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Casper Veterano
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# jul/12
Eu diria que 95% ou mais do fórum querem ter um equipamento com mais capacidade, mais memória, mais sons, mais efeitos, mais canais, mais saídas, mais entradas, mais poderes de síntese.
Eu diria que eu acho isso assustador e contraprodutivo. Eu (Véio Casper), quando estou diante de um equipamento que permite uma gama sonora absurda (sei lá, um Kronos) simplesmente fico perdido e não consigo desenvolver nada. Dei o exemplo do Kronos, mas realmente nunca tive contato com ele. Vou dar um outro exemplo, o Access Virus.
Eu comecei a ver os presets para ver as possibilidades, e percebi que eram 3328. Se eu tocasse um minuto (o que é pouco) com cada, seriam mais de dois dias sem parar. O sintetizador é maravilhoso, mas não não é esse o ponto.
Corta.
Estava eu lendo o livro do Umberto Eco - Sobre a literatura, e me deparo com a frase que me marcou:
"As restrições são fundamentais para toda operação artística".
"Escolhe uma restrição o pintor que escolhe usar óleo e não a têmpera, a tela e não a parede; o musicista que opta por uma tonalidade de partida (depois há de modular, mas é sempre aquela que deverá retornar); o poeta que constrói a gaiola da rima encadeada ou do hendecassílabo."
Umberto Eco é um gênio, mas também não é esse o ponto.
Eu concordo plenamente com essa postura, por mais contraditória que pareça: - a liberdade total de criação é mais limitadora que a criação com restrições. Eu acho que estou indo contra a maioria das pessoas, estou procurando equipamentos cada vez mais restritos, mas que possibilitem colocar em forma de som o que eu tenho em minha cabeça.
Eu não quero uma drum machine com 6000 bumbos. Eu quero apenas um som de bumbo, configurável e que se encaixe na música. Outro dia estava tentando escolher um na minha velha Alesis DM5 e foi um parto de porco espinho. Tem, sei lá, centenas. Sofri da síndrome de excesso de opções. Se eu tivesse uma TR-909 não sofreria.
Nos últimos anos tenho me afastado de softwares (VSTi) justamente por esse motivo. O excesso de opções me anula. Estou em um ponto que me obrigo a fazer as coisas sem um computador, e falta pouco para não precisar dele para mais nenhuma tarefa.
Vou colocar uma placa em meu home-studio:
Pense menos e toque mais.
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waltercruz Veterano |
# jul/12
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Boa Casper! Hoje mais cedo eu tava lendo um dos guias do Tarekith, mais especificamente, esse aqui: http://tarekith.com/assets/inspiration.html. O item 3, e principalmente o 6 do texto dele, tem muito a ver com o que você falou:
Muitas vezes, ter muito equipamento pode ser tão angustiante quanto ter pouco equipamento. Tente escolher um item dentre os seus equipamentos, seja ele um equipamento real ou virtual e escreva uma música inteira usando somente ele. Pode ser um sintetizador, guitarra, bateria, softsynth, plug-in, o que for.
Limitar a si mesmo a apenas uma ferramenta/instrumento FORÇA você a ser criativo, já que você não tem escolha a não ser trabalhar de forma diferente para obter os mesmos resultados. Algumas pessoas são capazes de mentalmente apenas se proibir alguns equipamentos no estúdio, enquanto outros precisam realmente tirar esses equipamentos da sua área de visão e guardá-los em outro canto. Totalmente fora de vista e de cogitação. E como algumas dicas mencionadas antes, mesmo se você ficar preso num labirinto, em alguns dias fazendo isso você certamente aprenderá a usar seu equipamento melhor.
É algo que sempre acontece, principalmente com nós tecladistas que estamos lidando mais diretamente com tecnologia (embora isso esteja mudando cada dia mais!): não sabemos extrair 100% do nosso equipamento.
Bela reflexão!
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Casper Veterano
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# jul/12
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Caro waltercruz:
Sensacionel esse texto. Tem coisas que eu faço instintivamente (Clear your gear, Collaborate, Limit your tools), mas, analizando friamente, percebo que não sou o único.
Outra boa frase:
"If you primarily work in software, try working in hardware."
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waltercruz Veterano |
# jul/12
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os textos do Tarekith são muito bons. Eu traduzi o texto sobre compressão, preciso publicá-lo em algum lugar.
