Sobre apresentações em dupla no formato voz e violão

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erico.ascencao
Veterano
# ago/15 · Editado por: erico.ascencao


E aí pessoal,

Ando meio sumido do fórum nos últimos meses. Passei 4 meses trabalhando longe de casa e, desde que voltei pra São Paulo há pouco mais de um mês, venho fazendo algo que consome o tempo de postar no FCC: tocar guitarra :P. Enfim, vamos ao assunto do tópico...

Tenho um amigo que conheço há 10 anos e com quem já toquei em algumas bandas - a primeira como baterista e outras duas já como guitarrista e aspirante a vocalista. Por conhecê-lo há bastante tempo e por termos uma grande afinidade em termos de repertório, sempre pensamos em montar projetos musicais juntos. Eis que surgiu a ideia de montarmos um repertório no estilo um banquinho e um violão, fazendo versões acústicas de clássicos do rock.

A minha grande dúvida é sobre como a abordagem de uma apresentação neste formato acústico em dupla difere da abordagem de uma apresentação de banda plugada. Eu e este meu amigo estamos acostumados com o formato de banda, um pouco como "tocadores" e bastante como espectadores de casas noturnas de São Paulo. Entretanto, o formato mais intimista do acústico não nos é tão familiar. Eu, particularmente, tenho a visão de que o formato acústico tende a ser mais uma "trilha sonora" para um barzinho do que necessariamente uma atração a qual as pessoas busquem assistir. E este caráter de trilha sonora, ao meu ver, impõe algumas condições para repertório, forma de tocar e cantar, sonoridade da apresentação, etc.

Gostaria de pedir a opinião de vocês sobre este assunto. Qual é a visão de vocês sobre apresentações em dupla no formato voz e violão? Quais são as semelhanças e diferenças com relação ao formato de apresentação em banda? E em que aspectos se pode trabalhar para tornar um projeto deste formato inovador e com um diferencial?

Buja
Veterano
# ago/15
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erico.ascencao
Eu acho muito interessante o formato voz-violão. Tanto que contratei esse formato pra tocar no meu casamento, ao invez de banda completa.

Aqui na minha região vejo muita gente mesmo que toca assim, sozinho ou com dupla. A maioria é sertanejo, ou um mix de classicos pop rock, mpb nacionais.
Muito legal.

Mas tenho muitas coisas a considerar como ouvinte, e rarissimas vezes como tocador:

1 - Sem nenhum tipo de batuque, o som é tão somente simples, normal, não é diferencial nenhum. Me deixe blah-blah-blar sobre isso:

Tem aqui um camarada que toca num barzinho chique proximo da minha casa. Nao tem nem sequer uma vez que eu nao escuto, que eu nao chegue do lado dele e de um elogio sincero. É muito bom o som do cara. E toca sozinho.

Ele usa um violão folk modesto, nao sei a marca, mas nao é takamine pra cima nao. Ele se senta em cima de um cajon, amarra um pandeiro meia-lua na caixa jeans, e adaptou um pedal de bateria pra bater no cajon. Adaptou tambem uma gaita no pescoco, estilo engenheiros do hawaii. E toca musicas fazendo strumming de acordes, algumas poucas com fingerstyle. E sempre marcando os graves nos bordões. É estilo dele. E se nota que o cara treina seu vocal. Nao canta pra dentro, e nem berra igual um doido.

As musicas sao conhecidas de todo mundo, e nao tem nem sequer uma musica que voce diz que ficou ruim. Sao todas excelentemente cantadas, com estilo proprios. Algumas ele segue fielmente a versão original. Uma beleza de ouvir. Outras ele mesmo já improvisa, e improvisa bem. Emenda uma musica na outra as vezes. Um negocio bem legal.

Mas o que da relamente a diferenca no som do cara, é a batida do cajon com o pandeiro. Isso enriquece muito a musica. Muito mais do que se fosse so dois violoes trocando acordes e riffs. Eu vejo que com isso, o cara se torna diferenciado.

2 - Sem efeito nenhum, algumas musicas ficam mortas.

Ai, já é outro exemplo que eu cito. Tem um restaurante no shopping, desses que contratam um homem pra tocar la dentro, fora do som da praça de alimentação. Um dia vi um cara sozinho, tocando com um violão, e um mic. So isso. Tocava algumas canções de mpb, coisa mais simples. Sem muita maracutaia. Mas o cara usava uma pedaleira tipo pod pocket, se eu vi bem.

