Pergunta de Iniciante: Sobre os DIVERSOS pratos

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RafaMalon
Veterano
# mai/07


Estou aprendendo ainda, mas sempre quando tive banda, os bateras usavam o mesmo SET DE PRATOS.
Além do Chimbal, ataque e condução, sei que existem muiitos outros como China (a batera da minha escola de musica tem, e adoro este inclusive), hi-hat, crash, ride, Power Crash, Power Ride, Twister Ride...

Queria saber o que cada um "FAZ", tipo, tem como ouvir o som, quais são os mais usados?
O som que cada um prefere e gosta!

E mais uma perguntinha. Quais os pratos mais em conta. Aquele que vc compra um KIT simles por 400, 500.
Sei que SOLAR e ORION são bons, para pouco custo e bom benefício.

Aceito sugestões hehe.

RafaMalon
Veterano
# mai/07
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Ps. Tem um prato pequenininho que faz ate um som legal e eu curto, deve custar uns 40 reais. Como ele se chama e qual suporte devo comprar para ele =]

RafaMalon
Veterano
# mai/07
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Se alguem tiver com preguiça, mas souber de ALGUM SITE que fale mais sobre pratos, em relação a tamanho, modelo (furos) formas, enfim, todas as duvidas, eu ficaria agradecida =]

racelike
Veterano
# mai/07 · Editado por: racelike
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o prato pequeno é o splash?

tb nao tenho muito conhecimento de prato nao

fico vendo no site da orion (esse tem como ouvir), octagon, sabian

http://www.orioncymbals.com.br/
http://www.octagon-cymbals.com.br/
http://www.sabian.com/
http://www.zildjian.com.br/

acho que por 400 ou 500 reais voce compra uns 2 pratos bons

comprei um crash paper thin da orion 16" (revolution) por R$ 150 e tá servindo bem.
e comprei os pratos do chimbal da octagon 14" (dark) por R$ 339...isso deu 489

pra mim ainda falta o de conduçao que deverá ser um 20", e outro de ataque, que deverá ser um 18" (talvez um desses chamados power crash)

racelike
Veterano
# mai/07
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paiste tb

http://www.paiste.com/

RafaMalon
Veterano
# mai/07
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racelike


Valew pelo site viu, quero entender de pratos, mas saber ao certo qual comprar e talz =]

mudf
Veterano
# mai/07
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hi-hat, crash, ride, Power Crash, Power Ride, Twister Ride...

hi-hat eh chimbal; crash eh atake; ride eh condução; e esse twister ride aew vc deve ter visto um condução twister (orion), q no final naum passa de um condução tbm.

os tipos de pratos mais comuns são:
chimbal/hi-hat
ataque/crash
condução/ride
prato invertido(naum sei se usam esse termo)/china
splash
entre outros [como akela cupula de ride da zildjian(eh so a cupula msm, sem o prato em si)]

racelike
Veterano
# mai/07
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uma vez mandei um e-mail pro site do orion, pra tentar entender algumas coisas

nunca responderam

esse negocio de prato é voce ir na loja e pedir pra testar os pratos que tão na tua conta R$.

na sorte o vendedor talvez entenda um pouco, te pergunte que tipo de som voce vai tocar ou gosta de ouvir e ai o cara acaba te ajudando

Amok
Veterano
# mai/07
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RafaMalon
Eu fiquei de postar aqui um artigo sobre pratos, similar ao que já escrevi sobre cascos, mas é um assunto meio extenso e tou meio sem tempo pra escrever a respeito. Dê uma lida no glossário (em stick) que tem algumas informações sobre pratos.

Fica a promessa: assim que eu tiver um tempo, posto aqui um artigo bem completo sobre pratos.

*´s

RafaMalon
Veterano
# mai/07
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Amok

Opa, olha que promessa é dívida ein heheheh =] Vou ficar esperando o ARTIGO

mudf
Aff, e eu que pensei que era outro prato e é a mesma coisa haha! VALEW VIU!

Rodrigo McBrain
Veterano
# mai/07 · Editado por: Rodrigo McBrain
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Cara.. Basicamente uma mesma linha de pratos pode ter varios tipos do mesmo prato.
Vamos pegar aqui como exemplo a linha K Zildjian (Veja bem, não é a CUSTOM).