Dia desses eu fiz uma track com mais base no hardware que no software.. Gostei... Menos tentação de ficar indo e voltando e indo e voltando.
Falar em Hardware, hoje chegou meu micro-x!
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Maestron Veterano |
# jul/12
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Bela reflexão Véio Casper, reflexão obrigatória para todo tecladista...
Cara, você e o waltercruz foram no ponto. Vou contar um pouco da minha história de compositor:
Quando entrei para o curso básico de composição (que antecede o curso superior de composição) da UFBA, eu mal sabia dizer para o professor o porquê de, diante de tantas áreas de atuação na música, escolhi a composição. Ele me perguntou:
-- Porque você quer ser compositor? -- Eu respondi: -- Porque eu quero aprender tudo o que eu puder sobre música. -- Ele retrucou: -- Mas você tem vontade de CRIAR música? -- E eu respondi: -- Acho que não tenho muito jeito para isso.
Então ele me olhou com uma cara estranha e disse algo que nunca mais esqueci: "Isso é o que você pensa. O seu problema é que você tem tantas idéias na cabeça que não sabe como colocá-las em ordem para compor uma obra musical." Aquilo realmente parecia fazer sentido para mim. Ele então mandou eu estudar sobre "Cânone" e depois da pesquisa, tinha que compor um cânone para duas vozes.
Como o canône é uma peça musical que quando você começa a compor de uma forma, não pode fugir daquilo, ficou bem mais fácil, bem mais restrito. Lendo o seu texto, me dei conta de que a mesma coisa acontece na questão de teclados, estamos inundados de timbres, escolher o timbre ideal é um sacrifício, eu estou me entupindo de equipamentos, só de VSTs acho que tenho mais timbres disponíveis do que estúdios antigos inteiros, e corro o risco de ficar como você falou, perdido por excesso de opções.
Nós tecladistas somos a classe musical mais rica em termos de timbres, são muitas variáveis, o nosso desafio é justamente nos obrigar a sermos restritos, será que somos capazes disso?
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silvG8 Veterano |
# jul/12
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Casper Interessante ver este tópico por aqui. Ultimamente me encontro em uma situação semelhante, onde VST e outros plugins simplesmente não me satisfazem. Não sei explicar o porquê disso, mas sei que utilizo cada vez menos softwares para criar música.
O que venho reparado é que é raro utilizar sons de piano em um PC, simplesmente porque tenho um piano. É insubstituível a relação que tenho com esse instrumento se comparado a qualquer teclado.
Não quero desmerecer meus equipamentos - é justamente o contrário. Adquiri instrumentos sem sons convencionais justamente por perceber que estes sons podem ser feitos por praticamente qualquer coisa, inclusive um iPad. Hoje temos um SampleTank da vida, que consegue quebrar um galhão e engana pelo menos 90% da audiência.
Não vejo ainda nenhum método para substituir o que meu V-Synth consegue fazer e muito menos o som que meu Moog consegue gerar. Como o véio Casper sempre diz, é só tendo o instrumento na mão para entender o poder de um sintetizador analógico. E o interessante, é que mesmo havendo muito pouco o que editar, se comparado com o V-Synth, acabo produzindo mais coisas/sons interessantes com o Moog (não porque o som do Moog é melhor, mas sim porque é muito fácil transformá-lo em algo totalmente diferente devido à forma de interagir com o instrumento). Ou seja, a limitação neste caso me ajuda! :)
O lance dos 3000 presets é totalmente verdadeiro. Ultimamente estou virando adepto de não utilizar presets... não uso nem para criar sons a partir deles. Me ajuda bastante a manter o foco do que quero.
Se eu puder aconselhar, aconselho uma interface USB, como a Focusrite que comprei (me agradou muito!).
