Boas práticas em edição de timbres - Teoria x Prática

    Autor Mensagem
    Alex Feitosa
    Veterano
    # fev/08


    Salvem Gurus,

    Após 1 mês adicto ao conteúdo ímpar do fórum resolvi tentar centralizar o máximo de informação possível sobre o conceito de edição, independente de marca ou modelo do equipamento.
    Apesar de concordar que nenhum tópico do tipo "qual o melhor teclado para..." seja capaz de superar um test drive presencial, aprendi muito com tópicos comparativos, tentando sempre descartar o passional.
    Neste último fim de semana fiz o debut do meu JUNO-G ao vivo. Infelizmente a necessidade de usá-lo em mono, a sabotagem do operador de áudio e a minha inexperiência em emplastrar reverbs, chorus e afins, fizeram com que alguns timbres simplesmente sumissem.
    Muitos shows virão, e com certeza ainda terei tempo pra domá-lo, mas será que não havia algum caminho das pedras ? A sensação de inutilidade é enorme quando após passar horas mexendo e escolhendo timbres, eles desaparecem quando você mais precisa.
    Preocupado com a duplicidade de posts, dei uma pesquisada e encontrei alguma informação espalhada, e quase sempre específica, sobre algumas boas práticas. Compartilho e adiciono questionamentos, tentando ilustrar o caráter prático da proposta do post.
    Por fim, queria enaltecer a qualidade técnica do fórum. Ele não só complementa o manual (que li na íntegra, pra evitar problemas de tradução), ele reinventa o uso dos equipamentos sugerindo possiblidades infinitas, baseadas em sucessos e frustações.

    Agora que eu acho que entendi a teoria dos Attacks, Decays, CutOff, Reverb, Delay, Chorus, LFO, Vibratos etc.
    Como é que eu os aproveito melhor na prática ?

    O que já li por aqui:

    1. Pra Metais, trabalhar com superposições oitavadas e com pequenos ajustes de afinação

    2. Pra órgãos procurar o Rotary pra simular tremolos e vibratos


    O que ainda pretendo ler...

    3. Todo layer de timbres iguais precisam de algum DETUNE, ou só com metais ?

    4. Embora específicos, que parâmetros são mais pertinentes por grupo de instrumentos ? Os que simulam acústicos recebem configurações distintas dos originalmente sintetizados ?

    5. Mexer na Onda crua pra se aplicar os filtros é tentativa e erro ou existe alguma tabela tipo " quer mais brilho faz isso, quer mais peso faz aquilo" ?

    6. Efeito demais atrapalha. Além do bom gosto, tem alguma fronteira prática que possa evitar deslumbrados como eu de jogar contra o próprio patrimônio ?

    Mais um tópico prolixo, fruto da sede de informação com a fonte de conhecimento.

    Saudações sintetizadas... bem sintetizadas.

    Jeferson Fernandes
    Veterano
    # fev/08
    · votar


    Alex Feitosa

    Legal cara...

    Tem um tópico que criei um tempo atrás com bastante coisas interessantes... Tenho Certeza que vai acrescentar na sua pesquisa...

    Quando tiver um tempo dá uma olhadinha...

    http://forum.cifraclub.com.br/forum/8/173228/

    Abraços...

    Artref
    Veterano
    # fev/08
    · votar


    Não quero te desanimar, mas às vezes o problema é do teclado. Espero que não seja o caso.

    1-Sempre que trabalho com metais, uso layer de 3 ou 4 timbres. Normalmente são dois timbres diferentes na mesma oitava e outro uma oitava abaixo. Fica bom. Nunca usei detune e sempre tive presença, peso e etc.

    2-Organ sem rotary só se for orguinho tipo M1, rs

    3-Como eu disse, nunca usei detune. Se o teclado é bom ele vai ter presença mesmo sem detune.

    4-A diferença está no EG AMP, nos filtros etc. Sua pergunta é muito genérica.

    5-Se quer mais 'brilho', é só aumentar a frequência do cutoff, se quer mais ataque, é só ir no EG AMP, enfim. Tem uma teoria por trás, mas os ajustes você faz de ouvido mesmo.

    6-Uma dica é não abusar do reverb. Reverb de mais de 3s só se for em música lenta. Quanto mais rápido for o que você for tocar, menos tempo de reverb, isso geralmente funciona bem. Depende do timbre também. Sons tipo "Bells" podem abusar de reverb, ao contrário de um piano, por exemplo.

    Postei correndo, espero ter ajudado.

    Alex Feitosa
    Veterano
    # fev/08
    · votar


    Artref,
    Se correndo já foi util, imagina com calma. Valeu mesmo pelas dicas, vou tentar executá-las e posto aqui. Era exatamente o tipo de orientação que procurava.

    Jeferson,
    Eu achava que tinha lido todos os seus posts, mas esse, tão enriquecedor como os outros, eu acabei deixando passar. Espero não ter causado duplicidade de posts.
    O pensamento positivo de cada um que vc já ajudou por aqui está em prol de vc superar essas pendengas climato-financeiras.

    Valeu pela ajuda de vocês.

    fernando tecladista
    Veterano
    # fev/08
    · votar


    1. Pra Metais, trabalhar com superposições oitavadas e com pequenos ajustes de afinação
    3-Como eu disse, nunca usei detune. Se o teclado é bom ele vai ter presença mesmo sem detune.

    depende, em caso de metais pode ter presença, mas sai um timbre muito "chapado"
    pessoal que toca metais (de verdade) semitona muito, não tem como, é pressão de labio o tempo todo, uma hora ou outra o cara entrega uma semitonada, quem tem a honra de tocar em carnaval sabe o que é isso durante 5 noites
    o interessante seria que criassem um recurso com detune aleatorio

    Artref
    Veterano
    # fev/08
    · votar


    Fui conferir e vi que meus metais têm detune sim. Eu estava usando e nem lembrava mais, he he he.

    Pensando bem, acho que vale a pena tentar o detune em alguns sons, com bom senso. Por exemplo: num som de sintetizador clássico. Aquelas máquinas não apresentavam uma afinação sempre precisa, e essas 'imperfeições' no final só contribuiam para fazer o som característico. Ou uma sessão de cordas. Imagine sempre o instrumento real. Numa sessão de cordas, sempre vai ter um músico levemente 'desafinado'. Ninguém toca todas as notas perfeitamente afinadas.

    Tente um pouquinho de detune, sempre lembrando desses argumentos. Acho que isso vai enriquecer seu som.

    Sobre os efeitos, depende realmente do timbre e da música em questão. Se você vai tocar uma música bem lenta, por exemplo, não vejo problema em socar bastante reverb num piano. Já pra tocar algo rápido, fica terrível. Ah, uma coisa que sempre vejo e particularmente acho horrível e sem nexo: chorus em sanfona. Cadê o senso disso? Ninguém nunca passaria uma sanfona de verdade por um processador de chorus. No máximo, tacam um reverb.

    Também noto muita gente usando chorus em som de metais. Acho totalmente 'nonsense', sem falar que não fica legal. Você pode inovar colocando um compressor, delay, sei lá, mas chorus na minha opinião realmente não fica bom.

    Os efeitozinhos com sons 'tipo fantasia' (bells) na minha opinião podem abusar de reverb, delay, e até mesmo chorus. Strings, quando tocado em acordes, também podem ter bastante reverb, no geral.

      Enviar sua resposta para este assunto
              Tablatura   
      Responder tópico na versão original
       

      Tópicos relacionados a Boas práticas em edição de timbres - Teoria x Prática