De acordo com o site da Zildjian eles tem 5 modelos de Ride para essa linha:
K Zildjian Constantinople Big Band
K Zildjian Constantinople Light Ride
K Zildjian Constantinople Medium Ride
K Zildjian Heavy Ride
K Zildjian Pre-Aged Dry Light Ride
K Zildjian Ride

Cada um deles difere em diversos aspectos, peso, espessura, diametro, tamanho da cupula entre outros. Esses aspectos fazem com que cada prato tome uma sonoridade unica. Eu aconselho você sempre procurar no prato a sonoridade que VOCÊ quer, e não o que o vendedor falar que é melhor ou o que for mais caro.

Agora uma coisa que você tem que perceber é que existem duas ligas que são comumente usadas na produção de pratos: B8 e B20 (algumas marcas optam por fazer sua linha mais baixa em latão).

Se você perceber os pratos TOP's das marcas que pessoalmente acho as melhores do mundo: Zildjian, Paiste e Sabian são em B20, e suas linhas iniciantes são em B8.

O que aconselho você é seguir menos a marca e mais a liga do prato. Existem varias marcas brasileiras e algumas chinesas que produzem pratos com as caracteristicas bem semelhantes as linhas tops da Zildjian, Paiste ou Sabian, com preço bem mais acessivel. Portanto, ANTES DE TUDO, recomendo que faça duas coisas:
1) procure saber as caracteristicas do fabricante, da série e do próprio prato que esta comprando.
2) procure tocar no prato (como muitas vezes não vai ter essa oportunidade na loja, antes de comprar procure um estudio, ou até mesmo um amigo que tenha o prato e TOQUE nele).

Espero ter ajudado.
Abraços.

Amok
Veterano
# mai/07 · Editado por: Amok
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RafaMalon e galera dos tambores em geral:

Conforme prometido, aqui vai o começo de uma série de artigos que pretendo escrever sobre pratos. Resolvi postar aos poucos pra não criar uma leitura pesada e chata.

Primeiro, um pouco de história:
Os primeiros pratos datam de aproximadamente 2.000 a.C. , no Oriente. O prato surgiu praticamente junto com a Idade do Bronze, e era mais um instrumento bélico utilizado para intimidar os inimigos que propriamente um instrumento musical. Obviamente não eram instrumentos refinados como os atuais, e estavam mais para gongos que para pratos. O prato com as características “modernas” surgiu possivelmente no século XVII d.C. na região da Anatólia (hoje Turquia), voltado para o uso sacerdotal e bélico.

Anatomia de um prato
Embora haja experiências com pratos feitos com materiais orgânicos (resina, fibra), vamos assumir que todos os pratos sejam feitos de metal. O metal utilizado é geralmente uma liga metálica. As ligas mais utilizadas são bronze e latão. O latão é uma liga composta de Cobre, Zinco e eventualmente Fósforo. O bronze é composto de Cobre e Estanho. Cada uma das ligas pode ter diferentes proporções de cada metal. Estas proporções influem diretamente sobre o modo como o metal vai reagir quando percutido. Ligas mais “moles” tendem a vibrar menos e com menor intensidade. Ligas mais “duras” possibilitam um som mais brilhante e intenso. O latão utiliza metais mais baratos em sua composição, daí o menor custo. Por outro lado, o latão é uma liga mais “mole”, que resulta em um som menos rico que o bronze.
No caso do bronze, é a proporção de estanho que vai determinar o “padrão” da liga. O chamado Bronze B8 é uma bronze com 8% de Estanho. O B20 tem 20% de Estanho e assim por diante. Os fabricantes “top” afirmam que além do cobre e estanho, entram na liga metais nobres como Cromo, Ouro, Titânio e Platina em quantidades ínfimas. Na verdade, há um grande segredo industrial em torno da composição exata das ligas de bronze e jamais teremos certeza sobre elas. A liga B20 é a mais prestigiada entre os fabricantes de pratos de primeira linha porque tem características que possibilitam boa resposta ao martelamento manual e resultam em um som mais exclusivo e rico que as outras ligas. Existem no mercado opções intermediárias de ligas B12 e B15, com diferentes resultados sonoros.
Um prato convencional tem três regiões distintas: a cúpula (Bell), o corpo e a borda. A cúpula é a parte mais arredondada que circunda o furo central; o corpo é a superfície quase plana do prato e a borda é a região periférica do prato. Cada região pode ser moldada de modos distintos quanto à espessura, acabamento da superfície, desenho, tamanho, curvatura, e provavelmente mais alguma coisa que eu devo estar esquecendo. De todo modo, quando um prato é percutido, é a interação entre as vibrações nestas três regiões que vai determinar as características sonoras do prato.

