Dica: procedimento para regulagem e manutenção de Stratocaster

    Autor Mensagem
    erico.ascencao
    Veterano
    # jan/16 · Editado por: erico.ascencao


    E aí pessoal!

    Dentro do meu espírito metódico, elaborei procedimentos para fazer a regulagem e manutenção das minhas guitarras. Pretendo, nos próximos dias, compartilhá-los com vocês com o intuito de ajudar a galera que tem muitas dúvidas e também receber sugestões de melhorias.

    Então, comecemos pelas guitarras modelo Stratocaster.

    Ferramentas e materiais utilizados:
    - encordoamento novo;
    - afinador;
    - régua para medir ação;
    - chave allen para ponte;
    - chave allen para tensor;
    - suporte para braço do instrumento;
    - manivela para girar tarraxas;
    - palha de aço;
    - rolo de fita crepe;
    - flanela para limpeza;
    - flanela para hidratação (caso a escala seja em madeira escura);
    - óleo de limão (caso a escala seja em madeira escura);
    - alicate de bico;
    - alicate de corte;
    - chave de boca.

    Procedimento:
    1) Retirar as cordas e armazená-las como reserva para emergência.
    2) Proteger as casas da escala com fita crepe.
    3) Polir os trastes com palha de aço.
    4) Retirar as proteções de fita crepe da escala e retirar excessos de palha de aço com a flanela para limpeza.
    5) Caso a escala seja em madeira escura, hidratar a escala e outras partes em madeira exposta com óleo de limão com a flanela para hidratação, tirando o excesso em seguida com a parte seca da flanela.
    6) Limpar o corpo, braço, escala e ferragens com flanela limpa.
    7) Instalar as cordas novas, respeitando as seguintes folgas:
    - 6ª corda: 0,5 casa;
    - 5ª corda: 0,5 casa;
    - 4ª corda: 1,0 casa;
    - 3ª corda: 1,0 casa;
    - 2ª corda: 1,5 casa;
    - 1ª corda: 1,5 casa.
    8) Lacear cada corda repetindo as seguintes sub-etapas:
    - Afinar a corda.
    - Dar cinco puxões na corda, esticando-a.
    - Verificar a afinação. Se a afinação mudou, voltar à etapa a. Se a afinação se manteve, o laceamento foi concluído com sucesso.
    9) Afinar as cordas uma a uma em sequência até que seja possível tocar todas as cordas afinadas sem mexer nas tarraxas.
    10) Se a ponte não estiver colada ao corpo da guitarra, soltar as cordas, apertar igualmente os parafusos das molas da ponte e voltar à etapa 9.
    Se a ponte estiver colada ao corpo da guitarra, prosseguir para a etapa 11.
    11) Ajustar tensor.
    12) Ajustar ação:
    - 1º trasto, 6ª corda: 0,50 mm
    - 1º trasto, 1ª corda: 0,25 mm
    - 12º trasto, 6ª corda: 1,25 mm
    - 12º trasto, 1ª corda: 1,25 mm
    13) Ajustar as oitavas.
    14) Cortar o excesso das cordas nas tarraxas.
    15) Apertar as porcas do strap lock.

    Se tiverem dúvidas, angústias ou sugestões; é só comentar!

    Ismah
    Veterano
    # jan/16
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    Seja mais claro com o passo 7, demorei para entender.

    Kywes
    Membro Novato
    # jan/16
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    Seria interessante um video ou imagens para esclarecer algumas partes

    boblau
    Veterano
    # jan/16 · Editado por: boblau
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    erico.ascencao

    cara, excelente! Parabéns pela iniciativa e pelo trabalho!

    Se eu puder dar uns "pitacos"....

    1-
    7) Instalar as cordas novas, respeitando as seguintes folgas:
    - 6ª corda: 0,5 casa;
    - 5ª corda: 0,5 casa;
    - 4ª corda: 1,0 casa;
    - 3ª corda: 1,0 casa;
    - 2ª corda: 1,5 casa;
    - 1ª corda: 1,5 casa.


