito cedo e trouxeram esta bagagem para o rock, criando o que chamamos de Rock Neoclássico. O Malmsteen, se eu não me engano, começou estudando violino; o Tony Macalpine, piano.

Só que tem um detalhe: prá quem é apenas ouvinte ou não conhece o estilo, tudo bem - tocar neoclássico é ficar fritando a escala menor harmônica e decorar meia dúzia de frases e arpejos do Malmsteen. Mas, prá quem toca o estilo e conhece música clássica, sabe o quanto é difícil. Tem que se estudar muito, ler partitura - porque muita coisa não existe em tablatura -, conhecer bem blues, rock dos anos 70 e 80, encarar estudos de piano, violino e violoncelo na guitarra, etc.

Será que os fãs de Malmsteen que você citou ouvem de forma consciente, sabem o que estão ouvindo, de onde vem aquelas frases, aquele timbre, de onde vem aquela performance de palco, que músicas clássicas são aquelas que ele toca (de que compositor são, de que época, qual o nome, etc); ou será que prestam atenção apenas na rapidez da palhetada, na distorção e na hora em que ele quebra a guitarra?

Ken Himura
Veterano
# ago/07
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[mezzo irônico] Narigudo chato. Só sabe subir e descer escalas. xD
Narigudo e mão grande! Hahahahaha

ZXC
Veterano
# ago/07
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Escutei Vivaldi - Concerto para 2 violinos (Violino II) e adorei....alguém aí já escutou?

TG Aoshi
Veterano
# ago/07 · Editado por: TG Aoshi
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666ordnas
Pessoal, essa foi a minha opinião. O que vocês acham? É possível gostar de rock neoclássico, principalmente instrumental, sem antes gostar de música clássica?
Sem dúvida alguma!
E retomando algumas coisas que o e o Ken disseram, eu não acho q "é até" uma estupidez falar que o Rock Neoclássico é uma "evolução natural" da música clássica, pra mim é de uma imbecilidade imensurável..!

Mas como o Ken Himura disse, eu vejo o Neoclássico como um metal com uma dose exagerada de clichês da música clássica... O primor das técnicas e da execução são, mtas vezes, mto surpreendentes, mas no quesito composição....

666ordnas
Veterano
# ago/07
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Ken Himura,


Se você não gostou do Rising Force, esqueça o Rock Neo-clássico. Parte prá outra, que essa definitivamente não é a sua praia.

666ordnas
Veterano
# ago/07
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TG Aoshi,

Tem razão. É uma imbecilidade total e imensurável, uma burrice abissal!

Mas quem será que disse isso? Pelo o que sei, o Rock Neo-clássico absorve apenas algumas coisas da música clássica como influência, aquilo que se adapta mais à técnica guitarrística, independentemente do período - vide Michael Romeu, que é influenciado por Schöenberg (dodecafonismo). Se absorvesse completamente, se fosse uma perfeita fusão do rock com o clássico, seria apenas música clássica interpretada na guitarra - o que não é - e se chamaria Clássico Neo-metal. ou Erudito Neo-pauleira, ou Barroco New-rock'n'roll...hêêêê, hê, hê, hê, hê...

TG Aoshi
Veterano
# ago/07 · Editado por: TG Aoshi
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666ordnas
Se você não gostou do Rising Force, esqueça o Rock Neo-clássico. Parte prá outra, que essa definitivamente não é a sua praia.
uhauehuhe! Acho q ele já partiu pra outra faz tempo! =p

Mas quem será que disse isso? Pelo o que sei, o Rock Neo-clássico absorve apenas algumas coisas da música clássica como influência, aquilo que se adapta mais à técnica guitarrística, independentemente do período - vide Michael Romeu, que é influenciado por Schöenberg (dodecafonismo). Se absorvesse completamente, se fosse uma perfeita fusão do rock com o clássico, seria apenas música clássica interpretada na guitarra - o que não é - e se chamaria Clássico Neo-metal. ou Erudito Neo-pauleira, ou Barroco New-rock'n'roll...hêêêê, hê, hê, hê, hê...

Ninguém disse isso... Eu falo isso com base nas inúmeras músicas do estilo que já ouvi, MAS posso estar sendo injusto, apesar de já ter escutado mta coisa, eu não me considero um bom conhecedor do Neo-clássico...

Não acho q tenha nada haver com ser ou não uma fusão perfeita de Metal com o Erudito, e nem disse que deveria ser uma cópia desta (=erudito interpretado na guitarra), mto pelo contrário, como disse anteriormente, o que eu vejo na maioria das músicas do estilo (principalmente os instrumentais e solos), são um monte de clichês, remendados, executados em altas velocidades, como se por si só, velocidade se traduzisse em complexidade (pode até não ser essa a intenção, mas não tem como não pensar isso), com técnicas exuberantes, que estão mais é pra uma cópia malfeita da música clássica...