Vou dar um tempo que esse post ficou muito longo.. No próximo, vou falar um pouco da influência do design do prato em seu som.

[ ]´s

racelike
Veterano
# mai/07
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cara, valeu

nao fazia a menor idéia do que era B8 ou B20

agora tô sabendo

RafaMalon
Veterano
# mai/07
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cara, valeu

nao fazia a menor idéia do que era B8 ou B20

agora tô sabendo



ÍDEM =]

RafaMalon
Veterano
# mai/07
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Amok

Brigado pela iniciativa, estou adorando a LEITURA =]

julio-tm
Veterano
# mai/07 · Editado por: julio-tm
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Amok

falo tudo e falo bonito...
tbm naum sabia mto sobre diferenças de liga b8 e b20.....agora tah tdo trakilo..

RafaMalon

acho que a galera disse tdo...
o que eu posso t ajudar e indicando algumas marcas....
pra mim acho que um bom custo/beneficio seria os pratos da Krest....
dependendo da grana pode-se levar uns pratos bons....
a linha de latão da Krest eh barata e naum deve ser mto ruim..axo que quebra o galho...
um kit com o hi-hat (14''), crash(16'') e ride(20'') com um bag.,,, custa uns 550 a 600 reais....
pra começa axo que vale a pena..
e tambem tem a linha OC-2000 da Octagon....me disseram que são bons...mas naum sei nda sobre preços...

abrax...

Amok
Veterano
# mai/07
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Continuando com a série de artigos sobre pratos, hoje vou tentar explicar como o design de um prato influencia seu som.

Curva sonora
Pra entender melhor o que vou escrever é importante conhecer alguns termos utilizados para se descrever o som de um prato. Estes termos também podem ser vistos no glossário, que está em stick.
Quando um prato (ou tambor) é percutido, o volume do som resultante pode ser representado em um gráfico que tem três partes: a primeira parte é conhecida como ataque; a segunda é conhecida como sustain e a terceira como decay. A rigor, todo som tem estas partes. Em um instrumento de percussão, pode-se chamar de nota o som produzido por um golpe da baqueta.
O ataque corresponde à fase em que se parte do silêncio até o pico (o máximo de volume) que a nota atinge. A seguir vem o sustain, que é a fase em que o som da nota mantém um nível mais ou menos constante. O final da curva é o decay, que é a fase em que o som da nota vai diminuindo até chegar novamente ao silêncio.
Assim, quando falamos em “bastante ataque”, significa que o prato atinge rapidamente o volume máximo ao ser percutido. Quando falamos em “sustain longo”, significa que o prato soa por bastante tempo após ser percutido. Quando um prato (exceto o chimbal fechado, que tem o sustain extremamente curto) é percutido seguidamente, impedimos que a nota atinja a fase de decay. O resultado é um som composto de ataques e sustain.
Muitos dos termos utilizados para se descrever o som de um prato foram criados por equipes de marketing que tentavam descrever em palavras o som emitido pelo respectivo prato.
Assim, temos termos como “Dark” (escuro), que significa um prato com tonalidade mais grave; “Dry”(seco), que é um prato que tem sustain curto e decay rápido; “Projection” e “Power”, que descrevem pratos que atingem alto volume; “Ping”, que é uma onomatopéia que reproduz um som “dry”com bastante ataque.
Outro termo importante quando se fala em som de pratos é “overtone”. O termo “overtone” pode ser traduzidos como “harmônicos”. Os harmônicos são aqueles sons secundários que ouvimos principalmente durante a fase de sustain da nota do prato. É basicamente aquele “shhhhh” que aparece quando percutimos um prato repetidamente. Pratos “Dry” e “Ping” têm poucos harmônicos. Os harmônicos também são responsáveis pelo timbre do prato. Eu, pessoalmente, escolho meus pratos pelos harmônicos que eles produzem.

