Sobre sintetizador e seu significado.

Autor Mensagem
Casper
Veterano
# jan/13 · Editado por: Casper


Hoje em dia, qualquer teclado eletrônico é tratado como sintetizador,
o que é estranho, no mínimo. Na minha cabeça, sintetizador é algo
capaz de sintetizar algo, por algum método qualquer.

Um teclado baseado em samples nem sempre (na verdade quase nunca)
se encaixa nessa categoria. Simplesmente porque ele não sintetiza
o som, ele apenas duplica o som de alguma biblioteca pré-carregada
com sons, e o simples fato de ele possuir alguns controles em tempo real
(algum filtro, reverb, chorus, etc) não o transforma em um sintetizador.

Yamaha DX7 é sintetizador.
Yamaha PSR xxxx (99%) não é sintetizador.

Não é isso?

silvG8
Veterano
# jan/13
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Casper
Engraçado que sempre que preciso de usar o termo sintetizador penso em uma coisa diferente do que a maioria também.

Geralmente quando alguém neste fórum fala sobre sintetizador, quer dizer teclado com sons variados e que não possui outros recursos, como sampler e sequencer. Acho isso extremamente bizarro!

Na minha concepção, vejo da mesma forma que você... sintetizador é algo que cria algum som de alguma forma. Nesse contexto se encaixa o VA e obviamente os analógicos.

Juno-Di não é sintetizador.
Gaia SH-01 é sintetizador.
V-Synth GT é sintetizador, mas não somente.

Acho complicado encontrar uma outra nomenclatura para os atuais ROMplers que não possuem os recursos extras, como o Juno-Di e PS-60 da vida.

waltercruz
Veterano
# jan/13
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heehhee

Sinto da mesma forma quando eu tento explicar que eu toco teclado e alguém diz: 'ah, vc toca orgão'

As possibilidades de edição do Juno-DI por ele mesmo são bem reduzidas né?

Berg Varela
Veterano
# jan/13
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silvG8

Realmente eu não tenho um JUNO Di,mas pelo que eu sei,ele vem com um JUNO Di EDITOR que faz todas as mudanças de sínteses como filtros TVF,TVA,LFO,WAVES,STRUCTURE,MFX,WG e etc,,,

Se isso não for sintetizar,o que é então?

silvG8
Veterano
# jan/13
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waltercruz
Relativamente... tem tudo que os workstations tem. Só não dá pra fazer onboard, precisando do PC.

Berg Varela
A discussão é exatamente essa: faz sentido considerar um instrumento de teclas baseado em amostras (no caso, o que você falou, WAVES) como um sintetizador.

Um outro adendo... quantos usuários de Juno-Di vão algum dia tentar partir do zero pra criar alguma coisa?? Nem a galera dos instrumentos "top" faz isso......

Berg Varela
Veterano
# jan/13 · Editado por: Berg Varela
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silvG8
faz sentido considerar um instrumento de teclas baseado em amostras (no caso, o que você falou, WAVES) como um sintetizador

Na minha opinião,faz sim,pois se consegue transformar um Patch de piano em qualquer timbre num sintetizador desses.

Mas sinto que estou entendendo a suas colocações,vc deve estar comparando esses sintetizadores com VA ou com os Analógicos,mas isso é outro tipo de síntese.

Se levar em contas a suas colocações,tudo de síntese que eu sei desde do JV-80,90,XP-80,FANTOM FA,KORG TR,N364,TRITON Le,Juno-G e JUNO STAGE(teclados que possuir)Estar errado e nenhum desses são considerados sintetizadores.

Artref
Veterano
# jan/13
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Pra mim, tendo como modificar um simples Cuttoff do filtro ou qualquer parâmetro ADSR já qualifica o instrumento como sintetizador. Juno Di pra mim é sintetizador sim.

Cleber Vaz
Veterano
# jan/13 · Editado por: Cleber Vaz
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A discussão é exatamente essa: faz sentido considerar um instrumento de teclas baseado em amostras (no caso, o que você falou, WAVES) como um sintetizador?

Essa discussão é sujeita a muitos poréns. Não quero ficar enchendo o tópico com informações já conhecidas mas acho interessante traçar um breve resumão da evolução dos sintetizadores para colocar meu ponto de vista de forma mais clara.

