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Penta_Blues Moderador |
# mar/08 · Editado por: Penta_Blues
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Henrique S. Achei bem interessante o texto. Realmente há muita neura rolando por aí, o que se torna um terreno muito fértil para surgirem mitos. Apesar de concordar com muita coisa, acho que o texto mostra um ponto de vista, uma opinião, e como tal, deve ser considerada mas não tomada como verdade absoluta. Prova disso é que também discordo quando o assunto é SS x Valvulado. Justamente como nosso camarada BaNdAiD comentou. Valeu!!!
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Private Pyle Veterano |
# mar/08
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Sonic differences between nitro/poly finishes: This does not make as much difference as the inherent difference between any two guitars. (Note: We're not exactly sure what he is talking about
Acho que ele tá se referindo ao acabamento (verniz) em poliuretano ou nitrocelulose. No violão acústico tem diferença sim.
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Henrique S. Veterano |
# mar/08
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Penta_Blues
mesmo que esse texto nao tenha tal tecnicas cientificas, pelo menos serve pro pessoal refletir e não sair acreditando em qualquer coisa que falam por ai..
abraço!
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Penta_Blues Moderador |
# mar/08
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Bom dia!!!
Henrique S. pelo menos serve pro pessoal refletir e não sair acreditando em qualquer coisa que falam por ai.. Vc tem razão e eu concordo contigo nesse aspecto. Foi por isso que eu disse que o texto deve ser considerado como um ponto de vista. Acho importante pesquisar e conhecer vários pontos de vista, principalmente os discordantes, para depois meditar sobre tudo o que encontrou, usar o bom senso e chegar a uma conclusão. Infelizmente parece que estudar, refletir e usar o bom senso são atividades "em extinção"... Valeu!!!
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Marcio Baron Veterano |
# mar/08
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As únicas pessoas que sabem diferenciar um Valvulado de um Transistor são os músicos. O público em geral (lembra? Alquele pessoal que ouve a musica que vc fez? Alias, vc fez a música para eles...) não sabe a diferença de som entre um Marshall e um Meteoro (sem desmerecer), e na verdade e única coisa que importa pra eles é o som (timbre) estar agradavel. Exemplo disso: Ontem estava eu no caro com minha namorada e ouvindo a NovaBrasil Fm, quando derrepente começa uma cara dos anos 80's a cantar e tocar teclado (seí lá o nome do cara). Ok, a musica e de muito boa composição, a letra é bem legal, minha mina sabe cantar ela inteira, etc, etc... Então eu falo:" Amor, eu odeio o timbre de teclado que ele usa na música." Ela responde: "Putz, tem teclado? Achei que era uma guitarrinha..."
Ou seja, o grande público não sabe ( e nem quer saber ) se o fulano gravou com Fender ou Finder (tonante) a porra da música, eles só querem saber se a música é legal ou não.
Abraço
PS: esta é a MINHA opinião.
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Penta_Blues Moderador |
# mar/08 · Editado por: Penta_Blues
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Boa tarde!!!
Marcio Baron O público em geral (lembra? Alquele pessoal que ouve a musica que vc fez? Alias, vc fez a música para eles...) não sabe a diferença de som entre um Marshall e um Meteoro (sem desmerecer), e na verdade e única coisa que importa pra eles é o som (timbre) estar agradavel. Mas é justamente o som mais agradável vindo do valvulado que este público em geral vai preferir, mesmo não sabendo que este som é gerado por um valvulado...
Ou seja, o grande público não sabe ( e nem quer saber ) se o fulano gravou com Fender ou Finder (tonante) a porra da música, eles só querem saber se a música é legal ou não. Então cabe a quem conhece um pouco buscar os melhores equipamentos a fim de proporcionar o som mais agradável a quem ouve.
Eu não tenho dúvida que existem muitos mitos e coisas que pra mim não fazem o menor sentido, como por exemplo que a tinta preta dá menos som que a tinta vermelha, mas é inegável que o encordoamento 008 é menos encorpado que o 010 e que a válvula 12AX7 proporciona um timbre diferente da 12AT7, isto só pra citar poucos exemplos. Eu concordo plenamente com a idéia de se "desbancar" certos mitos, mas ao mesmo tempo apóio iniciativas de disponibilizar fatos sobre o que realmente interfere no timbre.