    Diferentemente do Ismah, eu não entendi o que vc quis dizer com "folga" nem a medida "casa" ....

    2-
    10) Se a ponte não estiver colada ao corpo da guitarra, soltar as cordas, apertar igualmente os parafusos das molas da ponte e voltar à etapa 9.

    Por que a ponte não pode ser flutuante?

    3-
    11) Ajustar tensor.

    Esta é a parte que me parece mais complexa. O ajuste do tensor é bastante difícil, toma tempo e muitas vezes, mexer sem saber o que está fazendo acaba desregulando todo o braço e por conseguinte o instrumento. Em alguns casos o tensor pode se soltar ou espanar ou até mesmo quebrar.

    O ajuste do alinhamento do braço em uma Strato é, para mim, um pouco diferente, uma vez que a maioria delas têm um raio de escala muito fechado e se não deixar o braço um pouco "empenado" trateja bastante e "muta" os bends muito amplos. Neste caso, eu sugiro algum vídeo da internet onde os Masterbuilders fazem esta regulagem e aí, os menos corajosos desistem e mandam para algum luthier regular.

    4-
    12) Ajustar ação:
    - 1º trasto, 6ª corda: 0,50 mm
    - 1º trasto, 1ª corda: 0,25 mm
    - 12º trasto, 6ª corda: 1,25 mm
    - 12º trasto, 1ª corda: 1,25 mm


    Esse passo é bastante complexo. Pode ter algumas variáveis: Altura do nut, altura dos saddles e alinhamento do braço. Fora que o desalinhamento na altura dos trastes vai fazer uma regulagem "padrão" talvez não funcionar. Normalmente eu regulo as primas dando bends de dois tons e procurando que eles não "mutem" da casa 10 até a casa 14. depois eu meço para ver se não ficou muito fora de 1 mm de altura na casa 12. Se ficou fora, tem algum traste desalinhado, aí precisa ficar procurando o desalinhamento e depois uma forma de corrigir, o que pode ser muito complexo.

    13) Ajustar as oitavas.

    Aí o problema é menos complexo que o tensor, mas muito difícil para leigos também. Para regular oitavas deve-se usar um afinador bastante preciso (coisa meio rara), afinar as oitavas na 12a casa usando o traste e o harmônico, além de usar uma escala para medir se não está saindo muito fora da medida. Um erro comum nas Stratos é não ter paciência para regular o Mi da 6a corda que invariavelmente desafina nos primeiros momentos após a palhetada. Não é tão simples como parece.

    Volto a mencionar que fiquei bastante contente com a sua contribuição e estou somente adicionando alguns conhecimentos que absorvi.

    abraço!

    Ismah
    Veterano
    # jan/16
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    boblau

    Para enrolar a corda se deixa uma "folga" além do necessário pra chegar até o pino...
    Nas cordas 1 e 2 se deixa metade da primeira casa, 3 e 4 a primeira casa inteira, e nas cordas 5 e 6 o comprimento da primeira casa mais metade da segunda. Isso evita de ficar muitas voltas no pino da tarraxa.

    boblau
    Veterano
    # jan/16
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    Ismah

    obrigado pela explicação. Nunca tinha ouvido falar nisso. Eu deixo sempre todas as cordas com 2-3 voltas e enroladas sempre de cima para baixo. sem que se cruzem no pino da tarraxa.

    boblau
    Veterano
    # jan/16
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    erico.ascencao

    adicionando mais um "pitaco":

    Quando da troca de cordas, um cuidado muito importante numa Strato é garantir que as cordas tenham um bom fluxo de deslocamento nas ferragens da guitarra.

    Começando pelos saddles, é importante que eles estejam com a supefície onde há o contato com a corda totalmente polida e limpa. A corda costuma criar "calos" nos saddles, o tempo e o suor corrosão e a corda "prende" e desafina em alavancadas e bends pois muda de posição no saddle. Limar e lixar o saddle no ponto de contato com a corda para que fique polido é muito importante.

