Inversão de Acordes O retorno

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Nasch
Veterano
# fev/07


Boa tarde, meus amigos...

Não sei se acontece só comigo...mas existem certas músicas que me sinto mais à vontade tocando nos acordes fundamentais em outras músicas mando nas primeiras e segundas inversões...

Abraços...

Ricardo_Adorador
Veterano
# fev/07
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Nasch

Faça como você achar melhor. Se tiver tocando cover tente ficar o mais próximo do original (óbvio).

Se não, sinta-se a vontade para fazer os acordes fundamentais ou inversões.

EdTwistaZ
Veterano
# fev/07 · Editado por: EdTwistaZ
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O grande esquema pra vc saber as inversões dos acordes quando tocar cover é o seguinte: Compre o songbook eaouhaeouahoaeuhaoeuhao.

Não.... é sério.... dependendo do timbre...principalmente quando é tipo uns strings... se tem que ouvir o a nota com o registro mais agudo, e fazer uma inversão pra baixo dela... aí mesmo que não sejam as mesmas notas, vai dar a mesma intenção pq o soprano é o mesmo, e é ele que aparece mais..

Bom sei lá... quando eu só tenho que segurar acordes eu faço isso... se fica bom aí é outra história aouheaouaehoauhoae

Outra coisa: é muito raro ter músicas em que você faz todos os acordes na posição fundamental. Tente sempre encadear os acordes o máximo possível, mantendo as notas em comum e sem movimentar muito de um registro grave pra um agudo de vez.

Exemplo:

Evite fazer isso -> |do mi sol | indo para |sol si re|
Prefira -> |do mi sol | indo para |si re sol| ou mesmo |re sol si|

Minha humilde contribuição... se falei muita besteira me corrijam por favor

liliane.coimbra
Veterano
# fev/07
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EdTwistaZ

Concordo com voce.
Para isso é preciso pratica...
Eu toco na maioria das vezes em acordes fundamentais, mas tenho tentado intercalar solos para ajudar na passagem de um a outro. Isso pq só tenho tocado em casa. Ontem mesmo eu comecei a usar os invertidos entre D e G ficou muito mais bonito na musica e com muito menos esforço.

Ken Himura
Veterano
# fev/07
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É tudo uma questão de condução harmônica. Tem que sempre se pensar nas linhas que você está conduzindo, já pensou se a sua linha de baixo for sempre Dó - Sol - Dó - Sol ? Horrível, né?

liliane.coimbra
Veterano
# fev/07
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é... eu percebi que o ré como 5a de sol ficava muito agudo para a musica em alguns momentos. entao com o ré uma oitava a baixo, eu mantinha a tonica da nota anterior (D - Ré). Mas a musica nao é só isso... tem outras notas tb. Vi que tb posso fazer o mesmo quando tenho um lá e depois um mi. mantenho o mi 8a a baixo e ja caio nele como tonica depois.

Para hinos ficou joinha!

liliane.coimbra
Veterano
# out/07
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Agora: O que fazer quando a nota é: Bb/Ab ou ainda D/C

Deixo de tocar a tonica?

Leo KB
Veterano
# out/07
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liliane.coimbra
Neste caso, a meu ver, a tônica do acorde encontra-se no próprio baixo. Quando a gente fala D/C, por exemplo, nada mais é que um C9(#11,13)... deu pra entender? A tônica é o C mesmo... se vc estiver fazendo uma tríade não vai ter jeito... vc vai ficar, a princípio, sem a tônica na mão direita. Mas se vc fizer uma tétrade, dá para manter o C.
Ficou claro?

Nasch
Veterano
# out/07
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Leo KB

Tb faço desse jeito. Dependendo do acorde eu deixo apenas a tônica do baixo. Dependendo da melodia a diferença não é muito notada.

Abraços...

mazza
Veterano
# out/07
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eu acho que inversões não soam tão bem no teclado quanto no violão, aonde dão uma sonoridade BEEEEM diferente, mas não sei porque...

ericpb
Veterano
# out/07
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Leo KB

Acho que D/C, não pode ser considerado um C9(#11,13). Pois neste último deve-se tocar o mi e o sol, e o acorde D/C é formado apenas pelas notas Dó (no baixo) e a tríade de ré maior ( ré, fá#, lá).

Me corrijam se estiver errado, mas acho que é isso.