Valeu!!!
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Bog Veterano
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# mar/08
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Penta_Blues
encordoamento 008 é menos encorpado que o 010 e que a válvula 12AX7 proporciona um timbre diferente da 12AT7
Claro, esse tipo de diferença é muito mais evidente para quem está tocando. Qualquer um na hora de tocar percebe a diferença entre um encordoamento 008 e um 010, ou entre uma strato e uma LP.
Mas então, em alguns a diferença é sutil. O problema aí, ao meu ver, é que tem muita gente incapaz de ouvir a diferença, mas que logo sai papagaiando por aí que isso ou que aquilo, mas não porque percebeu algo de diferente, e sim porque ouviu na net, ou porque acha que a diferença existe e pronto. É como o cara que eu falei, do afinador "analógico". O cara enxergava uma diferença ilusória, era ver um ponteiro e de repente a guitarra estava muito melhor afinada. Mesmo que o ponteiro em questão fosse movido por um circuito digital... Ou seja, efeito placebo.
Ah, e tem também os sem-noção. Aquele cara que testa uma Tonante vermelha e uma Gibson azul e logo conclui que guitarra azul tem mais sustain que guitarra vermelha. Absurdo? Conheço um punhado que toca numa Zoom 505 e depois num DS-1 para concluir que "digital não presta".
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Rei Arthur Pendragon Veterano |
# mar/08
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Bog É isso aí. É muito difícil perceber se vc n tá tocando... a única maneira q eu consigo distinguir bacana as nuances de cada amp e diferenças... é quando levo a minha guitarra q sempre uso e testo.
Aí sim percebo aonde o amp trabalha (eq) e as qualidades de dinâmica etc... Se eu testo por ex c uma guitarra diferente n dá pra comparar com meu amp ou outros... pq já é outra coisa completamente diferente. Hj por ex, troquei de palheta e pronto... tive de equalizar tudo pq o som já tava diferente... e foi só por causa disso... então dá pra ver q são muitos os fatores q influenciam.
Outro mito é o cara comprar marca e pensar q por isso vai ter o som. Tem de saber usar o equipo. Mesmo dentro das marcas, a qualidade varia, principalmente se estamos falando de guitarra. Já tive duas guitarras fender strato idênticas (da mesma série, acessórios e td) uma vez na minha mão, e uma tava bem melhor q a outra. Já achei uma squier q batia em strato americana.
Quanto a detectar as paradas em gravação é foda.. o q geralmente dá pra julgar é a qualidade da gravação, q tipo de guitarra foi usada, e o timbre é subjetivo. A diferença na pegada influencia muito, tenho um amigo com pegada fraca q qd toca nos meus patchs de alto ganho parece q tá usando os light.
A única coisa q dá pra sacar 100% é quando o cara toca bem ou mal... e sinceramente isso é o q mais importa.
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I.Nosferatu Veterano |
# mar/08
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Pois é... já que estamos comentando novamente e inevitavelmente sobre analogico/digital, gostaria de fazer uma observação (essa ao menos é real)... Tenho aqui algumas gravações ao vivo de algumas bandas de camaradas de 95~98, esses dias resolvi tirar a poeira (rsrsrsrs) do armario e encontro esses K7s, lembrei de todas as bandas dos tapes e quais delas usavam tudo analogico e quais usavam pedaleira (que não eram as belezocas atuais) e um transistorizado... esses tapes foram gravados por equipamento e pessoal profissional que na epoca faziam o evento da divulgação de uma parte das bandas que estavam lançando/gravando cd, a qualidade é muito boa e não há nenhum conversor ADA (exceto no reverb da PA) no meio, gravação totalmente analogica... sei disso porque estava lá.
Fiquei surpreso ao perceber que a maior parte das bandas que utilizaram pedaleira e ampli transistorizado (sem querer puxar a corda pra nenhum dos lados) soam bem mais agradaveis e inteligiveis (exceto as que naturalmente tem estilo embolado) que a maioria (não todas) daquelas que usavam equipamentos totalmente analogicos do tipo tão venerado aqui no forum... E acreditem, não era questão de regulagem, os caras são todos macacos velhos e manjavam muito bem dos equipos... o interessante é que mantinha contato com varios integrantes dessas bandas e inumeras vezes quando nos reuniamos pra trocar uma ideia e tomar umas, não me recordo de um só instante desse tipo de conversa fiada sobre equipamento, ao contrario sempre presenciei um apoio mutuo mesmo entre bandas de estilos diferenciados havia um apreciando o trabalho do outro...