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fernando tecladista Veterano |
# jul/12
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Eu diria que eu acho isso assustador e contraprodutivo. Eu (Véio Casper), quando estou diante de um equipamento que permite uma gama sonora absurda (sei lá, um Kronos) simplesmente fico perdido e não consigo desenvolver nada
eu adimiro muito esses teclados, mas vejo que muita gente faz a mesma coisa, tem lá 200 strings, ele escolhe dois pra usar ao vivo e esquece que tem outros
também acho interessantes essas maquinas no meu caso que saio por ai fazendo lima, então tem sempre um solo xarope de uma música que não gosto pra tirar, e não vou estar a fim de chegar no timbre que o cara usou lá e com isso ter que ouvir o solo xarope 100 vezes, para uma música que nunca mais vou ver a cara, nesse tipo de teclado vou ter um timbre próximo ou se bobear o próprio preset que o cara usou
Estava eu lendo o livro do Umberto Eco - Sobre a literatura, e me deparo com a frase que me marcou:
"As restrições são fundamentais para toda operação artística". isso eu já notei em música costumo comparar, na época da ditadura, não se podia falar certas coisas nas músicas porque existia a censura, então tinha que ser criativo, para dizer algo conde na verdade você estava falando outra "pai afasta de mim esse cálice" já em qualquer coisa com orçamento limitado, deixe a verba curta e o pessoal improvisa coisas, faz adaptações vejo bandas novas que ganham pouco, o cara é que monta o próprio set, passa som, essa banda começa canhar mais já chama um roadie e parece que a banda já fica preguiçosa até pra tocar
Eu não quero uma drum machine com 6000 bumbos. Eu quero apenas um som de bumbo Nos últimos anos tenho me afastado de softwares (VSTi) justamente por esse motivo. O excesso de opções me anula.
não condeno uso de VSTi e sei que vou ter que entrar neles mais ou menos tempo, porque o que teremos de opção daqui a 10 anos? também para mim seria interessante ter 6.000 bumbos se eu fosse um arranjador, produtor... e fazendo um trabalho para alguem eu acharia o timbre que o cara pensou e meus trabalhos como um produtor, não teriam o mesmo timbre de bumbo no cantor X, na banda Y na dupla de sertão e no cantor gospel
mas também aprendi a ser feliz com 3 timbres de bumbo do meu D-20, sendo que um eu não gosto, então qualquer música que penso, já sei se é melhor um ou outro
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Casper Veterano
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# jul/12
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Maestron:
Eu me livrei de todos VSTi's, deixei apenas alguns VST's - efeitos essenciais para fazer uma mix, das JAM's, por exemplo.
silvG8:
Teve uma época (curta, felizmente) que eu achei que os VSTi's iriam engolir os instrumentos em geral. Mas a realidade é que eles são um substituto inferior, pobre, do instrumento real.
fernando tecladista:
Mesmo um produtor, hoje em dia, não precisa ter 6000 bumbos. O produtor vai se especializar em um estilo, geralmente, e vai utilizar as ferramentas adequadas. Não acredito que um produtor seja especialista em Pagode e DubStep simultâneamente. Eu fugiria de um cara assim...
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Artref Veterano |
# jul/12
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Gostei da reflexão.
Eu sempre quis mais e mais, tecnologia, timbres, efeitos, possibilidades. Até que comprei o Kronos, que para mim é o primeiro workstation na (minha) história que peca por excesso. Resultado? Interesso-me cada vez menos por teclado e cada vez mais por piano *acústico*. Está sendo muito bom, apesar de desafiador.
Eu também sentia que passava cada vez mais programando, fazendo split, layer e etc, e isso acabava limitando o tempo para estudar expressivdade, técnica e etc.
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Edson Caetano Veterano
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# jul/12
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Casper Por sua culpa, agora estou tendo um pouuuuuuuuuta trabalho...
O que você falou é algo que já tenho conciencia a algum tempo, mas mesmo assim, passando por cima da minha convicção, na remontagem do studio, eu instalei nos computadores uma quantidade violenta de programas, plugins, vsts, e tudo mais que a sorte nos apresenta
Programas originais, gratuitos e alternativos, sem miséria e sem discernimento algum, apenas para falar "eu tenho", muitos nunca foram e nem serão usados, outros não prestam para nada ou já foram substituidos por equivalentes melhores
Tudo bem minha máquina é top, consegue absorver tudo isso, mas será que ela não iria voar ainda mais rápido e com mais confiança se ela estivesse mais enxuta? na minha opinião sim, com certeza
Resultado: Estou começando de novo, AGAIN, 3 computadores, do zero
Uma coisa que tem que ficar bem claro para o iniciante, é saber para que servem as coisas, não adianta buscar o ultimo plugin, se nem sabe para que serve um compressor... comecei daqui... DELETEI todos os meus trocentos plugins jack sparrow, sem dó, não voltarei mais a eles
Outra coisa que tem que ficar definida, é a DAW, não adianta ter 3, 4 , 6 DAWs, aprenda a mecher com uma só, seus resultados serão muiiito melhores, afinal será especialista em algo e não meia boca em tudo, e que fique claro, as boas Daws, já vem com um belo pacote de plugins e instrumentos virtuais, nem precisa gastar nada mais a parte, comece usando só o que o pacote oferece
E o maior problema, nosso vício em acumular VSTs hehe isso é (ERA) meu maior vicio, saia coletando de tudo, e instalando, quantidades absurdas de softs nesta quantidade... PRA QUE ? para atolar a máquina
Resumindo, já que estou escrevendo demais...
