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Funkadelics Membro Novato |
# mai/14
... Isso não vem de hoje. Mas ontem eu me irritei com isso. O caso é que pediram para eu pegar o solo de uma música ontem na igreja. Beleza, peguei os dois solos da música de tarde. Ai passou uns 2 minutos, não é que eu tinha me esquecido de como era a sequência, não como fazia, e sim o ritmo. na hora deu certo, graças a Deus.
Outro fato. Ta la eu de boa pegando Stairway to Heaven, beleza. peguei a música, até chegar o solo. O solo não é tão grande, mas não é curtinho. E o pior, é pêntatonica, me confundo mais ainda. Eu toco o solo de boa, mas não sai igual. ai a música perde um pouco o clima.
Good times Bad times é a mesma coisa.
Solos do Ritchie Blackmore eu nem me arrisco. Os solos são compridos (na minha opinião).
Conclusão: Isso poderia ser por eu ficar pouco tempo pegando os solos? Tipo, eu quero tirar muito de pressa, então eu acabo pegando os solos de qualquer jeito. Meu pensamento: "Ah, na hora eu faço do meu jeito mesmo".
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PGilbert Veterano |
# mai/14
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Funkadelics Conclusão: Isso poderia ser por eu ficar pouco tempo pegando os solos?
Exatamente.
Pra decorar um solo é só treinando e tocando 1500 vezes por dia, até ele "grudar". Infelizmente não tem fórmula mágica!
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rhoadsvsvai Veterano |
# mai/14 · Editado por: rhoadsvsvai
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Funkadelics essas confusões são normais quando voce tenta pegar muita coisa de uma vez....
quanto a dificuldade de decorar é assim mesmo.... tenho isso tambem, tocando a musica lendo com o guitar pro toco perfeitamente,mas na hora de tocar sem ler me fodo.
muito dos grandes guitarristas improvisam em seus solos ao vivo!
pra mostrar sua capacidade criativa? porra nenhuma,eles tavam tão bebados que não lembram do solo original hehehe
e sim, tou falando do jimi pagina e do blackmore
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Jube Veterano |
# mai/14
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Demora pra decorar de verdade mesmo, você vai ter decorado o solo, quando tocar com fluência e naturalmente, demora um tico pra decorar.
Eu sofro quando tiro um solo de ouvido, vou seguindo o original e quando tira o original, ferrou tudo.
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Rachmaninoff Veterano |
# mai/14
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Cara, eu costumo decorar solos ANTES de tocá-los, só ouvindo. Ouço tantas vezes que a melodia fica gravada na minha memória. Depois, na hora de tirar o solo, eu só procuro as notas que já estão na minha cabeça. Isso sempre funcionou comigo.
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Cres Membro Novato |
# mai/14
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Po cara, eu sinto a mesma coisa, mas é mais quando pego algumas coisas no violão, ou quando não tiro a música direito e fico um tempo sem tocar. Fico puto hahaha, porque sei tocar um monte de fragmentos de músicas, mas música inteira o numero ja diminui. Enfim, o jeito é trabalharmos pra isso mudar :)
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Lelo Mig Membro
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# mai/14 · Editado por: Lelo Mig
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Funkadelics
Fora o que a galera já comentou, só um adendo:
"E o pior, é pêntatonica, me confundo mais ainda."
Escalas, tons e etc, servem de referência, mas DECORAR (sem ler nada) é ouvido cara!
Você pode saber que nota começa, em que escala e tom esta, mas a sequência das notas é ouvido.......prá tal, você têm que ter o solo decorado na cabeça, mesmo sem tocar.........
Não irá toca-lo se não for capaz de canta-lo ou assobia-lo. E se é capaz de canta-lo, não tocará direito se não sabe exatamente onde a próxima nota se encontra.
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krixzy Veterano |
# mai/14
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Funkadelics Cara, vc já estudou partitura ou tem conhecimento de como funciona? Pelo que vc diz, vc não esquece as notas e sim o tempo certo? Então acho que o seu problema é ritmo e tempo, se vc praticar como funciona tocar uma mínima, semínima, identificar essas figuras no solo, e tocar dentro do tempo certinho, acredito que vai resolver teu problema, eu sofria com isso mas depois que entendi como funciona, quando pego um solo novo de uma música basta decorar a sequencias das notas, onde tem minima semínima colcheia, que dai já saio tocando naturalmente como o original, com a partitura vc só precisa marcar o tempo pq o ritmo as figuras já mostram.
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Ismah Veterano |
# mai/14
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Lelo Mig
Explica essa guitarrista...
Eu simplesmente guardo pra onde a forma (shape) do solo e fim (ok, talvez saber a cromática e as pentas ajude nessa hora)... Na hora H eu sei a casa que arranco e "vambora"...