O que dizer: que analogico é ruim e que digital que é bom, ou vice-versa? Não, jamais... ambos tem seu valor, ambos são excelentes ferramentas, ora um se sai melhor que outro, mas cada ocasião, uma ocasião diferente... embora esteja comentando sobre os equipamentos destas bandas o mais importante é que eles fizeram/fazem boa musica... e essa é a melhor parte da historia.
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Penta_Blues Moderador |
# mar/08
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Bog O problema aí, ao meu ver, é que tem muita gente incapaz de ouvir a diferença, mas que logo sai papagaiando por aí que isso ou que aquilo, mas não porque percebeu algo de diferente, e sim porque ouviu na net, ou porque acha que a diferença existe e pronto.
I.Nosferatu O que dizer: que analogico é ruim e que digital que é bom, ou vice-versa? Não, jamais... ambos tem seu valor, ambos são excelentes ferramentas, ora um se sai melhor que outro, mas cada ocasião, uma ocasião diferente...
Ótimos comentários, meus camaradas! Valeu!!!
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Dr Jivago Veterano |
# mar/08
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I.Nosferatu
Mas vale ressaltar que muitas pedaleiras dessa época possuiam drive analógico (as Zoom por exemplo) e apenas os efeitos de modulação eram 100% digitais.
Elas não eram simuladores de amps, mas sim um monte de efeitos reunidos em um equipamento.
Eu tenho uma Zoom 9002 (do inicio dos anos 90) que está meio fudida (som muito baixo) e vou te dizer que tinha um puta timbre, muito orgânico, 10 vezes melhor do que sua sucessora Zoom 505.
O detalhe é que o drive era analógico e a Zoom fazia uns pedais de drive muito bons naquela época.
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MauricioBahia Moderador |
# dez/09 · Editado por: MauricioBahia
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Excelentes posts!
Desculpem desenvacar, mas para enriquecer, o link pra um teste que o ogner fez com 4 Strats.
http://forum.cifraclub.com.br/forum/3/223082/p2#6480796
Além disso, considero o tema bastante importante para abrir a mente da galera iniciante, pois há muita gente que tá comprando equipos neste Natal e já sabe...
Abs
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_Dio Veterano |
# dez/09
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MauricioBahia Olha, cara, o teste do ogner foi bem legal, mas me serviu pra comprovar uma coisa: 85% dos guitarristas não sabe diferenciar os timbres de madeiras diferentes.
Salvo os extremos (mogno x compensado, por exemplo), não é tão na cara a diferença... Isso daí é frescura de Eric Johnson...
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Konrad Veterano |
# dez/09
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MauricioBahia
Tem um teste cego no youtube de vários opamps diferentes usados em TS's. Ninguém acerta nada, mesmo aqueles que juram que tal opamp feito em tal lugar do Texas por um velhinho esclerosado é "o" opamp. Hhehehe
No final escolhem como melhor um que nem para áudio é! Hhahahah
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Konrad Veterano |
# dez/09 · Editado por: Konrad
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It will play huge dividends, and that guitar and amp that really doesn't turn you on may get to sounding really great in a few short weeks.
É verdade! Meu amp tem soado muito melhor ultimamente! Ele está ficando Vintage! Hehhehe
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shoyoninja Veterano |
# dez/09
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Konrad Para "ouvir" diferenças entre opamps o cara tem que ser o mestre dos magos :P.
MauricioBahia Muito legal. Teste cego é ótimo.
Mas fiquei mais curioso por esse teste que o criador do tópico citou, sobre os amps SS/Tube. Sabe algo a respeito?
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Konrad Veterano |
# dez/09 · Editado por: Konrad
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shoyoninja Konrad Para "ouvir" diferenças entre opamps o cara tem que ser o mestre dos magos :P.
Mas bem sugestionado, muitos ouvem! E ainda juram com os pés juntos que há diferença... ehhe
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JJJ Veterano
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# dez/09
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_Dio 85% dos guitarristas não sabe diferenciar os timbres de madeiras diferentes. Salvo os extremos (mogno x compensado, por exemplo)
Talvez nem esse...
