Se você treina 8 horas por dia, quanto tempo te resta pra ouvir música?

Autor Mensagem
Die Kunst der Fuge
Veterano
# nov/11 · Editado por: Die Kunst der Fuge


Não necessariamente 8 horas por dia, mas se você treina uma quantidade de horas muito elevada, quanto tempo te sobra pra ouvir música, diariamente?

Você treina mais do que ouve música?

E aí quando vai ouvir fica ouvindo apenas outros guitarristas?

Você acha que ficar ouvindo exercícios (1-2-3-4 e blublublus) o dia inteiro pode afetar a sua noção sobre a pertinência dos mesmos sendo aplicados em música?

Você acha que uma pessoa que não treina esse tempo todo (falando agora de ouvintes que não necessariamente são músicos), por falta de costume auditivo, pode não achar interessante e/ou agradável a sonoridade de tais exercícios/licks sendo aplicados em música?

Será que isso não cria uma barreira entre as músicas de guitarristas e os não-músicos?

Vocês querem fazer música apenas pra guitarristas?

Pensem sobre isso.

Tmusic
Veterano
# nov/11
· votar


8 horas por dia o.O

Quando eu tenho a sorte de treinar diariamente por pelo menos uma semana, nem que seja meia hora, eu me sinto muito feliz.

Não necessariamente 8 horas por dia, mas se você treina uma quantidade de horas muito elevada, quanto tempo te sobra pra ouvir música, diariamente?

Não treino esse tempo :B

Você treina mais do que ouve música?

Não.

E aí quando vai ouvir fica ouvindo apenas outros guitarristas?
Não, nem gosto de ouvir um unico guitarrista solando. Ouço as bandas e, nas q tem guita, presto atenção na guita. :B

Você acha que ficar ouvindo exercícios (1-2-3-4 e blublublus) o dia inteiro pode afetar a sua noção sobre a pertinência dos mesmos sendo aplicados em música?

Sim, negativamente, logico.

Você acha que uma pessoa que não treina esse tempo todo (falando agora de ouvintes que não necessariamente são músicos), por falta de costume auditivo, pode não achar interessante e/ou agradável a sonoridade de tais exercícios/licks sendo aplicados em música?

Ouvintes q nao são musicos nem prestam atenção nisso, prestam atenção mais no vocal e pronto. Pouquissimos ouvem um lick e veem algo parecido em outra musica e falam "eu já ouvi isso antes".

Será que isso não cria uma barreira entre as músicas de guitarristas e os não-músicos?

Só se o guitarrista for muito retardado.

Vocês querem fazer música apenas pra guitarristas?

Definitivamente, não.

stroudcastle
Veterano
# nov/11
· votar


Não necessariamente 8 horas por dia, mas se você treina uma quantidade de horas muito elevada, quanto tempo te sobra pra ouvir música, diariamente?

Não treino isso tudo... mas lembrei de um amigo meu que treina e escuta música ao mesmo tempo hehe

Você treina mais do que ouve música?

Tento dividir as duas coisas, mas quando to afim passo meu tempo tocando e quando não to, fico só escutando música mesmo.

E aí quando vai ouvir fica ouvindo apenas outros guitarristas?

Gosto de ouvir a música que me agrada, pode ser tanto outros guitarristas quanto música sem guitarra mesmo.

Você acha que ficar ouvindo exercícios (1-2-3-4 e blublublus) o dia inteiro pode afetar a sua noção sobre a pertinência dos mesmos sendo aplicados em música?

Pois é cara, eu particularmente quando não manjava nada de teoria, técnicas e etc, conseguia compor facilmente coisas legais, hoje em dia me sinto preso a harmonia e nas guitarrices. rsrs

Você acha que uma pessoa que não treina esse tempo todo (falando agora de ouvintes que não necessariamente são músicos), por falta de costume auditivo, pode não achar interessante e/ou agradável a sonoridade de tais exercícios/licks sendo aplicados em música?

Acho sim, até porque exercício não é música, por isso até costumo a treinar com a guitarra desligada pra poupar os ouvidos dos outros. rsrss

Será que isso não cria uma barreira entre as músicas de guitarristas e os não-músicos?

Verdade, tem música que só guitarrista consegue ouvir, aí quando surge alguém que agrada ambos os lados se torna um mito como o Slash.

