Euxinus Membro |
# abr/13
Estou fazendo esse post para ajudar os que estiverem na mesma situação que eu: trazer uma guitarra dos EUA na bagagem. Desculpem se ficar um pouco longo. Primeiramente gostaria de agradecer os outros que já postaram aqui situações parecidas. Me ajudaram muito na minha compra! Principalmente um totorial muito legal, com um passo a passo. Minha ideia é acrescentar alguns pontos, reforçar outros e atualizar para a Abril de 2013. Acho que todo mundo que busca uma guitarra intermediária se depara com isso: vê o preço numa loja aqui do Brasil, compara com o preço de uma Guitar Center ou Sam Ash na internet e toma um susto na diferença. “- Cara@#0!!!” Mais que o dobro do preço, em algumas guitarras... Como mais cedo ou mais tarde ia viajar a passeio para os EUA, esperei para comprar lá. Vamos lá então:
1 – Comprando a Guitarra Comprei a minha no Guitar Center em NY, na 14st. Muito grande a loja, diria que dá umas 3x o tamanho de uma Reference da Teodoro. Atendimento nota 10, muito profissional, cordial e prático. O vendedor te dá a guitarra, te leva num ampli com as características que você quer e te deixa em paz, não fica do seu lado. E pode pedir outras para experimentar e comparar que ele trás na boa. Não tinha a guitarra da cor que eu queria. O cara nem se abalou: perguntou até quando eu ficaria na cidade e encomendou uma pelo site deles. No dia combinado a guitarra estava lá, exatamente do jeito que eu queria. Detalhe: me mandou uns 5 e-mails avisando do andamento do pedido. Dica: negocie o preço, os caras não se ofendem. Na etiqueta estava US$ 1,749.00. Paguei US$ 1,450.00!! Guitarra Fender Strato DeLuxe Ash. Mas tem que estar com o inglês em dia, claro. Lembrando que é esse preço mais uns 9% de imposto (8 vírgula-qualquer-coisa).
2 – Embarcando com a Guitarra Quem não ficaria preocupado de mandar a guitarra junto com a bagagem, não é mesmo? Uns dizem que dá pra levar junto na cabine, outros dizem que não... Dá sim. Muito na boa, não tem nem discussão. Só mostrei o case pro atendente da Delta no check-in e o cara s me deu uma etiqueta pra colocar na alça pra levar comigo, tranquilex. E o case da Fender nem é dos menores. Dentro do avião é só deixar com o comissário que ele leva para um compartimento perto do piloto. Na chegada em SP, tava o próprio piloto (ou co-piloto, não sei direito) com a guitarra na mão pra me entregar na saída da aeronave...
3 – Na Alfândega Pois é, esse é um dos momentos mais tensos, todo mundo fica bem preocupado com essa hora, mesmo antes de embarcar para a ida – quanto mais na volta. Vou tentar ser um pouco mais detalhista, pra diminuir a tensão de quem vai passar por isso. Depois de pegar suas malas, logo após o freeshop (isso aqui em Guarulhos-SP), você pode pegar 2 filas: “nada a declarar” OU “declarantes” A regra é de que tudo que passar acima de US$ 500 tem que declarar. Aí você paga um imposto de 50% do que exceder esse valor. Detalhe: dólar oficial, mais barato que o paralelo ou o do cartão de crédito (Eu paguei R$1,97). Se você não declarar e for parado na fila do “nada a declarar”, vai pagar 50% de imposto MAIS 50% de multa. Esse é o dilema: tentar a sorte no “nada a declarar” e economizar uma graninha, mas correr um risco de pagar 100% ou declarar e garantir 50%? Tudo isso sobre o que exceder os US$ 500, para ficar bem claro. Como li alguns relatos de que os fiscais estavam rigorosos quando viam case de guitarra, resolvi não arriscar. Declarei a guitarra. Não tava a fim de me estressar. Entrei na fila dos “declarantes” com a notinha da guitarra lá do Guitar Center. A tensão continuou, pois poderiam revistar a minha mala e “embaçar” com o monte de roupas que eu trouxe. Na fila dos declarantes, TODA a sua bagagem, guitarra inclusive passa num raio x. Mas nem quiseram saber do resto das minhas malas. Aí você chega em uma bancada grande e o fiscal pergunta o que você está declarando. Mostrei a guitarra, nota, etc. Detalhe: o fiscal SABE MUITO BEM do que se trata, sabia o modelo (sem eu falar) e