A verdade nua e crua é a seguinte: teste cego desmistifica quase qualquer dogma ou tabú...
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JJJ Veterano
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# dez/09
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Ainda sobre teste cego... mas agora, ao contrário...
Me lembrei de uma teoria que diz que os sentidos meio que se "ajudam".
Exemplifico com relação ao paladar: o gosto de uma maçã comida de forma normal é "mais gostoso" do que se comêssemos a mesma maçã, mas com nariz, olhos e ouvidos tampados. Eu já experimentei fazer algo assim (só não lembro se foi com maçã...) e, realmente, parece difícil dizer o que se está comendo, o gosto fica menos evidente. Façam o teste e vocês deverão concordar.
Se isso for realmente verdade, o teste cego de som (só usando o sentido da audição) induziria a uma menor percepção do próprio som, já que não estaríamos vendo nem tocando os equipamentos (nem cheirando ou provando... mas aí também é demais...).
Bom... não garanto que isso faça algum sentido...
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horwatich Veterano |
# dez/09
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As pessoas vão em show para ver o "show", se não ficavam em casa ouvindo cd. O que acontece é que o sujeito se identifica com o equipamento dele. Você pode até fazer uma outra guitarra para o B.B. King mas ele prefere a Lucile. O teste não induz a uma menor percepção de som, ele diminui seus estímulos, se você gosta de guitarra preta vai escolher preta e não vermelha, a não ser que esteja vendado...
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marcos. Veterano |
# dez/09
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Tem um teste cego no youtube de vários opamps diferentes usados em TS's. Ninguém acerta nada, mesmo aqueles que juram que tal opamp feito em tal lugar do Texas por um velhinho esclerosado é "o" opamp. Hhehehe
No final escolhem como melhor um que nem para áudio é! Hhahahah
uma caixa de som que não foi feita pra áudio?
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Konrad Veterano |
# dez/09 · Editado por: Konrad
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marcos. Tem um teste cego no youtube de vários opamps diferentes usados em TS's. Ninguém acerta nada, mesmo aqueles que juram que tal opamp feito em tal lugar do Texas por um velhinho esclerosado é "o" opamp. Hhehehe
No final escolhem como melhor um que nem para áudio é! Hhahahah
uma caixa de som que não foi feita pra áudio?
Opamp. (http://en.wikipedia.org/wiki/Operational_amplifier)
Não "amp".
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ogaitnas Veterano |
# dez/09
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já armei em algum tópico meu, um teste bb2 vs bb2 na lata de sardinha com modificações, soou tão parecido que as pessoas não acertaram o que era o que...
acho que só quando o disparate de equipo é grande é que se percebem diferenças, se pegar uma guita barata e preparar, ninguém vai perceber a diff dela para uma mais cara no ouvido, já que ela tb terá melhorias... hehe
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_Dio Veterano |
# dez/09
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JJJ Bem lembrado.
Basta notar que a galera aqui errou bastante nos "chutes".
Eu, por exemplo, nem arrisquei... Não saberia identificar.
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MauricioBahia Moderador |
# dez/09 · Editado por: MauricioBahia
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JJJ: Me lembrei de uma teoria que diz que os sentidos meio que se "ajudam".
Na verdade, neste caso de um teste de áudio, a pessoa deve estar vendada pq a "cobaia" não deve vincular nada que possa levar o teste a tender para um lado ou outro. Anda mais imagens, que remetem facilmente à emoções, são tantas emoções... ôpa, aposto que lembrou do Roberto Carlos...
Abs
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nichendrix Veterano
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# dez/09 · Editado por: nichendrix
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JJJ Me lembrei de uma teoria que diz que os sentidos meio que se "ajudam".
Sim, isso não é uma teoria, é um fato, chama-se sinestesia. No seu exemplo da maçã, especialmente o tato e o olfato estão muito relacionado com o ato de comer, vc sente a textura da comida com a boca, os labios, a lingua etc, você também sente o cheiro, e os 2 juntos ajudam o olfato a perceber as diferentes nuances da comida, até os olhos fazem isso, já que se você comer uma maçã em perfeito estado por dentro, mas com a casca amassada ou queimada por geada (portanto visualmente não tão bonita), a imagem dela vai influênciar em como você percebe a mesma maçã com os outros sentidos.