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cafe_com_leite Veterano |
# mai/14
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Tudo facilita quando você conhece o seu instrumento e tem uma mínima noção de teoria músical. Um exemplo:
Bom, essa música aqui tá em Am, logo provavelmente o solo dela ou tá em Am ou tá em C, daí como eu conheço bem essas calas, os caminhos que eu posso seguir nela já estão mais ou menos pré decorados.
De resto é treino, treino e treino, descança, vai dormir, no dia seguinte, vamos lá treino treino treino, tu vai perceber que já tá mais fácil e mais pré decorado e assim vai. Treine com o metrônomo sem a música, só com a referência do tempo, daí a chance de tu errar na hora diminui mais ainda.
O que o Lelo Mig disse sobre conhecer a música é fundamental também.
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makumbator Moderador
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# mai/14
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Ismah Eu simplesmente guardo pra onde a forma (shape) do solo e fim (ok, talvez saber a cromática e as pentas ajude nessa hora)... Na hora H eu sei a casa que arranco e "vambora"...
Isso é memória muscular. É quando a gente sente que a mão vai "sozinha", sem pensar. Nesse ponto pode-se se dizer que o trecho está não só decorado como automatizado na mente e na relação do cérebro com o corpo (nesse caso na mecânica das mãos).
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Ismah Veterano |
# mai/14
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makumbator
"Mel delses" Não sabia nem que isso existia kkk
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makumbator Moderador
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# mai/14 · Editado por: makumbator
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Ismah
Hshash! É algo especialmente bem estudado em instrumentos sem afinação fixa, em que a gente precisa "fazer a nota" afinada antes de ouví-la. Só se pode afinar uma nota desafinada após tocar e ouvir a mesma (obviamente), então é a memória muscular que permite que um bom violinista (por exemplo) toque sempre cada nota dentro da pequena margem do que o cérebro musicalmente treinado aceita como "afinado", pois através do treino a mente já sabe aonde os dedos devem se posicionar naquele instrumento em particular.
Claro que ela também está presente em instrumentos de afinação fixa (como o piano e a guitarra), pois é com ela que a gente sabe dosar a força ao tocar, faz um bend rápido e afinado de maneira instintiva, toca vários trechos musicais sem nem olhar para a escala, etc....
Obviamente a memória muscular é algo muito mais amplo que sua aplicação na música (ela está no nosso dia a dia em muita coisa), mas há um interesse especial nela no estudo técnico da música. E muito do "decorar música" (principalmente material intrincado) se deve à ela.
Nesse ponto é relevante determinar e respeitar uma digitação específica durante o amadurecimento de um trecho complexo, pois assim a memória muscular irá se fundamentar mais rápido.
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Ismah Veterano |
# mai/14
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makumbator
Tá e isso é possível não existir? Vi um artista de rua que fazia um violino freestyle, mas que não era nada afinado (ok, talvez ele estivesse com alguma afinação temperada, e uma música modal)
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makumbator Moderador
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# mai/14 · Editado por: makumbator
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Ismah
Tá e isso é possível não existir? Vi um artista de rua que fazia um violino freestyle, mas que não era nada afinado (ok, talvez ele estivesse com alguma afinação temperada, e uma música modal)
Com exceção talvez de algum problema neurológico específico (como uma amusia adquirida após estudar música), isso se deve simplesmente à falta de treino do músico (ás vezes aliada à falta de talento musical).
E isso independe do sistema de afinação utilizado (até porque naturalmente quem toca instrumento não temperado acaba "procurando" os intervalos mais puros se estiver tocando sem instrumentos de afinação fixa como suporte, principalmente tocando sozinho).
Resumindo: na maioria das vezes o cara é desafinado meramente por estudar pouco (e ou errado).
A título de curiosidade, aqui alguma informação sobre amusia (inclusive nesse primeiro artigo há uma breve citação da memória muscular ao se comentar sobre a capacidade de pianistas decorarem dezenas de peças extensas e intrincadas):
http://analopes.com.br/blog/2011/10/13/amusia-%E2%80%93-a-incapacidade -da-percepcao-melodica/
http://en.wikipedia.org/wiki/Amusia
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Ismah Veterano |
# mai/14
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makumbator
Me expressei extremamente mal...
No caso quis dizer que ele não tinha uma afinação que condissesse com um afinador, nem mesmo a tônica... E muito menos com algo lógico sua progressão...
Mas era brilhante em sua performance... E o fazia por intuição, deixando os dedos tomarem suas próprias decisões (isso segundo ele, mas pode ter sido apenas parte do espetáculo essa resposta)...
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makumbator Moderador
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# mai/14 · Editado por: makumbator
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Ismah No caso quis dizer que ele não tinha uma afinação que condissesse com um afinador, nem mesmo a tônica...
Ah sim, mas aí tanto faz. A memória muscular atua independente do sistema de afinação. E se ele está acostumado com um sistema X ou Y, e um diapasão A ou B (que não precisam ser o padrão) não tem o menor problema.
