Escalas - A dúvida acaba aqui

Autor Mensagem
rcorts
Veterano
# nov/14
· votar


laerte_a7x

Em teoria os intervalos justos reduzidos em 1 semitom se tornam diminutos, e acrescidos de 1 semitom se tornam aumentados.

Os intervalos maiores, por sua vez, acrescidos de 1 semitom se tornam aumentados, reduzindo 1 semitom tornam-se menores e reduzindo-se 1 tom tornam-se também diminutos.

Então, com base nisso, sim, a 3ª maior é a mesma nota da 4ª diminuta. Só que usualmente não se costuma chamar uma 3ª de diminuta por exemplo, pois incide na 2ª maior. Assim como não se costuma chamar a 4ª de diminuta pois incide diretamente na 3ª maior.

O problema de teoria é que se for pensado fora de contexto é tudo a mesma coisa, certo? só que não. Por exemplo, Réb = C#, ok? sim, só que não (kkkk). Por exemplo, para armar claves nos pentagramas seguem-se o ciclo das quintas ou das quartas. E dependendo da tonalidade um Réb sempre será um Réb, e não um C# (apesar de que em termos de altura ou pitch é exatamente a mesma nota).

Outro exemplo de como uma nota pode ser encarada de forma diferente dependendo do contexto: a 4ª aumentada e a 5ª diminuta são a mesma nota, ou seja, são o trítono (3 tons em relação à tônica). Esse intervalo, dentro do acorde dominante = V7, acontece entre a 3ª e 7ª e é tratado como trítono. Por exemplo, em G7 acontece entre as notas Fá e Si.

Mas veja, se essa mesma nota for utilizada sobre um acorde maior comum esse acorde passa a ser um acorde maior com 4ª aumentada (ou 11ª aumentada, que é a mesma nota), que é o acorde característico do modo lídio. Ex.: C4# ou, como é mais usual C11#.

Porém, se a mesma nota for utilizada em um acorde diminuto a estrutura será: T 3m 5b 7b, ou seja, a nota passa a ser encarada como uma 5ª diminuta, por causa da função dela nesse acorde específico.

Eu sou do seguinte posicionamento: para escrever músicas na partitura, para escrever um livro, uma apostila, etc... deve-se obrigatoriamente seguir a teoria musical. Mas pra quem toca música popular, na prática um Db é exatamente a mesma nota que um C#. Assim como uma 4ª diminuta é exatamente a mesma nota da 3ª maior. O mais importante é saber diferenciar o efeito sonoro que cada nota (ou intervalo) proporciona dependendo do contexto de uso.

LeandroP
Moderador
# nov/14
· votar


Assino embaixo do que postou o rcorts.

FsongB
Membro Novato
# nov/14
· votar


galera se liguem nesssa musica e muito top mds ...
http://www.cifraclub.com.br/tom-jobim/chega-de-saudade/

laerte_a7x
Veterano
# nov/14
· votar


rcorts

Muito obrigado pela explicação, mano! Mas algumas partes eu não entendi muito bem:

Os intervalos maiores, por sua vez, acrescidos de 1 semitom se tornam aumentados, reduzindo 1 semitom tornam-se menores e reduzindo-se 1 tom tornam-se também diminutos.

Nesse caso, uma sétima diminuta (que estranho falar isso) seria o mesmo que uma sexta, uma vez que está um tom atrás da sétima maior, certo?

Outro exemplo de como uma nota pode ser encarada de forma diferente dependendo do contexto: a 4ª aumentada e a 5ª diminuta são a mesma nota, ou seja, são o trítono (3 tons em relação à tônica). Esse intervalo, dentro do acorde dominante = V7, acontece entre a 3ª e 7ª e é tratado como trítono. Por exemplo, em G7 acontece entre as notas Fá e Si.

Mas o trítono acontece apenas entre a sétima menor e a terça maior?