Uma característica importante da sinestesia é que ela é involuntária e automática, vc não escolhe fazer essas associações, seu corpo faz as associações por você.
Outro exemplo clássico é a sensação térmica, quando venta, vc tem a sensação termica de maior frio do que quando o ar está parado, embora a temperatura seja a mesma. No primeiro caso, há uma sensação tatil/auditiva enquanto no outro só tatil, intensificando o processo, o que vale também pra temperatura quente, 35 graus a noite parece ser menos quente que 35 graus de dia.
Um texto da wikipedia que ajuda a entender um pouco: http://en.wikipedia.org/wiki/Synesthesia
A sinestesia é responsável também pela sensação de muitas drogas, pois elas forçam a uma "ruptura" na separação entre os sentidos estimulando-os a estados alterados de sinestesia, por isso quando tu toma um cházinho ou LSD, tu pode sentir o gosto ou a textura da musica, o que ocorre é que naquele momento 2 sentidos estão sendo estimulados a atuarem em uma sinestesia que normalmente não ocorre, já que existem certos limites na influência de um sentido no outro, mas a sensação e a percepção vai ser sempre o produto da interação deles.
MauricioBahia Na verdade, neste caso de um teste de áudio, a pessoa deve estar vendada pq a "cobaia" não deve vincular nada que possa levar o teste a tender para um lado ou outro. Anda mais imagens, que remetem facilmente à emoções, são tantas emoções... ôpa, aposto que lembrou do Roberto Carlos...
A questão meu caro, é que seu cerebro, não faz essa distinção do que é audio do que não é. Os 5 sentidos são interligados e não tem como mudar isso, mesmo com os olhos vendados, a percepção interage com os sentidos disponíveis. Uma pessoa vendada ouvindo uma guitarra sendo tocada em um certo amp, percebe o som de um jeito, se vc manter ela vendada e dar a guitarra pra ela tocar, ela perceberá de outro, porque mais sentidos estarão interagindo. Se vc tirar a venda ela perceberá diferente de novo, porque tem mais um sentido na jogada.
Por exeperiência pessoal, eu posso dizer que até o cheiro influência na forma de tocar. Sempre que eu vou tocar com escalas que foram limpas com GHS Fast Fret ou Oléo de Limão, eu tenho uma sensação melhor ao tocar, eu não preciso saber que foi usado o produto, só preciso sentir o cheiro. Não é só o resultado dele, pois já toquei com guitarras limpas com outros produtos substitutos desse, sempre acho as cordas menos legais de tocar e a escala menos macia.
Tive a certeza que a imfluência era o oufato, pq já fiz o teste cego, limpei 2 stratos da mesma marca e modelo, nesse caso até a cor era parecida (2 tone sunburst e 3 tone sunburst), uma com um produto da Fender pra limpar Escalas o outro com o GHS Fast Fret. Deixei as guitarras dormirem sem serem usadas, no outro dia, vendei os olhos e pedi pra me darem as guitarras aleatoriamente... na hora que peguei na guitarra que senti o cheiro do Fast Fret eu achei que ela tava macia na medida certa.
Não fiz esse teste só com esses 2 produtos, testei assim quase todos os que pude pegar, mas cheiro de Fast Fret ou Oleo de Limão me dá a imagem mental de uma escala mais macia do que se a mesma escala tivesse sido limpa e hidratada com outro produto. Eu não preciso ver pra perceber só sentir o cheiro, mas provavelmente notaria menos diferença se pudesse testar sem sentir o cheiro também.
O mesmo vale pra outras variáveis, como marca, modelo e afins. O unico jeito de tu fazer alguém analisar somente o som, é danificando o cerebro dele para que ele não sinta os outros sentidos. Quanto mais sentidos estiverem sendo usados, mais marcante será a percepção de determinado som.
E falando por mim, eu posso dizer se eu tiver de olhos vendados e não me deixarem tocar nas guitarras, só gravarem 10 Les Pauls entre Golden e Gibson, e timbrarem parecido, eu dificilmente digo qual é qual de primeira, depois de algums audições eu provavelmente perceberia a diferença de som entre elas, especialmente as melhores e as piores. Já se me deixarem vendado, regularem elas iguais, medindo tudo com um micrometro pra garantir que não há diferenças significativas de regulagem. Eu te digo que eu adivinhava num instante qual era qual. Ou pelo menos faria a distinção entre as tops e as não tops, de primeira, só pela interação dos outros sentidos e levaria bem menos tempo pra distinguir os modelos.