    Outro ponto de contato com a corda é o nut, que preferencialmente deve ser de osso. O canal deve ser limpo e sem desgastes. Uso uma folha de lixa para limpar o fundo do canal (cuidado para não mudar o shape dele...).

    O último ponto são os string trees, que devem ser retirados, limpos e polidos onde tocam as cordas, com lixa.

    Depois de tudo limpo e polido, uma boa graxa branca a base de teflon deve ser usada para deixar estas superfícies um pouco "lambuzadas" (saddles, nut e string trees). Só depois de aplicada a graxa, são instaladas as cordas. Depois da afinação final, um pano seco e limpo retira o excesso da graxa.

    Este procedimento é bem eficiente para manter a afinaçào e a durabilidade das cordas.

    erico.ascencao
    Veterano
    # jan/16
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    boblau

    Diferentemente do Ismah, eu não entendi o que vc quis dizer com "folga" nem a medida "casa" ....

    É bem isso que o Ismah falou. Eu estico a corda toda e depois recuo de acordo com estas medidas. Quando que falo "casa", me refiro à primeira casa da escala.

    Por que a ponte não pode ser flutuante?

    Aqui é um ponto polêmico. A Fender recomenda deixar a ponte com uma leve inclinação, mas eu prefiro ela colada no corpo para ter uma maior estabilidade na afinação. Você pode até considerar esta leve inclinação na regulagem, eu só não sei medi-la.

    Esta é a parte que me parece mais complexa. O ajuste do tensor é bastante difícil, toma tempo e muitas vezes, mexer sem saber o que está fazendo acaba desregulando todo o braço e por conseguinte o instrumento. Em alguns casos o tensor pode se soltar ou espanar ou até mesmo quebrar.

    Eu não acho isso muito complicado não. Eu simplesmente pressiono a 1ª e a 6ª cordas na última casa e verifico a folga existente na 12ª casa. Se a folga for muito grande, significa que o braço está côncavo, então tenho que apertar o tensor. Se as cordas encostarem no trasto, significa que o braço está convexo (ou "pouco côncavo"), então tenho que soltar o tensor.

    Esse passo é bastante complexo. Pode ter algumas variáveis: Altura do nut, altura dos saddles e alinhamento do braço.

    Concordo. Primeiramente, é com frisar que estas medidas são tomadas entre o topo do trasto e a base da corda. Eu comprei uma régua da Stewmac (a "régua para medir ação") que veio com algumas sugestões de regulagem, que para mim foram superdimensionadas. O que eu fiz foi simplesmente ajustar a ação das cordas de maneira que, ao tocá-las em todas as casas, elas não trastejassem. Com o tempo eu aprendi a ter o cuidado de começar a regulagem pela etapa mais brusca (ajuste do tensor), depois passar pelo ajuste da ação e terminar com a parte mais delicada (ajuste das oitavas); justamente pra eliminar algumas variabilidades.

    Achei interessante a sua preocupação com os bends soarem bem após a regulagem. Só não entendi duas coisas:
    1) Quando você diz "desalinhamento dos trastos", você está se referindo ao não-paralelismo entre os mesmos ou à diferença de altura entre os mesmos?
    2) Caso o "desalinhamento dos trastos" seja a diferença de altura entre os mesmos, não seria possível detectá-lo simplesmente tocando a corda em todas as casas, da forma como eu falei anteriormente?

    Por fim, curti as últimas dicas sobre lubrificação das peças em contato com as cordas. Você sabe aonde eu posso encontrar a graxa com base de teflon?

    erico.ascencao
    Veterano
    # jan/16
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    Ah, gostaria de fazer um comentário geral pra quem for ler este tópico.

