Pq existem Partitura, Tablatura e Cifra?

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Al Majíd
Veterano
# out/04
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Heitor VL

Caro amigo. Antigamente só existia a partitura. Esse métodos de cifras e tablaturas são relativamente novos em relação à partitura. Então os músicos antigos tinham que se virar com ela. Não nego que as cifras facilitam, e até demais. As cifras são como relógios digitais. Quando neguim pega um relógio de ponteiro, acaba levando algum tempo pra ver as horas, mas depois acaba acostumando com ele e a coisa fica meio instantânea. Alguns acordes mais complexos, eu saco em "real time", outros eu demoro a sacar em questão de segundos.

Amplexos

anonimo_83
Veterano
# out/04
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Al Majíd

Talvez vc esteja um pouco desinformado amigo!
a notação musical nem sempre foi escrita da forma que conhecemos hj!

No Período Medieval e Renascentista, tanto a musica profana quanto a musica sacra não haviam ainda desenvolvido o sistema de notação musical com pautas e figuras de tempo tal qual conhecemos hj! Instrumentos como o Alaúde (vide minha coluna no site http://www.********************/), tinham, quando escrita, suas musicas em forma de tablaturas!, na musica sacra so depois de d´arezzo é que a notação começou a tomar forma, pois até então a notação era feita através de neumas que não especificavam as notas nem sua duração mas sim a altura relativa de umas com as outras! e Desde então a notação musical sofreu alterações até chegar no que conhecemos hj! até hj inclusive algums compositores inovam quanto a escrita musical! veja por exemplo notações de musica Estotastica, são verdadeiras equações de engenharia, nada se compreende!, pelo menos eu nao sei executar nada do tipo! (musica estotastica é a musica feita através de cálculos matemáticos, estatísticas e propabilidades! esqueci o nome do maluco que inventou!, so sei que o cara além de querer muito ser compositor, era tb um engenheiro) Portanto se levarmos ao pé da letra, a tablatura surgiu bem antes! (tb nao como conhecemos hj, mas surgiu) o que nao deixa de ser um método de escrita ultrapassado e sem sentido para os dias de hj!!!

Abraços!!!

anonimo_83
Veterano
# out/04
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Poxa!!! bloquearam o meu site!!! que merda!!!!

Al Majíd
Veterano
# out/04
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Balbino Junior

musica estotastica

Seria música estocástica?


Tudo bem que a tablatura (não com as caracaterísticas atuais)veio primeiro. Eles teriam que gastar muito tutano pra desenvolver logo de cara, um método completo de escrita musical. Mas na época dos considerados "grandes gênios", no período pós Guido D'arezzo, a partitura dominou. Os músicos como Mozart, Bach, Beethoven compunham suas músicas através do método da partitura, não é mesmo? E o pessoal das orquestras tinham que se virar e pegar o negócio. É isso que estou tentando repassar ao caro colega Heitor VL. Concordo com ele quando diz que a cifra simplifica e dá uma visão imediata do acorde. Mas não concordo quando ele diz que geralmente os violonistas são ruins de leitura da pauta. Isso varia de pessoa pra pessoa e quanto mais se estuda, mais se desenvolve e se adquire o reflexo para ver o acorde montado na pauta. :D

Amplexos

anonimo_83
Veterano
# out/04
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Sim eu é quem escrevi errado!!!!

Me desculpem!!!

Sobre violonista ter leitura ruim isso é devido a pessoa que tem e nao ao instrumento! Partituras como a que eu coloquei na minha coluna eu toco a primeira vista sem pestanejar! esse negócio de violonista ter leitura ruim por causa do instrumento é lorota!!! rs!

Abraços!

Heitor VL
Veterano
# out/04
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Balbino Junior
Sobre violonista ter leitura ruim isso é devido a pessoa que tem e nao ao instrumento!

Num sei. É intrinsicamente mais fácil ler no piano ou os pianistas tem melhor treinamento? Este ano fui a um concerto +- informal, parte de um encontro de teclados da UFRJ. Tinha um pianista francês que sentou, colocou um livrão azul no piano e tocou 40 minutos de Schumann. Na primeira parte ele já tinha feito o mesmo com Satie e uma sonata de Beethoven. Claro que era música que ele conhecia bem, mas não consigo imaginar um violonista tocar uma coisa complicada daquela sem ter tudo decorado.

Al Majíd
Veterano
# out/04
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Heitor VL

Ahhh...você tá achando que o cara pegou aquela partitura à primeira vista e deslanchou??? Mas é lógico que o cara treinou antes. A partitura é colocada em frente, apenas para se situar na música, já que as músicas eruditas são enormes, cheias de movimentos. Eu tocava numa orquestra de câmara juntamente com um cello e um violino. As peças já se encontravam todas na minha cabeça, mas seguíamos a partitura assim mesmo, porque havia hora em que eu parava de solar junto e fazia o acompanhamento. Em certas partes ficavam só eu e o violino, em outras, só eu e o cello. Mas a peça toda já havia sido ensaiada por nós três, para garantirmos uma boa apresentação. :D

Heitor VL
Veterano
# out/04
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Al Majíd
Alguns acordes mais complexos, eu saco em "real time", outros eu demoro a sacar em questão de segundos.

"Só privilegiados tem ouvido igual ao seu, eu só ..."

Eu não duvido. Um regente vê uma partitura com 16 vozes e faz uma análise instantânea na cabeça.