Minha meta: DAW - Sonar X1 Producer Expanded (d) Edição - Sound Forge 10 Notação - Notion 3 Host - Brainspawn Forte 2.0 Plugins - Cakewalk PC4K VSTs principais - Z3ta 2, Dimension Pro 1.5, Rapture 2,0, Native Instruments Komplet Essential Samples - DSF Steinway, Ensoniq, Holiwood Motion
Mac - Logic e Main Stage e tudo que eu posso instalar dos programa acima
UFA Só ISSO
Imagina, só isso é tudo que eu já comprei e não tenho tempo de detonar isso aí, imagina perder tempo com pirataria...
Pirataria - Você fica sem suporte, sujeito a trojans e outros softs maliciosos, ou alguem acha que o crack não quebra a segurança da maquina ?, não tem direito a updates, suporte, forums oficiais, quebra os desenvolvedores independentes, e mais um monte de coisa (quem usa este método vai em frente, eu já usei muito, só deixei para trás isso)
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Em trabalho de Formatação e enxugamento das máquinas... decidi, pirata não entra mais programas obsoletos não entra mais programas ruins free não entra mais
O tempo é curto demais para perder tempo com tanta coisa, e somos uma só pessoa com 24horas por dia (que eu tenho qeu dividir entre, Dormir, Trabalhar, Familia )
É isso aí, brigadão Casper pela reflexão e principalmente pela TRABALHEIRA que você me deu hehehe
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Casper Veterano
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# jul/12
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Caro Edson Caetano:
Temos conceitos sobre enxugamento e simplicidade que são claramente diferentes. Minha pretensão é nem ter nenhum PC no sistema (estou quase lá).
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Edson Caetano Veterano
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# jul/12
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Casper É eu fico muito preso no Soft, sabendo claramente sua visão hardware da coisa hehe, seria bom jogar fora os plugins e colocar alguns racks no lugar
O meu problema, como iniciante no mundo dos home studios foi ter começado a montar ele com equipamentos muito vagabundos, tenho aqui em unidades de rack um equalizador oneal de 15 vias, teno uma camara de eco landscape, tudo isso de uma qualidade muito dúvidosa, sendo tocada por potencia fraca, caixa vagabunda montada por conta própria, ligadas por cabos caseiros e pontas baratas, sem ligação elétrica própria... esta vendo o pesadelo que eu tinha em mãos hehehe
A potencia fazendo o zumbido em 60Hz, os cabos captando um radiozinho, efeitos de qualidade muito ruim, faders pipocando... filme de terror, a minha alegria foi quando eu consegui desativar isso aí, colocar o par de monitores ativos e soft
Tenho um pouco de receio... mas tenho completa noção que um conjunto de racks legal substitui qualquer plugin , mas e o medo de começar investir nisso de novo, então no momento vou limpando a sessão SOFT hehe
Mas vamos lá, imaginando uma montagem de studio totalmente baseada em hardware, o que você estaria usando para gravação?? para abandonar de vez o PC?? eu tenho aqui numa parceria em São vicente em um Studio profissional, usamos um Alesis HD24, (alias este studio de parceria eu tenho que mostrar para vocês, como é um esquema comercial eu nem falo muito dele por aqui, tem apenas um tópico e nada mais)
Mas mesmo neste caso acima os pcs já deram uma entrada firme... no principio era gravar tudo plugado na Mackie 24 analógica, jogar para o Adat 24 e editar ali mesmo, naquela interface, na minha opinião chatinha, mantinhamos os prés separados, mics akg bacanas, efeitos da alesis mesmo, era um super som, gravei 4 CDs da minha banda aí, voou upar umas no Sound Cloud para sentirem a qualidade , não existia nem sombra de PC, muita coisa digital, mas nada de windows ou similares
Aí agora mais nos ultimos anos, eu com meu home força total, os clientes do studio forçando a barra, tivemos que implementar os PCs, eu sou consultor com participação de uns 20% na grana, nem uso para projetos pessoais, apesar de poder, mas minha opinião tecnologica virou com o dono hehe colocamos lá o Samplitude, (embora eu quisesse o Sonar) o cliente queria ver mesmo o monitor de LCD com a DAW rolando, não sabia que o equipamento de gravação já era muuuuuiiiito melhor do que Fast tracks e audiobox da vida e nem precisava destas frescuras...
