A fina linha entre copiar outros musicos e produzir o nosso proprio som

Autor Mensagem
mateusstarling
Veterano
# fev/11


Escrevi esse texto inspirado num topico: "guitarrista orginal ou copiada de outro".

Hoje quero falar de um assunto que palpita na idéia de qualquer músico que começa a ter uma intimidade maior com o instrumento que é a tênue linha que existe entre imitar outros músicos e ter o seu próprio estilo.

Imaginemos a possibilidade de visitar uma tribo indígena no meio da floresta Amazônia (ou qualquer outro lugar distante nesse mundo que você tenha conhecimento), uma tribo que jamais teve contato com o homem branco e pensemos, também, na possibilidade de presentearmos os silvícolas com guitarras, violões, baixos, baterias, peças de percussão, violinos e etc.

Novamente deixamos essa tribo isolada por mais 20 anos e depois voltamos para ver em que nível musical esses índios conseguiram chegar longe de qualquer contato com a civilização. Pode ter certeza que a decepção vai ser enorme e eu explico por que.

Certamente os índios usam a musica para se comunicar, não estou aqui entrando no mérito e na qualidade musical dos índios, alias com certeza eles dominam instrumentos que nós não dominamos e produzem musicas que nós não produzimos, mas o ponto em questão é que estamos dando instrumentos que foram desenvolvidos por nós e para as nossas necessidades musicais.

Dei uma volta para dizer o quão importante é a referencia musical em nossas vidas. Se hoje eu toco guitarra é porque um dia eu vi alguém tocando esse instrumento, e certamente isso é uma verdade para 99% dos guitarristas do globo terrestre.

Se eu hoje uso de uma técnica de guitarra chamada Bend é porque um dia eu tive essa referencia sonora em minha vida, ou seja, outras pessoas pagaram um preço por anos para desenvolverem técnicas, conceitos e caminhos musicais que nós hoje nos apropriamos em horas ou dias.

Se quisermos quebrar as regras é preciso antes conhecê-las, até porque ninguém pode romper de algo que não se tem conhecimento. Dessa maneira, é bem natural que comecemos a tocar imitando outros músicos. Existem pessoas que exageram e até copiam as atitudes fora do palco, roupas e etc. O fascínio por determinando instrumentista é um caminho natural para o aprendizado.

O mestre de hoje foi influenciado pelo mestre de ontem, e esse ciclo vai retrocedendo eternamente no tempo até chegar ao criador da música que a colocou dentro nós sem fazer distinção. Não existe um ser humano nesse mundo que não tenha a musica pulsando dentro de si, não existe um ser humano nesse mundo que não cante uma musica. Em qualquer lugar do mundo a musica esta presente, independentemente da cor, raça, religião ou condição social. A música é o dom mais democrático da humanidade.

Quando falamos de música falamos de uma forma de comunicação auditiva, tal como é a fala. Se hoje eu falo português fluente foi porque antes eu ouvi os meus pais falarem. Assim foi com toda humanidade, cada um em seu contexto lingüístico. Muitas pessoas não entendem que a música funciona como um idioma, ou seja, a melhor maneira de se tocar música é ouvindo e repetindo.

A pior coisa do mundo é aprender um novo idioma com um livro na mão, porque antes da experiência sonora você esta tentando ter uma experiência visual. A musica não é diferente, ela não pode ser aprendida unicamente através de livros, antes ela precisa ser capitada pelo ouvido e reproduzida. Pode acreditar que muitas idéias são desenvolvidas quando tentamos copiar algo e tocamos da maneira aproximada e dessa maneira começamos a romper vagarosamente do que é de outro para trazer para o nosso mundo, para a nossa limitação e entendimento.

O grande problema não é copiar outros músicos, o problema é nunca conseguir romper com essa fina linha que existe entre a referência e a personalidade. A verdade é que poucas pessoas conseguem fazer isso com louvor.

Já disseram uma vez que é melhor soar como alguém do que não soar como ninguém, ou seja, não adianta tocar sem ter referencia e tocar algo que não tem nenhuma base no que já foi feito antes, em algum grau todo o musico precisa de uma pitada de alguém.
Para não ser um texto meramente reflexivo eu recomendo um exercício.