A síntese por módulos controlados por tensão enterrou de chegada os estudos anteriores em síntese sonora que eram do time do papel furado para baixo.
Antes do Dr. Moog (e do contemporâneo Buchla) a síntese sonora não envolvia controles por tensão e era bastante rudimentar diante da novidade do Dr. Moog. Poucos anos depois os analógicos se tornaram monstros polifônicos (um CS-80 pesando 90Kg?!?!?!) e logo logo alguém se tocou de migrar para o digital.
Só isso dos sintetizadores digitais aposentarem os analógicos já poderia gerar uma discussão semelhante a nossa pois o DX7 nem filtro tem e o filtro é tão crítico em um sintetizador analógico quanto os osciladores.

Os "romplers" foram para o sintetizador digital uma mudança tão significativa quanto a polifonia foi para os analógicos.

Se "começar do zero" em um sintetizador significa partir de uma forma de onda pura (que possa ser senoidal, quadrada, dente de serra e etc):

- Um oscilador digital é programado para gerar uma imitação "ideal" de uma onda típica de um oscilador analógico.
- Um rompler pode armazenar amostras de piano, sim, mas pode armazenar amostras de formas de onda, sejam geradas por osciladores analógicos ou digitais.
Ao contrário de uma amostra de piano, uma amostra de uma senoide ocupa um espaço irrisório na memória do equipamento fazendo os antigos 16MB de RAM serem bastante espaço para armazenar formas de onda.

Assim,
Yamaha DX7 é sintetizador.

É Digital com quase nada de controles em tempo real.

Gaia SH-01 é sintetizador.

Som gerado por um sintetizador virtual mas com muitos controles de tempo real.

Juno-Di não é sintetizador.

Nessa lógica só não é por um detalhe pois, caso tivesse formas de onda "clássicas" no seu conjunto de amostras, já seria uma briga feia com o DX7...aquela meia dúzia de knobs do Juno são um luxo ao pensar no DX7.

Aqui chego ao meu ponto:

Não é o "rompler" que separa sintetizadores de "não sintetizadores".
O termo SINTETIZADOR tem (ironicamente) mais a ver com esses romplers baratinhos que tem um som sintético de piano, strings e etc do que com os conjuntos de módulos que compõem um Moog Modular.

O termo "sintetizador" gera muita confusão pois os modelos de sintetizadores do agrado do Casper (que também são do meu agrado) são máquinas que nos permitem criar sons inéditos e isso vai muito além de criar um som sintético de flauta como um "TANG Laranja" faz para quem quer suco de laranja.

Resumindo:

"Você quer criar sons inéditos e personalizados para tocar com suas teclas ou quer usar as teclas para imitar pianos, cordas, bateria e etc?"

A questão acima vai, ao meu ver, no ponto menos delicado por deixar a importância do termo "sintetizador" de fora.
Os fabricantes de teclado não se importam com o uso do termo e chamam de sintetizador tanto o Juno-Di quanto o DX7 e muitos outros modelos de instrumentos de teclado. Assim, cabe ao músico saber qual equipamento comprar para melhor servir ao seu propósito.

Para fechar voltando ao ponto inicial da discussão:

Se um músico não souber o que está comprando e esperar um som de moog dentro de um DX7 (ou som de DX7 dentro de um Juno-Di) APENAS por estar escrito "Synthesizer" na embalagen...aí o termo sintetizador não é tão problemático quanto a ignorância do músico em questão.

Berg Varela
Veterano
# jan/13
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Cleber Vaz

Essas ondas nestes sintetizadores também tem,dente de serra,senoide e etc...na parte de STRUCTURE.vc pode mudar elas por qualquer uma.

Nestes sintetizadores podemos mudar uma wave que a menor parte do PATCH com modificações de síntese muito profundo com OSC,usando a parte de SYNTH criando sons novos e complexos.

Eu não posso é usar uma wave de piano que é um sample comprimido que foi captado de um piano acústico de verdade apelidado de ROMPLE e modificar e criar um som de trombone,mas posso sintetizar essa wave numa síntese bem profunda e essa mesma wave de piano,vai ficar irreconhecível criando um novo som.

Ao meu ver essa discursão deveria ser por preferencias sobre digitais x analógicos e não em saber se alguns teclados são sintetizadores ou não.

Síntese digital é uma coisa, Analógica é outra

Esses teclados são sintetizadores digitais e as empresas os chamam assim por que é o certo.

