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MMI Veterano
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# out/09
Aproveitei o tópico criado anteriormente, escrito em algum "dialeto portugueiz"...
Estava lendo uma reportagem de uma revista importada de guitarras, numa reportagem sobre a Martin, dos violões.
..."Martin employs approximately 800 people who, on a good day, can turn out up to 350 guitars across its facilities in Nazareth and Navajoa, Mexico. "10 years ago, we were making around 10,000 guitars a year," says Martin's wood sourcing specialist Linda Davis- Wallen. "Now we're making around 100,000." Clearly, that kind of growth requires flexibility, new technology and reliable supplies of quality tonewoods. Martin used to have its own lumber yard and sawmill, which also sold wood to the furniture industry, but these days it buys ready-cut timber from trusted suppliers around the world, a task that's becoming ever more challenging for every guitar maker. "The environment and scarce resources is the issue of the early 21st century," says Linda as we chat about how her job has changed over recent years. "Oil, water, clean air and of course wood". Most guitar enthusiasts will be aware that Brazilian rosewood has been subject to CITES (Convention On lnternational Trade ln Endangered species) restrictions since 1969, but the more surprising revelation is that species we take much more for granted are also under considerable pressure. "Mahogany is becoming the next thing that CITES is going to get really tough on," offers Dennis Tenges, director of marketing, guitars, "Every year they have a vote and it gets within one or two votes of going on the same appendage as Brazilian rosewood. We'll all see in our lifetimes that a guitar made out of mahogany with an all-mahogany neck is as difficult to get as one with Brazilian rosewood. Whether that's five, 10 or 20 years from now, it will happen, and for the sake of the rainforest it will happen long before the last mahogany tree is cut." To prepare for that eventuality, Martin, along with other leading guitar makers, is constantly investigating alternative materials. Woods such as sapele and Spanish cedar are proving to be high- quality, good-sounding alternatives to mahogany, while man-made products such as HPL (high-pressure laminates used for bodies), Stratabond (a multi-ply laminate used for some necks) and Micarta (used in place of ebony for some fingerboards and bridges) are also all used within the current Martin range. "We've found a new product that's almost identical to Micarta, called Richlite," expands Linda Davis-Wallen, "but it's also FSC certified [Forest Stewardship Council], so we're going to be switching all of our Micarta to FSC Richlite. So even though the entire instrument may not be FSC certified at this point, we're going ahead and sourcing materiais that are certified and using them in the line - just trying to do the right thing."...
Legalmente, madeiras (mogno e jacarandá) do Brasil já não viram guitarras há tempos. E isso parece que é uma tendência mundial, proibir o corte de "mahogany". Tudo bem que as Fender nunca foram de usar muito essa madeira, mas isso seria o fim da maioria dos violões, guitarras Les Paul, SG, Flying... É verdade que existem materiais alternativos, mas o timbre da madeira é diferente.
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TappingBOY Veterano |
# out/09
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Reflorestamento, a galera tira e não planta da nisso. Tem que ser conciente.
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Tonanteador Veterano |
# out/09
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cara, pode até ser, mas já devem ter materias alternativos no nível e quiçá melhor que "mahogany".
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buddy guy Veterano |
# out/09 · Editado por: buddy guy
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MMI
Fala camarada MMI,boa noite. Creio que o lance seria reflorestamento com estas qualidades de árvores.Assim no futuro não haveria falta de matéria prima para estes instrumentos que utilizam estes tipos de madeiras nóbres. Tem uma fazenda aqui perto,que o dono está reflorestando,e vem plantando mógno e ipê de todas as qualidades. Inclusive,por eu gostar tanto de ipê,comprei 3 mudas deste Sr.,Sendo 1 ipê amarélo,1 branco e um rôxo.E juntamente com minha filha de 7 aninhos plantamos os três na porta de casa.E quando florir será um espetáculo de rara beleza para "encher" os olhos. Abração!!!!!!!!!!