Ouça um solo que você considere como um solo incrível. Analise esse solo conceitualmente, nem pegue o instrumento para essa lição, perceba como o solo começa, perceba como o solista alterna notas esparsas com notas densas, pausas, frases curtas, medias e longas. Perceba os picos de tensão, perceba as dinâmicas. Faça um script do solo e agora faço o seu solo usando as referencias não se preocupe em tocar os mesmo licks, mas apenas os conceitos.

Bons estudos e Deus te abençoe.
Mateus Starling
www.MateusStarling.com.br

sidguitar1
Veterano
# fev/11
· votar


mateusstarling otimo texto,essa parte final dos conceitos é dez,eu acho q isso a ajuda a fazer um solo,um improviso com começo meio e fim,e as ferramentas q serao usadas pra contar essa historia vao depender muito da influencia do guitarrista,daquele bend ,daquele ligado,do guitarrista ou ate de outro instrumento q o musico ficou horas e horas tentando tocar copiar seus idolos,parabens, tava vendo seus videos,tem muito conhecimento,valeu por estar dividindo isso com outros musicos,abraço brother

ThiagoBarbosa
Veterano
# fev/11
· votar


Excelente texto.

Acho que tudo que fazemos, tudo mesmo, passa por um conceito já definido. Aí vêm as nossas influências. Para um guitarrista, não há como começar sem uma influência, pois querendo ou não todos os conhecimentos passados são influências - sejam do guitarrista preferido, estilo musical, banda preferida, ou até mesmo influência do meio de estudo/ensino ou professor.

Eu faço faculdade de Design Visual, e isso acontece também no meu meio. Temos as influências de designers do primeiro período industrial, do segundo, de períodos artísticos europeus, americanos, etc. Porém o que diferencia o meu trabalho do trabalho dos designers que já existiram é justamente uma pesquisa mais teórica que resulta em uma mensagem-chave que chamamos de conceito.

Você, a partir de um conceito, começa a criar a sua própria coisa - vamos chamar de coisa para generalizarmos - e com base nos seus estudos e pesquisas (alguma inspiração, digamos) e com o que você conhece (influências passadas, técnicas) você pode chegar a um resultado final (música).

Esse é um dos jeitos de enxergar o assunto. Tem gente que cria música enquanto dorme. A exceção que confirma a regra.

erico.ascencao
Veterano
# fev/11
· votar


Legal o texto...

Para contribuir, acho que existem diferentes tipos de influência. Tem aquele cara que te influencia não necessariamente pela música mas sim pela técnica. Tem aquele que te influencia pela musicalidade. Tem aquele que de tanto você escutar, não necessariamente sendo uma referência de técnica, você acaba assimilando algumas coisas. E por aí vai...

MMI
Veterano
# fev/11
· votar


mateusstarling

parabéns pelo texto.

De fato, não existe músico que não "copie" seus antecessores. Como dizem, estamos apoiados em ombros de gigantes.

Abç

Córtex Frontal
Veterano
# fev/11
· votar


mateusstarling


Cara, como sempre, Parabéns.. Otima reflexão.

MMI
De fato, não existe músico que não "copie" seus antecessores.

É verdade, mas o intuito do texto é de que agente nao deve se agarrar SOMENTE a isso, para que conseguimos tirar nossa caracteristica do instrumento...
Outra coisa é comprar guitarra e equips pois tal guitarrista usa eles..



EXEMPLO: o John Mayer usa stratocaster, quem é fã dele provavelmente vai ter ou querer uma stratocaster...

E assim por diante, eu mesmo hoje em dia eu toco praticamente John Mayer, porém tenho uma lespaul e acho isso interessante pois eu consigo diferenciar bem meu som com o dele.

De Ros
Veterano
# fev/11
· votar


mateusstarling

Muito legal o texto!! São escolhas que todos os artistas tem que fazer, de maneira consciente ou inconsciente, mas todos escolhem seus caminhos. Que vão desde ser um clone até ser um revolucionário, e tudo que existe entre esse dois extremos, com todos os percalços, incompreensões e barreiras que cada um dos rumos ofereçe!