666ordnas
Veterano
# ago/07
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ZXC,

Esse concerto não. Já escutei as Quatro Estações. Tenho, inclusive, este concerto num cd com mais outras peças do Tomaso Albinoni e do Corelli. Tenho também os 24 Caprichos de Paganini interpretados pela violinista Ilya Kaler, em 1992, entre outras coisas. Você me deu uma boa idéia: acho que vou baixar algumas coisas hoje do Vivaldi prá ouvir. Coincidentemente, estava escutando hoje no carro uma coletânea de bandas neoclássicas japonesas e européias. Sons como Capricho n.o5, Moto Perpétuo, Ave Maria, a Primavera,...demais!

Você também gosta de rock neoclássico? Ou é um músico estritamente erudito?

666ordnas
Veterano
# ago/07
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TG Aoshi

("...são um monte de clichês, remendados, executados em altas velocidades,...que estão mais é prá uma cópia malfeita da música clássica...")

Ai!!! Não merece nem comentário.

TG Aoshi
Veterano
# ago/07
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666ordnas
Ai!!! Não merece nem comentário.

Pensei que isso fosse uma discussão...

Devil Boy
Veterano
# ago/07
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Ken Himura

Sarasate

Estou tentando baixar há séculos Zigeunerweisen Op.20, Zapateado e Capricho Basco no Emule, mas nada. Tu tens ou sabes onde mais posso achar?

666ordnas
Estudar os 24 Caprichos e Moto Perpétuo, por exemplo, são obrigatórios para todo guitarrista neoclássico, não só para os violinistas, não - vide Malmsteen, Joe Stump, Jason Becker, Michael Romeo (aliás, a idéia de se misturar Corelli, Vivaldi, Albinoni, Paganini, Bach e Mozart com Hard Rock foi uma coisa genial do Malmsteen, hein?)(2)
Eu acho que é por isso que tem gente que não gosta do Malmsteen. É lógico, prá gostar dele, tem que conhecer e gostar pelo menos um pouco de música clássica.(2)


Já ouviu Alex Masi?

Luiz Rhoads
Veterano
# ago/07
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"Quem diz que música instrumental não é musica é um idiota! Queria ver você falar isso para o Bethoven, ele chutaria sua bunda!"
Frase da lenda Edward Van Halen

Eu curto muito música instrumental, só que mais pro lado da vertente do rock.

ZXC
Veterano
# ago/07 · Editado por: ZXC
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Devil Boy
Aqui tem Esther Kim tocando Zapateado....
http://yosoyubik.wordpress.com/2007/04/23/zapateado-de-pablo-de-sarasa te/.

Uma época atrás consegui umas partituras para violino e piano em www.pablosarasate.com e em www.pablosarasate.com/index_Spanish, não sei se ainda tá no ar esses links mas o da Esther Kim eu tenho certeza que está funcionando....
Küssen


666ordnas
Sou música apenas curiosa....mas gosto de tudo. Realmente os clássicos me atraem mais...
Tem obras de Vivaldi que para mim são as melhores, como: L Autunno, L Estate concerto n°2, L Inverno (solo de viola, cello baixo, e violino), La Primavera 3 para viola e violino solo, e La Tempesta di mare RV433 para piano flauta. Para mim essas são as melhores.
:)

666ordnas
Veterano
# ago/07
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Devil Boy,

Já ouvi. O cara é fera também, hein! Eu acho ele mais voltado prá Marty Friedman e Jason Becker (escala hexafônica, cromatismos, etc.), com um "pezinho" ali no fusion - na onda do Shawn Lane, né?. Já ouviu esse?

666ordnas
Veterano
# ago/07
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ZXC,

Acabei de assistir o vídeo que você postou, com a Esther Kim. Mas que japonesinha danada essa, hein? Nossa Senhora!!! Toca demais!

Os clássicos são um tesão para os meus ouvidos. Já estudei e ouvi bastante jazz e música brasileira, mas o que faz a minha cabeça, realmente, é tocar rock, música clássica e blues, tudo misturado.

Eu acho que a música clássica é uma influência magnífica.

Como eu comecei a aprender música estudando violão erudito, tomei gosto desde cedo pelos clássicos e transferi o pouco que eu aprendi de música clássica para a guitarra, que é o instrumento que realmente gosto e misturei com o que eu aprendi de rock - blues, anos 70 e 80. Não sou nenhum fera, mas já toco algumas coisas nessa praia...

Você toca guitarra ou outro instrumento? O que você mais gosta de tocar?

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