Mas e aí, o que você compraria para enxugar o set... não algo de sonho, algo real
Um mixer, uma gravadora, alguns racks, mics, lógico o gerador de som e pedais, qual seria a lista viável para abandonar os computadores (algo que acho que inevitavelmente não vai ter mais volta), mas vai ser um diferencial certamente, obter sonoridades fora do mundo digital
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waltercruz Veterano |
# jul/12
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Hum.... Eu acho que dá pra equilibrar os 2 mundos. Não acho que todos os vsti são substitutos inferiores do original, mas acho que muitas vezes o processo de se trabalhar com vstis é pouco prático.
O que eu percebo, pra mim, é que muitas vezes trabalhar com vstis é meio que como montar um lego. Você tem um piano, mas precisa ajustar a sensiblidade dele, acaba precisando escolher um reverb que soe bem, me parece que nas workstations o trabalho já vem mais pronto. Bom, é só uma impressão minha.
E outra coisa, com vstis e módulos tb, perde-se muito do tesão que temos em ter um synth com knobs, com as edições muito mais facilmente disponíveis.
O meu equipamento principal de trabalho é o notebook, nem tenho ainda computador desktop em casa. Então provavelmente eu me de bem com os vstis porque estou acostumado a trabalhar com uma certa mobilidade. Aliás, só recentemente que eu me convenci que preciso deixar ao menos um controlador sempre disponível. E com o micro-x agora, acho que ele pode ficar praticamento 100% do tempo pronto. Mas eu não tenho grandes problemas em ter um fluxo criativo trabalhando só no computador. Por exemplo, aquela jam aqui que eu coloquei o discurso do Asimov com reverb, eu fiz totalmente no note, sem nenhum contato com controlador, módulo, synth, nada. Mas a idéia do que eu queria fazer já estava bem clara na minha cabeça desde antes, foi algo que inclusive eu devo ter levado entre 1:30 a 2:00 pra ter finalizado.
Mas entendo hoje que ter algo que você aperte apenas o botão de on e saia tocando é de um valor muito grande. Compartilho também das opniões do Edson: equipo de má-qualidade, to fora.
Enfim, to pensando em adicionar um V.A. ao setup. Vamos ver o que o futuro me aguarda!
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Casper Veterano
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# jul/12
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Caro Edson Caetano:
Se eu tivesse um Alesis HD24 na mão certamente ele seria o centro do meu home-studio. Para eu que sou mais pobre, um simples BOSS da série BR resolve todas minhas necessidades de gravação.
Para abandonar o PC tem que ter um sequenciador MIDI em hardware. Enquanto eu não compro um Sequentix Cirklon, vou me virando com o meu velho Roland PMA-5. Eu raramente uso os sons dele, uso apenas como sequenciador.
Mas, certamente minha soluções são muito particulares. Não acredito que exista algum tipo de receita universal para adquirir equipamentos.
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Maestron Veterano |
# jul/12
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Eu realmente concordo que hoje sofremos por excesso de material... Mas discordo que devemos eliminar algo pela natureza do som. Acho que devemos procurar o melhor de cada mundo, seja VST, digital, analógico...
Claro que um estúdio inteiramente analógico, ou pelo menos inteiramente físico, sem PC ou softs, seria um sonho!