O design de um prato, ou seja, a maneira como ele é moldado, torneado e eventualmente martelado, influi diretamente nas suas características sonoras. Existem muitas variáveis a serem consideradas no design de um prato.

Espessura
A espessura do prato tem a ver diretamente com a massa do prato. Quanto maior a massa, maior a energia a ser empregada, mas maior é o volume final. Traduzindo: um prato grosso fala alto mas vc tem que descer o braço pra conseguir isso. Além do volume final, maior massa resulta em maior inércia, ou seja, o prato soa por mais tempo (maior sustain).

Curvatura
Se cortarmos um prato ao meio e observarmos a linha de corte pelo perfil, verificamos que não é só a cúpula que é curva. O corpo e a borda também são curvos e a própria curvatura não é uniforme. Um caso de curvatura extrema seria um sino. A curvatura auxilia na manutenção do sustain do prato por facilitar a dispersão das ondas na superfície do prato. Assim, pratos mais planos tendem a ter menos sustain que pratos mais curvos. Comparem o som de um China com um Crash, considerando apenas o sustain e vcs vão entender do estou falando.

Diâmetro
O diâmetro do prato tem a ver também com sua massa, assim como a espessura, e influencia diretamente o volume e o sustain. Além disso, variações no diâmetro variam a tonalidade do prato (maior diâmetro, mais grave, e vice-versa).

Proporção da cúpula
Pratos de diâmetros iguais podem ter sons bastante diferentes. A proporção entre o diâmetro da cúpula e o diâmetro total do prato é responsável por isso.. Cúpulas maiores tornam o prato mais “duro” (é necessária maior força para se atingir o pico de volume e um sustain razoável), mas o sustain é mais longo e o timbre tende a ser mais agudo.

“Tapering”
De volta ao nosso prato cortado ao meio, podemos verificar que a espessura também não é uniforme. Existem pratos com bordas muito finas e pratos com bordas mais espessas. O “tapering” é o quanto a espessura vai diminuindo a partir da parte mais central do corpo do prato. O “tapering” tem as mesmas influências que a espessura, mas também determina como as ondas são se propagar pelo prato, e o modo como o prato vai responder ao golpe. Pratos com bordas finas “abrem” (atingem o pico do ataque) mais facilmente, mas tendem a ter sustain mais curto. Pratos com pouco “tapering” se comportam de maneira inversa.

Martelamento
O martelamento visa criar distorções na superfície do prato de modo a criar interações entre as ondas que a percorrem. Estas interações criam ondas secundárias que interagem com outras e assim por diante. A diferença que um martelamento faz é bastante sutil, mas faz toda a diferença no timbre final. Pratos submetidos a martelamento mecânico são mais “iguais” entre si, o que pode ser uma vantagem. Pratos submetidos a martelamento manual são, em última análise, únicos, já que o fator humano faz com que não existam dois pratos exatamente com o mesmo martelamento. Como dito acima, pratos em bronze B20 respondem melhor ao martelamento manual que os feitos em B8. Na verdade, o martelamento manual tem grande peso no preço final do prato, pois é feito por um artesão treinado e com um belo salário. É por isso que os pratos submetidos a martelamento manual são bem mais caros que os submetidos a martelamento mecânico. Quem tiver um prato “top”, portanto, lembre-se que ele passou por um cara que ficou horas martelando e “afinando” seu prato até ele ficar como está.

Acabamento da superfície
Vocês devem ter notado que existem pratos que são bastante brilhantes e outros são mais opacos. Embora a finalidade do polimento seja principalmente no visual, o tipo de superfície do prato também tem influência no som. Pratos mais “crus”, apresentam ranhuras em sua superfície que dissipam as ondas e as transmitem para o ar de um modo que surgem ondas secundárias próximas à superfície. Em um prato polido, as ondas são transmitidas para o ar de modo mais uniforme. Assim, um prato polido (acabamento “Brilliant”) tende a ter um som mais cristalino, mas um prato sem o polimento tem som mais complexo. Alguns músicos acham que os pratos polidos também tem o som mais apagado que os similares sem polimento, mas sinceramente, nunca percebi esta diferença.