Leo KB
Veterano
# out/07
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ericpb
Cara... boa pergunta!rs
Creio que pode ser considerado sim... imagine vc na mão direita montar C e + todas as dissonantes? Haja dedo e ouvido para entender a harmonia...rsrsrsrs... Agora sério, geralmente qdo uso a 9ª suprimo a 3ª.... e qdo uso a 4ª tb suprimo a 3ª... e qdo uso a 13ª suprimo a 5ª...entendeu? Tudo bem q vc pode na mão esquerda fazer a Tonica e a 3ª... e na mão direita a 5ª + 9ª + #11 + 13. Possivelmente não nessa formação!
Sei lá...posso estar errado! Mas... acho q minha explicação tem algum fundamento!

Vlw.

ericpb
Veterano
# out/07
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O problema de se retirar a terça do acorde é que se perde a "identidade" do acorde, é a terça que define se um acorde é maior ou menor, por isso não gosto de retirá-la ao acrescentar uma 9, ou uma 4, a menos que o acorde exija (4 sus). Mas devo concordar, que as vezes é necessário opitar por omitir algumas notas em pró da sonoridade (e dos dedos, hehehehe).

Nasch
Veterano
# out/07
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ericpb

Concordo com vc.

Abraços...

storrecilha
Veterano
# out/07 · Editado por: storrecilha
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ericpb

ta errado sim, não é C9 (etc), é D7-...

D/C é o acorde de D com baixo em C, logo, D7-, isso pelo menos no sistema americano de cifras, já que cifra tem um monte de formas diferentes de escrever...

mas a diferença entre tocar D/C e D7- é que em D/C a indicação é que vc faça o C na mão esquerda e o acorde de D na direita, isto serve para sugerir uma condução do baixo por exemplo:

| C G | Am Em | nesta sequencia normalmente iria se encadear os acordes na MD e fazer o baixo da tonica na ME

agora se estiver escrito

| C G/B | Am Em/G | repare que G/B é o acorde de G com a terça no baixo, mas a condução do baixo ficar C B A G formando uma "melodia" no baixo

já quanto ao encadeamento... de se deixar de tocar a tonica na MD e passar para a ME isso eu tb concordo com vc...

liliane.coimbra
Veterano
# out/07
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Atualmente estou usando mais tríades, pq estou treinando encadeamento...
Antes eu nao ligava muito pras inversoes do baixo, mas agora vi que certas horas faz uma boa diferença na musica e auxilia no encadeamento.

Antes eu fazia o baixo com a mão esquerda... entao se eu tinha um D/C , eu fazia a tríade na MD e com o dedo indicador eu pressionava o C na mao esquerda... o C2.

Depois passei a fazer acordes com as 2 mãos, pq a minha mão esquerda estava meio paralítica... era uma múmia!!

Aí vieram as inversões. E quando o baixo fica com a 3a ou a 5a do acorde tudo bem... invertia e pronto, mas quando o baixo tinha uma nota que nao era do acorde?

Cheguei a me deparar com um Bb/Ab e fiquei pensando se aquilo nao era na verdade um Dº. Assim como um G/F tb poderia ser um Bº. Isso estaria muito errado??

storrecilha
Veterano
# out/07 · Editado por: storrecilha
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liliane.coimbra

Bb / Ab = Bb7- (si bemol maior com setima menor)

vc faz a triade de Bb e o baixo em Ab que seria a setima menor de Bb

G / F = G7 (sol maior com setima maior)

G / A = G9 (sol maior com nona)

G / C = G11 (sol maior com decima primeira)

etc

victorio
Veterano
# out/07
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storrecilha

Concordei com a maior parte do q vc disse, mas vvou fazer umas correções, mas imagino que tenha sido erro de digitação, pois vc parece conhecer bem de harmonia.

G / A = G9 (sol maior com nona)

Na verdade é A11, que é igual a A7(9)(11). Os americanos chamam de A11, e os brasileiros de G/A.

Basta você tocar esse acorde e perceber que ele é uma preparação pra D, ou seja ele "pede" que o acorde D venha depois, ou seja, só pode ser uma variação de A7, que é a Dominante de Ré.


G / C = G11 (sol maior com decima primeira)

Esse parece ser um C7M(9), ou C9M, como alguns chamam, embora eu não goste desse último nome (é muito confuso).


Na dúvida, o melhor jeito de descobrir qual a real função do acorde é tocá-lo e ver como ele se encaixa na música (se é de tensão, meia-tensão ou repouso).

Abraços,

storrecilha
Veterano
# out/07 · Editado por: storrecilha
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victorio

mantenho o que disse, no seguinte sentido ...

G = G+B+D

o A no baixo seria a segunda, ou seja, nona...

G com baixo em A = Gadd9 sendo que a nona esta no baixo

mas, é claro que dentro de uma harmonia isso pode ser outro acorde, ou mesmo pode soar horrivel, mas ele cru, é isso mesmo

mas a interpretação que vc deu também é correta...

o que eu queria explicar era que a primeira cifra é a triade e a segunda, o baixo, por que o pessoal estava invertendo e, considerando que para cada explicação o campo harmonico não teria modulação, fiz a explicação mais simples...