Vocês querem fazer música apenas pra guitarristas?
Ah... só sei que toco o que gosto de ouvir, até porque não sou músico, longe disto.

Jube
Veterano
# nov/11
· votar


Die Kunst der Fuge
Li seu texto e o que mais chamou atenção foi o seguinte trecho:

Vocês querem fazer música apenas pra guitarristas?

Acho que aqui entra muita gente que usa o fcc e outros canais de musica para divulgar seu som, o que impressiona outros guitarristas é blublublu e todo mundo acaba seguindo para esse caminho.

MMI
Veterano
# nov/11
· votar


Die Kunst der Fuge

Já passei por várias dificuldades por conta dessas suas questões levantadas. Ouvir música é essencial, especialmente tentando se livrar de preconceitos.

Há pouco tempo, fui ajudar a produção musical de um CD num estúdio bacana. O cara lá se dizia um ás, falavam que era músico e um excelente engenheiro de som, inclusive o cara se achava tão bom que se irritava com palpites. Já no primeiro dia, na conversa surgiu um assunto que falamos sobre Charlie Christian e Martin Taylor, porque na produção teria um detalhe de guitarra jazz, alguns segundos no álbum inteiro. O bonzão disse que desconhecia, não gostava, não sabia quem eram, que sabia tudo de metal. Eu logo pensei, vai dar merda, o cara não vai saber fazer o trabalho... Dito e feito, o cara não tinha informações para gravar, mixar e masterizar guitarras mais limpas, às vezes um pouco crunchadas, violões e 10 segundos de guitarra jazz. E te digo, o sujeito não é qualquer um, não pense que é um moleque desses que se tromba por aí, tem seu nome no meio.

Depois eu continuo o raciocínio, o dever me chama aqui... kkkkkk

Paul Gilmour Petrucci
Veterano
# nov/11
· votar


Die Kunst der Fuge

Bem pertinente o que você colocou. Passo longe disso, nem tenho esse tempo para treinar, na verdade imagino que pouca gente o tenha ou se dedique neste nível.

Sobre musicalidade, acho que é essencial escutar muita música, diferentes estilos, do punk rock ao avant-garde jazz, da música erudita ao folk, etc... acho que só assim pode-se explorar cada vez mais o universo da música, seja da guitarra ou em outros instrumentos.

Aprendi a usar minha guitarra melhor escutando Claude Debussy, Miles Davis, Charles Mingus, Etta James, Beethoven, John Coltrane, Noel Rosa, entre outros.

linhares80
Veterano
# nov/11
· votar


Die Kunst der Fuge

tóPICÃO

carnisa1
Veterano
# nov/11
· votar


Eu treino algo em torno de uma 5 horas pro dia, não seguidas mas eu pego a guitarra e começo a tocar...

Del-Rei
Veterano
# nov/11
· votar


Die Kunst der Fuge
Cara, eu raramente estudo. Fiz 1 aula de guitarra, como test-drive e não voltei.
Nunca gostei de exercícios... E o que eu curto escutar e tocar não é nada com dificuldade elevada.
E por isso acho que minha técnica é muito limitada. Mas sou feliz assim, hehehe.

Acho que criaram um mito de que bom músico precisa apenas saber fritar um instrumento. E o pior é que eu acho que isso se originou nos próprios instrumentistas, que travam batalhas e competições psicológicas com os outros.

Saber tocar 300 notas por segundo só impressiona a outros instrumentistas. O leigo (que aprecia a música como um conjunto) não dá a mínima pra técnica, desde que a música lhe agrade os ouvidos.

Bom, de qualquer forma, preciso estudar mais... hehe.

Um aceno de longe!!!

Binohendrix
Veterano
# nov/11
· votar


A época que eu mais me irritei com a guitarra foi a época de aprender o blublublu...Ficava com a mão doendo, irritado com a falta de clareza nas notas, quase não aprendi nenhuma música nessa época. Depois voltei só pelo gostinho de tocar as músicas que gostava ( motivo pelo qual comecei a tocar) e voltei a escutar muita música novamente. Mas confesso que a fase do blublublu e escalas intermináveis me deu MUITA confiança e uma melhora enorme na pegada.

AceFrehley
Veterano
# nov/11
· votar


Del-Rei

Saber tocar 300 notas por segundo só impressiona a outros instrumentistas. O leigo (que aprecia a música como um conjunto) não dá a mínima pra técnica, desde que a música lhe agrade os ouvidos.