Bem, por hoje é isso.
No próximo post, vou finalmente tentar responder à pergunta da Rafa, quando falarei sobre os diversos tipos de pratos e suas aplicações musicais.

[ ]´s

racelike
Veterano
# mai/07 · Editado por: racelike
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valeu, lido e salvo aqui no pc

cara, então um prato pra condução crasheada seria bom que tivesse "bastante ataque" e sustain curto? nesse caso o decay nao contaria, mas deveria ser rápido, certo?

este prato serviria tambem pra fazer o chamado corte junto com a caixa, como se fosse um china, mas nao é china.

Amok
Veterano
# mai/07 · Editado por: Amok
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racelike
Exato. Não se esqueça que o prato como um todo deve ter bastante volume também. Talvez um crash de 16 pesado possa ser sua solução.
Se o prato tiver um sustain longo e com muito volume, após alguns toques de condução, os harmônicos iriam atingir um volume muito próximo dos ataques e a condução não seria percebida. Existem situações em que isso pode até ser desejável, quando por exemplo vc quiser um "shhhhh" de base pra um backbeat de caixa e bumbo, mas isso seria mais um efeito que propriamente uma condução.

[ ]´s

RafaMalon
Veterano
# mai/07
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valeu, lido e salvo aqui no pc

Estou adorando o TEXTO E APRENDENDO MUITO.
Tu tens orkut para eu te ADD =]

racelike
Veterano
# mai/07 · Editado por: racelike
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certo, valeu!

eu tô querendo é um crash de 18" desse jeito, pra conduzir atacando.

eu tenho um crash de 16" (paper thin, orion revolution) que considero ele como tendo sustain um pouco longo e decay um pouco demorado.

se voce tiver tempo, voce pode ouvir isso aqui e me dizer se eu tô certo ou errado?

http://txhxqx.googlepages.com/RacelikeBatera.mp3

o prato percutido nessa mp3 é sempre esse mesmo 16" (não leva em conta os outros sons pq minha bateria nao é boa nao). gravei esse audio no meu quarto, usando o microfone do computador no programa audacity

Amok
Veterano
# mai/07 · Editado por: Amok
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racelike
Imagino que seja o prato que vc usou pra conduzir a partir de 1:06, mais ou menos. (Antes disso, parece um chimbal semi-aberto de latão). Pelo que eu entendi vc usou o mesmo prato pra conduzir e crashear, certo ? Na hora que vc usou o prato pra conduzir, achei que só faltou um pouco de presença. Acontece que se vc desce o braço num paper thin de 16" ele vai abrir num crash explosivo, o que não é legal pra condução. Ainda fico com minha recomendação de um prato mais pesado (um 18" medium ou um Rock (heavy) de 16".
Se der, posta uma gravação simples, só com um groove, sem viradas, usando o seu prato pra condução crasheada. Quem sabe assim eu tenha um pouco mais de noção a respeito.

Ah, sim, a qualidade da gravação até que ficou legal. Deu pra distinguir bem os timbres do teu kit.

[ ]´s

racelike
Veterano
# mai/07
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exatamente, usei o mesmo prato (esse paper thin crash 16") o tempo todo. Ele é o meu crash explosivo, ou "escandaloso"

a minha duvida era se esse crash 16" tava de acordo com o que eu penso dele, ou seja, bastante ataque, sustain um pouco longo e decay um pouco demorado.

so um detalhe, esses pratos do chimbal sao uma tampa de panela praticamente. Ainda nao me gravei com o novo que comprei. Essa bateria é uma BNB, pedal do bumbo pessimo mas até hoje nao quebrou

a conducao que fiz no crash, tanto a normal na ponta da baqueta como a crasheada no finalzinho foi só de teste, e eu peguei leve mesmo pq ja tava barulho demais.