Cada musica o cara tinha um patch pronto. Um loopzinho de bateria 4/4. Um delay na musica certa. Pitadinha de reverb. Chorus onde precisava. Era uma beleza o som dele. Usava efeitos de voz tambem, a gente podia notar. Enquanto tocava, rapidinho ele apertava um botãozinho aqui e ali, e o som era ooooutros 500. Vi com isso, que não é so porque se toca vom violão sozinho que o som precisa ser so um timbre. Pode diversificar.

3 - Ultima coisa, ai já é experiencia pessoal mesmo. Nao deixe somente um cantar, e se puder, tenha graves.

Entrei pra tocar com uns amigos uma certa, epoca, e eles tocavam com 2 violoes. Cantavamos mal, admito. Mas o erro deles era somente um cantar. Voz fraca, mucha, nao tinha destaque nenhum no refrao, nem em algumas passagens que necessitava de mais vozes.

Mudamos o esquema. Somente o vocal tocava violão. O outro violão foi substituido por um cajon + 1 prato pequeno de bateria. E eu entrei com um baixolão. Foi uma mudança de 300 mil anos-luz-percentual. O som ficou muiiito melhor.
Mas faltava algo. Voz. Começamos a treinar. A musica normalmente começa com a voz do vocal mesmo. Em algumas passagens, ou eu ou o cajon entravamos. Nos refrões, e no apice do fim da musica, obrigatoriamente, cantavamos os tres juntos. Ai sim, ficou audivel. Tocamos bem assim e foi bom enquanto durou.

Então, essa historia toda aqui por mim arduamente digitava, nao quer dizer mais do que, treino, senso de banda (mesmo sendo dupla), e usar os recursos disponiveis.

Desse jeito, duvido muito que vai ser so mais uma dupla normal tocando musicas normais. Vai ser algo bem prazeiroso de ouvir, e de se contratar tambem, poruqe nao?!

erico.ascencao
Veterano
# ago/15
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Buja

Legal cara, percebi que você tem uma perspectiva de que este tipo de formato pode ser uma atração e não simplesmente uma trilha sonora, e além disso mostrou como tornar o formato uma atração. De fato eu gosto da ideia de um acústico se aproximando do formato de banda - algo como o Emerson Nogueira faz com maestria. Porém, quando se parte pra este formato mais cheio, aí já se perde espaço pra você tocar em espaços como restaurante/barzinho e tem que partir pra lugares maiores que comportem um som ao vivo mais presente. Nos quatro meses em que trabalhei em João Pessoa, vi muitos músicos tocando em barzinho/restaurante e uma coisa que me incomodou foi justamente uns que apostavam num formato com percussão e até bateria, pois isso tornava o som mais "vivo", ou seja, já perdia aquela característica de ambiente mais tranquilo para se comer e tomar uma breja.

Bom, eu particularmente gosto de explorar sons diferentes com guitarras, e no âmbito dos violões não é diferente. Eu acho legal um violão de 6 e um de 12 neste tipo de formato acústico, por exemplo. Com relação aos vocais, eu venho fazendo aulas de canto e poderia dividi-los com meu camarada (que já canta desde sempre).

Por fim, eu acho que o diferencial pode ser justamente o repertório. Quando se fala em voz e violão em barzinho, já se pensa em Jorge Vercilo e Ana Carolina. Eu acho que segmentar o repertório para o classic rock e pop rock pode ser interessante. O desafio que eu tenho em mente é como fazer isto de forma mais intimista, ou seja, para um público que gosta deste som mas que quer um ambiente mais tranquilo, sem precisar encher os tímpanos.

Ismah
Veterano
# ago/15
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Buja
Cada musica o cara tinha um patch pronto. Um loopzinho de bateria 4/4. Um delay na musica certa. Pitadinha de reverb. Chorus onde precisava. Era uma beleza o som dele. Usava efeitos de voz tambem, a gente podia notar. Enquanto tocava, rapidinho ele apertava um botãozinho aqui e ali, e o som era ooooutros 500. Vi com isso, que não é so porque se toca vom violão sozinho que o som precisa ser so um timbre. Pode diversificar.

Tem cara de pedaleira de voz...

Buja
Veterano
# ago/15
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Ismah
Eu tava de longe, sentado numa mesa com típica iluminação fraca, coisa de casal, tomando um vinho e falando uns mimos no ouvido da patroa. E ela amando ne kkk.

Nao deu pra reparar no equipo do cara. Sei que eram 2 caixas de som num tripé, de cada lado no palcozinho dele, e ele usava um fone de ouvido.
1 mic dinamico, 1 violão e no lado dele uma mesinha onde tinha uma agua mineral, 1 bebida com gelo, e a pedaleirazinha na cor cinza/prata sei la. Isso ja' tem um tempo. Por isso, associei a alguma tipo pocket, v-amp, sei la, algo nesse tipo.