Eu já fiz um teste parecido, testando 6 Stratos numa loja, mesma marca e modelo (Fender American Standard, mas sem distinção entre escala clara e escura ou madeira do corpo), olhos vendados (parecia um imbecil sentado com uma daquelas mascaras de dormir na Gang). Com aproximadamente 20min tocando com elas elas, eu sabia dizer qual era qual, pela pegada, depois pedi pro vendedor tocar elas e eu tentar dizer qual era qual. Errei quase todas, no maximo eu acertei qual era a natural feita de Ash e quais eram as de escala clara e as escuras. Mas não sabia dizer qual era qual.
Até agora, eu só botei na jogada o fator da sinestesia entre os sentidos, agora imagine quando vc bota no meio todas os fatores psicológicos associados à marca, modelo, à cor, etc.
Uma percepção minha, que podem achar besteira é que guitarra sunburst, natural ou com pitura translucida soam melhor que as de cores solidas, sparkle, whatever. Toda vez que testei guitarras iguais com essas diferenças de cores, eu sentia que as sunburst, natural ou trasluced eram melhores, mesmo quando eu achava a guitarra horrivel.
No fim eu acho bobagem a idéia do teste cego por isso, pq vc elimita muitos fatores que no fim, influênciam a percepção o musico tem do som. Mesmo que o Jimmy Page tenha gravado a maior parte dos 3 primeiros discos do Led com Telecaster ligada num Supro, a maioria sempre vai associar aquele som a uma Les Paul Sunburst em um Marshall.
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MauricioBahia Moderador |
# dez/09
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nichendrix
Mas num teste cego, de áudio, não há pq liberar os outros sentidos, como tato, paladar, olfato e visão. Pra que?
Abs
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nichendrix Veterano
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# dez/09 · Editado por: nichendrix
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MauricioBahia Mas num teste cego, de áudio, não há pq liberar os outros sentidos, como tato, paladar, olfato e visão. Pra que?
Não é a questão de liberar ou não. Como eu falei, os sentidos são interconectados, mesmo quando vc tenta usar só um, o cerebro ativa os outros, mesmo que minimamente. Esses outros sentidos alteram a forma como percebemos o som também, digamos que o som é o elemento principal da experiência auditiva, mas não é o unico, os outros sentidos adicionam nuances à percepção do som.
Inclusive essas são formas muito usadas pra fazer surdos/mudos perceberem a musica, vc usar outros sentidos, para chegar ao mesmo resultado, obvio isso tem suas limitações, mas é como comer sem sentir o cheiro, tu já notou que quando tu está gripado com o nariz entupido a comida não é tão gostosa como quando tu pode cheirar?
Com o som é a mesma coisa, quanto maior a quantidade de sentidos envolvidos na experiência, mais complexa é a percepção do principal sentido envolvido naquele tipo de experiência. Eu lembro uma vez de uma baixista de jazz americana, que foi entrevistada pelo Jô Soares e ele pergutou como uma mulher termina virando baixista, e ela falou que tocava guitarra e violão, mas o que levou ela ao baixo, foi porque ao tocar o baixo ela sentia a vibração da madeira contra o torso dela, e isso fazia com que ela "sentisse mais a musica".
Na verdade ela tava tendo uma experiência mais intensa de sinestesia entre o tato e a audição dela, os dois sentidos complementavam a percepção do som.
Eu quero dizer com isso, é justamente que ao fazer um teste totalmente cego, sem envolver os outros sentidos, só ouvindo o instrumento ser tocado por outra pessoa, a percepção do som é limitada, uma vez que vc praticamente anula esse complemento dado pelo outros sentidos à percepção sonora. Seria como comer uma comida sem sal, vc até tem os ingredientes lá, o gosto é parecido, mas o gosto não é exatamente o mesmo.