Edson Caetano
Veterano
# jan/13
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O ser humano omite, generaliza e distorce tudo a todo momento, e vejo no mundo dos teclados isso nitidamente, se tornando até mesmo impossível fazer uma classificação 100% de todas as categorias

Na visão de um leigo e iniciantes, ele vai ver que tem só arranjadores, aqueles que tem "ritmo" e "caixinhas de som embutidas", os estranhos sintetizadores teclados "profissionais", e o piano digital... Poderia até citar mais exemplos, mas é desnecessário

Hoje tenho uma visão muito diferente do que tinha de síntese, e não considero de maneira alguma teclados separados em bancos específicos de timbres prontos um verdadeiro synth, mesmo que tenha editor, você já esta partindo de algo pronto e a esmagadora maioria nem quer saber de síntese, quer o melhor e mais bonito timbre pronto

A classificação é valida para forma de contextualizar os muitos modelos, mas da maneira que esta, eu vejo muitas falhas

Mas não tem como chegar em uma unanimidade neste assunto, porque já vi aqui mesmo, um cara conectar um rackzinho externo de efeitos, delay e reverb em um Psr e chamar seu teclado de synth, visão que o amigo Artref iria concordar...

Então síntese seria qualquer instrumento que tenha algo que altere o som? Se sim, qualquer teclado com pitch e modulation é um synth? Todos os arranjadores são synths também

Só sei que tirando os virtuais eu considero que até hoje não tenho nenhum synth verdadeiro aqui em casa... E este sentimento é bem forte

waltercruz
Veterano
# jan/13
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Partindo do básico do som, altura, duração e intensidade, eu enquadraria como sintetizador apenas os instrumentos que de alguma forma pudessem fazer alterações profundas nos elementos constituintes do som. Ao menos foi assim que eu aprendi! :)

Casper
Veterano
# jan/13 · Editado por: Casper
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Caro Berg Varela:

O fato de mudar a forma do Piano não altera o fato que ele
não "cria", ou melhor não sintetiza o timbre do piano, por isso
não é um sintetizador.

Caro Artref:

Ele continua sendo incapaz de sintetizar. Por isso não é um sintetizador.

Caro Cleber Vaz:

O fato de ser digital ou analógico não tem relação alguma com
ser ou não um sintetizador. O fato de ter ou não controles "em
tempo real" também é irrelevante.

DX7 (digital, quase sem controles em tempo real) é um sintetizador
Mellotron (analógico, com alguns controles) não é um sintetizador.

DX7 "cria" os sons.
Mellotron "reproduz" os sons.

Richmiranda
Veterano
# jan/13
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Casper

Discordo completamente. Sempre tive em mente que sintetizador difere de outros teclados (a exemplo da linha PSR da Yamaha) pelo fato de alterarmos a estrutura do timbre interno nele, a exemplo dos ADSR dos filtros e amplificadores de envoltória e dos LFOs. Qualquer teclado, sendo digital ou analógico, que tiver estas funções básicas que se encontram nos synths de vanguarda é sim considerado sintetizador. Cada instrumento destes tem uma memória interna para que o usuário "crie" e armazene timbres que foram editados em sua estrutura no banco de usuários fazendo com que cada instrumentista tenha em suas mãos infinitas possibilidades de sons que não podem ser encontrados em outros teclados, a não ser que que os arquivos sejam compartilhados entre os usuários. Não importa se seja um Moog ou um Motif XF, todos são considerados sintetizadores. É o que eu penso.

silvG8
Veterano
# jan/13
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Casper
Vamos nadar contra a corrente... hehehh. Gostei da comparação do DX7 com o Mellotron, foi muito bem pensada e lembrada.

Cleber Vaz
Vou fazer uma breve colocação para não aumentar muito o assunto: se em um ROMpler você pode utilizar recursos como FILTRO e ENVELOPES, podemos pensar, de certa forma, que o que ele permite na verdade é a desconstrução do som original de onde partiu, transformando-o em uma outra coisa. Nada foi sintetizado e sim alterado. Logicamente, isso vai depender do ponto de vista de cada um.

Não tiro o crédito dos ROMplers, tem sua importância na história e também na reprodução de vários instrumentos com um teclado.


Richmiranda
Eu não vou entrar no mérito de falar sobre synths analógicos, mas posso afirmar com uma certa segurança: o iPad tem VAs mais poderosos que um Motif XF ou Fantom-G da vida, e que se comportam como um verdadeiro sintetizador, onde as formas de onda simples são criadas a partir de algoritmos, e não amostras estáticas como vemos nos dois supra-citados.