Buja
Veterano
# ago/15
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erico.ascencao
Agora entendi mais o que voce quer dizer. Nao quer dizer que por tocar um classic rock, é que va tocar palhetando alto e soltando a voz like a ratos do porão ne.

Voce diz algo mais acustico mtv so que sem a banda completa né?! E ao inves de ser so capital, legiao, ana carolina, iria imbutir tambem um led zeppelin, um guns, um metallica né? É isso que eu to entendendo ne?

É algo que tambem nao se ve por ai, muito interessante por sinal. Ai o que faz a diferenca mesmo é isso que voce disse. O canto, e a execução adaptada pra essa situacao. Talvez so um batuque no violão, já resolva bastante.

Eu achei a ideia do pandeiro na perna um tanto interessante. Da um charme na coisa. Poderia ser tambem tipo uma maraca, sabe aqueles instrumento que parece um ovo com areia dentro?!

E tambem tem o pessoal do blues que usa uma caixa onde voce pisa e vai fazendo a marcação. Da um som percurssivo legal tambem. É dificil achar no youtube o que to falando, mas quando achar eu posto aqui. Mas é como se fosse uma caixa de sapato, com um mic dentro. Voce vai pisando e ele vai fando o som de 'puff...puff...puff'. Vai marcando a musica. Com uma maraca amarrada na calça jeans então, ta feito a marcação toda hehehe..

O resto é so arrebentar na execução mesmo e voz pra fora!

Ismah
Veterano
# ago/15
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Buja

Supus algo assim, mas foi apenas para complementar. As TC Helicon sei que adicionam efeitos ao instrumento, não só a voz.

erico.ascencao
Veterano
# ago/15
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Buja
E tambem tem o pessoal do blues que usa uma caixa onde voce pisa e vai fazendo a marcação. Da um som percurssivo legal tambem. É dificil achar no youtube o que to falando, mas quando achar eu posto aqui. Mas é como se fosse uma caixa de sapato, com um mic dentro. Voce vai pisando e ele vai fando o som de 'puff...puff...puff'. Vai marcando a musica.

Ah, já vi este negócio... é um stomp box.

Agora entendi mais o que voce quer dizer. Nao quer dizer que por tocar um classic rock, é que va tocar palhetando alto e soltando a voz like a ratos do porão ne.

Voce diz algo mais acustico mtv so que sem a banda completa né?! E ao inves de ser so capital, legiao, ana carolina, iria imbutir tambem um led zeppelin, um guns, um metallica né? É isso que eu to entendendo ne?


Isso, agora você captou a minha ideia. Tem que ter bastante cuidado na escolha de repertório - afinal, "Enter Sandman" não rola, mas "Nothing Else Matters" rola.

MMI
Veterano
# ago/15 · Editado por: MMI
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erico.ascencao

Tem que ter bastante cuidado na escolha de repertório - afinal, "Enter Sandman" não rola, mas "Nothing Else Matters" rola.

Eu acho que rola sim! Não vejo por que não.

Voz e violão é um estilo diferente. Nessa hora o legal é mudar, impor o estilo de vocês, rearmonizar, tocar diferente. Neste sentido, uma Enter Sandman surpreende muito mais que Nothing Else Matters, fica mais legal, sai do lugar comum e atrai mais atenção.

Há uns anos atrás participei de um projeto exatamente assim, gravamos um CD com violão com uma cantora. Gostei de pensar em arranjos e sonoridades diferentes para Iron Maiden, Led, Dio, Deep Purple, AC/DC, Judas Priest etc. numa versão voz e violão. Sugiro este caminho.

Obs.: se quiser, posso passar por email o trabalho.

Ismah
Veterano
# ago/15
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Eu prefiro algo mais criativo



pianoid
Veterano
# ago/15
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Buja
não é so porque se toca vom violão sozinho que o som precisa ser so um timbre

non sequitur

Marcos Tiago
Membro Novato
# ago/15
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erico.ascencao
Além do repertório no estilo que vocês curtem e querem se apresentar, sugiro que estejam preparados para um pedido inusitado do público presente. Pode ser um diferencial que ninguém espera.

Buja
Veterano
# ago/15
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pianoid
Eh faz sentido rs.

erico.ascencao
Veterano
# ago/15
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Marcos Tiago

É, estar aberto a pedidos é desafiador. O típico cantor de barzinho tem que sempre estar pronto pra pedidos, dos mais variados. Já as bandas multicover de classic rock que eu estou acostumado a acompanhar segmentam um pouco mais o repertório, a ponto de o público dificilmente surpreender com os pedidos - isso se a banda realmente se dispõe a sempre dar ouvidos ao público pra isso... o tradicional "Toca Raul!", por exemplo, já não cola mais.