Ja penso diferente cara, a maioria dos meus amigos que se denominam metaleiros, acham os caras fodas porque tocam rápido, eles não tocam, mas acham que O Synyster Gates, o Malmsteen são fodas porque tocam rapido... ja mostrei Vaughan, Page, e não gostaram, preferem os que fritam, já os que eu conheço que tocam guita tambem, parecem apreciar mais um Bend, uma Semibreve no solo, ja os leigos preferem os rapidões que tocam em semifusas, porque acham que o cara é "foda"...
Trágico

PS: não estou falando que quem toca rapido é ruim, tambem curto quem toca rapido (nao gosto do malmsteen ta?), foi só uma obsevação

Die Kunst der Fuge
Veterano
# nov/11
· votar


A questão não é virtuosismo x feeling. É sobre sonoridade, independentemente se o cara toca rápido ou lento.

Vejam os posts do MMI e Paul Gilmour Petrucci, por exemplo.

lcsrs
Veterano
# nov/11
· votar


Eu treino em torno de 2 a 3 horas por dia faço sempre 1 hora de cromatismo, aqueles exercicios chatos de 1234, ligados, essas coisas.
Depois disso fico treinando acordes e depois gosto de brincar na guitarra, improvisar, frzer umas loucuras essas coisas.
Preciso me puxar mais na teoria, porque ainda to bem fraco nisso mas estou estudando também.
Acho que mesmo estudando uma boa quantidade de horas por dia tipo umas 3 horas ainda da tempo pra ouvir musica, descobrir musicas novas e etc.
Eu por exemplo quando chega de noite fico vendo videos no youtube de musica clássica, sei la eu ando curtindo bastante agora.
Acho que temos que ter tempo para as duas coisas, apreciar a musica, e também para treinar, pois sem treinar ninguém vai chegar a lugar algum,

MMI
Veterano
# nov/11 · Editado por: MMI
· votar


Die Kunst der Fuge

Já passei por várias dificuldades por conta dessas suas questões levantadas. Ouvir música é essencial, especialmente tentando se livrar de preconceitos.

Há pouco tempo, fui ajudar a produção musical de um CD num estúdio bacana. O cara lá se dizia um ás, falavam que era músico e um excelente engenheiro de som, inclusive o cara se achava tão bom que se irritava com palpites. Já no primeiro dia, na conversa surgiu um assunto que falamos sobre Charlie Christian e Martin Taylor, porque na produção teria um detalhe de guitarra jazz, alguns segundos no álbum inteiro. O bonzão disse que desconhecia, não gostava, não sabia quem eram, que sabia tudo de metal. Eu logo pensei, vai dar merda, o cara não vai saber fazer o trabalho... Dito e feito, o cara não tinha informações para gravar, mixar e masterizar guitarras mais limpas, às vezes um pouco crunchadas, violões e 10 segundos de guitarra jazz. E te digo, o sujeito não é qualquer um, não pense que é um moleque desses que se tromba por aí, tem seu nome no meio.


Continuando aqui, desculpe...

Penso que não deve fechar a cabeça para estilos que não estamos acostumados, quem é músico pode se deparar numa situação que pode precisar. Quem é músico ou trabalha com música devia ao menos conhecer estilos diferentes, do clássico ao pagode, passando por metal, blues, bossa nova e tudo o mais. Não gosta? Muito bem, atente a timbres, levadas, arranjos, harmonia, muitas vezes se encontra algo interessante onde aparentemente se diria "não gosto", apesar que tem muito lixo por aí que não se aproveita nada. Quer um exemplo de algo que há uns anos eu me negaria a ouvir e seria uma certa "estupidez"? Experimente solar na sua guitarra (ou mesmo cantar junto) exatamente as notas que ela canta nessa música. Tenho certeza que o arranjo dela vai te derrubar e deixar para trás no mínimo alguma vez.

http://www.youtube.com/watch?v=rXxyYOfcOGU

Nisso você acumula ideias que num futuro você pode usar num solo seu e diferenciar seu estilo, surpreender, sem fazer blublublu que honestamente já encheu o saco, com o perdão da palavra. São coisas que muita gente nota e não cai na "música para músicos".