Lembrando que compreendo seu ponto de vista e acho válido! Ninguém aqui quer convencer ninguém do que é certo ou errado... é um tópico filosófico! :)

silvG8
Veterano
# jan/13
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Berg Varela
Mas sinto que estou entendendo a suas colocações,vc deve estar comparando esses sintetizadores com VA ou com os Analógicos,mas isso é outro tipo de síntese.
Na verdade não estou comparando tipos de síntese. Tanto o Juno-Di quanto um Gaia SH-01 se baseiam em um mesmo tipo de síntese, que é a síntese subtrativa.

A colocação do Casper é bem simples, mas gera uma discussão: se um ROMpler nada mais é que um reprodutor de sons, faz sentido falar que ele está de fato criando o som ou simplesmente reproduzindo-o?

Edson Caetano
Veterano
# jan/13
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Richmiranda
Mas considerados por quem?

É isso, quem cria rótulos é a gente mesmo, ou melhor a indústria, e depende exclusivamente da sua percepção da realidade e vivência com este tipo de equipamentos e do setor marketeiro da indústria

Ao meu ver se o synth, se não tiver um preset básico chamado INIT, para você criar a partir do zero, inserindo os devidos osciladores, os envelopes, os filtros, os efeitos, ele não está sintetizando nada, mas isso sou eu, ok

Eu acredito mesmo que o pessoal anda misturando e achando que editar um timbre, fazer uma reprogramação é sintetizar em sí, e não é

Se eu pegar uma wave pronta, no exemplo do Berg, um sample de piano e jogo no oscilador 1, tudo mais que eu fizer se trata de edição e programação e não criação...

Mas concordo, não haverá consenso nisso, porque não existe um padrão na industria, uma associação de fabricantes e estudiosos da area que especifique isso, então cada um vai ter seu mapa e achar o que bem entende, simples assim, exatamente como eu já deixei minha opiniao aqui em cima

silvG8
Veterano
# jan/13
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Edson Caetano
Se eu pegar uma wave pronta, no exemplo do Berg, um sample de piano e jogo no oscilador 1, tudo mais que eu fizer se trata de edição e programação e não criação...
Exatamente....... é engraçado que muitas vezes o pessoal fala que sintetizou alguma coisa e logo no primeiro passo já se embola: "seleciona a waveform 14378 - MG Bass e coloca um filtro[.......]"

Richmiranda
Veterano
# jan/13
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silvG8

Entendi a colocação e posso ter me expressado mal, mas como disse, se podermos alterar a estrutura do timbre de um teclado, isso o qualifica como sintetizador, mesmo que possuam amostras estáticas, a exemplo do Motif e Fantom, hehe. Só não sabia que o Moog também tinha amostras estáticas como vc mencionou. Achava que a estrutura sonora dele era totalmente analógica.

silvG8
Veterano
# jan/13 · Editado por: silvG8
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Richmiranda
Só não sabia que o Moog também tinha amostras estáticas como vc mencionou.
Não!! Hehheh! O Moog gera o som de seus osciladores através de circuitos elétricos oscilantes pela passagem de corrente elétrica. É um outro nível! A sonoridade é totalmente diferente... por isso falei de não entrar no mérito de falar sobre sintetizadores analógicos.

Os "dois supra-citados" são Motif XF e Fantom-G. :)

Só pra adicionar...
O Jupiter-80 é um sintetizador digital.
O Kronos é um sintetizador digital.
O Krome não é um sintetizador.

Richmiranda
Veterano
# jan/13
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Pessoal, entendo o seguinte: vou fazer uma analogia a um corpo humano, apesar de não ser médico ou alguém da área de saúde, rsrs. As waveforms presentes em um teclado funcionam como se fosse um esqueleto. Nestas waveforms - esqueleto, o usuário vai acrescentar elementos para que o corpo - timbre se forme. Ou seja, supondo pegar uma waveform 01 - Piano, mesmo que tenha sido gravado pelos especialistas da Korg, Roland, Yamaha, etc, o usuário terá várias possibilidades para criar, e não simplesmente editar, os seus timbres. Os controles de edição como LFO, Pitch, Filter, Amplitude, EG e etc., servem para criar as artérias e os órgãos do corpo, no caso, o timbre e no final o usuário dá o toque final editando os efeitos para acrescentar um reverb, um chorus ou um flanger. Pensando assim, ainda continuo com o entendimento de que Motifs, Fantoms, PC3s, Kronos, etc, são sintetizadores porque os usuários criam e não simplesmente modificam o que já foi criado. Espero que entendam o meu raciocínio.

Richmiranda
Veterano
# jan/13
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silvG8

Agora entendi. Só achei estranho a colocação porque tinha citado um Motif e um Moog e não tinha citado o Fantom G, hehe, mas valeu a explicação.