Ainda discordamos em um ponto. Estes arranjos escritos são raros em música popular e jazz. Os acordes cifrados são uma forma de escrever um rascunho de arranjo e o resto é improvisado. É uma escrita perfeitamente legítima para esta finalidade.

Al Majíd
Veterano
# out/04
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"Só privilegiados tem ouvido igual ao seu, eu só ..."

Isso aí me cheira a "Desafinado"...heheheheh

Cheiro de Bode
Veterano
# out/04 · Editado por: Cheiro de Bode
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Em primeiro lugar gostaria de dizer que estou gostando do debate e da argumentação de vocês. Gostaria de fazer aqui algumas colocações. Replicarei apenas o que eu considero mais importante, pois muita coisa está sendo respondida pelos colegas.
Sversut
Da mesma forma que inventaram Diconário de Acordes pros preguiçosos não precisarem saber Formação de Acordes.
Caro Sversut, sei que está ironizando, mas se você estudar o Dicionário de Acordes Cifrados do Almir Chediak, vai estudar a formação dos acordes. Acredite, é uma obra muito didática e das melhores. A última edição mostra a cifra e a representação no pentagrama.
Heitor VL
Os acordes cifrados são uma forma de escrever um rascunho de arranjo e o resto é improvisado. É uma escrita perfeitamente legítima para esta finalidade.
Parabéns, Heitor, é isso mesmo. O que caracteriza o Jazz é a presença maciça de improvisação. A cifra possibilita a improvisação rítmica porque não é uma notação rítmica, então o instrumentista toca do jeito que quiser, arpejando na ordem que considerar mais confortável/bonita ou simplesmente tocando todas as notas ao mesmo tempo. Esta possibilidade de improvisação realça a diferença de conhecimento e gosto entre os músicos.

A todos:
Na página anterior fiz algumas colocações, entre as quais proferi que quem toca violão/guitarra nem sempre lê à 1ª vista. Peço desculpas se perturbei alguém com esta afirmação, mas o fato é que, como qualquer instrumento, o violão/guitarra também tem suas limitações, conforme já escrevi. Ressalvo que denomino "ler à 1ª vista" a leitura/execução com o instrumento pela 1ª vez que se vê a escrita. Quem lê sabe que, lá pelas tantas, a gente cai numa armadilha e tem que começar de novo por outro caminho. Com o tempo, o conhecimento de leitura vai superando as dificuldades impostas (conforme se apresenta a armadura de clave, você já sabe mais ou menos o que vem pela frente), mas esta dificuldade sempre vai existir. Tenho convicção que o violonista que diz ler tudo à 1ª vista precisa ler coisas mais complexas.

Heitor VL
Veterano
# out/04
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Cheiro de Bode
A cifra possibilita a improvisação rítmica ...
Uma coisa que acho que não foi dita. Usar cifras para indicar a harmonia é uma idéia pra lá de velha. No período barroco, os compositores escreviam números em cima das notas da melodia do baixo, orientando quem improvisava o acompanhamento. Em francês até chamam de "basse cifrée".

Armlo
Veterano
# out/04
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Descordo de quase todas as opniões acima, pois pelo que conheço as cifras são o resultado da evolução da música e ao contrário do que vi aqui, inerpreto as cífras como um sistema moderno que nos diz o que fazer sem dizer como, é o sistema que mais respeita a liberdade de interpretação de cada um de nos, que é diferente de uma pessoa para outra e nos permite adaptar ao estilo de interpretação de cada um. as cifras são a evolução dos baixos cifrados (tecnica usada nos séculos XVII e XVIII)
agora se você prefere as partituras não o critico pois como foi falado é a forma mais precisa de notação musical porém nos limita a tocar apena o q está ecrito(exceto para músicos avançados)

PauloDeBarcellos
Veterano
# out/04
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Fala gente,

Concordo c/ o Cheiro de Bode e o Heitor VL

Mas ainda além da improvisação rítmica, a cifra ainda possibilida a própria improvisação harmônica. Pra um jazzista as cifras servem mais pra te dizer as funções harmônicas dos acordes. Por exemplo, se tem lá um C7, ele provavelmente não vai fazer um C7 caretão, dependendo do contexto ele vai fazer um C9 ou C13, ou então usar umas extensões alteradas tipo C7(#9) ou C7(#5), ou usar um acorde dominante substituto tipo o Gb7(#11) se o acorde q vem depois é o Fmaj7, caracas, as possibilidades são imensas. Enfim, eu vejo cada cifra mais como uma família de possíveis alternativas harmônicas e rítmicas.

No erudito a história é outra, se vc não toca exatamente como está escrito, isso é considerado um erro.

Enfim, cada uma forma tem sua aplicação. Se todos tocassem tanto o jazz quanto o erudito gostariam igualmente de ambas as notações. O importante é o pessoal de um time não desprezar os do outro.

[]s

Clave_G
Veterano
# out/04
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Olá galera forum, entrei recentemente nesta comunidade e confesso que fiquei "viciado" já. Pelo que andei lendo, o pessoal aqui é muito bem embasado e na maioria das vezes os comentários são construtivos.
Agora se vcs me permitem opinar, concordo com o Al Majíd, acredito que as partituras com a mais completa referência de música que existe, não creio que quem a utilize se torne máquina.
de tanto ficar nesse esquema de partitura e tal, a pessoa acaba que virando uma máquina. Não sabe tocar nada improvisado, e só o que tá ali, no papel.
E isso eh verdade!

Penso o contrário, lendo a partitura vc fica com muito mais base para improvisar....
Abraços

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