Se eu tocasse um sol menor com sétima maior, haveria um trítono entre entre o fá e o si bemol? Se eu tocasse um sol menor com sétima menor, haveria um trítono entre o fá sustenido e o si bemol? E se eu tocasse um sol maior com sétima maior, haveria um trítono entre o fá sustenido e o si?

rcorts
Veterano
# nov/14 · Editado por: rcorts
· votar


laerte_a7x
Nesse caso, uma sétima diminuta (que estranho falar isso) seria o mesmo que uma sexta, uma vez que está um tom atrás da sétima maior, certo?

Isso mesmo.

Mas o trítono acontece apenas entre a sétima menor e a terça maior?

O trítono acontece, como o nome diz, em uma distância de 3 tons inteiros. Pode acontecer tanto dentro do acorde V7 quanto em outros.

Se eu tocasse um sol menor com sétima maior, haveria um trítono entre entre o fá e o si bemol? Se eu tocasse um sol menor com sétima menor, haveria um trítono entre o fá sustenido e o si bemol? E se eu tocasse um sol maior com sétima maior, haveria um trítono entre o fá sustenido e o si?

Não, pq nesses dois casos a distância é de 2 tons e meio, ou seja, quarta-justa.

EDIT: só uma breve correção. No caso do acorde citado o correto seria Sol menor com sétima e não com sétima maior, já que a sétima maior de Sol é Fá sustenido. Fá é a sétima menor de Sol, ou simplesmente sétima, como costumamos chamar.

LeandroP

Muito obrigado LeandroP, fico lisonjeado pelo comentário, ainda mais vindo de você que é bem reconhecido aqui no fórum pelo seu domínio sobre harmonia.

laerte_a7x
Veterano
# nov/14
· votar


rcorts

EDIT: só uma breve correção. No caso do acorde citado o correto seria Sol menor com sétima e não com sétima maior, já que a sétima maior de Sol é Fá sustenido.

Mas eu quis dizer sol menor com sétima maior mesmo. Tem algum problema em formar essa tétrade?

Obs: nesse caso não haveria trítono mesmo. A terça menor de sol é si bemol e a sétima maior é fá sustenido. Entre essas duas notas há um intervalo de terça maior (correto?). E nas outras duas hipóteses o intervalo é de quarta justa mesmo.

V7

O que é?

laerte_a7x
Veterano
# nov/14
· votar


Tenho outra dúvida: em que notas começam e terminam as oitavas? Tipo, se uma oitava começa a partir de um lá, vai terminar em um sol sustenido.

E outra: quanto eu toco a mizona solta, ela emite um E1 ou um E2? É que eu ouvi falar que não existe apenas um tipo de notação de tessitura. Algumas começam a partir da oitava e 1 outras a partir da oitava 0.

Eu sei que esse tópico não é sobre tessitura mas é que eu não queria criar um tópico só pra fazer essa pergunta besta dessas.

LeandroP
Moderador
# nov/14
· votar


laerte_a7x

A oitava SEMPRE tem o mesmo nome da primeira.

A oitava a partir de um Lá será sempre um Lá, seja na forma acendente ou descendente.

Por isso não existe, por exemplo, uma 7a aumentada, porque esta ocupa o lugar da 8a, que por sua vez leva o mesmo nome da nota fundamental ou tônica. Pela mesma razão não existe a 2a diminuta, porque a mesma ocupa o lugar da nota fundamental.

Considerando os acidentes (sustenido e bemol), a tônica tem uma distância de 12 semitons até a próxima 8a. Ou resumindo, tem 6 tons entre a tônica e a próxima oitava.

laerte_a7x
Veterano
# nov/14
· votar


LeandroP

A oitava SEMPRE tem o mesmo nome da primeira.

Eu sei disso. Você não me entendeu. Eu tô falando de oitava mas não nesse sentido e sim no campo da tessitura. Talvez eu não tenha me expressado bem. Vou tentar ser mais europeu:

Eu perguntei: em que notas começam e terminam as oitavas?

Depois disse: Tipo, se uma oitava começa a partir de um lá, vai terminar em um sol sustenido.

Eu tô falando de registros. Se uma oitava (um registro) começar num C3, irá terminar num B3. A nota seguinte será um C4 e marcará o início de outra oitava, isto é, outro registro (mais agudo).

