Quantas escalas existem?

Autor Mensagem
mateusstarling
Veterano
# out/16


Ola amigos do cifra club.
Você já parou para pensar em quantas escalas existem?
Neste video eu falo um pouco sobre o assunto e tento dismistificar alguns paradígmas.
Espero que vocês gostem.
Fiquem a vontade para comentar.


Cres
Membro Novato
# out/16
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mateusstarling
Video bacana, gostei da sua abordagem nesse vídeo, assim como é de costume nas suas outras ideias sobre música em geral. Acho que existe essa visão no ensino da música(pelo menos no meio guitarrístico, que é o que eu conheço) que preza pela música num sentido mais matemático, e quantitativo.

Ver tudo como shapes, licks, coisas pré-fabricadas e que atraem o aprendiz que tem pressa e os impressionados pelas acrobacias guitarrísticas, ao que me parece, chega até a complicar o que não deveria ser tão complicado, e que deveria ser passado de uma maneira mais artística e abstrata, talvez.

Abração, e continue o seu ótimo trabalho.

Luis A.
Membro Novato
# out/16 · Editado por: Luis A.
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mateusstarling

Interessante vc citar a maior harmonica, realmente nao vejo ninguem aqui no Brasil falando dela.... Ótimo vídeo como de costume!!!

Cres

Guitarrista realmente gosta de shapes... isso pode ser uma ferramenta muito boa para o cara arrancar, conseguir tocar musicas famosas logo no inicio da aprendizagem.... Mas é algo q pode-se tornar viciante, e depois o cara nao consegue solar fora do shape classico da penta.....

Acho q a compreensão do q se faz é fundamental, msm q na hora de solar o cara nao tenha q pensar em toda teoria, ou seguir todas regras.... Quando o carinha sabe alguns shapes para solar, mas sua compreensão é limitada, além dele ficar sujeito a cometer erros devido à uma mudança de modo (tipo eolio e dorico cuja a penta é a msm), seu vocabulário fica um pouco limitado, visto q o carinha deixa passar inúmeros recursos q poderiam ser aplicados...

Mas só de vc estar estudando Joe Pass, ja imagino q vc esteja querendo ampliar muito seu vocabulário, hehe..... Eu tmb to nessa luta, mas em muita coisa ainda me sinto agarrado à shapes kkkkk

Abraço.

Cres
Membro Novato
# out/16
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Luis A.
Pois é cara... Os shapes são sim importantes, e eu mesmo os uso bastante. Na maioria das vezes que eu toco eu não to pensando muito nas notas, e sai tudo muito no automático. Mas pra mim o verdadeiro problema é o cara não entender que por trás de tudo isso tem música, e o objetivo é esse. Eu tento às vezes não me prender a shapes e a ideias limitadas, mas não os condeno totalmente, só acho que é uma questão de entender o papel de cada uma dessas coisas nesse mundo do aprendizado e da música em geral.

E sim, tamo na batalha, hahaha.

Luis A.
Membro Novato
# out/16
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Cres

Sim, compreendo oq vc está dizendo...Shapes fazem parte do instrumento e vamos sempre usa-los. E concordo quando vc diz em entender o papel de cada coisa srssrsr.
O problema é quando nos agarramos à determinado shape, ou ate a riffs por conforto, por termos uma desenvoltura melhor, e deixamos de explorar outras possibilidades.....
Acho q isso ocorre em vários momentos da aprendizagem, e em níveis diferentes. Mas acho q nao sou o único a me sentir repetitivo de vez em quando, msm q minha compreensão e técnica ja esteja muito diferente do q era uns anos atras...
Normalmente quando isso me ocorre, largo o instrumento por um tempo e vou ouvir novas referencias..... e acho q aprendo muito mais ouvindo do q simplesmente praticando, ate pq nao adianta muito o cara saber uma escala sem conhecer o contexto q ela se insere rsrsrsrsr.

Isso me faz lembrar a primeira vez q eu ouvi um acordezinho D(re maior) em cima de C (do jonico), e isso gerou uma 11ª aumentada q eu nao conhecia de lugar nenhum, mas pirei com a sonoridade!!!!.... eu ja tinha aquele acordizinho ha anos nas minhas mãos, mas ainda nao enxergava muitas possibilidades... rsrsrs e claro q eu quis entender pq dava certo, de onde vinha o Fa#!!!?? Isso é muito bom quando ocorre!!!

mateusstarling
Veterano
# out/16
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Cres Valeu irmão. Acredito que esta mentalidade aparentemente acelera o aprendizado, pois o cara consegue tocar alguma coisa, mas ao londo do tempo pode prejudicar a musicalidade se não vier com o viés auditivo.