Edson Caetano
Veterano
# jan/13
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Richmiranda
É uma linha de pensamento totalmente válida, embora eu não concorde Hehe

Por isso, mesmo eu tendo um monte de synths virtuais, um work top de linha, não sinto de maneira alguma dono de um Sintetizador, gozado isso

Mesmo criando timbres do zero no Kronos, no iPad, em Vsts e AUs usando bons controladores, softs tops, não consigo sentir que eu tenho um synth de verdade... Tá, tá, tá na hora do meu analógico, sei disso Hehe

waltercruz
Veterano
# jan/13
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silvG8
deixa eu ver se entendi.. vc só considera synth o que dá pra criar a partir das ondas básicas? (triangular, pulse, etc?) ou fiz uma grande confusão de tudo o que foi dito?

silvG8
Veterano
# jan/13
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Edson Caetano
Entendo sua angústia! :)
Já passei por esta exata situação.

silvG8
Veterano
# jan/13
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waltercruz
Não necessariamente... em termos de software, o Massive da Native Instruments é um excelente modelo de sintetizador. A diferença é que ele parte de wavetables.

waltercruz
Veterano
# jan/13
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silvG8

ah sim, o massive é outra história.

Mas digamos... Um rompler com capacidades de síntese (Sample+Síntese), vc considera um synth? Digo, fiquei um pouco confuso agora!

Maestron
Veterano
# jan/13
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Acho que tudo é uma questão de semântica, de nomenclatura que acaba para a opinião pessoal. Estamos num estágio da tecnologia em que as fronteiras entre; sintetizador, rompler, arranjador e outros não são mais tão definidas... Um equipamento pode ser tudo isso e nada disso ao mesmo tempo, a depender do ponto de vista.

O que é síntese? Ao contrário do que muitos pensam (leigos em teclados), não significa fusão, mas sim o oposto, significa resumo, isso tem que ser considerado ao rotular um instrumento. Outro ponto a considerar é o aspecto mercadológico, o nome "sintetizador", por si só, é inspirador... Todo iniciante quer abrir a boca e bradar: "tenho um sintetizador".

Se um determinado instrumento "resumiu", filtrou frequências, na minha opinião, executou uma síntese, mesmo que não tenha criado nada do zero... A questão também é que nos acostumamos a chamar de "sintetizador" os instrumentos capazes de fazer muitas modificações (não as de efeitos, mas as edições do som), mas ao meu ver, instrumentos que não têm ritmos prontos e são capazes de "resumir", modificar os sons, podem ser popularmente chamados de sintetizadores, mesmo sendo míseros romplers. Se um dia essas nomenclaturas vão mudar, aí só por força da massa... rsssss...

Graças a diversificação da tecnologia, os antigos sintetizadores analógicos, o DX7 e os VAs ou os VSTs, têm que ser chamados de outros nomes (analógico, virtual, síntese FM, softsynth) para se diferenciarem dos Romplers, e são muito diferentes, são para músicos distintos.

Synth-Men
Veterano
# jan/13 · Editado por: Synth-Men
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""Ao meu ver se o synth, se não tiver um preset básico chamado INIT, para você criar a partir do zero, inserindo os devidos osciladores, os envelopes, os filtros, os efeitos, ele não está sintetizando nada, mas isso sou eu, ok

Eu acredito mesmo que o pessoal anda misturando e achando que editar um timbre, fazer uma reprogramação é sintetizar em sí, e não é""


Rapaz que papo quente e gostoso...

Como diria o grande poeta e trapalhão Mumu da Mangueris: - Cacildis!! kkkkkkkkk!


Putzs falar de equipamentos é inevitável... Mas com todo respeito aos usuários de arrajadores, junos di's e etc.... Acho que o trecho destacado acima disse muita informação correta no que se refere a definição.

Um arrajandor ou workstation cheio de presets pronto, com vozes PCM ou seja lá o que for, só por que tem um ADSR que alonga o fim do Strings ou um LFO que faz o Grand Piano virar uma sirene, não é um sintetizador. É só um "algo a mais" no equipamento. Mas mexer nestes controles nestas ocasiões é sintetizar(o que já está pronto), isto os dj's fazem muito bem a exemplo, mas com outros tipos de equipamementos.

Editar timbres para mim é a mesma coisa que mexer no equalizador do microsystem da minha casa. Isto não é sintetizar. Grave, agudo, brilho e ai vai... Se for assim, o PSR-1XX vira um sintetizador quando misturo piano com strings.