    Pra muita gente, este tópico pode trazer uma riqueza de detalhes que assusta um pouco. Aí o cara vai pensar: "Pô, se eu for fazer isso na minha SX, isto é um canhão pra matar mosca!"

    OK, pra mim valeu a pena aprender a fazer estas coisas porque, além de eu gostar de ter estes cuidados, eu gastaria muita grana se eu levasse o meu arsenal no luthier. Desta forma, valeu a pena investir no tempo gasto pra esta tarefa, em algumas ferramentas e no aprendizado.

    Agora, se você não vê vantagem em investir nestas coisas, não deixe de fazer estes serviços num luthier. Nas poucas vezes que eu preciso levar minhas coisas no meu luthier pra fazer trabalhos mais específicos (rebaixamento de trastos, troca de pestana, etc.), ele sempre elogia o estado de conservação das minhas guitarras. Alguns colegas meus também gostam muito da tocabilidade dos meus instrumentos - e eu confesso que acho alguns instrumentos deles meio escrotos por estarem fora dos padrões que eu estou acostumado.

    boblau
    Veterano
    # jan/16
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    erico.ascencao

    1) Quando você diz "desalinhamento dos trastos", você está se referindo ao não-paralelismo entre os mesmos ou à diferença de altura entre os mesmos?

    na altura entre eles. pode ser por vários fatores: desgaste, pressão contra os trastes por "mão muito pesada" em instrumentos construídos sem muita técnica, falha no instrumento mesmo.

    2) Caso o "desalinhamento dos trastos" seja a diferença de altura entre os mesmos, não seria possível detectá-lo simplesmente tocando a corda em todas as casas, da forma como eu falei anteriormente?

    Na maioria das vezes não. Esta diferença é tão pequena que a gente não enxerga e a geometria do bend é muito complexa. Quando vc faz um bend vc não está mais alinhado, vc está ocupando com a corda o espaço de outras cordas, então este alinhamento é diferente de quando a corda está em repouso, pois é transversal no braço. Imagine um bend de dois tons na corda Sí na 12a casa. A corda Sí deve estar chegando perto da corda Lá e descendo transversalmente o braço até o saddle. Nesta transversal, em qualquer traste que ela tocar, "muta" a nota. Além disso tem a curvatura do raio da escala que normalmente atrapalha. Neste caso da corda Sí, a corda passou do topo do raio da escala....

    Por fim, curti as últimas dicas sobre lubrificação das peças em contato com as cordas. Você sabe aonde eu posso encontrar a graxa com base de teflon?


    Bom, eu encontro em qualquer loja boa de ferragens em geral, mas como referência:

    http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-724736106-graxa-premium-com-tef lon-finish-line-_JM

    ou, se vc já compra tranqueiras da Stewmac:

    http://www.stewmac.com/Materials_and_Supplies/Cleaners_and_Lubricants/ Guitar_Grease.html

    boblau
    Veterano
    # jan/16 · Editado por: boblau
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    erico.ascencao

    Aqui é um ponto polêmico. A Fender recomenda deixar a ponte com uma leve inclinação, mas eu prefiro ela colada no corpo para ter uma maior estabilidade na afinação. Você pode até considerar esta leve inclinação na regulagem, eu só não sei medi-la.

    Esta regulagem não é tão difícil assim, mesmo na Floyd Rose e com os cuidados de polir e lubrificar os saddles, nut e string trees, desafina muito pouco. Eu costumo fazer de uma forma bem simples:

    Abro a tampa traseira e vejo quantas molas tem. Para flutuante e cordas 0,09 ou 0,10 eu deixo com três molas, uma central alinhada e duas laterais que ficam transversais formando um /I\ . As molas devem ser de muito boa qualidade. Aí eu solto os parafusos para inclinar a ponte. Na parte de cima da guitarra eu pego qualquer chapa de algum material liso e duro (pode ser um pedaço de plástico) para não riscar a guitarra, na espessura que eu quero que a ponte fique inclinada (tipo uns 3 milímetros) e coloco entre a placa da ponte e a guitarra. Aí eu aperto bastante os parafusos das molas. Esta chapa ficará colada entre a ponte e o corpo da guitarra. Neste momento eu faço a afinação do instrumento. Depois de afinado, eu vou soltando igualmente os parafusos da ponte devagar e conferindo a afinação, até que a chapa comece a soltar sem mudar a afinação. Pronto. Tira a chapa e a ponte flutuante está regulada na altura que vc quiser. Só precisa conferir se o suporte das molas onde estão os parafusos está alinhado com o corpo e fim.