Mas será mesmo que o investimento vale a pena? Para mim, o PC é imprescindível pelo custo e pelo incrível benefício... Ao menos para o caminho que pretendo seguir... É inegável que o PC pode facilitar incrivelmente na nossa vida sem detrimento da qualidade sonora. (que é absolutamente pessoal).. Acho que se eu jogasse meu PC fora, com certeza, mais cedo ou mais tarde, iria surgir um momento que eu iria me arrepender de não ter um PC...
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hbraga Veterano |
# jul/12
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Casper
Eu diria que 95% ou mais do fórum querem ter um equipamento com mais capacidade, mais memória, mais sons, mais efeitos, mais canais, mais saídas, mais entradas, mais poderes de síntese.
Acho que a simples aquisição de um Kronos não tornará ninguém um músico melhor, pelo contrário, pode ter um efeito colateral para o iniciante: a complexidade. Peder horas, dias, anos, estudando o manual e realizando testes e configurações. Para o ofício de músico melhor é se concentrar mais na música, na harmonia, na composição e menos na tecnologia, mas sem despresá-la, pois se usada com "restrições" é uma grande ferramenta.
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Casper Veterano
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# jul/12
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Caro hbraga:
Concordo. Ter um equipamento melhor não quer dizer que a música será necessariamente melhor. É o mesmo que dizer que um escritor, com um editor de texto mais sofisticado consegue escrever um livro melhor. Temos exemplos históricos em diversas áreas:
- Mozart, Bach e Beethoven nunca usaram uma DAW.
- Dante, Dostoiévski e Proust nunca usaram Microsoft Office.
- Michelangelo, Caravaggio e Vermeer nunca usaram Photoshop.
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Edson Caetano Veterano
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# jul/12
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hbraga Boms argumentos, mas infelizesmente continuamos com 95% ou mais de pessoas desejando equipamentos com mais memória, com mais recursos hehehe
Pelo menos o mundo dos tecladistas da internet é um local onde até teclados tops como o Kronos nao prestam, até mesmo grandes pianos como o v-piano sofrem Hehe... Tudo é ruim, nada presta, sempre querendo avançar mais um passo as vezes maior do que a perna
Já até desencantei disso Hehe, sei muito bem filtrar especuladores de formadores de opinião, pessoas sérias
Deveriamos sim dar mais atenção a musica... Vejo a maioria falando e criticando equipamentos, mas gravar uma Jam de 1 minutinho não querem saber.. É difícil? Deve ser né perdido no meio de um monte de programas Hehe é extremamente simples, um cabinho em qualquer placa onboard já grava, temos o mais fácil equipamento de gravar em mãos
A verdade que falta tempo para fazer tudo que queremos
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Casper Veterano
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# jul/12
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Caro Edson Caetano:
A verdade que falta tempo para fazer tudo que queremos.
A verdade é que desperdiçamos muito tempo com frivolidades. Aquele que corre atrás de dois coelhos ao mesmo tempo acaba ficando sem nenhum.
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Thallyz Veterano |
# jul/12
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Casper Edson Caetano hbraga Maestron
Sempre tive desejo de ter um Key "master" por assim dizer, pra plugar nele outro key e usar como controller, poder usar o key no pc e fazer umas gravações, gravar no próprio key etc... E não é que quando consegui realizar esse sonho fui atacado por uma GAS pra comprar um SV1??? Mas pus os pés no chão e pensei comigo: eu tenho o equipo que quis ter, pra que quero esse??? então resisti a tentação de "ter por ter" e já estou mais consciente do que quero. Preciso aperfeiçoar musicalmente e não "instrumentalmente"...
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hbraga Veterano |
# jul/12 · Editado por: hbraga
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Thallyz
Encaro esse tópico como uma pausa para reflexão, parabéns Casper . O objetivo é refletir e não criticar, então vou falar uma coisa nada original, que não é minha, mas não vou citar o autor, pois não sei.
" O melhor computador não é o Mac e nem é o Windons, é o computador do cara que tem as melhores idéias. O melhor teclado não é o Kronos e nem o Motif, é o teclado do cara que toca muito bem."
Cada um tem que achar um ponto de equilíbrio, mas o melhor investimento é em você.
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Jube Veterano |
# jul/12
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Treino e faço composição em um psr-e223 até hoje. Tenho uma baita restrição hehe.
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Edson Caetano Veterano
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# jul/12
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Jube E diga-se de passagem manda MUITO bem
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Gus79 Veterano |
# jul/12
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Casper
Casper, eu penso EXATAMENTE como você.