É muito tentador estudar, estudar, estudar e depois tentar imprimir o resultado de seus estudos nas suas músicas. Nisso alguns acabam se tornando uma caricatura, fazem músicas com milhões de notas rapidíssimas e fica extremamente cansativo. Da mesma forma, apesar que me impressiona muito mais, alguns conseguem colocar dissonâncias, chords melodies e contrapontos lindos, só que tenho certeza que muita gente não percebe ou não sabe o que foi aquilo nem a dificuldade que se teve para chegar àquele resultado, mas se pode usar isso mesmo no rock, metal ou jazz e música clássica. Quantos aqui já perceberam as dissonâncias e diminutas da Sonata ao Luar de Beethoven?

http://www.youtube.com/watch?v=9xdk031EjHc

Acho que isso é ouvir música e crescer. Nisso dá para melhorar a qualidade de sua música sem ser chato e sem ser um punheteiro de guitarra. Quer tocar os seis minutos dessa sonata em 1 minuto, a milhão? Manda ver, vai ser meio chato, mas a qualidade é muito superior a caras que se prendem a uma escala só.

T-Rodman
Veterano
# nov/11
· votar


MMI
Isso é o que eu espero da música em geral.
Vamos assim dizer, o comparativo que eu vi crescer foi lá fora, com a black music em geral. Começou tosco com o hip-hop nos anos 80 (Afrika Bambataa, Public Enemy, etc) - melhorando drasticamente já nos anos 90 no Dr. Dre, Puff Daddy - chegando ao mainstream pop com o Black Eyed Peas. E isso porque black music nem é minha área. Mas só de pegar coletâneas de 'sucessos pop' durante esses anos, dá-se pra notar que a produção musical melhorou consideravelmente.

Por aqui, no Brasil, infelizmente, parece que eu vejo o contrário. Cada vez mais produções musicais ruins - principalmente se compararmos os 'clássicos álbuns dos anos 70' (Tom Jobim, Novos Baianos, Mutantes, Milton Nascimento, Roberto Carlos, etc) - com a MPB de hoje. No segmento mais popularzão então, até começamos com nossa black music, mas também, parece que nunca melhoraram a produção (salvo raras exceções, principalmente pessoais de cada artista).

Falando nessa linha sobre guitarristas, alguém que queira diversificar na guitarra, creio que temos bons representantes nas décadas passadas, tipo: Pepeu Gomes, Toninho Horta, Wander Taffo - gente versátil que já tocou de tudo na vida, rs.

Viciado em Guarana
Veterano
# nov/11
· votar


Eu escuto mais do que treino!

Drive30
Veterano
# nov/11
· votar


I don't care much about music. What I like is sounds.
(Dizzy Gillespie)

Acho que isso resume bastante o pensamento de alguns musicos, e explica em parte o tópico.

No meu caso eu gosto dos 2 , curto 'música' , mas tambem curto 'sons', gosto de ligar a guitarra num valvulado e ficar mandando powerchords, gosto de um harmonico, de uma alavancada, enfim.. eu sou guitarrista cacete!

Excelion
Veterano
# nov/11
· votar


Eu nem treino só toco.

Se bem que tocar é treinar, hm.

De Ros
Veterano
# nov/11
· votar


Die Kunst der Fuge

Se você treina 8 horas por dia, quanto tempo te resta pra ouvir música?

16 horas.
E se o cara dorme 8 horas, sobra ainda 8 horas.

Acertei? Pode depositar o valor do prêmio na minha conta, depois eu passo por e-mail!!!

MauricioBahia
Moderador
# nov/11 · Editado por: MauricioBahia
· votar


De Ros: sobra ainda 8 horas.

E a mulherada? O futebol? O banho? heehe

Abs

led123_del321
Veterano
# nov/11 · Editado por: led123_del321
· votar


Eu já acho que o buraco é bem mais em baixo.

Ser só um especialista, além de limitações em termos de variedade e possibilidade estética, como sugeriu o MMI, acredito que condicione o músico também a limitações artísticas; me refiro à criatividade.

Por outro lado, não ser também um especialista em determinado assunto, da mesma forma vai determinar uma limitação em termos técnicos e artísticos. Porque não se cria nada, não se é realmente bom em algumas coisa sem dedicação extrema, em ambos os sentidos.

