Sobre apresentações em dupla no formato voz e violão

Autor Mensagem
Buja
Veterano
# set/15
· votar


axleWs
eu quase odeio cajon. o fato é que se for comedido e bem suave, me agrada.

Eh que existem basicamente 3 tipos de tocadores de cajon:

1 - O leigo que sabe batucar, vai num churrasco, enche a cara, senta no cajon e fica dando tapa achando que ta tocando alguma coisa. Nao sabe nem a diferença entre tirar um som de caixa e de bumbo dali.

2 - O baterista que senta num cajon e acha que tem que sentar a cacetada pra sair som. Acha que ta sentado numa mini bateria. Ai é pancada pra tudo que é lado.

3 - O musico que toca cajon. Esse sabe tirar o grave, o agudo, o splash. Sabe usar a vassourinha, e até faz uns rufos interessantes de vez em quando.


O cajon fica mal falado, e no nosso ouvido sai ruim, porque a grande maria acha que aquilo é um tamborete que da dar uns palmadas e fazer batuque. Isso irrita. Mas o cajon é um instrumento interessantissimo, principalmente nas gigs acusticas. E, se bem tocado, acho até que é a vibe toda do negocio.


Gosto quando o cara sabe usar

https://youtu.be/dJp6W6Ii100?list=PLg3tGHgZSaKim4EqgODkjPhDu__iidfAq


mesmo quando o cara é um louco absurdo, mas sabe o que ta fazendo hehehe

https://youtu.be/-uLsM9vp3dw?list=PLg3tGHgZSaKim4EqgODkjPhDu__iidfAq

axleWs
Veterano
# set/15
· votar


Buja
compreendido. Mas por exemplo, no primeiro vídeo, ainda que bem tocado, acho o volume "alto", pra mim, precisa ser mais suave, compor o fundo da música, não ser tão aparente quanto no exemplificado.

erico.ascencao
Veterano
# set/15
· votar


Troquei uma ideia com meu professor de canto, conforme havia comentado aqui. O cerne da discussão foi como tornar o formato uma atração e não simplesmente uma trilha sonora de happy hour. Algumas coisas que meu professor citou que eu achei interessantes:
- Usar roupas legais, se destacando do público do bar (da mesma forma como ele costuma recomendar num formato de banda tradicional);
- Interagir com o público através de um bate-papo eventual entre uma música e outra, fazendo brincadeiras, etc;
- Ao mesmo tempo que é necessário tocar Raul, também é possível se dar ao luxo de tocar coisas que você gosta em caráter mais pessoal. O intimismo e a menor formalidade do formato permite isso e tal ação pode até chamar a atenção de um ou outro no público.

Enfim, de maneira geral, captei a seguinte mensagem: a jogada é trazer o público pra si. Diferente do formato de banda, no qual meu professor costuma dizer que prefere manter um certo distanciamento do público - talvez para manter um pseudo "mito" e evitar fantasias (principalmente pela mulherada).

Ismah
Veterano
# set/15
· votar


erico.ascencao
Eu sempre reparei, principalmente no voz e violão típico de MPB, que os caras tocam violão fazendo acordes "puxando" as cordas e não "palhetando" (desculpem a falta de terminologia). Talvez isso seja um recurso pra ajudar na marcação de tempo. O que você acha a respeito?

Acho que isso é MPB... Sacas?
Mas dá pra fazer alguns efeitos legais fazendo pré slides, ou marcando o tempo (tente ver como a Jess Greenberg no vídeo), tudo é válido.

Acha que pra um acústico mais voltado pro rock um estilo de tocar com "palhetada" casa melhor?

Talvez... Poderia por exemplo considerar um fingerstyle para dar uma variada no clássico som de cordas percutidas, nessa hora palheta atrapalha, eu preferia a dedeira.

Qual é melhor? Nem ideia... Quem é melhor Shuga Yung ou Tommy Emmanuel?

Ismah
Veterano
# set/15
· votar


erico.ascencao
Usar roupas legais, se destacando do público do bar (da mesma forma como ele costuma recomendar num formato de banda tradicional);

Se chama estereótipo, e eu já briguei com isso por aqui... Um músico de rock, tem que parecer um músico de rock, um pagode tem que parecer um pagodeiro...

E pelo amor de todos as divindades, não vá tocar de camiseta de time de futebol. EU COMO TÈCNICO preciso ser discreto, O MÚSICO QUE DEVE BRILHAR! Essa é a regra do show business atual.

As pessoas não entendem que depois de 80, onde a performance (leia-se que o show ficou mais dramatizado/teatral, tanto que se passou a adotar iluminação e efeitos especiais), o músico é uma personagem que entra em cena.

erico.ascencao
Veterano
# set/15
· votar


Ismah
Se chama estereótipo, e eu já briguei com isso por aqui... Um músico de rock, tem que parecer um músico de rock, um pagode tem que parecer um pagodeiro...

Exato. O guitarrista da banda do meu professor é um japonês velhaco muito style. Ele sempre vai tocar com umas camisas pretas largonas num estilo neo-samurai... depois procura no Facebook por Giba San.

Enviar sua resposta para este assunto
        Tablatura   
Responder tópico na versão original
 

Tópicos relacionados a Sobre apresentações em dupla no formato voz e violão