Há uns dois ou três anos parei de querer uma puta máquina capaz de fazer tudo.
Hoje em dia, fico feliz com os três "vovôs" que tenho: um JD-800, um Kawai K4 e um órgão combo Palmer, além dos pedais de efeito. Não preciso de mais nada, a não ser o TEMPO livre. (Trabalhar, fazer doutorado e cuidar de casamento com filho pequeno não é pra amadores... rsrsrs)
Para quem simplesmente copia, para quem faz covers perfeitos, para quem segue uma linha musical bem delineada (MPB, ou pop-rock, ou sertanejo universitário...) realmente é importante ter muita variedade de recursos. Afinal, os ouvintes querem que a música saia "exatamente" como está na rádio.
Mas para quem não tem compromisso com fazer dinheiro com a música e, como eu, só toca o que quer e por prazer, o céu é o limite no que diz respeito à restrição de equipamentos.
Aí, realmente menos é mais. Um equipo limitado abre a mente para fazer coisas diferentes.
Só um exemplo: o mais poderoso (não o mais caro) teclado que tive, em matéria de recursos, foi um Fantom XA, que turbinei com uma SRX-07 (aquela que tem os análogos, os órgãos e os vintages). Era um sonzão, muitas centenas de timbres, sampler, etc. Mas eu ficava perdido no meio daquilo tudo quando queria compor - ou simplesmente tocar. Como escolher entre dezenas de timbres de órgão? Ou de e-pianos? Como escolher entre aqueles leads maravilhosos? Ou entre aqueles synth brass ótimos? Eu perdia horas e horas perdido entre as dezenas de possibilidades.
Com meu equipamento muito mais simples hoje, eu sou obrigado a usar o que tenho, sintetizando e brincando com os pedais de efeito até achar o ponto certo do timbre. Parece mais trabalhoso, mas na verdade é muito mais simples e rápido. E muito mais gostoso também: você tem aquele som como "marca registrada", sabendo que é exclusivo seu.
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Gus79 Veterano |
# jul/12
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Jube Treino e faço composição em um psr-e223 até hoje. Tenho uma baita restrição hehe.
Uma das épocas em que mais me diverti musicalmente foi no começo da faculdade, no século passado, quando montamos uma banda para tocar Doors e eu só tinha um PSR B-20 (aquele sem sensibilidade, como o 223).
Aquele teclado era explorado até os limites (limitadíssimos)!
Dá pra ser feliz e tocar a valer com teclado do nível do PSR-223 sim. ;)
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waltercruz Veterano |
# jul/12
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Conhecem o One Synth Challenge do Fórum KVR? Acho que muitos de vocês iriam se amarrar.
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waltercruz Veterano |
# jul/12
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No One Synth Challenge, vc deve fazer uma música usando apenas um único VST. Vou participar esse mês, vamos ver no que dá, mas o nível do kvr é bem alto.
https://sites.google.com/site/kvrosc/osc-42-minimoog-v
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Edson Caetano Veterano
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# jul/12
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waltercruz Cara vai ser legal heim, o arturia Free que pegamos recentemente tá valendo?? 1de agosto limite...vou gravar também que, sabe ganho algo Hehe
Tem alguma dica. Já participou antes?? Vou ler as regras amanha cedo...
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waltercruz Veterano |
# jul/12
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vai ser a primeira vez! Pode ser o arturia free, mas eles passaram uma dica boa, registrando aqui - http://www.beat.de/arturia/ - dá pra pegar uma licença do mini-v completo que dura 60 dias e pode ser aberta 800 vezes. Mas pode ser mesmo o free tb. To usando esse de 60 dias. ( o free tem algumas limitaçõezinhas)
Primeira vez que eu participo, pelo que eu li, pode apenas quantas instâncias do vst vc quiser e os efeitos da daw que vc tiver usando, nada de muitos plugins externos (se tiver plugins, tem de ser plugins free). E o contest tem até uns prêmios interessantes!
Já to com o tema composto, agora falta fazer o resto das coisas.
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Edson Caetano Veterano
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# jul/12
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depois vamos abrir um tópico para mostrar as participaçoes brazucas... entre hoje e amanha termino a Jam Atonal e vou fazer esta treta aí hehe
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