Como eu nao tenho ainda esse prato que voce me recomenda pra condução crasheada, entao uso ele pra isso tb, e daí tem que pegar leve mesmo ou entao prender mais o prato (apenas pra testar como fica o som da conducao crasheada)

Bob do recife
Veterano
# mai/07
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Amok
man... vlw pelas dicas...
agora eu sei mais sobre pratos xD

eu ate imprimi.. =D

vlw man :P

RafaMalon
Veterano
# mai/07
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Bob esponja do recife

hehe tmb imprimi e junto coloquei outros topicos retirados de site, como afinar, etc, eu mandei encadernar =]

Amok
Veterano
# mai/07 · Editado por: Amok
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racelike
ou entao prender mais o prato

Tome cuidado pra não quebrar o prato. Os pratos devem estar bem soltos na estante pra não sofrerem pressão no furo. Mas as características de seu prato saõ essas mesmas que vc postou.

Bob esponja do recife
RafaMalon
Espero estar ajudando.


Ainda tou devendo a última parte, mas tou meio sem tempo. Quem sabe no fds.

Rafa, use a busca e procure por um tópico chamado "Sobre cascos... ou porque minha turbo naum eh uma DW". Escrevi lá uma série de artigos sobre a sonoridade dos tambores do kit. Pode ser um material útil pra sua "apostila". Boa leitura !

[ ]´s

RafaMalon
Veterano
# mai/07
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Amok
Opa, valew pela dica, vou procurar sim. Tudo que é Útil, estou "APOSTILANDO" rsrs!

racelike
Veterano
# mai/07
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valeu Amok

Amok
Veterano
# mai/07 · Editado por: Amok
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Bem, finalizando a série de artigos, agora vou escrever um pouco sobre os diferentes tipos de pratos e suas aplicações. Nos primórdios da bateria, no início do século XX, os pratos não tinham função especializada. Os mesmos pratos eram usados para conduzir e atacar, sem distinção. Com o tempo, foram sendo desenvolvidas tecnologias que permitiam projetar um prato para uma sonoridade com função mais específica. Quando falamos em “tipos de pratos”, na verdade, estamos falando de pratos projetados para determinadas funções dentro do kit. No entanto, isto não impede em nada que o prato seja utilizado para uma finalidade diferente para a qual foi projetado. Assim, fique à vontade para crashear seu Ping Ride, ou usar seu splash de 10” para conduzir. Se o som funcionar, ótimo. Música é isso. Abaixo, vou descrever algumas características dos tipos de pratos mais comuns vistos nos kits por aí.

Ride
O Ride (ou prato de condução) é o prato utilizado para conduzir o groove. Condução é a parte do groove que segue continuamente e serve como uma base para se colocar as batidas acentuadas (geralmente caixa e bumbo). A condução geralmente é feita no Ride ou nos Hi-Hats (ou chimbal, ou chipo). Na minha opinião, o Ride é o mais nobre dos pratos, pois permite uma variedade muito grande de sons devido ao seu desenho. Existem rides mais “secos” (os Dry e Ping rides) e mais ricos em harmônicos. Os harmônicos são mais agudos e cortantes em pratos usados em rock/pop e mais graves e encorpados em pratos usados em jazz e blues. Os tamanhos de rides mais utilizados estão entre 18” e 22”, embora existam rides de até 24”. Esse tamanho todo é necessário para impedir que os harmônicos produzidos durante o sustain se somem e resultem em um som com mais volume que os ataques. Em um ride é importante que os ataques da onda sonora sejam bem definidos. A grande superfície também permite que sejam exploradas diversas regiões do prato, com resultados sonoros bastante diversos. Normalmente, um ride tem um ou dois “sweet spots” (“pontos doces”) que são regiões em que o prato soa melhor quando tocado.
Um tipo exótico de ride é o “Flat ride”, que é um prato sem cúpula. Os flat rides são pratos com som mais seco e pouco volume, mais utilizados em jazz. Os chamados “Crash-Rides” são pratos com características intermediárias entre o Crash e o Ride, que possibilita seu uso tanto para condução como para ataque. Neste caso, a condução é rica em harmônicos e o crash é bem grave e volumoso, com bastante sustain.

