Tocar ao vivo em baile sem portfólio

    Autor Mensagem
    afonsom1998
    Membro Novato
    # jan/19


    Boas. Sou guitarrista e vou começar este ano a tocar numa banda de baile profissional. Quando tinha um dupla estava habituado a tocar com estante e portfólio mas agora que estou em algo mais profissional isto não fica tão bem. Conheço pessoas que usam tablets com as letras e os acordes, e outras que usam dossiers A3 deitados no chão com os acordes das musicas para se orientarem em palco. Gostaria de saber as vossas recomendações e se têm alternativas. Muito obrigado e um resto de uma boa noite.

    Mauricio Luiz Bertola
    Veterano
    # jan/19
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    afonsom1998
    A alternativa é ensaiar previamente o repertório...
    Se isso não for possível (o que eu acho difícil...), use um tablet.
    Abç

    afonsom1998
    Membro Novato
    # jan/19
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    sim claro que vou ensaiar previamente o reportorio. mas há sempre aqueles momentos em que estamos a tocar e dá uma branca e não sabemos o que devemos tocar, mas obg pela sua resposta

    makumbator
    Moderador
    # jan/19 · Editado por: makumbator
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    afonsom1998

    Eu já toquei em banda de baile. E só pra garantir eu levava um ipad com todas as músicas para o caso de me esquecer (principalmente no início, quando o repertório ainda estava sem fase de memorização).

    Eu tenho também um virador de páginas em bluetooth, então ficava muito discreto pra platéia. Funciona muito bem esse esquema.

    É ipad + app de partitura(ou um que leia PDF) + virador de página + suporte de ipad preso em um suporte de mic.

    Com o tempo você vai precisar cada vez menos de ver as músicas pra tocar, até que o repertório esteja totalmente memorizado. Aí você só vai precisar manter na sua memória muscular (e aprender e memorizar as novas músicas que entrarem na lista de vocês).

    Ismah
    Veterano
    # jan/19
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    Vale só ver como a banda encara o "portfolio". Pessoalmente, eu mandaria o cara pra casa, imediatamente se me aparece com "portfolio"... Pra mim, isso é uma pessoa que não levou meu projeto a sério, e não fez o dever de casa.
    Do outro lado, conheço bateras que tocam lendo partitura, e gente que está com a turma do mainstream atual. É uma questão de visão, e interpretação.

    E claro, é importante de ver qual a dinâmica da banda. Se for algo com partes pré-gravadas, é mamata, porque tudo é sempre igual... Agora se a banda improvisa no meio, fudeu tudo...
    Tem que passar por isso pra ver qual é, nada que dissermos se equivale. Tem bandas que há mais ou menos interação, e a partir do feeling com o público as coisas vão acontecendo...

    A solução mais profissional, é o teleprompt...

    fontes_rio
    Veterano
    # jan/19
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    Na minha época a gente escrevia a sequência das músicas em uma folha A4 e fixava no chão do palco com durex....e vamos embora..

    Beto Guitar Player
    Veterano
    # jan/19
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    Lembro a primeira vez que fiz um show com a minha ex-banda (não era banda de baile, longe disso, era apenas uma bandinha de garagem).
    Eu ainda estava aprendendo as músicas, então as tinha impressas numa pasta, que ficava num pedestal, porém o lugar estava todo escuro e não era possível enxergar, daí pensei: "fud**".
    Mas com o tempo a gente acaba se habituando e, mesmo que esqueça alguma, passa batido por 90% das pessoas que estão lá te assistindo.

    Buja
    Veterano
    # jan/19
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    Quando tocava em festas de casamentos, nao via tanta dificuldade.

    Os noivos pediam o repertorio com meses de antedencia, e era sempre dentro que selecionavamos. Ah nao ser que quiserem uma ou outra musica diferente, e tal...o que quase sempre era sertanejo.

    Eu como baixista nunca entrava começando as musicas....era quase sempre depois de um compasso. Entao logo no primeiro acorde, ja sabia que musica era.

    Quando era uma musica ou outra que começava com o baixo, eu já sabia qual era com antecedencia.
    Mesmo assim, o vocal ja fazia um poeminha besta qualquer tipo "A coisas na vida que só o amor explica....quero um amooorrr maiooorr" e pronto...eu entrava com o baixo.

    Nao faziamos aquela coisa de "emenda musica", so quando os acordes eram absolutamente iguais....e na mesma batida...tipo...sair de um jorge e mateus pruo Am G F C, e ir pra um Victor e Leo do mesmo jeito...

    O baterista sempre dava 4 chimbadas antes de qualquer levada...mania dele...ele nao sabia parar com isso, e na verdade isso era o que botava a banda no eixo.