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MMI Veterano
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# out/09
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Não há reflorestamento de mogno. Ainda porque o crescimento é lento e vai pelo menos uns 20 anos. Há apenas projetos no Brasil, mas não é capaz de sustentar nem a Martin nessa voracidade. E parece, por essa matéria, que logo será proibida a comercialização de mogno no mundo! Talvez hoje em dia o melhor investimento seja uma guitarra com corpo e braço de mogno... De repente, uma estilo "closet classic" seria a aposentadoria de nossos filhos, se é que vai demorar tanto.
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Glaucao Veterano |
# out/09
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[ironia on] soda neh!?!? os guitarristas tao acabando com o mogno do mundo... [ironia off]
bom se fosse as guitarras e violoes a principal causa da escassez de mogno....... ridiculo! os kra tiram a madeira pra construi uma casa inteira de mogno ou de pau-qqr-coisa e dao culpa nos musicos soh pq eh uma das melhores madeiras pra usar.....
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Kamus23 Veterano |
# out/09
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O negocio é salvar os Moveis maciços de Mogno...
Meu amigo tinha uma comoda de Jacaranda da Bahia (Não sei onde ele arranjou isso)
Virou um violão pra ele, ele deu a madeira pro Luthier em troca o Luthier pegou uma parte da madeira e fez um violão...
Esse violão custa o valor aproximado de 7000 reais, só por causa do Jacaranda...
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buddy guy Veterano |
# out/09
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MMI Não há reflorestamento de mogno.
Tem sim,vide a fazenda que citei. Demorar para crescer,demóra mas.........
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MMI Veterano
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# out/09
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Tonanteador Melhor acho que não vai ter, o timbre da madeira é único e específico. Diferente e bom, talvez. Quem já experimentou um violão Rain Song ou Adamas pode atestar isso, são excelentes instrumentos com sonoridade muito boa, com materiais plásticos e fibra de carbono. Aliás, braço de carbono também não é novidade em guitarras e não empena, não muda com a temperatura, é rígido que só... Mas não tem o timbre da madeira.
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MMI Veterano
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# out/09
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Glaucao verdade, vide os violinistas que precisam de pau-brasil para os melhores arcos. Mas também não tem mais...
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Tonanteador Veterano |
# out/09 · Editado por: Tonanteador
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MMI Reflorestamento seria uma boa, agora, não adianta querer reflorestar em um ano oq se perdeu em 50!
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MMI Veterano
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# out/09
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buddy guy cara, até onde eu sei existem almas caridosas que plantam essas árvores. Eu mesmo plantei mogno, jacarandá da bahia (árvore linda, madeira escura...) e pau-brasil, entre outras. Isso fiz em homenagem a boa música. Na verdade, o pau-brasil está na família há 40 anos, hoje é objeto de visita de escolas e ambientalistas. Só que tenho consciência que jamais poderei cortar, muito menos vender essas madeiras. Que eu saiba, o IBAMA não liberou ninguém ainda e não há um projeto sério, sustentável e comercialmente justificável e rentável. Existem sim experiências, tanto de mogno como de jacarandá da bahia. Mas nada sério e comercial.
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MauricioBahia Moderador |
# out/09 · Editado por: MauricioBahia
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Eu não tô nem aí. Quero mais é que sujam novos timbres e explorem outras tecnologias mesmo.
Não aguento mais essa "busca pelo pelo timbre perfeito". Isso já me deixou louco por uns tempos. Agora relaxei pq isso não tem fim. Esse papo de só Mogno envelhecido ou o brasileiro era o melhor, entre outras coisas "microscópicas" que falam sobre instrumentos de "1a. linha" me dão até raiva hoje em dia pq não existe um padrão de gosto, pois cada um tem o seu. Eu achava isso legal até, só que tenho a ligeira impressão que as empresas, a meu ver, exploraram a sensibilidade dos músicos somente pra vender e criar ideais que são puro marketing.
Hoje li que pra encomendar um pedal de distorção "Klon Centaur" vc tem que passar numa entrevista para ser aceito e ele custa somente U$350,00. O pedal chega a custar U$900,00...
Então, eu acho que muitas empresas USAM essa "busca pelo timbre perfeito" pra se dar bem e manipular a mente das pessoas com propagandas do tipo: "Chegou a hora de vc ter um Klon. É a chance da sua vida". Se vc comprar um Bad Mokey, que custa mesmo de R$200,00 vai ter um timbre, senão igual, até melhor pro seu gosto.