    ogner
    Veterano
    # jan/16
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    Faço uma mistura de grafite e vaselina, em toda troca de corda aplico no nut, sobre os saddles (area de contato da corda) e string trees...na troca de cordas, sempre faço anlimpeza do residuo antigo q fica antes de aplicar novamente.

    SkyHawk
    Membro
    # jan/16 · Editado por: SkyHawk
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    ogner
    Eu uso uma dica que vi na web: conhecem aquele bastão Shapstick para lábios rachados ? Excelente graxa com teflon !!! Pego um pouco com palito de dente e lambuso os sulcos do nut, saddles e string trees.

    Se misturar com grafite em pó fica melhor ainda.

    morais.sc
    Membro Novato
    # jan/16
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    Faltou ajuste de altura de captadores (citei no tópico da Les Paul).

    Outra coisa, no ajuste de tensor, dá p sugerir a folga (relief) no 12º traste.

    Ismah
    Veterano
    # jan/16
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    boblau
    Nunca tinha ouvido falar nisso. Eu deixo sempre todas as cordas com 2-3 voltas e enroladas sempre de cima para baixo. sem que se cruzem no pino da tarraxa.

    São modos de fazer a coisa. Eu deixo uma polegada MINHA para as 3 graves e meia para as 3 agudas. Há quem deixe mais, menos, quem dê nó por dentro do pino (meu guitarrista faz assim na viola), quem use esse e aquele artifício.

    Passei a adotar esse método de medida por simples gosto. E a primeira volta é por cima do retalho da corda e as outras por baixo.
    Há quem diga que quanto mais pressão no nut, mais sustain, logo faria sentido enrolar o mais pra baixo possível pra quem não tem rebaixador de cordas. Porém, como os pinos normalmente são bicôncavos, quando mais para fora do centro mais sensível fica a afinação. Como sou chato com afinação, dou no máximo 2 voltas na mais grossa.

    uma boa graxa branca a base de teflon deve ser usada para deixar estas superfícies um pouco "lambuzadas" (saddles, nut e string trees). Só depois de aplicada a graxa, são instaladas as cordas. Depois da afinação final, um pano seco e limpo retira o excesso da graxa.

    Se usa alavanca, pode deixar a graxa (pobre do case), mas bem na real, a melhor solução que encontrei é não passar NADA. Um grafite talvez.

    erico.ascencao
    Você sabe aonde eu posso encontrar a graxa com base de teflon?

    Lojas de ferragens geralmente tem, elas são usadas em janelas, e portas-janela porque tem certa resistência a água e sujeira (pó). É barato, paguei 7 reais num tubinho de 50g (uso para a correia da bike, ele fica por cima, facilitando as trocas de marcha, e o óleo na correia propriamente dita).

    simplesmente pressiono a 1ª e a 6ª cordas na última casa e verifico a folga existente na 12ª casa

    Recomenda-se pressionar na primeira casa também, para tal use um capotraste.

    ogner
    Veterano
    # jan/16
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    Há quem diga que quanto mais pressão no nut, mais sustain, logo faria sentido enrolar o mais pra baixo possível pra quem não tem rebaixador de cordas. Porém, como os pinos normalmente são bicôncavos, quando mais para fora do centro mais sensível fica a afinação. Como sou chato com afinação, dou no máximo 2 voltas na mais grossa.
    #soudessas tb!!
    Hehegrhr

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