    Nao lembro de ter precisado de acordes nao. Eu embolava mais com a letra (quando fazia back) do que com a musica em si.

    Ismah
    Veterano
    # jan/19
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    fontes_rio

    Funciona com uma ou duas... Problema é que repertório de banda de baile pode passar 100 músicas facilmente...

    Ali é que a teoria importa, é preciso compreender e entender as cadências de cada gênero, e claro ter o sentimento aguçado pra seguir no fluxo da canção...

    Mauricio Luiz Bertola
    Veterano
    # jan/19
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    fontes_rio
    Na minha época a gente escrevia a sequência das músicas em uma folha A4 e fixava no chão do palco com durex....e vamos embora..
    Faço isso até hoje...
    Abç

    fernando tecladista
    Veterano
    # jan/19
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    portfólio


    ???

    esse é o nome bonito para aquelas pastonas que ninguem entende, só quem montou que sabe onde está a letra, caindo aos pedaços, envergando aquelas estantes finas?

    ou é o setlist?

    arruma uma daquelas estantes chiques
    tipo essa
    de um lado fica o tablet com as cifras

    do outro a folha com o repertório se for o caso

    afonsom1998
    Membro Novato
    # jan/19 · Editado por: afonsom1998
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    ou é o setlist
    sim é isso. em portugal dizemos tanto um como o outro

    fontes_rio
    Veterano
    # jan/19
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    Ismah, realmente, com 100 músicas fica difícil. É preciso um norte para se guiar.

    Ismah
    Veterano
    # jan/19
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    Não cola... Se tu não consegue decorar as 100 músicas, está no projeto errado, e nada me convence o oposto disso...

    A pessoa fica vidrada olhando para a porra do papel, e não dá uma olhada para o público... E com o andar da carruagem, vai virando uma muleta...

    Também não me convence que toca música tão difícil assim. Se é banda de baile, 90% do repertório vai ser popular, com meia dúzia de acordes e um mesmo encadeamento em diferentes tonalidades.
    Pra diferenciar, e não dizer que tudo é igual, tem um solinho às vezes...

    Se tu não é capaz de ver os encadeamentos, é hora de voltar pra escola. Não há nada de errado nisso, tenho colegas com 30 anos de carreira que ainda não pensam em cima de progressões, mas fazem isso de forma instintiva sem se perceber...

    makumbator
    Moderador
    # jan/19 · Editado por: makumbator
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    fontes_rio
    Ismah

    Até agora eu não entendi se ele está falando de ter as músicas cifradas/notadas ou apenas a lista com o nome e a ordem delas, pra não se perder.

    Ismah

    A pessoa fica vidrada olhando para a porra do papel, e não dá uma olhada para o público...

    Ah depende da pessoa, eu usava esse esquema de ipad e virador de páginas em banda de baile logo que entrei, pois tinha que aprender coisa de 120 músicas em 1 semana e meia, aí não teve jeito, li o show todo (minha leitura modéstia a parte é excelente), mas mesmo assim olhava pro público e pros outros músicas de vez em quando (em repetições, em pausas, etc...). Dá pra fazer discretamente.

    Depois com o tempo fui aprendendo o repertório até poder tocar tudo decorado.


    Em orquestra (por exemplo) a gente olha pro maestro, pra música, pro colega de estante e pro chefe de naipe. E tocando música MUITO mais complexa que repertório de banda de baile. Quem fica com a cara enterrada na partitura é quem não sabe ler direito.

    Hoje uso o ipad e virador de página em demonstração pra contratantes de música de cerimônia de casamento, pois nesse caso são atualmente 580 e poucas músicas no repertório, e aí não tem como lembrar todas mesmo.

    Ismah
    Veterano
    # jan/19
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    Makumba, o lance é que tu é um músico de carreira e com uma boa experiência... O rapazito está se profissionalizando agora, ao que entendo.
    Não te esqueça disso...!

    Ler partitura numa orquestra, é um contexto bem diferente do que ter que tocar Jenifer, sei lá 10 vezes por mês... E a menos que estejamos diante do mais novo guitar hero tupiniquim, o cara vai seguir a tendência que a maioria seguiu e fazer cagada...

    makumbator
    Moderador
    # jan/19
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    Ismah
    bem diferente do que ter que tocar Jenifer, sei lá 10 vezes por mês...

    Nem fala nisso! Hahaha!

    Mas sério, não entendi se o que ele quer é uma lista com o nome das músicas (que aqui a gente chamaria de setlist) ou elas notadas/cifradas uma a uma pra poder tocar.

    Ismah
    Veterano
    # jan/19
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    Ele quer a pasta de cifras no meu entendimento...
    E ainda nem cheguei na praticidade da parada toda...

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