Parabéns pelo texto! Muito a refletir sobre ele!

pulgadopc
Veterano
# fev/11 · Editado por: pulgadopc
· votar


ótimo texto ! ta ai uma coisa que eu acho uma das maiores dificuldades do músico , compor SUA música , e nao soar como outra qualquer .

Abraços e muito sucesso na sua carreira , que se Deus quiser , ainda tem muito pela frente .

Abraços !

EDIT : Ótimo site cara ! Vc trabalha na cover guitarra ?

Rednef2
Veterano
# fev/11 · Editado por: Rednef2
· votar


Concordo com seu texto.
Mas o que as vezes noto no pessoal que nao sai da fase de "querer tocar igual ao guitarrista referencial" é que eles definem tocar bem só quem toca igual ao guitarrista que ele admira.

Vamos dar um exemplo:
digamos que existe 3 guitarristas, 1 desses guitarristas tem um jeito de dar um vibrato menos intenso, o outro manda um vibrato daqueles que parece que o cara ta dando uma alavancada e digamos que o terceiro guitarrista admira mais o cara que manda o vibrato que parece uma alavancada e começa a determinar que o jeito certo de dar vibrato é igual ao seu guitarrista referencial e quem fazer diferente ta tocando errado.
É isso que vemos na guerra sem fim feeling x tecnica, os que curtem mais tecnica definem que só é guitarrista top quem é tecnico, ja os que curtem mais aqueles guitarristas que tocam com um som mais lento define que guitarrista top é os que tocam com "feeling".
Flw galera Paz de Cristo

TavaresBluesMan
Veterano
# fev/11
· votar


mateusstarling
Cara, muito bom! Gostei bastante do texto, traz bastante reflexão.
Abraço

mateusstarling
Veterano
# fev/11
· votar


Muito legal galera todos terem contribuido com suas respectivas opniões, esse era o propósito do tópico. E obrigado também pelas palavras de incentivo.
pulgadopc Obrigado, eu escrevo colunas e matérias de capa para a cover guitarra.

ohm777
Veterano
# fev/11
· votar


Muito bom teu texto!
Penso nisso o tempo todo...

skiva_thrash
Veterano
# fev/11
· votar


Acho que o rompimento dessa linha entre o cover e o original acaba acontecendo na maioria das vezes naturalmente, o cara começa a tirar no instrumento palavras dele. Mas claro que ter referências é fundamental, só temos que ''criar'' o nosso próprio dialeto.

Abraç.

De Ros
Veterano
# fev/11
· votar


mateusstarling
"eu escrevo colunas e matérias de capa para a cover guitarra"

Então a Cover Guitarra ainda existe?

mateusstarling
Veterano
# fev/11
· votar


De Ros Na teoria ainda existe, eles estavam negociando a revista com outros grupos interessados. A ultima edição saiu a mais ou menos 6 meses atrás com o Jeff Beck, a revista onde eu estou na capa com uma materia sobre acordes foi a penultima e saiu mais ou menos em junho de 2010.

mateusstarling
Veterano
# fev/11
· votar


Essa troca de informação é importante porque se pararmos para perceber, apesar de parecer algo simples, ter uma identidade é algo muito incomum entre os músicos, quanto mais hoje em dia que as pessoas possuem muita informação em mãos e no fim das contas o cara acaba se tornando razoavel em quase tudo e não dominando quase nada.

Chuck Bluesbreaker
Veterano
# fev/11 · Editado por: Chuck Bluesbreaker
· votar


"Don't try to sound like someone else - tha's what we call a copycat!" Buddy Guy

é muito mais fácil copiar alguem do que achar seu próprio estilo, um exercicio bom tb é pensar não em soar igual a tal guitarrista, mas pensar em como ficaria bom o seu som se vc estivesse tocando com este guitarrista.

tirei isso do site slowhand



mateusstarling

cara muito massa suas musicas!! dei uma escutada no youtube, a banda toda toca bem demais!!

Loues
Veterano
# fev/11 · Editado por: Loues
· votar


mateusstarling
Esse texto foi muito esclarecedor, são dúvidas que volta e meia apareciam, não sabia o que pensar, ignorava e esquecia...