João Júnior
Veterano
# out/07 · Editado por: João Júnior
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Todos

Bom, não estou exatemente respondendo nenhuma pergunta, mas vou acrescentar uma coisinha, talvez sirva pra alguém:


C9 é diferente de Cadd9.

Mas isso é apenas questão de notação.
Se você pegar algum livro de música americano (métodos, coletânias de exercícios, etc) onde os acordes cifrados vêm acompanhados da pauta com as notas a serem tocadas vai ver que:


C9 = dó + sol + ré + si bemol

Cadd9 = dó + ré + mi + sol


Ou seja:

Para o americado C9 é igual ao nosso C9,7,(omit3) ==> dó com nona, sétima menor e terça ausente
Já Cadd9 é igual ao nosso C9 ==> dó com nona

Isso algumas vezes gera um pouco de confusão quando se pega cifra de música na internet e não se tem o áudio pra comparar o que está escrito com o que é executado no original.

Como eu já disse isso aparece muito em métodos, principalmente em métodos de harmonia jazzística, onde essas tensões são muito comuns. Essa notação foi adotada para representar acordes mais complexos com uma escrita mais simples.

Bom, espero que tenha servido para alguém.
Até mais.

João Júnior
Veterano
# out/07
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ericpb

O problema de se retirar a terça do acorde é que se perde a "identidade" do acorde, é a terça que define se um acorde é maior ou menor, por isso não gosto de retirá-la ao acrescentar uma 9, ou uma 4, a menos que o acorde exija (4 sus). Mas devo concordar, que as vezes é necessário opitar por omitir algumas notas em pró da sonoridade (e dos dedos, hehehehe).


Bom, não estou querendo contradizer ninguém, mas algumas vezes a terça se torna um problema.
Se ela for tocada junto com uma tensão pode gerar conflito na intensão do acorde.

Por exemplo, você quer fazer um acorde soar como preparação para o seu quarto grau...

D7,9 como preparação para G9

Eu acho preferível omitir a terça do RÉ tocar a nona e a sétima e quando tocar o SOL faze-lo com a nona e com a terça também (tipo o Gadd9 na notação que eu expliquei no post anterior).

Lógico que nada em música é obsoluto, tudo depende de como vai soar e de como o ouvido de quem está escutando analisa.

Isso pode soar muito bem em MPB ou jazz, por exemplo. Mas pode ficar horrível em pagode. hehehe

Outra coisa muito importante também é analisar a melodia da música (cantada ou instrumental, tanto faz). Pois os acorde geralmente estão servindo de "base" para uma melodia, por isso eles não podem ir de encontro a ela.

É isso aí.
Até mais.

João Júnior
Veterano
# out/07
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Sim, esqueci de falar uma coisa.

Vejam por exemplo o acorde

C(#9) = dó + ré# + mi + sol

( que é igual a Cm(b11) )

Esse tipo de acorde é bem interessante porque ele não soa nem maior nem menor.
Ou seja, ele é relamente um acorde sem identidade. heheheh
Mas dependendo do momento fica bem legal em algumas músicas.

Até mais.

João Júnior
Veterano
# out/07 · Editado por: João Júnior
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mazza
eu acho que inversões não soam tão bem no teclado quanto no violão, aonde dão uma sonoridade BEEEEM diferente, mas não sei porque...


Bom isso é outra coisa que quem toca em banda percebe com uma certa freqüência.

Isso acontece por causa da distribuição da notas. Isso é, qual nota é mais aguda e qual nota é mais grave dentro de um mesmo acorde.

Por exemplo:

No violão, se você não usar pestana, o acorde D7M fica assim:

D7M = ré + lá + dó# + fá# (nessa ordem)

Ou seja, ré (a tônica) vai ser a nota mais grave e fá# (o terceiro grau) a mais aguda.

No teclado pode ser tocado nessa ordem: ré + fá# + lá + dó#

A nota mais aguda é o dó# (sétimo grau).

Nesse caso você vai perceber que tem "diferença" entre o acorde tocado no violão e tocado no teclado.

Por isso às vezes é bom combinar com o pessoal da banda pra decidir como as notas serão distribuídas (especialmente as mais agudas), principalmente em acordes com muitas notas agregadas, porque pode acontecer de soar estranho (mas não tão comum alguém perceber quando a banda tá com tudo).

Espero ter ajudado.
Até mais.

ericpb
Veterano
# out/07 · Editado por: ericpb
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storrecilha
ericpb

ta errado sim, não é C9 (etc), é D7-...