Por exemplo, em orquestra eu sempre toco o acústico com lá 442Hz (pois é esse geralmente o padrão no Brasil para música erudita). Quando toco com piano sigo o padrão que o instrumento tem no momento (óbvio). E é comum que o diapasão desse piano esteja um pouco acima ou abaixo. Mas o cérebro se ajusta até facilmente.
O que atrapalha mais é se eu pegar um instrumento com que não estou habituado (coisa comum em contrabaixo acústico). Leva um tempinho pra "pegar" a manha. E aí a gente manda umas notas fora mesmo...hshsahsa!
No instrumento que tenho em casa eu sou mais afinado do que no baixo em que ensaio com orquestra (que é sempre o mesmo, mas diferente do que tenho contato em casa diariamente). E eventualmente em viagens tenho que usar um baixo do local ( e que nunca peguei), e aí preciso fazer umas escalas, arpejos e saltos de notas para me acostumar minimamente. Mas não é a mesma coisa, a qualidade da afinação cai um pouco.
Mas é incrível como a memória muscular já com prática é até fácil de se moldar. Já tive que tocar em um festival por 20 dias em que o instrumento era alugado (e era ótimo, por sinal). No terceiro dia minha afinação já era quase tão boa quanto no baixo com que ensaio em orquestra aqui na cidade. Na segunda semana a afinação era quase tão boa quanto o baixo de casa. O segredo foi praticar muito nos primeiros dias, e fazer exercícios específicos para "mapear" as notas no instrumento novo. O cérebro adora novidade.
Também preciso fazer uma adaptação quando toco música barroca com o acústico em 415 hertz e em um sistema de temperamento desigual (eu gosto do Wersckmeister III), seguindo um cravo. Nesse caso alguns intervalos ficam um pouquinho diferentes do que eu faria em uma orquestra moderna, mas é tudo questão de ajuste "fino".
Mas era brilhante em sua performance... E o fazia por intuição, deixando os dedos tomarem suas próprias decisões (isso segundo ele, mas pode ter sido apenas parte do espetáculo essa resposta)...
Não é totalmente papo do cara não. É uma coisa intuitiva mesmo.
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Ismah Veterano |
# mai/14
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Só tenho uma conclusão: quanto mais estudo música mais faz sentido o porque os ilustres eram viciados em algo (álcool, alucinógenos, etc)...
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makumbator Moderador
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# mai/14
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Ismah Só tenho uma conclusão: quanto mais estudo música mais faz sentido o porque os ilustres eram viciados em algo (álcool, alucinógenos, etc)...
Eles queriam ver o mundo girar! Hshhsah!
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Ismah Veterano |
# mai/14
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makumbator Creio que mais que isso... A música é o conhecimento mais antigo que se tem... data da mesma época que entrou em moda andar pra frente...
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Iversonfr Veterano |
# mai/14
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Funkadelics Não Consigo "Decorar" Solos
Fica tranquilo porque não é só voce não... As vezes fico 2 semanas sem tocar uma musica q sempre toquei e lá vou eu pro youtube tirar tudo denovo.. Rs lógico que na maioria das vezes só de escutar algumas vezes já lembra, mas nem sempre é assim...
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makumbator Moderador
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# mai/14
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Ismah data da mesma época que entrou em moda andar pra frente...
É, foi logo depois que andar para o lado foi considerado demodê...hsahsah!
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JJJ Veterano
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# mai/14 · Editado por: JJJ
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muito dos grandes guitarristas improvisam em seus solos ao vivo! (2)
Eu diria que, exceto o Alex Lifeson, todos fazem isso! kkkkkkk
Particularmente, não tenho muito saco pra decorar porra nenhuma. E não acho razoável um músico "pop" ficar tocando com partitura, tablatura, whatever... Então, de modo geral, prefiro pegar a "ideia" do solo e fazer algo dentro dessa ideia, ao invés de copiar tim-tim por tim-tim, cada notinha... A única exceção que não me permiti fazer isso foi com o solo de Time, do Pink Floyd (sei lá porque... esse tentei sempre fazer ipsis litteris).
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Ismah Veterano |
# mai/14
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JJJ
Dizem que algumas bandas como AC/DC e CPM22 também não decoram os solos...
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Cezi Veterano |
# mai/14
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Puxa, pensei que só eu tinha esse problema rsrsrs.
Mas uma coisa que me faz lembrar de tudo é mais o som do que o movimento da mão. Tanto que se a melodia for difícil e eu não conseguir entender, ou um trecho difícil com muitas notas, não memorizo nem ferrando.
Com o tempo dá para relacionar o movimento dos dedos com o som que está na cabeça, ficando mais fácil. Até mesmo para tirar músicas que você conhece a melodia de cabeça mas nunca parou para tirar "nota por nota". Não tenho muita fundamentação teórica, mas creio que o conhecimento de escalas, suas formações, desenhos e sonoridades resolve muito. Pelo menos para mim ajudou.
Abraço
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