Se quisermos quebrar as regras é preciso antes conhecê-las, até porque ninguém pode romper de algo que não se tem conhecimento.
Isso foi algo que sempre acreditei, mas antes estava mais restrito a teoria musical. Às vezes tem gente que fala "ah, mas o guitarrista tal fez história e nem conhecia essas teorias aí" - mesmo que isso seja verdade, ignorar o conhecimento disponível não vai te fazer uma lenda igual o cara... Ouvir e imitar as músicas dos outros também ajuda a inovar no campo da prática?

quanto mais hoje em dia que as pessoas possuem muita informação em mãos e no fim das contas o cara acaba se tornando razoavel em quase tudo e não dominando quase nada.
Pode explicar um pouco mais a última parte?

mateusstarling
Veterano
# fev/11
· votar


Chuck Bluesbreaker Obrigado por ter ouvido o som do meu quarteto, sou abençoado de tocar com grandes musicos. Valeu também pela sua contribuição.

Loues Obrigado irmão. O texto que vc trascreveu eu me refiro ao fato de que hoje existe uma busca por se tocar de tudo, e isso é sim uma necessidade, mas as pessoas querem tocar de tudo e no fim das contas não se tornam boas em nada.
O cara quer tocar country, Metal, quer fazer chord melody, tocar outside, Blues e etc. Sim, é possivel fazer tudo isso, mas na busca desenfreado em ser o cara multifacetado muitas vezes agente acaba abrindo mão de buscar algo pessoal, porque algo pessoal vai querer muita dedicação.
Vai ser muito dificil vc encontrar um cara que toque de forma impecavel muitos estilos e que tenha uma identidade musical. Isso tamb acontece com multi instrumentistas normalmente.
Os caras que marcaram com suas personalidades normalmente conhecem outros estilos mas são mestres num determinando seguimento musical.

Pegue ai Jimi Hendrix e SRV, representam o que representam dentro do Blues e do rock, possivelmente poderiam tocar outras coisas mas aperfeiçoaram uma identidade dentro desse segmento.
Em outra mão vc pega Paul Jackson Jr e Danny Gaton (falecido), 2 grandes guitarristas de studio que tocam (tocavam) praticamente de tudo e que fizeram varios cds solos mas nunca conseguiram imprimir uma personalidade musical. O que já é diferente do Ste Lukather que é um cara de studio mas que caminhou para uma vertente mais roqueira e conseguiu imprimir uma personalidade muisical mesmo sendo um cara versatil (mas não tão versatil como os 2 que citei anteriormente).
Essa é uma discussão interessante se pegarmos os grandes musicos que possuem identidade incontestavel e então fazermos uma analise do background musical de cada um desses. Eu ja parei para fazer essa analise e cheguei nessa conclusão por isso mesmo de uns 8 anos para ca eu me firmei em poucas vertentes para conseguir ser mestre no que eu faço.

Loues
Veterano
# fev/11
· votar


mateusstarling
Isso faz muito sentido, e vale também na parte profissional, mesmo se não for músico.

Contigo como foi ir achando o próprio estilo? Foi difícil descobrir o que queria, abrir mão do resto? Pra isso já tem que ter uma boa noção/tempo de música pra ir formando uma identidade mais forte, não?

Olhei algumas músicas da tua banda, e dá pra perceber um estilo pessoal ali, todo o conjunto tem essa mesma consciência? Às vezes existe também a identidade do conjunto em si, não?

mateusstarling
Veterano
# fev/11
· votar


Loues
Amigão, respondendo a sua pergunta. É meio complicado falar que eu tenho o meu proprio estilo ne? Acho que muitas pessoas possam ver isso como algo soberbo, mas enfim é algo que eu venho buscado nos ultimos 4 ou 5 anos, desde que comecei a pensar num cd solo, alias, para mim nunca fez muito sentido gravar um cd que seja apenas mais um cd legal no mercado.
Euabri mão de muitas coisas, por exemplo a tecnica de taping, hoje eu uso unha grandas porque toco de forma hibrida usando palheta e unha ao mesmo tempo e o que me trouxe mais beneficios.
No meu quarteto estão os melhores musicos no estilo aqui do estado do Rio, inclusive o baterista que tocava comigo era o lendario Pascoal Meirelles e depois entrou o Lucio Vieira que na minha opnião é um dos melhores bateras do Brasil. Eu ja tinha o meu cd gravado então foi mais facil para a galera aqui no Brasil entender a linguagem, mas mesmo sendo grandes musicos a galera demorou para engolir a sonoridade mais atonal.
O saxofonista do meu quarteto é professor de sax na UFRJ ele se amarrou tanto na proposta do meu som que fez uma tese de dotorado sobre isso, enfim, hoje a galera toca a proposta com particularidade mas demorou um pouco apesar de serem excelentes musicos.