Então, eu tô com um certo nojo da indústria de instrumentos musicais que vive criando mitos e prometendo um monte de cosias e usando a imagem dos artistas mais consagrados pra te fazer sentir igual a um deles "pilotando" uma guitarra de herói.
Por falar em promessas, nem o Miojo Lamen fica pronto em 3 minutos. Nunca ficou!
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buddy guy Veterano |
# out/09
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MMI Outra árvore bonita quando flóri,é a sucupira preta.Tem uma fazenda da um Sr amigo meu,que tem este tipo de árvore por lá. Arvores como vinhático,sucupira preta,angelim vermelho,aroeira,angíco e algumas outras.
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buddy guy Veterano |
# out/09
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MauricioBahia Eu não tô nem aí. Quero mais é que sujam novos timbres e explorem outras tecnologias mesmo.
É camarada Mauricio,mas nada substitui um instrumento feito de madeiras nóbres.Vide os violinos stradivárius (sei lá se é assim que escreve o nome),cujo segredo de sua excelênte sonoridade,além das espessuras dos tampos e construção,vem da qualidade da madeira empregada em suas construções.E uma boa guitarra,creio que não fique atrás. Abração !!!!!!!!
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Glaucao Veterano |
# out/09
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MMI
mas nesse caso foram os musicos portugueses.... os kra tocam d++ ateh hj
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buddy guy Veterano |
# out/09
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MMI buddy guy cara, até onde eu sei existem almas caridosas que plantam essas árvores. Eu mesmo plantei mogno, jacarandá da bahia (árvore linda, madeira escura...) e pau-brasil, entre outras. Isso fiz em homenagem a boa música. Na verdade, o pau-brasil está na família há 40 anos, hoje é objeto de visita de escolas e ambientalistas. Só que tenho consciência que jamais poderei cortar, muito menos vender essas madeiras. Que eu saiba, o IBAMA não liberou ninguém ainda e não há um projeto sério, sustentável e comercialmente justificável e rentável. Existem sim experiências, tanto de mogno como de jacarandá da bahia. Mas nada sério e comercial.
MMI,não sei se isto procede,sei lá,mas vc já viu as guitarras produzidas pela Hering? Dizem que são feitas de madeiras nóbres de reflorestamento(feito em conjunto com IBAMA).Será que é procedente esta informação?
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# out/09
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Então, eu tô com um certo nojo da indústria de instrumento musicais que vive criando mitos e prometendo um monte de cosias e usando a imagem dos artistas mais consagrados pra te fazer sentir igual a um deles "pilotando" uma guitarra de herói. Meu caro xará, o Capitalismo e seus "executivos" vivem inventado baboseiras para nos convencer a comprar mais, mais, mais, mais....Ninguém precisa disso, mas, se derrepente todo mundo se conscientizar que que o consumismo é uma praga, o sistema capitalista entra em colapso.... Abç
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Rod Turtle Veterano |
# out/09
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500 conto que ninguém aqui distingue mogno de nato em teste cego.
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MauricioBahia Moderador |
# out/09
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buddy guy: É camarada Mauricio,mas nada substitui um instrumento feito de madeiras nóbres.
Não concordo. Basta eu achar outro instrumento com o som melhor. Isso é gosto.
Abs
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erico.ascencao Veterano |
# out/09
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Já pensou se o Greenpeace descobre onde mora o Slash?
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buddy guy Veterano |
# out/09
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Mauricio Luiz Bertola Então, eu tô com um certo nojo da indústria de instrumento musicais que vive criando mitos e prometendo um monte de cosias e usando a imagem dos artistas mais consagrados pra te fazer sentir igual a um deles "pilotando" uma guitarra de herói. Meu caro xará, o Capitalismo e seus "executivos" vivem inventado baboseiras para nos convencer a comprar mais, mais, mais, mais....Ninguém precisa disso, mas, se derrepente todo mundo se conscientizar que que o consumismo é uma praga, o sistema capitalista entra em colapso.... Abç
É professor,sou obrigado a concordar. Grande abraço !!!!!!!!
