Uso das notas acrescentadas

    Autor Mensagem
    Jôoh Souza
    Membro Novato
    # jun/14


    Não tem nenhum tipo de regra para o uso delas em um acorde ou em uma harmonia em geral (em relação ao tom que esta sendo tocado a música) ?, é somente a melodia que vai nos levar ao uso delas das mais variadas formas possiveis ?
    Se for considerar as notas de um campo harmonico maior vamos ter os possiveis acrescimos :
    ex em dó:
    primeiro grau : C7M/9,C9, C6, C4, C11
    segundo grau : Dm9, Dm7/9, Dm6, Dm11
    terceiro grau: Em9, Em7/9, Em6-, Em11
    quarto grau : F7M/9, F9, F6, F11+
    quinto grau : G7/9, G9, G6, G4, G11
    sexto grau : Am7/9, Am9, Am6-, Am11
    sétimo grau : Bm(5-) {meio diminuto}, Bm7(5-) {diminuto} - Sem acréscimos
    Então se for considerando um campo e um tom maior na música, teriamos esses possiveis acrescimos, mas obvio que isso nao acontece, as musicas com notas acrescentadas sempre tem uma nota que sai da escala, sai do tom, mas como indentificar e executar essas notas corretamente, é somente questão de ouvido e saber a nota que a melodia esta nos levando a executar ?

    LeandroP
    Moderador
    # jun/14
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    Jôoh Souza

    As tensões adicionais podem vir da tonalidade paralela (maior/menor).

    Jôoh Souza
    Membro Novato
    # jul/14 · Editado por: Jôoh Souza
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    mas identificá-las é só questão de ouvido msm, não tem como prever o uso delas em uma harmonia, nenhuma regra, nada ?

    Filippo14
    Veterano
    # jul/14
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    terceiro grau: Em9, Em7/9, Em6-, Em11

    O terceiro grau/ frigio possui 9menor (9b, 9-)

    Jôoh Souza

    Cara, depois de estudar campo harmonico menor melodico, principalmente relacionando com a escala alterada isso vai fazer mais sentido para voce.

    Quando a pessoa adiciona por exemplo em um C7M (estou mantendo a tonalidade do seu exemplo!) uma 11#, ele mudou de tom somente naquele acorde. Voce ira tocar C lidio nesse caso e nao C jonio.

    Outro caso que se torna mais complicado de fazer funcionar eh tomar como base a ideia das alteracoes dos dominantes e expandir isso para outros acordes.

    Tem que se pensar atonal para entender essa ideia. Em uma musica onde nao existe um tom definido, voce tem que pensar ao tocar alguma melodia em cima de um acorde somente nas notas que compoe ele, pois elas iram te dizer o que pode ou nao ser usado sobre elas, certo?

    Pegando um G7 (5 grau, seu exemplo), o que me impede de tocar uma 11#/5b (sao a mesma coisa)?

    O que poderia me impedir eh se ela soar mal com aquele ritmo, forma que foi feita os acordes, os timbres dos instrumentos, algum choque com as notas do acorde. Nao acontecendo nada disso, ela pode ser usada e esta fora do tom original. Cuidado, se voce pensar em TOM, voce vai encontrar alguma nota que choque com essa, voce pode pensar no acorde (G7), ver que essa nota pode ser usada sobre ele e ai entao voce percebe que ela ESTARIA fora de um tom padrao G7 mixolidio.


    Esse caso eh uma alteracao tradicional de um dominante. Eu posso fazer isso colocando uma 9b em cima de um Am13b (mesmo exemplo seu, A eolio). O uso ou nao dessa 9b vai ocorrer atraves daquele teste, ver se ela soa legal ou nao para voce.

    Quando voce comeca a pensar em notas acrescentadas, voce comeca a entrar em uma parte teorica que nao existem certos e errados, por serem notas dissonantes, a utilizacao ou nao delas eh tao mais complicada que vai mais de gosto pessoal do que de regra.

    Abracao

    LeandroP
    Moderador
    # jul/14
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    Jôoh Souza

    Acho que depois da ótima resposta dada pelo Filippo14, dá pra prever quando essas alterações ocorrem. O fato é que existem regras a serem observadas, e sabendo das regras você pode quebrá-las posteriormente sem nenhum pudor, e quem sabe surpreender com uma boa melodia e um bom encadeamento dos acordes.

    Veja que legal um II, V, I de Dó maior; onde pela superposição das terças o acorde G7 teria uma 13a maior, mas não é o que ocorre quando a intenção é quebrar a regra harmônica a fim de cromatizar, e o que surge é um G7(b13), que vem emprestado da tonalidade paralela de Dó maior, ou seja, o Dó menor:


    e--------------------------------
    B----5---------4---------3-------
    G----5---------4---------4-------
    D----3---------3---------2-------
    A----5-------------------3-------
    E--------------3-----------------
    Dm7(9) G7(b13) C7M(9)


    Note o cromatismo descendente na ponta dos acordes, entre as notas Mi, Mi bemol e Ré.

    Filippo14
    Veterano
    # jul/14
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    LeandroP


    Hahahahah esse tipo de ideia é muito foda, uso muito. Se alguém tive interesse, muitas músicas de jazz e bossa tem esse tipo de ideia. O Jobim faz isso a todo instante, sendo que ele usa esse tipo de ideia bastante nos baixos dos acordes também.

    Jôoh Souza
    Membro Novato
    # ago/14
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    Desculpa ta ressuscitando esse tópico, só vim agradecer gnt, mt obrigado msm!

    TAKAMIM
    Membro Novato
    # ago/14 · Editado por: TAKAMIM
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    bom
    uma boa forma é pegar musicas com estes arranjos diferentes
    ai vc vai começar a observar passagens, sequencias de acordes que sao comuns entre as musicas
    e entao vai entender quando podera utilizar estas passagens substituindo outras sequencias mais comuns
    sempre havera aqelas frases com sequecias de acordes mais usadas
    como tambem ha aquelas sequencias q parecem unicas
    vai da experiencia do musico

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