Luis A. A maior harmônica tem uns modos muito interessantes, infelizmente poucos difundidos.

mateusstarling
Veterano
# out/16
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O instrumento guitarra é muito visual e isso as vezes engole o processo auditivo e consequentemente detonam a musicalidade.

Cres
Membro Novato
# out/16
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Luis A.
Sim cara, concordo!

mateusstarling
Com certeza! Cara, você acha que da pro músico se basear nos recursos visuais da guitarra(shapes, formas de acordes, etc) e mesmo assim atingir a musicalidade? Digo isso porque às vezes me sinto preso a esses recursos, mas sinto que a minha musicalidade evolui aos poucos.

mateusstarling
Veterano
# out/16
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Cres Musicalidade é uma mudança de mentalidade e nesta mudança esta também transpor esta barreira visual que facilita mecanicamente, mas que pode ser um impencilio para soar musical.
Guitarristas normalmente não exercitam bem a percepção musical, exatamente por isso é um dos cursos que eu mais recomendo na nossa escola virtual.

daimon blackfire
Membro Novato
# out/16
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Sempre tento pensar na música como um todo, não na escala ou coisas do tipo. Solo de acordo com a melodia da música, funciona na maioria das vezes.

mateusstarling
Veterano
# out/16
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daimon blackfire Sim, solar em volta a melodia pode ser um caminho muito legal, citar a melodia da música e te-la como referencia. Valeu pelo comentario.

Ismah
Veterano
# out/16
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daimon blackfire

Vai funcionar sempre que tiver uma base com tríades, pois a nota que tu for executar será a quarta nota para formar a tétrade... Quando já se tem uma tétrade construída, é até mais fácil de chegar a um solo, mas muitas vezes pode ser que a nota usada soe destoante com a tétrade indo do músico essa percepção.

Luis A.
Membro Novato
# out/16
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Ismah

Cara com todo respeito nao vi o menor sentido no q vc disse..... uma melodia nao é uma extensão dos acordes da harmonia.....

Solar de acordo com a melodia funciona simplesmente pq a melodia é feita em sua maioria dentro das escalas.... e como o cara normalmente fica familiarizado com a melodia, torna-se fácil encontra-la no instrumento.....

Ha situações q a nota da melodia nao esta presente nem no acorde e nem na escala associada ao acorde..... como é muito comum no blues ver 3ª menor aplicada sobre um acorde dominante...

Ismah
Veterano
# out/16
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Não que se DEVA-SE ver assim, mas pode ser visto assim.

Pessoalmente tenho solado melhor desde que por sugestão do Rafa Schuler em um de seus vídeos, colocou isso. Te faz pensar melhor nas notas de repouso...

E isso não te prende a escala! Solar "up side" e "down side" é uma das técnicas mais legais... Ligar escalas como penta de Dm e Em sobre CM, seja por slide ou cromatismos é uma outra opção...

Tudo plausível, apenas me pareceu que a colocação, era mais básica do que tu estás levando...

mateusstarling
Veterano
# out/16
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Ismah Creio que seu comentário esta vinculado a algumas ocasiões.
Na melodia podemos ter inclusive notas cromáticas, o que é comum no jazz e na música brasileira por exemplo e, tal como o Luis citou, é comum no blues usarmos a terça menor e a blue note sobre acordes dominantes.
A questão da nota de repouso você esta vinculando muito a uma visão estilística, pois em outros estilos, que não o rock, é comum pensar em repousar em notas de tensão por exemplo.

LeandroP
Moderador
# out/16
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Luis A.
como é muito comum no blues ver 3ª menor aplicada sobre um acorde dominante...

Mas não se trata de uma terça menor, e sim de uma nona aumentada. Pelo fato de serem enarmônicas, vemos como uma terça menor por causa da digitação na guitarra. Se você fosse associar a um acorde poderia muito bem escrever X7(#9).

LeandroP
Moderador
# out/16
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mateusstarling

Excelente tópico!

Luis A.
Membro Novato
# out/16
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LeandroP

Interessante!!! Vc diz isso para nao ter duas terças na msm escala ne???
Mas agora vc me deixou na duvida de como seria denominada uma segunda nesta situação, caso ela tmb apareça srsrsr

Eu sempre interpretei esta mudança de terça como uma mudança de escala... no caso entre o mixolidio e o dorico, de acordo com a sensação q o musico deseja passar.....

LeandroP
Moderador
# out/16 · Editado por: LeandroP
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Luis A.