O que eu quero dizer é que também não adianta só ser superficialmente eclético, ou seja, procurar proveito em gostos alheios, como também sugeriu o MMI, sem procurar enxergar a essência do que é feito pelos artistas. Nesse caso, da mesma forma como acontece com o especialista, você está fadado a "criar" coisas que são só colagens - "convincentes", se você tiver técnica - de coisas alheias.

Bom, acho que já tá virando conversa de maluco, mas vou postar aqui um trecho de uma coisa que eu tava escrevendo esses dias, em mais uma das minhas tentativas de sistematizações. Apesar de aparentemente fugir do assunto, acho que não foge tanto assim, e é bem pertinente.


É sobre estética e intenção.

"Eu, particularmente, uso a palavra "intenção" - geralmente uso "intenção artística" - pra me refeirir à verdade artística; à essência da arte. Portanto, entendo que a arte em si está na essência.

Já a estética seria uma espécie de puta da arte. Você deve fazer com que a arte use a estética, o suficiente para suprir suas necessidades, mas não pode permitir que a última domine a primeira; e tenha certeza que ela vai tentar. Ela é sedutora; é naturalmente e facilmente uma fonte de beleza e prazer, mas ambos superficiais, e por si só não têm a essência, pois elas servem a qualquer um. E é exatamente essa superficialidade estética que dá total condição ao fanatismo, ao deslumbramento, às pseudo-composições, p-u-nhetações high gain aleatórias, quer dizer, tudo o que é futilidade e não é essência. Tudo isso propicia o comprometimento do processo criataivo. Ou seja, é aí que o cara se ferra.

E pra vocês verem como a estética é uma desgraça, obras que gritam verdade artística, mesmo depois de prontas, ainda continuarão sofrendo com esse mal necessário, enquanto houver quem veja as coisas de modo superficial; seria esse o "fanatismo" ao qual eu me referia, seja em formas mais superficialmente visíveis, seja disfarçado de pretensão, eloquência, vaidade ou sentimento de superioridade. Ou seja, a cilada não está só no processo criativo; na verdade ela começa antes disso, como se pode concluir.

À propósito, não são raros os artístas (sem áspas) que se deixam sugestionar por isso. Esse tipo de supervalorização das coisas erradas, por parte das pessoas, seja pela idiotice in natura, seja pela idiotice disfarçada por argumentos, acaba por convence-los (os artistas) de que eles realmente são superiores, fazendo, assim, com que a criatividade dos mesmos entre em declínio."


É isso, acho que tá bom heheh

ps: a frase que o Drive30 citou ali me lembrou outra que eu li esses dias, quando digitei "frases John Coltrane" no google, na minha ingenuidade de achar que eu iria encontra o fraseado dele no google, e consequentemente tocar daquela forma. Enfim, não achei as "frases" que eu queria, mas achei isso aqui. Não sei se é dele realmente, não conferi. Mas a frase é o que importa:

"Voce pode tocar um cardarço de sapato, se for sincero."

Agora sim, é isso...

Die Kunst der Fuge
Veterano
# nov/11
· votar


De Ros
Acertei?

Não =/

Drive30
I don't care much about music. What I like is sounds.

Eu acho lamentável um negócio desses.

Carregando
Veterano
# nov/11
· votar


ouço musica no trabalho, tomando banho, antes de dormir, andando de carro..
enfim, da pra aproveitar muito o tempo para ouvir musica..

mas eu não treino 8 horas por dia.

leandroantonioli
Veterano
# nov/11 · Editado por: leandroantonioli
· votar


Nossa, também já passei por essa fase de estudar até mais de 8 horas por dia. Entrava no quarto de manhã e só saia à noite com uma baita de uma olheira. Pra quem leva a guitarra a sério mesmo, acredito que isso seja de fato uma fase. Faz parte do amadurecimento.
Também já fui metaleiro. Desprezava outros estilos de música e adorava o "blublublu". Isso de fato também foi uma fase.

Hoje penso que existem dois caras: o "guitarrista" e o músico. Esse último toca muito bem guitarra, mas pensa na música como um todo, como um conjunto, onde cada instrumento tem sua importância. Já o puramente "guitarrista" é individualista, e seu instrumento deve ser sempre o foco das atenções não importando o que está tocando.