Ismah
Veterano
# ago/15
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É relativo o tipo de bar que vocês vão pegar...

Por exemplo, dois bares que eu já trabalhei:

Rosário Resto Lounge: pub classe A, onde aparecem algumas celebridades locais, o clima é mais pop, sendo apenas nós, a banda de rock que toca lá. Volta e meia aparecem pedidos inusitados, sertanejo, pop internacional, funk(?)...

Dublin Irish Pub: é um pub classe B, com foco no rock, country/southern, e até um metal, não lembro de ter recebido algum pedido fora disso...

erico.ascencao
Veterano
# ago/15
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Putz, ontem tive aula de canto e não consegui trocar ideia com meu professor sobre o assunto. Ele canta e toca baixo numa banda multicover de pop e classic rock e também tem um projeto de acústico em dupla com o guitarrista, tocando o mesmo naipe de repertório.

Lelo Mig
Membro
# ago/15
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erico.ascencao

Pouco a falar após tudo que já foi dito, algumas concordâncias e algumas discordâncias...

- Acho que rola qualquer tipo de rock, mesmo um heavy pesado. Acontece que apenas transpor do elétrico para o acústico é meia boca, por isso as vezes não funciona. Contudo, se perder tempo, caprichar, se dedicar ao projeto e fazer arranjos para o novo formato, a coisa muda de figura.

- Querendo ou não é preciso se despir de alguns pudores pessoais e tocar sucessos, mesmo que inclua um ou outra lado B na parada. O público deste tipo de lugar não prioriza a música, então para chamar a atenção a "isca" têm de ter músicas conhecidas, mesmo de quem não é "rockeiro". Lembre-se que Emmerson Nogueira (que eu respeito mas acho bem "meia boca" quando começou), conseguiu destaque e projeção fazendo isso.

- E por último. Uma bateria eletrônica para algumas canções, e alguns recursos de instrumentos MIDI, abrem um leque de possibilidades sonoras que vão muito além do convencional "banquinho e violão" que já é meio carne de vaca.

Abraço!

Buja
Veterano
# ago/15
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Lelo Mig

E por último. Uma bateria eletrônica para algumas canções, e alguns recursos de instrumentos MIDI, abrem um leque de possibilidades sonoras que vão muito além do convencional "banquinho e violão" que já é meio carne de vaca.

É sobre isso que estava querendo destacar. Mas eu falo demais e nao expresso nada =[

Ismah
Veterano
# ago/15
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Está pensando em usar material sequenciado???

erico.ascencao
Veterano
# ago/15
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Ismah

Se a pergunta foi pra mim... não. Eu preferiria algo cru mesmo, voz e violão.

De qualquer forma, pra tocar uma ideia dessa pra frente eu tenho muito o que aprender. Pra começar, eu teria que ir asistir muito voz e violão em barzinho pra buscar referências.

MMI
Veterano
# ago/15
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erico.ascencao

De qualquer forma, pra tocar uma ideia dessa pra frente eu tenho muito o que aprender. Pra começar, eu teria que ir assistir muito voz e violão em barzinho pra buscar referências.

Exato, fiquei com essa impressão. É diferente mesmo, tem que buscar o jeito da coisa. É mais intimista, para acertar classic rock nesse estilo você vai precisar fazer novos arranjos, ter a sonoridade certa. Voltando ao comentário anterior, você consegue surpreender muito mais com um arranjo de Enter Sandman do que fazendo um cover de Nothing Else Matters, que invariavelmente o Metallica faz melhor que você.

O próprio Coverdale fez isso no Whitesnake. O lance é fazer um arranjo novo e soar bem, tem muita música que dá para soar bem legal com voz e violão e surpreender. Um mestre da arte da voz e violão é o Caetano Veloso (que nem é um dos meus preferidos), mas ele faz arranjos espetaculares neste estilo, posso citar o Trem das Onze com a Maria Gadú.

É um estilo manjado. Tem de Emerson Nogueira até Danni Carlos que fazem isso a rodo. O segredo é fazer bem feito, surpreender no arranjo, manter alguma coisa marcante da música original (o solo ou o riff, por exemplo) e mudar o resto.

ogner
Veterano
# ago/15
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Cara, eu so acho que quem for cantar, tem que cantar bem, de verdade!! Isso ja eleva em 90,3% a qualidade da apresentaçao!