D/C é o acorde de D com baixo em C, logo, D7-, isso pelo menos no sistema americano de cifras, já que cifra tem um monte de formas diferentes de escrever...


Cara foi isso que eu disse, então como está errado?

João Júnior

Eu não disse que é obrigatório o uso da terça, só disse que um acorde com 9ª, possui a terça em sua essência. É claro que devemos considerar toda a idéia da música, mas estava falando apenas do acorde em si.

E para evitar tensões tento não deixar notas sequenciais (Tonica, segunda e terça) muito próximas.
Ex. um acorde de G9, costumo fazer: G,D na mão esquerda e B, F, A na mão direita.

Espero ter sido mais claro desta vez.

storrecilha
Veterano
# out/07 · Editado por: storrecilha
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João Júnior

excelente explicação, muito legal! essa do C9, Cadd9 eu não sabia...

com relação a inversão ser diferente no teclado e no violão/guitarra, eu penso que numa banda, se um esta fazendo uma base o outro não precisa fazer o mesmo, justamente para evitar embolo, e aproveitar o instrumento para fazer outro arranjo, mas se for inevitável, eu sigo o principio de que não vou usar uma nota na harmonia mais alta que a nota da melodia, então eu faço o encadeamento apartir desta para baixo...

um abraço

mazza
Veterano
# out/07
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João Júnior
putz cara VALEU!!! agora que vc explicou parece evidente, mas nem tinha reparado nisso... BRIGADÃO!!!

ericpb
Veterano
# out/07 · Editado por: ericpb
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storrecilha
O que eu disse foi:

Acho que D/C, não pode ser considerado um C9(#11,13). Pois neste último deve-se tocar o mi e o sol, e o acorde D/C é formado apenas pelas notas Dó (no baixo) e a tríade de ré maior ( ré, fá#, lá).

Me corrijam se estiver errado, mas acho que é isso.


storrecilha
Veterano
# out/07
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ericpb

vc tem razão, eu li seu post 3X e não vi o "não", agora que vc grifou parece um baner...

perdõe-me

João Júnior
Veterano
# out/07 · Editado por: João Júnior
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ericpb
Eu não disse que é obrigatório o uso da terça, só disse que um acorde com 9ª, possui a terça em sua essência. É claro que devemos considerar toda a idéia da música, mas estava falando apenas do acorde em si.

Eu sei. Mas é que eu quiz aproveitar pra dar aquele outro exemplo porque pode servir pra alguma outra pessoa que talvez não saiba disso.


mazza
Tamo aqui pra isso. :D


storrecilha
com relação a inversão ser diferente no teclado e no violão/guitarra, eu penso que numa banda, se um esta fazendo uma base o outro não precisa fazer o mesmo, justamente para evitar embolo, e aproveitar o instrumento para fazer outro arranjo, mas se for inevitável, eu sigo o principio de que não vou usar uma nota na harmonia mais alta que a nota da melodia, então eu faço o encadeamento apartir desta para baixo...

É isso aí. :D
Isso que você falou da tessitura também é muito importante, principalmente quando se toca com poucos músicos.

O meu irmão toca violão e às vezes quando vamos tocar só nós dois eu tenho que estar "adequando" a minha forma de tocar, porque se eu fizer os acordes na mesma região que ele pode embolar mesmo.

Por isso que tocar em grupo, mesmo que não seja com uma banda grande, é tão importante quanto estudar a teoria. Faz o ouvido do músico se abrir para os detalhes.

Bom, um abraço a todos.
Até mais.

victorio
Veterano
# out/07
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Caramba, o tópico deu o q falar...

João Júnior

Bem, quanto à parada do C9, o que rola é o seguinte.

Como eu tinha dito, C11 (jeito americano)= C7(9)(11) = Bb/C (jeito brazuca)

Bem, no modo de cifra americano, eles tem a mania de abreviar acordes dominantes (com sétima, C7, G7, A7), pq esses tipos de acordes podem ter VÁÁÁÁÁÁRIAS dissonâncias.

Não é incomum, por exemplo, vc encontrar C7(b9)(#11)(b13)

Bem, resumindo, quando vc vê A9, isso quer dizer A(7)9, pq o (7) foi abreviado, A11 é A(7)(9)11, pelo mesmo motivo. Daí,

C9 = C(7)9
C11 = C(7)(9)11 = Bb/C
C13 = C(7)(9)(11)13 = Bb7M/C
C15 = ..tô zoando, nem tem tanto... :-P

Lembre que a partir de C11, é IMPRESCINDÍVEL eliminar a terça, pq ela começa a gerar dissônancias desagradáveis (ou não, depende do gosto :-P)

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