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Glaucao Veterano |
# out/09
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hering nao faria guitarras de algodao??? ueiashIUHEiaHS zueira :P
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MauricioBahia Moderador |
# out/09 · Editado por: MauricioBahia
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Depois que descobriram o tal de Branding, ferrou!
Dica: Leiam o livro "Sem Logo" (No Logo) de Naomi Klein.
Resumo: http://caiobosco.blogspot.com/2008/03/no-logo-sem-logo-naomi-klein.htm l
O mais legal de No Logo é que não é um livro que nos coloca em uma política partidária, mas fala sobre uma nova consciência em relação ao consumo e de como a maioria das pessoas precisam das marcas para criarem uma extensão da sua personalidade, o livro ainda fala na mudança de percepção da publicidade onde o foco deixou de ser o produto para ser o conceito, empurrando guela abaixo um sentido ilusório de satisfação. Uma das partes mais legais do livro é a transição e o momento que passa a burocrática e atrasada lei sobre os direitos autorais e propriedade intelectual, como alguns artistas hoje aderem ao copyleft (alguns direitos reservados), abandonando o velho conceito de copyright. Naomi Klein lançou em 2007 o livro The Shock Doctrine: The Rise of Disaster Capitalism", ela foi considerada em 2005 pela revista inglesa Prospect através de um fórum como a 11° intelectual mais importante do mundo junto com nomes de peso como Noam Chomsky e Umberto Eco. Diz a lenda que o Radiohead inteiro leu esse livro durante a feitura do clássico Kid A, Thom Yorke considerou durante algum tempo a ideia de chamar o disco de No Logo
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erico.ascencao Veterano |
# out/09
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Agora falando sério, do ponto de vista técnico: não está na hora de se desenvolver novos materiais? A Ibanez já fez guitarra de acrílico, a Guller desenvolver aquela paçaroca que substitui a madeira... acho que é este o caminho.
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buddy guy Veterano |
# out/09 · Editado por: buddy guy
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MauricioBahia buddy guy: É camarada Mauricio,mas nada substitui um instrumento feito de madeiras nóbres.
Não concordo. Basta eu achar outro instrumento com o som melhor. Isso é gosto.
Abs
É cada um tem uma visão camarada Mauricio.Eu particularmente não me vejo tocando em uma guitarra de fríbra de sei lá o que com braço sintético de sei lá o que mais. E acho que na verdade,o que léva à extinção destes tipos de árvores,não são os instrumentos e sim o consumismo exagerado das fábricas de móveis,os chalézões de madeiras dos gringos e por aí vaí.E não nossas guitarras
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erico.ascencao Veterano |
# out/09
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MMI Quem já experimentou um violão Rain Song ou Adamas pode atestar isso, são excelentes instrumentos com sonoridade muito boa, com materiais plásticos e fibra de carbono.
Putz, eu pago um pau pra este timbre de "carbono". Saca só um Adamas de fibra de carbono:
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Mauricio Luiz Bertola Veterano
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# out/09
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erico.ascencao Cara, o problema é que NENHUM desses materiais passou no teste do timbre... O único material que tem um timbre bom é a fibra de carbono, mas é uma material caro de de difícil usinagem... Abç
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MauricioBahia Moderador |
# out/09
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buddy guy: Eu particularmente não me vejo tocando em uma gutirra de fribra de sei lá o que com braço sintético de sei lá o que mais
Eu me vejo e adoraria ter uma:
Ou essa!
http://www.steinberger.com/ZT3.html
Abs
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buddy guy Veterano |
# out/09 · Editado por: buddy guy
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MauricioBahia
É Maurição,cada um tem sua preferência mesmo.O que seria do amarelo se todos gostassem do rôxo,não é mesmo.Eu sou meio conservador em certas áreas,e os instrumentos para mim são uma delas.Para mim a coisa só tem valor quando que por mais que seja produzido em massa(guitarras etc.),não fuja de sua construção original,inclusive com seus materiais de orígem.Imagina,uma fender strato de fíbra de carbono,que não o bom e velho ash ou álder ou então uma Gibson feita desses materiais alternativos que não o mógno? Complicado isso !!!!
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