Um outro detalhe mais tecnico que eu acho legal, nao sou adepto de muita firula ( ate pq me enrolo todo ) e usar um delay bacana pra alguns arranjos... E só! Ahhhh, e odeio cajon, hauheuahuwhuhaue!!! Sem batuque!!

RafaelBernatto
Veterano
# ago/15
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ogner

odeio cajon
Herege!

Ismah
Veterano
# ago/15
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erico.ascencao
Se a pergunta foi pra mim... não. Eu preferiria algo cru mesmo, voz e violão

Menos é mais, com certeza.

Eu faria apenas a base de violão com alguma coisa de fingerstyle nos riffs.
Não tem muita saída pra correr, encarar o nacional de um Zé Ramalho, Raul, Elis, até um Christian e Ralf, são sempre boas pedidas, e que não ficam bem na sua proposta, mas dá pra fazer o gancho.

kiki
Moderador
# ago/15
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erico.ascencao
eu particularmente prefiro bem cru, enxugado mesmo.

nao entendi direito (nao to com cabeça suficiente pra ler tudo agora), mas voces dois tocam e cantam?

acho importante voces fazerrem coisas que se sintam à vontade.
percussao, por exemplo, pode ficar legal, mas eu nao acho necessário.

um formato que a meu ver seria muito bom é dois violoes, vozes alternando.
dois violoes dá pra resolver qualquer arranjo.

sempre aceitando que vai ser mais simples, que vai eliminar passagens.
enxugar arranjo é sempre um exercicio de segurar a peteca e aceitar a diferença.

no mais, tende a ser sim algo meio musica de fundo, mas isso depende do lugar.

Ismah
Veterano
# ago/15
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kiki

Os dois tem seu valor...





erico.ascencao
Veterano
# ago/15
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Ismah
Não tem muita saída pra correr, encarar o nacional de um Zé Ramalho, Raul, Elis, até um Christian e Ralf, são sempre boas pedidas, e que não ficam bem na sua proposta, mas dá pra fazer o gancho.

Eu sempre reparei, principalmente no voz e violão típico de MPB, que os caras tocam violão fazendo acordes "puxando" as cordas e não "palhetando" (desculpem a falta de terminologia). Talvez isso seja um recurso pra ajudar na marcação de tempo. O que você acha a respeito? Acha que pra um acústico mais voltado pro rock um estilo de tocar com "palhetada" casa melhor?

Os dois tem seu valor...

Só enxerguei valor no segundo vídeo :P

kiki
nao entendi direito (nao to com cabeça suficiente pra ler tudo agora), mas voces dois tocam e cantam?

Isso. Como meu camarada tem um pouco menos de intimidade com violão e mais intimidade com o canto, é natural que ele assuma mais vozes principais e eu assuma as partes mais chatas do violão. Mas podemos fazer uns arranjos legais em dois violões e duas vozes.

A TODOS

Ontem me reuni com meu camarada para discutirmos a ideia. Fizemos um levantamento de músicas que nós já tocamos (muitas delas juntos em bandas passadas) e fizemos uma listinha inicial de 20 músicas pra começar a ensaiar. Durante este levantamento experimentamos algumas coisas e eu fiquei otimista com relação a estas dificuldades de arranjo - ou seja, meu sentimento é que dá pra fazer muita coisa legal com dois violões sem grandes malabarismos. Nós vamos procurar fazer os ensaios na minha casa, onde eu posso gravar tudo para escutarmos depois, aí vou ver se posto alguns resultados preliminares.

Buja
Veterano
# ago/15
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erico.ascencao
Boa, estamos esperando. Assim podemos dar mais pitaco. Mas tente nao gravar nada inline so, nada produzido, voce ja sabe ne rsrs.

erico.ascencao
Veterano
# ago/15
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Buja

A minha ideia é fazer algo bem simples: deixar um microfone condensador aberto no quarto gravando o ensaio inteiro, pra depois ter o que escutar do ensaio e avaliar os primeiros resultados.

axleWs
Veterano
# set/15
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erico.ascencao
também sou adepto do menos ...

acho a proposta fantástica que você traz nesta sua ideia, e as vezes um simples arranjo "acalmando" o rock e trazendo pra esse lado mais intimista (por que não, romântico) dos barzinhos já vai ser um diferencial inicial para colocar em destaque a voz principal (como o ogner citou tem que ter qualidade) e as nuances dos timbres alcançados, tanto com os violões, quanto do conjunto sonoro.

ogner
eu quase odeio cajon. o fato é que se for comedido e bem suave, me agrada.

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