É isso que eu quero saber: que notas dão início e fim à esses registros?

Mas talvez eu já tenha encontrado a resposta:

http://pad1.whstatic.com/images/thumb/8/8f/Learn-Keyboard-Notes-Step-3 -preview.jpg/550px-Learn-Keyboard-Notes-Step-3-preview.jpg

Segundo esta imagem, a nota dó dá início aos registros, enquanto a nota si dá fim. A mais grave é um dó na primeira oitava, ou seja, um C1.

rcorts
Veterano
# nov/14 · Editado por: rcorts
· votar


laerte_a7x
Mas eu quis dizer sol menor com sétima maior mesmo. Tem algum problema em formar essa tétrade?

Não, inclusive na menor harmônica esse acorde é formado no I grau. Ex.: na Ré menor harmônica seria um Dm(#7). É um acorde de certa forma incomum, mas existe.

Obs: nesse caso não haveria trítono mesmo. A terça menor de sol é si bemol e a sétima maior é fá sustenido. Entre essas duas notas há um intervalo de terça maior (correto?)

Isso mesmo.

V7

O que é?


É o acorde do 5º grau da escala diatônica maior. Essa notação indica que o acorde é maior com a sétima menor. É o chamado acorde dominante. Acontece também no 5º grau da menor harmônica.

Por exemplo, o E7, acontece tanto na tonalidade de Lá maior quanto na Lá menor harmônica, em ambas ocupa o 5º grau das escalas, por isto o acorde é notado como um V7.

Ismah
Veterano
# nov/14
· votar


rcorts

Não só expande o horizonte. pessoalmente, se não consigo tirar um solo na guitarra eu parto pro teclado e a mágica ocorre hehe

laerte_a7x

São infinitas na verdade essas oitavas, mas os instrumentos limitados a algumas. O Piano, mais comum para medir isso, vai do A0 (27,5Hz*) até C8 (4186.01Hz*), mas alguns vocalistas já bateram essa altura... O orgão de tubostambém chega mais longe pra gravese agudos...

*Varia conforme a afinação!

laerte_a7x
Veterano
# nov/14 · Editado por: laerte_a7x
· votar


rcorts

Não, inclusive na menor harmônica esse acorde é formado no I grau. Ex.: na Ré menor harmônica seria um Dm(#7).

Sem querer ser mala mas... você poderia me dizer qual seria a sequência de acordes nessa escala (ré menor harmônica)? Na Wikipédia só mostra as notas:

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/99/EscalaMenorHarmonic a.png

E outra dúvida: numa escala menor, todos os acordes serão menores? E numa maior, todos serão maiores?

Ismah

Entendi. Obrigado! :D

Ismah
Veterano
# nov/14
· votar


laerte_a7x

Já experimentou montar os triacordes/tríades?

Numa escala maior ou menor (lembre que elas são relativas nos intervalos) teremos 3 maiores, 3 menores e 1 diminuto.

Em uma escala maior...

IM - IIm - IIIm - IVM - VM - VIm - VIIdim
Im - IIdim - IIIM - IVm - Vm - VIM - VIIM

Na menor harmônica tenho acordes

Im - IIdim - IIIaum - IVm - VM - VIM - VIIM

rcorts
Veterano
# nov/14
· votar


laerte_a7x

Basicamente, é o que o Ismah disse, só complementando:

Na maior

Em uma escala maior...

IM - IIm - IIIm - IVM - VM - VIm - VIIdim


Em Ré seria: D - Em - F#m - G - A - Bm - C#m(5b) (o VII grau aceita tanto o diminuto quanto o meio diminuto)

com as sétimas inclusas os acordes do campo harmônico maior ficariam:

I7M - IIm7 - IIIm7 - IV7M - V7 - VIm7 - VIIdim

D7M - Em7 - F#m7 - G7M - A7 - Bm7 - C#º

Na menor harmônica, já passarei com as sétimas, ok?