sabia onde estava o nº de série. Me aconselhou a registrar no DANFE (o documento com o valor do pagamento pra receita) o nº de série, assim eu poderia sair com ela do país e voltar sem pagar mais nada. Conversando com ele eu tive a clara impressão que se eu tivesse tentado a sorte no “nada a declarar” teria me dado mal... A tensão nesse momento abaixa bastante, o cara nem quis saber do resto da minha bagagem. Mas apesar de ser relativamente tranquilo o processo, é bem demorado. Perdi pra mais de uma hora e meia. Após o fiscal ver sua guitarra, você mesmo tem que preencher o DANFE num computador deles e imprimir o boleto. Dica: você pode pagar num guichê indicado por eles com cartão do seu banco, não precisa levar em dinheiro vivo. Final da história: Com tudo isso a guitarra (Fender De Luxe) saiu o total de cerca de R$ 4.300,00. Acabei de consultar uma grande loja aqui de SP e está na promoção por R$ 8.800,00... Teria a opção de comprar pela internet com os caras que trazem e talz, mas não tenho coragem pra tentar a sorte. Do jeito que eu sou sortudo receberia o case com um tijolo dentro, rsrsrs... Fiquem a vontade pra perguntarem o que quiserem, devo ter esquecido de diversos detalhes!
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Unknown Veterano |
# abr/13 · Editado por: Unknown
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Vou dar minha contribuição ao tópico, pois voltei recentemente (março) justamente de Nova York, rs:
2 – Embarcando com a Guitarra Quem não ficaria preocupado de mandar a guitarra junto com a bagagem, não é mesmo? Uns dizem que dá pra levar junto na cabine, outros dizem que não... Dá sim. Muito na boa, não tem nem discussão. Só mostrei o case pro atendente da Delta no check-in e o cara s me deu uma etiqueta pra colocar na alça pra levar comigo, tranquilex. E o case da Fender nem é dos menores. Dentro do avião é só deixar com o comissário que ele leva para um compartimento perto do piloto. Na chegada em SP, tava o próprio piloto (ou co-piloto, não sei direito) com a guitarra na mão pra me entregar na saída da aeronave...
Isso depende da política da companhia. Já tive experiência com a LAN e a American Airlines, ambas permitem que a guitarra venha no case (ou bag) consigo. Já dessa última vez, peguei voo pela TAM, e não adiantou discutir: A guitarra deve ser despachada, e mesmo com o bag não é possível leva-la para dentro da cabine (fui informado que até um tempo atrás era possível com bag/softcase). Um outro cara passou pela mesma situação que eu no mesmo voo. Resultado: O case da guitarra veio com avarias, pois na fúria que eu estava, não me preocupei em usar aqueles plastic wraps que todo aeroporto oferece. Quanto à guitarra, chegou intacta. Porém, resumindo: Amigos músicos, FUJAM DA TAM.
Aí você chega em uma bancada grande e o fiscal pergunta o que você está declarando. Mostrei a guitarra, nota, etc. Detalhe: o fiscal SABE MUITO BEM do que se trata, sabia o modelo (sem eu falar) e sabia onde estava o nº de série. Me aconselhou a registrar no DANFE (o documento com o valor do pagamento pra receita) o nº de série, assim eu poderia sair com ela do país e voltar sem pagar mais nada. Conversando com ele eu tive a clara impressão que se eu tivesse tentado a sorte no “nada a declarar” teria me dado mal...
Também depende. Eu declarei a minha, e tive que ajudar o cara a consultar o site da Amazon para ele avaliar se o preço da nota era compatível com o preço do site (e sequer abriu o case da guitarra para confirmar se o modelo era o mesmo). Mas os dois agentes que lá se encontravam foram bem simpáticos e não demonstraram a famosa arrogância que certos funcionários públicos possuem.
P.S.: Recomendo àqueles que estejam indo para NY, que visitem a Samash da 34th (próximo ao Empire State Building, Macy's e cerca de 100m da BH Photo) e procurem por um vendedor chamado Gabriel. Ele fala português, manja todos os macetes da alfândega brasileira e dá bons descontos, além de brindes :)
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