Fui me tornar um músico quando comecei a tocar em banda de eventos, pois além das aulas era o que mais me remunerava. Ali tive de lidar com vários estilos que jamais imaginei tocar: forró, axé, músicas lentas internacionais, etc. E no final das contas pude perceber que nesses estilos, por pior que possa parecer, você sempre tem algo a aprender, pois são músicos muito competentes que trabalham com esses artistas. Em termos de harmonia alguns podem ser muito interessantes.

Enfim, hoje gosto de música, e não apenas de guitarra. Tanto que a música autoral que mais me agradou até o momento é essa, cuja guitarra é simples: http://www.4shared.com/audio/L1dO_bQv/Like_a_Bird_in_the_Sky.html?

Bigtransa
Veterano
# nov/11
· votar


acho q os caras que mais fuderam com a guitarra foram o vah hallen, o malmsteen e o petrucci, não por causa dos respectivos e fantásticos trampos, o que fode tudo é a legião de "wannabes"...


ps: post só pra encher o saco

Gabriel Landim
Veterano
# nov/11
· votar


Acho que depois de uma determinada fase de adquirir técnica no instrumento, ouvir música é mais importante até do que treinar.
Já fazem quase dois anos que eu praticamente deixei de praticar exercícios na guitarra.

Hoje toco muito menos que antigamente, quando era mais novo eu ficava praticando 6 horas por dia. Atualmente quando pego na guitarra, toco junto com os discos e músicas que eu gosto ou então fico improvisando e fazendo camadas no looper da pedaleira. Às vezes gosto de dar um tempo na guitarra também, fico 1 ou 2 semanas sem tocar nada.

Eu acho que é importante o pessoal que tá começando variar os estilos musicais... eu gosto de música de guitarrista, metal, progressivo e etc.
Mas tem muita coisa que eu ouço que algumas pessoas ficariam surpresas.

Buja
Veterano
# nov/11
· votar


pra mim eu nunca quis ficar treinando 1-2-3-4, sempre achei odioso, talvez seja por isso que tenho tanta dificuldade com velocidade e tecnicas mais complicadas. Mas sempre achei essencial ouvir musica e tentar tirar delas ideias pra fazer o som legal
sempre gostei de tocar metallica no clean e red hot com high gain, porque, as ideias fluem
e é importante d+ perder o preconceito. Nunca evolui nada quando so escutava metal somente.
Hoje escuto so 70% das vezes, rsrsrs, mas estou lutando contra o preconceito da mente de nao escutar outro tipo de musica, e sinceramente, agora que dei pra tocar chorinho e bossa nova e nao somente escutar num barzinho tomando chopp (antigamente eu dizia bosta nova, foi mal ae) , percebi que a graça de tocar guitarra, voltou 100%. O baixo ja ta pegando poeira ali, de tanto que so estou tocando outros estilos nas 6 cordas. E numa boa, quando vc muda de estilo, tira uma musiquinha nova, chorinho, flamenco, blues (ainda nao tenho esse tal de feeling), mas numa boa, quando muda de estilo, é incrivelmente desafiador e muito legal.

"Abaixo o preconceito mesmo, cegador de mentes dos inferno"

o/

eduardodff
Veterano
# nov/11
· votar


Se você treina 8 horas por dia você é um bitolado ou desocupado ou já está com uma lesão por esforço repetitivo (LER).

Raciocina: se você treina 8 horas por dia , sobram 16h, você dorme em geral 8h, sobram 8h, você almoça e janta, perde de 1 a 2h pra isso, sobram 6h, você ou estuda ou trabalha come 4h se for só um turno, sobram 2h! Se você mora em SP/RJ não sobra tempo pois o engarrafamento come!

Conclusão => Se você treina 8h por dia e não é profissional da música, provavelmente você é Vagabundo

Modo zueira/off

Arimoxinga
Veterano
# nov/11
· votar


Gabriel Landim
Mas tem muita coisa que eu ouço que algumas pessoas ficariam surpresas.


nem vem me falar que ouve Black label society e curte os vibratos do Zakk hahaha

Peace!!

Marcus_guitarra
Veterano
# nov/11
· votar


tudo aquilo q sai som quando toca exercicos isso é musica. e mesmo assim dar para escutar no serviço!

Você não pode enviar mensagens, pois este tópico está fechado.
 

Tópicos relacionados a Se você treina 8 horas por dia, quanto tempo te resta pra ouvir música?