Pode ter as duas segundas que não tem problema nenhum. Experimente analisar pela sonoridade, e por mais que tenha a #9, se tem a 3a maior, vai soar como maior, ou melhor, como dominante. Só vi isso acontecer com dominante (não confundir com a função dominante).

Uma coisa que acho curiosa é a escala menor melódica, que ao analisar todos os seus graus, ela é praticamente idêntica à escala maior, exceto pelo IIIº grau. O que não faz com que a escala soe como uma escala maior, e sim, menor. Por causa da terça que dá essa propriedade à escala. Da mesma forma a escala que tem #9 e 3a maior vai soar como maior (dominante). Por isso não considero este intervalo como 3a menor, e sim uma #9.

LeandroP
Moderador
# out/16 · Editado por: LeandroP
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Luis A.

Escala Semitom-Tom:

T, b9, #9, 3, #11, 5, 13, 7

Escala Alterada:

T, b9, #9, 3, b5, #5, 7


Agora eu fico meio na dúvida em relação as duas acima.

A escala semitom-tom seria uma escala diminuta, onde o #9 seria um b3 e o 3 seria um b11? Prefiro não chamar de diminuta por causa da 3a maior (pra mim não existe b11).

A escala alterada tem uma #11 ou é mesmo um b5?

Parei de pensar aí rsrsrs Só sei que ambas funcionam muito bem sobre um X7, de preferência omitindo a 5a justa (o acorde como aprendi recentemente com o mateusstarling)

Luis A.
Membro Novato
# out/16
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LeandroP

Ahhhh entendido!!! Muito obrigado por sua explicação, agora fez total sentido!!!
Realmente, msm tendo as duas terças a sonoridade predominante ainda é a da escala mixolidia nestes casos....

Abraço.

Luis A.
Membro Novato
# out/16
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LeandroP

Ca pra mim..... em cima de um X7, se vc mantiver a terça e a setima vale de tudo kkkkkkkkkkkk

LeandroP
Moderador
# out/16
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Luis A.

Conqüordo! rsrsrs

Luis A.
Membro Novato
# out/16
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LeandroP

Tudo tem a ver com a forma q interpretamos ou a estrategia de raciocínio...

Quando eu aprendi a solar no ii V i, sem ficar apenas numa escala, este era meu raciocínio....

Dm7 - escala de C jonico
G7 - escala C eolio
Cmaj7 - escala C jonico
Am7 ou A7 ( acorde de passagem) - escala C mixolidio.....

Isso funciona super bem, e era assim q eu conseguia assimilar.....

LeandroP
Moderador
# out/16
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Luis A.

Interessante!

Ismah
Veterano
# out/16 · Editado por: Ismah
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mateusstarling

Ainda que for uma tensão ela vai formar algum acorde, quando combinado com a harmonia...

Luis A.
Membro Novato
# out/16
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LeandroP

Dm7- D dorico
G7- D# Jonio ou D menor melódica...
Cmaj7- D dorico
A7- D menor harmônica

Este tipo de agrupamento, passar tudo pra "C alguma coisa" ou pra "D alguma coisa" e assim por diante... levando em consideração a 3ª e a 7ª dos X7... sempre me ajuda demais no raciocínio!

PS. Esse tal de 251 é infinito kkkkkkkkkkk

mateusstarling
Veterano
# out/16
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LeandroP Depende do seu ponto de vista, pois na verdade não estamos vendo dentro de um contexto de uma escala menor melodica ou dom dim, que geram tensão #9, mas apenas como a penta do proprio acorde aplicada sobre a tonica, ate porque, em grande parte das vezes, a sonoridade esta exatamente na troca de força da terça maior com a menor, neste sentido fica bem claro para mim que é um efeito blues, fora do contexto de tensão #9.

mateusstarling
Veterano
# out/16
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LeandroP A escala semi tom-tom é a escala diminuta tocada meio tom acima da tonica do dominante. Prefiro o nome dom-dim (dominante diminuta) pois fica claro que a aplicação dela é sobre um acorde dominante.
A escala alterada é uma enarmonia, pois literalmente ela é chamada super locria e aplicada sobre o acorde m7b5
Super locria = 1 b2 b3 b4 b5 b6 b7
A b3 vira #9, a b4 vira 3, a b5 vira #4 (ou #11)

LeandroP
Moderador
# out/16
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Luis A.

É um barato rsrs
II, V, I estendido dá pra se divertir também.

O que você postou como sendo D# jônio, se enxergar como Eb jônio (enarmonia de novo rsrs), encontra apoio na tonalidade paralela - Dó maior <---> Dó menor.

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