Im7 - IIdim - IIIaum - IVm7 - V7 - VI7M - VIIº

Dm7 - Eº - Faugm - Gm7 - A7 - B7M - G#º




Ismah
Na menor harmônica tenho acordes

Im - IIdim - IIIaum - IVm - VM - VIM - VIIM



Ismah, esse VII grau na menor harmônica (pensando estritamente na menor harmônica) resulta em um acorde diminuto. O VII grau como um acorde maior (ou maior com sétima) é produto da escala menor natural. Ocorre que geralmente um uso muito comum que se faz da menor harmônica é aplicar a escala menor natural sobre os acordes provenientes da escala menor natural e utilizar a menor harmônica quando ocorre o V grau maior na progressão.

Para ter essa noção, vamos pensar no Flamenco, utilizando as escalas Lá menor harmônica e Lá menor natural (pois é relativa de Dó maior) que fica mais prático:

A progressão da cadência andaluza, por exemplo que é muito empregada no flamenco, seria feita com os acordes Am - G - F e E. O Mi maior neste contexto, é fruto do V grau da escala menor harmônica.

Sobre os três primeiros acordes (Am, G e F) utiliza-se criar melodias em cima da menor natural, pois contém a nota G natural, em vez de sustenida. E na passagem de Fá para Mi ocorre uma modulação momentânea para a menor harmônica, onde a nota G# passa a ser utilizada para conduzir a melodia para o repouso sobre o acorde Mi maior.

Ocorre ainda, já que eu citei a cadência andaluza, então preciso explicar, que essa cadência é vista modalmente, então utilizam a menor harmônica a partir do 5º grau e chamam-na de modo Frígio Andaluz. Mas harmonicamente falando, utilizam o G (em vez de G#º), cuja ocorrência provém do modo menor natural. Como o pensamento é modal, o acorde do 5º grau da menor harmônica convencional passa a ocupar modalmente a função tônica, então a cadência andaluza passa a ser descrita como:

IVm - IIIb - IIb - I

Am - G - F - E

E ainda, quanto às intenções o acorde IVm e tocado com a intenção eólia (Am eólio), o IIIb pode ser tocado tanto com a intenção mixolídia quanto lídia (G mixolídio ou G lídio), o IIb geralmente é tocado com intenção lídia (F lídio) e o acorde da Tônica é tocado com a intenção Frígio maior (ou frígio andaluz) como é chamado (E frígio andaluz).

Ou seja, no flamenco ocorre uma espécie de fusão/ modulação entre os modos menor natural e menor harmônico. E isso é largamente reproduzido na música popular. Veja por exemplo na música de Cat Stevens - Wild World.

Esse vídeo do grande Mozart Mello ilustra o que eu disse, só que ele faz a análise sobre as notas dos acordes E F e G:




FsongB
Membro Novato
# nov/14
· votar


ou
sei q e fugi um poko do assunto mais blz
to querendo troca de violao esse e bom ja tocaram nele e o tal digiogio 38
oq acham dele ?

FsongB
Membro Novato
# nov/14
· votar


http://megastore.cifraclub.com.br/produto/Violao-Classico-Di-Giorgio-3 8-TM-E-Natural-64797

dom de Deus
Veterano
# nov/14
· votar


FsongB
comprei um a uns 3 anos atrás. estou com ele até hoje, fora ele eu tenho três violões inclusive um da crafter, mas o violão que gosto mais de estudar é o 38 e não me arrependo de compra-lo!

FsongB
Membro Novato
# nov/14
· votar


vlw pelo força quero muito esse violao ^^

dom de Deus
Veterano
# nov/14 · Editado por: dom de Deus
· votar


FsongB

é um violão muito bom, emite um som encorpado e alto em volume.

Ismah
Veterano
# nov/14
· votar


rcorts

Bicho me pôs no nó. Eu sei nada de modos, sei um pouco de música cigana, mas só na prática mesmo kkk

No caso, eu respondi o que ele me perguntou, não entrei nos méritos de solo ou forma de uso, até porque escalas só fazem sentido na música tonal.

rcorts
Veterano
# nov/14
· votar


Ismah


Bicho me pôs no nó. Eu sei nada de modos, sei um pouco de música cigana, mas só na prática mesmo kkk

No caso, eu respondi o que ele me perguntou, não entrei nos méritos de solo ou forma de uso, até porque escalas só fazem sentido na música tonal.