Muito provavelmente a guitarra que num teste só de audio tu achou o máximo, não vai ser a guitarra que tu vai achar o máximo se tu puder por exemplo, tocar e ouvir o som (mesmo que não veja). Vc tem duas percepções diferentes que juntas se completam formando um todo, portanto, embora num teste só do audio, vc tenha o principal elemento da experiência sonora, vc não tem os elementos acessórios que a completam.
É por isso que tu vai ver tanta gente dizendo que Epiphone vai soar igual a Gibson que SX soa igual ou melhor Fender. É como uma vez eu falei pro Motoboy From Hell, num teste gravado uma Epiphone 335 pode soar parecida com uma Gibson o suficiente pra maioria confundir, mas se vc pegar as duas na mão, pra tocar, mesmo em um teste cego, é dificil a Epipoca ganhar. O cara pode é não ver as marcas e depois ficar besta com o som, mas dificilmente na hora que entra o tato, a percepção vai ficar a mesma do teste só do ouvido.
Acho que o encerramento fica melhor assim: Você toca só com os dedos ou só com os ouvidos?
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MMI Veterano
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# dez/09
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MauricioBahia nichendrix
Essa sinestesia é bem interessante. Quem já teve a oportunidade de abrir um case de uma boa Gibson ou PRS sabe (outras empresas também)... Ali é colocado um aromatizante que incrivelmente fica por anos. Isso é um detalhe, um cuidado, que a maioria não tem, mas não me diga que tal investimento é sem propósito. Tem também o cheiro do "brazilian rosewood", que é bem característico, que acompanha instrumentos feitos desse material. Mas esse cheiro de madeiras é bem mais caracterísco em violões, que exalam muito mais cheiros. Quem já tocou num bom Martin, Taylor, Gibson J-200, sabe que são instrumentos de excelente timbre, mas que fazem o corpo vibrar junto das cordas, especialmente os bordões. Assim, um bom instrumento também é bom pelo cheiro dele. Por outro lado, o que é um bom braço? Muito de um bom braço é a experiência tátil que as formas, as madeiras e os trastes te passam. Isso sem falar no prazer visual que um birdseyes, flame, figured, AAAAA, frisos, brilhos, acabamentos, inlays e sei lá mais o que te passam. Aliás, já li artigos que dizem que o som é transmitido pelos veios da madeira, então o melhor maple para instrumentos é o flame, se quiser, depois eu acho essa matéria. Daí vem a questão de como a madeira é cortada, olhe esse artigo. Poxa, analisem tudo isso, depois me falam de teste cego e timbre? Mas o que importa o timbre? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Para finalizar, vou deixar aqui 4 videos de uma entrevista com um cara que entende um pouquinho de construção de guitarras. Ele fala de um monte de coisas, tem muito material para os entendidos descerem o pau. Inclusive no video 2 (o mais quente está no 2 e 3, para quem não tem tempo/paciência) ele mostra um pedaço de pau de jacarandá brasileiro, e porque essa madeira é o "holy grail" das guitarras. Vale muito a pena.
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ogaitnas Veterano |
# dez/09
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nmho não ter cheiro, cor, peso de madeira e soar como papelão chinês de 5a categoria...
Alguma coisa do que dizem sobre madeira e afins realmente muda o som da guitarra, mas tem gente que exagera demais na pieguice.
Captação boa e hardware bom transformam guitarras bem simples em guitarras de ótimo timbre, falo pela minha mg, depois dos dimarzio/stellfner, gotoh, e outras modificações (o custo não interessou pq eu não ia comprar outra guita, e fui fazendo eu mesmo boa parte das modificações), o timbre dela está no mesmo nível de ibanez e outras marcas que custam umas 8x mais que ela fácil, nmho a única coisa é que depois que vc já está mais "escolado" nos instrumentos, ao invés de pegar a guita de 200ão de basswood em 3 partes, vc pega uma ibanez, fender, marca X ou Y ou Z que seja mais bem construída e sem nenhum já tem uma guita boa.
Agora essa do tem que ser de mogno derrubado por freiras virgens... exagero, se a guita não for de madeira verde ou de compensado ou papelão de (mdf), já é um bom começo, a captação acaba mandando muito mais no timbre do que os outros fatores... e o resto do hardware obviamente ajuda muito...
Aí acho que vai mais um monte de "tecnices" sobre o assunto que quem constrói e manja mais pode falar melhor...
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