Apesar de não revelar muito as minhas opiniões sobre equipamentos ai vai:

A proposta dos sintetizadores quando lançados em sua forma compacta eram criar e não modificar o que já está pronto ou modificar o que o próprio usuário confeccionou. Ou seja a mesma proposta dos sintetizadores de 5 metros de altura que foram os pioneiros. Esta essência nunca mudou e é o que dá graça ao sintetizador.

PROPOSTA DOS SYNTHS, WORKSTATION E ARRANGER

Se você observar o comercial de um Moog por exemplo, não há promessas de um piano ou string realista, mas sim de controle interativo das formas de ondas em suas formas mais primitivas. Nenhum comercial de Synth promete resolver suas pendências.

Diferente de workstations e arranjadores, que prometem rapidez na troca dos timbres, mistura entre eles, kits de baterias realistas e etc... A proposta deste, é substituir uma banda ou uma orquestra por uma pessoa utilizando um equipamento. Todos os comerciais de arranjadores e estações de trabalho prometem resolver suas pendências.


A ESSÊNCIA DE CADA UM

Assim como existe diferenças gritantes entre os Arrangers e Workstation, há também entre os Synths.

A corrida pelo realismo tira a essência dos ARG e WS. Creio que um dia iremos comprar um Workstations e quando selecionar um piano, aparecerá um pianista de tão real que é o patch do aparelho. Lógico que o realismo dos timbres é bom, mas qual é a proposta se no fim do ano terá um com o timbre melhor?

Os Synths são diferentes de acordo com as marcas e modelos, mas a essência é sempre a mesma: - Partir do zero para o surpreendente.

PESQUISA

Pergunta a um individuo que tem um CS-80 ou um ARP-2600 se os timbres destes comparados a um SUB PHATTY ou um GAIA estão desatualizados.?

Pergunta a outro que tenha um XP-80 ou um PSR-7000 se os timbres estão desatualizados em realação ao TYROS ou a GW8?

FATO

Vários synths diferentes = SET
Vários workstation/arranjadores direferentes = Espaço ocupado (salvo os utilizados como controlador MIDI)

REALIDADE

Prezados.

Toquei em arranjadores e workstations vários anos (E-38, E-68, E-86, E-96, E-500, TECHNICS-920, PSR-510, 520, 620, 730, 740, G-1000, XP-80, 60, VA-76, fora as Clavenovas e ai vai... etc.... Para se ter uma idéia, tinha locais que trocavam seus arranjadores de ano em ano e nunca estavam satisfeitos.

Prezados para me apaixonar por sintetizadores, bastou um.

Lógico que quem é músico usa sintetizador, também procura um bom piano e um bom string, quando necessita. Mas a essencia dos equipamentos são muito diferentes e não dá para dizer que um é outro e o outro é um.

Abraços e meus respeito a todos os usuários.

Cleber Vaz
Veterano
# jan/13 · Editado por: Cleber Vaz
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Casper

O fato de ser digital ou analógico não tem relação alguma com
ser ou não um sintetizador. O fato de ter ou não controles "em
tempo real" também é irrelevante.


Francamente, isso é informação básica. Se entendeste, pelo meu texto, que separei as classes por esses parâmetros então devo ter escrito demais.

Apenas citei outras "evoluções" que ocorreram na história dos sintetizadores e que também poderiam gerar discussões sobre o que é e o que não é sintetizador.
Em todos os casos, Analógico X Digital, Rompler X VA e etc, discutir "o que pode ser chamado de sintetizador" é menos produtivo do que discutir o que se pode fazer com cada tipo de equipamento atualmente chamado de sintetizador.

Casper
Veterano
# jan/13
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Caro Synth-Men:

Muito boas, suas colocações. Concordo com tudo.

Caro Cleber Vaz:

Muito boa essa sua frase final. Acho que resume bem
o seguinte pensamento:

Sintetizador = CRIA SOM
ROMpler = MODIFICA SOM ARMAZENADO

Quero frisar que não estou desqualificando de forma nenhuma
o ROMpler. Acho que cada tipo de equipamento tem seu espaço
e seu tipo de usuário. Não acho que os donos de ROMpler devem
se sentir ofendidos com esse tipo de discussão.

Também concordo que "o que se faz com que se tem
é mais importante que o modo com que o que o que vc tem faz".

Essa frase acima ficou um lixo, perdoem-me.
Se beber não entre no fórum.

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