Nada, eu sei que você saca bastante, eu só quis reforçar o lance do 7º grau oriundo da menor harmônica. Abç.

Ismah
Veterano
# nov/14 · Editado por: Ismah
· votar


rcorts

A única coisa que sei é que os modos, são a base da música ocidental. O mais comum o jônio e o eólio, são respectivamente as escalas maior e menor natural, mas um modo é mais que uma escala, é um jeito de pensar...

Na pratica não sei nenhum deles por nome, mas sei as escalas a partir de qualquer nota, das que a compõe. Formar duetos (pensar como uma segunda voz), ou seja, transpor o solo, dentro de um tom, para por exemplo, uma terça acima (oi uma oitava abaixo), ou sexta acima (ou abaixo). O que creio serem os modos aplicados aos solos...

Mas morre aí o que sei rs

laerte_a7x
Veterano
# nov/14
· votar


Ismah

Já experimentou montar os triacordes/tríades?

Não, porque até agora não sabia nada de campo harmônico. Agora vou tentar a sequência que você me passou.

Em uma escala maior...

IM - IIm - IIIm - IVM - VM - VIm - VIIdim


Ok. :D

Na menor harmônica tenho acordes

Im - IIdim - IIIaum - IVm - VM - VIM - VIIM

Pra fazer um acorde aumentado, basta formar um acorde maior normalmente e aumentar a quinta em um meio-tom, certo? No caso de dó maior: dó (tônica), mi (terça maior) e sol sustenido (quinta aumentada). Tô certo?

rcorts

Basicamente, é o que o Ismah disse, só complementando:

Em uma escala maior...

IM - IIm - IIIm - IVM - VM - VIm - VIIdim

Em Ré seria: D - Em - F#m - G - A - Bm - C#m(5b) (o VII grau aceita tanto o diminuto quanto o meio diminuto)


Nunca ouvi falar em meio diminuto. Pra fazer um acorde meio diminuto é só fazer um acorde menor diminuir a quinta em meio tom, como no acorde negritado?

Na menor harmônica, já passarei com as sétimas, ok?

Im7 - IIdim - IIIaum - IVm7 - V7 - VI7M - VIIº

Dm7 - Eº - Faugm - Gm7 - A7 - B7M - G#º


Peraí... muita calma. A sequência do Ismah mostra um acorde maior no sétimo grau da menor harmônica. Você colocou um diminuto.

Me perdi, rs.

rcorts
Veterano
# nov/14 · Editado por: rcorts
· votar


laerte_a7x

Então, se pensar só na menor harmônica o sétimo grau é diminuto mesmo. O maior ocorre no sétimo grau da menor natural. Acontece que geralmente nas progressões de música popular utiliza-se usar os acordes gerados na menor natural e substitui-se o acorde do 5º grau pelo que é gerado na menor harmônica.

Na prática seria assim:

Campo harmônico gerado pela menor natural:

i - ii - iii - iv - v - vi - vii
Dm - Eº - F - Gm - Am - Bb - C

Ou, no caso dos acordes já com a sétima:

Dm7 - Eº - F7M - Gm7 - Am7 - Bb7M - C7

Percebeu? no sétimo grau da menor natural o acorde é maior com sétima (um V7)

Na menor harmônica do tom de Ré, o 5º grau passa a ser um acorde maior. Isso acontece por conta da influência da sétima maior que entra na composição da menor harmônica. O que ocorre na música popular comumente é o seguinte: utiliza-se tocar nos graus I - II - III - IV - VI e VII todos os acordes da menor natural. E no V grau usa-se o acorde maior em vez de menor, ou seja, o V grau é usado a partir da menor harmônica. Logo ficaria assim:

Graus I II III IV V VI VII
Acordes Dm - Eº - F - Gm - A - Bb - C

Com as sétimas ficaria assim:

Dm7 - Eº - F7M - Gm7 - A7 - Bb7M - C7

Bom, se a explicação não tiver ficado muito clara, sinto muito, mas é a melhor maneira que eu encontrei de explicar. E passar essas ideias pela internet em certos momentos fica difícil. Pessoalmente é mais fácil de explicar com exemplos práticos e coisa e tal.