Crash
O Crash (ou prato de ataque) é o prato usado para realizar acentuações enxertadas no groove. Normalmente é tocado durante os fills (viradas). As características de um crash são um som explosivo, que tenha ataque rápido e um sustain prolongado e com volume. As medidas mais utilizadas nos crashes vão de 14” a 19”. Existem crashes de até 21”.


Hi-Hats
O termo “Hi-Hats” (ou chimbal, ou chipo, ou simplesmente “hats”) é usado para definir o par de pratos montados em uma estante especial (máquina de chimbal) que permite que os pratos sejam tocados um contra o outro através de um pedal. O uso mais comum dos hats atualmente é também para condução, com os pratos em posição “fechada” (pedal acionado) e tocados com a baqueta. Isso gera um som com um ataque muito bem definido e com um sustain muito curto, quase inexistente, ideal para condução de ritmos mais modernos. Diferentes posições do pedal, em conjunto com os toques de baqueta, permitem também obter uma grande variedade de sons. Os hats de melhor qualidade são pares com pratos diferentes entre si. O prato de baixo (conhecido como “bottom”) é mais pesado e é responsável pelo timbre geral e volume do conjunto. O prato de cima (conhecido como “top”) é responsável pelo ataque e sonoridade do “chick” (som tocado com o pé), bem como o timbre do som de abertura. O som de abertura é obtido quando o chimbal é “aberto” ( o pedal é solto) logo após o toque da baqueta. Os diâmetros mais usados nos hats são de 13" e 14". Existem disponíveis modelos que vão de 10" até 15". Quanto maior o diâmetro, mais "peso" tem o som dos hats.

Splash
O splash é um prato de efeito derivado do crash. Alguns percussionistas e bateristas de reggae e jazz sentiram a necessidade de um som de crash com menor volume, mais ataque e menos sustain que os crashes convencionais. O splash pode ser usado em frases curtas no meio do groove (“licks”), sem que este seja interrompido, como no caso de um fill. Os diãmentros mais comuns para splashes vão de 8" a 12", embora existam splashes de 14". O tamanho de 14" é válido tanto para splashes como para crashes. Um baterista que fez uso exemplar dos splashes é Stewart Copeland, do The Police. Copeland criou grooves inéditos e originais usando padrões de combinação entre os hats e os splashes. Confiram em “Walking on the Moon”, por exemplo.

China
O China Crash (ou simplesmente China – lê-se em inglês e se pronuncia “tcháina”) é um prato de efeito inicialmente usado por percussionistas, mas foi rapidamente adotado pelos bateras de fusion e daí pro rock foi um passo. Os chinas têm seu design derivado dos gongos chineses e seus sons lembram vagamente os de um gongo. O design é bem diferente de um prato convencional: a principal característica é a sua borda invertida; a cúpula é rasa e pode ser achatada. Normalmente são montados de modo invertido: a cúpula é voltada para baixo e a borda invertida acaba voltada para baixo também. São pratos com ataque médio e sustain curto com muito volume. O timbre é quase sempre “sujo”, áspero, por vezes até desagradável, mas quando bem colocado, cria um efeito muito interessante. Pode ser utilizado para condução (Neil Peart domina esta técnica muito bem – ouçam os minutos finais de Subdivisions) ou ataque. Terry Bozzio utiliza chinas em grande quantidade em seu kit monstruoso para poder criar padrões de groove combinado os diferentes sons. Os chinas variam muito de tamanho: vão de 14" até 24", e apresentam grandes variações de timbre entre si. São quase um capítulo à parte.

Swish
O Swish é um ride modificado para aumentar o sustain. A modificação consiste em colocar rebites (poucos, de 2 a 5) em furos feitos no corpo do prato. Ao se percutir o prato, as ondas induzem um vibração nos rebites , que por sua vez criam novas ondas no prato e assim por diante. Este prato é geralmente utilizado para condução em Jazz.

Pang
O Pang é um China com rebites. Tem um som mais sujo e agressivo que o china normal e é utilizado como prato de efeito, principalmente por percussionistas.


Bem, galera, é isso. Espero que as informações contidas aqui sejam úteis.

[ ]´s

RafaMalon
Veterano
# mai/07
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Amok

Parabénssss, ficou ótimo este artigo. Obrigado pela ajuda viu =]

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