Loues
Veterano
# fev/11
· votar


mateusstarling
Valeu pelo depoimento e pelo texto, vou começar a aplicar isso na prática...


Acho que tem tanta música boa que a gente às vezes não se liga em fazer a própria música. Também tem aqueles casos em que o "novo já nasce velho"... E eu noto que tem gente que parece querer forçar uma autenticidade, mas que acaba ficando exagerado, caricato demais, tem disso em um ou outro cover...

Viciado em Guarana
Veterano
# fev/11
· votar


Todo mundo precisa de uma referência!

A diferença entre o que é seu de um cover, é de você melhorar e colocar as suas idéias com apenas um leve embasamento em algo de outro, cover é você copiar exatamente aquilo que o outro faz.

xGumAx
Veterano
# fev/11
· votar


Não é atoa q o cara trabalha numa revista!

Escreveu mto bem cara! Sobre o lance do conceitos num solo, lembrei de Nico Assumpção, um mestre dos mestres, q dizia q uma improvisação devia ter um conceito de inicio, meio e fim.

mateusstarling
Veterano
# fev/11
· votar


Valeu galera por terem contribuido para o debate.
xGumAx O que o Nico disse com muita propriedade é a mais pura verdade, um conceito simples que muitas vezes fica apagado por causa de conceitos como tecnica e vaidade.

MMI
Veterano
# fev/11
· votar


mateusstarling

Eu acho muito difícil ser extremamente original. Mesmo os grandes mestres, como Hendrix, SRV, Van Halen e sei lá quem, usaram uma base anterior e deram um pequeno passo a frente. Se o smestres usaram toda uma base e fizeram um acréscimo apenas, imagine nós, pobres mortais.
Vi seu site, achei maravilhoso. Muito legal sua entrevista dizendo tocar jazz/fusion em tele para soar diferente. É bem a ideia daqui. Se puder, depois te mando umas coisas para saber o que você acha no seu email que aparece no video. Pode?

SK8Boy
Veterano
# fev/11
· votar


mateusstarling
Exceelente texto. Vira e mexe penso sobre esse tema, e como ele se aplica em relação a minha música. São questionamentos que volta e meia valem a pena serem feitos.

Um revolucionario hj pra mim é o Mathias IA Enklund, ess ekra é de outro planeta!!!

mateusstarling
Veterano
# fev/11
· votar


MMI O texto fala exatamente da necessidade da referencia, todo mundo se apropria do trabalho arduo que outras pessoas fizeram, assim como um dia outras gerações se apropiarão dos feitos de nossa geração, e assim o ciclo movimenta a musica.
E obrigado por ter visto o meu site e lido as entrevistas. Pode mandar as suas coisas para o meu email se quiser.

SK8Boy Obrigado tamb pela sua contribuição.

Curly
Veterano
# fev/11 · Editado por: Curly
· votar


mateusstarling

se tem alguém que pode trazer esse assunto com autoridade é vc, o único jazzista da atualidade que toca sem usar licks pré-fabricados e mais ainda, não copia nem a si próprio, cada execução é única, essa é a verdadeira essência do jazz !

cada vez que escuto seu cd me surpreendo mais com o seu talento, queria muito ver esse disco no catálogo da ECM records, abç !

mateusstarling
Veterano
# fev/11
· votar


Curly Irmão, fico muito lisonjeado com o seu comentário.
Obrigado por valorizar o meu trabalho e tomo posse dessas palavras e se Deus quiser um dia o meu cd estará nos catalogos da ECM.
Grande abraço e Deus te abençoe.
Mateus Starling

Enviar sua resposta para este assunto
        Tablatura   
Responder tópico na versão original
 

Tópicos relacionados a A fina linha entre copiar outros musicos e produzir o nosso proprio som