Raio-x da guitarra nº3

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    Mr Mister
    Veterano
    # jun/04


    MADEIRAS PARA ESCALAS:
    Ébano indiano - Madeira de alta densidade e cor quase preta. Ten som cortante e agudo. Encontrada na Gibson Les Paul Custom e em instrumentos de orquestra.

    Rosewood indiano - Madeira nobre de coloração marrom terra. É usada em escalas por grande parte das marcas do mundo. Oferece timbre macio e equilibrado, boa tocabilidade e resistência.

    Jacarandá da Bahia - Muito utilizadas em escalas da Gibson, Fender e Martin nos anos 60. Seu uso foi proibido em 1969 pelo tratado de Washington. O jacarandá é uma madeira nobre de alta qualidade. Sua cor é um marrom escuro. Tem como características alto volume, som encorpado e ataque, além de belo visual.

    Pau ferro - Madeira de cor marrom avermelhada utilizada pela Fender, Jackson, Scheter e por Roger Sadowisky. Tem uma sonoridade macia e balanceada. Funciona bem com captadores single-coil.

    Outras - Maple, sycamore, grumixava, fresno e chesnut são madeiras empregadas em escalas claras coladas ou braços claros de peça única.


    CORTE:
    Toda madeira dever ser extraída levando-se em consideração a preservação e recuperação das áreas de corte. Determinadas épocas são mais adequadas para o corte das árvores, em que a estrutura celular da madeira é mais propícia para sua utilização em instrumentos musicais. O tipo de corte mais adequado é o radial, seguindo o sentido dos veios da madeira para mantê-los lineares em relação ao próprio instrumento (do corpo ao headstock). Assim, a frequência de ressonância caminha livre por toda a extensão das fibras. Cortes tangenciais ou perpendiculares aos raios comprometem a sonoridade em proporções maiores, mas podem ser feitos para destacar o visual da madeira, como no top de uma Gibson Les Paul sunsburst.


    SECAGEM:
    Antes da construção de um instrumento, a madeira deve estar livre de umidade da água e da seiva. Quando não está seca, a madeira é chamada "verde". Neste caso, há comprometimento da resistência da guitarra a variações climáticas ou à força exercida pelas cordas quando deixasas afinadas por muito tempo. A sonoridade também sofre prejuízos, pos há pouca condutibilidade e o som torna-se seco e sem sustentação.

    Processo natural de secagem - Cortadas em toras, as madeiras são armazenadas em lotes que serão manipulados de várias formas, expostas à condições naturais de tempo: vento, chuva, sol e poeira. As estufas naturais de vinil também são muito usadas, assim como o fundo dos rios, para liberar a seiva de dentro das toras.

    Processo artificial de secagem - Estufas industriais e inserções de nutrientes químicos são meios para dissolver a seiva acumulada ou derreter os fungos que impedem a saída desta seiva. Este processo é muito usado por empresas asiáticas. Baixo custo e rapidez são as suas principais vantagem. Madeiras com certificado de procedência, climatizadas e timbradas são destinadas aos instrumentos de alto custo. Madeiras manipuladas para diversos segmentos comerciais são usadas em guitarra de médio e baixo custo.

    Zafa
    Veterano
    # jun/04
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