Algumas músicas que você pode perceber isso que eu te falei:

Cat Stevens - Wild World
Dire Straits - Sultans of Swing

Tem outras também, só que não lembro agora.

EDIT: corrija apenas uma informação que eu tinha te passado errado, na menor harmônica (idem para a menor natural) de Ré o VI grau é na verdade um Bb ou um Bb7M e não um B7M como eu tinha passado, foi mal pelo vacilo.

laerte_a7x
Veterano
# nov/14
· votar


rcorts

Então, se pensar só na menor harmônica o sétimo grau é diminuto mesmo. O maior ocorre no sétimo grau da menor natural.

Aaaaaah... tá. Valeu, hehe.

Acontece que geralmente nas progressões de música popular utiliza-se usar os acordes gerados na menor natural e substitui-se o acorde do 5º grau pelo que é gerado na menor harmônica.

Saquei!

Bom, se a explicação não tiver ficado muito clara, sinto muito, mas é a melhor maneira que eu encontrei de explicar. E passar essas ideias pela internet em certos momentos fica difícil. Pessoalmente é mais fácil de explicar com exemplos práticos e coisa e tal.

Eu entendi tudo, man. Você exemplificou muito bem. Muito obrigado! o/

Eu pretendo começar a estudar violão ano que vem. Teoria musical sempre me deu preguiça e eu também não gosto muito de números. Mas se é isso (entre outras coisas) que precisa pra evoluir como músico, bora! :D

Ismah
Veterano
# nov/14
· votar


Marcando pra não deixar de ler, mas já perdi a cabeça para um tema complexo desses.

FsongB
Membro Novato
# jan/15
· votar


um poco fora do assunto mais vc teriam tipo uma lista doq estudar ?
como posso usar tercinas sextinas em escalas ? aguardo vamus dar um up nesse topico pq ele e muito bom !!!!

rcorts
Veterano
# jan/15
· votar


FsongB

Agora eu ia te responder, mas minha patroa acabou de me chamar pra ver filme com ela, amanhã com mais tempo te dou algumas dicas, mas parte do que você quer saber você mesmo já falou: usar padrões de tercinas, sextinas, semicolcheias, colcheias sempre é bom para treinar escalas. Por outro lado não é bom se resumir apenas nisto.

Eu tenho alguns exemplos que talvez lhe sejam úteis, mas amanhã. Abç.

FsongB
Membro Novato
# jan/15
· votar


blz cara estou aguardando ...

rcorts
Veterano
# jan/15 · Editado por: rcorts
· votar


FsongB

Cara, foi mal, hoje (na verdade ontem, porque ainda não dormi) não tive tempo para nada.

Por exemplo, para aplicar tercinas numa descida de escala, um padrão muito utilizado é tocar 3 notas por corda. Veja o shape de Sol Jônio, por exemplo:

OBS.: os números 1 2 3 4 sobre a TAB representam a contagem dos tempos do compasso e mostram qual nota encabeça cada tempo.


1 2 3 4 1 2
e-----------------------------------5-7-8-----------
B----------------------------5-7-8------------------
G----------------------4-5-7------------------------
D---------------4-5-7-------------------------------
A--------3-5-7---------------------------------------
E--3-5-7--------------------------------------------


Em vez de tercinas, você poderia tocar a mesma escala por exemplo em sextinas (6 notas por beat/tempo). Mesmo shape de Sol Jônio:


1 2 3 4
e-----------------------------------5-7-8---8-7-5-------
B----------------------------5-7-8-----------------8-7-5-
G----------------------4-5-7---------------------------
D---------------4-5-7----------------------------------
A--------3-5-7-----------------------------------------
E--3-5-7------------------------------------------------


Enviar sua resposta para este assunto
        Tablatura   
Responder tópico na versão original
 

Tópicos relacionados a Escalas - A dúvida acaba aqui