Loucos anos de Roquenrroul - Crônica

Autor Mensagem
jimmy vandrake
Veterano
# jan/08


Ola pessoal,segue uma crônica de minha autoria.
Para quem tiver paciencia de ler, boa leitura.


Loucos anos da música.

Estamos em 1977, já é meio do ano e acho que a guitarra está me atrapalhando em algumas coisas.
Em nossa turma somos em cinco ou seis, mas que gostam de rock mesmo só três. Tem uma porrada de coisa acontecendo no cenário internacional, quero dizer acho que sim, puro achismo, mas de qualquer forma não param de vir bons álbuns.
Tem até um show do Led no cinema. Vai ser foda, tenho que arrumar grana para ir, além do que meus pais não vão deixar nem fudendo, mas vou dar um jeito.
Com 13 anos nunca tinha visto ninguém tocar guitarra, quem diria uma banda de rock, esqueça disto, na minha cidade só tem 2 ou três, mas não rola pra piazada como a gente ir ver. Uma que não há a mínima possibilidade de eu sair a noite, outra que ninguém vai deixar a gente entrar em boteco algum para ver porra nenhuma. O jeito mesmo é armar para ver o Led no cinema.
De qualquer forma, nossa paixão por guitarra era algo que já era praticamente doentio.
Tinha essas coisas de moleque, de tarde a gente dava uma escapada e ia nas lojas de instrumentos ver as guitarras. Porra, a gente ficava praticamente paralisado na frente das vitrines, Meu amigo era muito cara de pau, na verdade ele era um cara diferente mesmo. Seus pais nunca ficaram muito em cima dele, acho que não estavam nem aí mesmo. Sempre que a gente ia aprontar alguma, gastava-se um tempão pensando em como ir, que horas voltar, e o que dizer caso nossos pais perguntassem, ele não, tava sempre disponível, qualquer hora, mesmo que fosse a noite. De qualquer maneira lá estávamos nós diante de uma vitrine babando numa Giannini modelo Les Paul. Nossa aquilo era a coisa mais linda que eu já tinha visto na minha vida toda, mas fiquei por ali na vitrine mesmo, alguns reflexos no vidro atrapalhavam a visão, mas era um ato de contemplação quase veneração.
Não deu outra meu amigo já estava lá dentro falando com o vendedor. Não sei que porra de história ele falou pro cara,só sei que o cara foi lá abriu a vitrine, tirou a guitarra e colocou nas suas mãos.
Nossa entrei correndo na loja, só para ver aquela guitarra de perto, puta que o pariu, aquilo era a coisa mais linda que eu já havia visto. Aquela pintura Sunburst, aquelas formas que pareciam de certa forma um violino, já dava para ouvir o som da guita só de olhar, pura viajem.
Esqueça disto, meus pais jamais iriam me dar uma guitarra, embora era o que eu queria fazer a minha vida toda.
Meu outro amigo tinha um irmão mais velho que tinha a maior moral com o pai dele, ia no cinema, lavava o carro, dava umas voltas na quadra e a gente ficava que nem uns babacas só olhando. Eis que um dia o irmão dele pediu pro pai dele o Álbum da trilha sonora do filme " Rocky um lutador " que estava passando no cinema. Só sei que o pai dele chegou com " The song Remains the Same " do Led, que na verdade era trilha sonora do filme que no Brasil estava intitulado como " Rock é Rock mesmo". Nossa ! o babaca do irmão dele nem ouviu, largou de lado. Ah ! não deu outra, vamos lá para casa ouvir isto. Puta que o Pariu, que som, aquela versão de Rock'n Roll já na abertura era de desmontar qualquer um. Nossa que timbre, que batera, que peso. Simplesmente alucinante, era toda adrenalina que nós jamais tínhamos experimentado.

- A loja !
- Ta doido é?
- Não ! vamos voltar lá e dar um jeito de ligar aquela guita
- Esqueça, o cara não vai entrar nessa.
- Ah vai sim !
Vamos levar o Álbum do Led, tem umas fotos que da para ver a guitarra do Page, parece igual, deixa que eu enrolo o cara. No máximo o cara vai dizer não.


Voltamos na loja alguns dias depois. A guitarra estava lá, soberana na vitrine. Não deu outra entramos direto, fomos ao mesmo vendedor já abrindo o álbum do Led e mostrando as fotos. Putz o cara conhecia bem a guitarra do Page e já foi falando que aquela era uma Gibson Les Paul Standard, e que o Led estava há anos luz a frente quando o assunto era roquenrroul.
Putz o cara era gente fina pra caramba, pegou o álbum e colocou para tocar ali na loja mesmo. Ouviu um pouco, e falou que já sabia o que iria fazer a noite, Cinema.
Em todo caso tirou a guita da vitrine, plugou num ampli e ligou um Over Drive.
Eu quase tive um treco. Bem coisa de adolescente mesmo, descobrindo o mundo.
Em todo caso acho que ficamos ali por uma meia hora e parecia que eu tinha feito uma viagem de dias.
Putz voltar para casa aquele dia foi uma coisa horrível, eu sabia que nunca ia rolar uma guita na minha mão. A vida continua, como meus pais eram pessoas muito autoritárias não rolava nem argumentação, tinha que ser o que eles queriam e pronto. Opção? Só a que eles davam e guitarra lá em casa era palavrão. Nossa eles ficaram horrorizados com as fotos que vinham no encarte do álbum do Led, diziam que aquilo era coisa de maconheiro. Acho que naquela época não podia existir coisa pior do que maconheiro, era muito pejorativo, nossos pais achavam isso o maior mal de todos os tempos de toda a humanidade.
Meu outro amigo tinha um violão e estudava música clássica, também por encomenda dos pais, não tinha opção era isto e pronto. Pelo menos ele tinha um violão. Não deu outra Gravou o álbum do Led em K7 e levou para o professor dele ouvir Stairway to Heaven. Eis que 2 aulas depois o professor dele começou a ensinar ele a tocar Stairway to Heaven, para nós aquilo era como tocar o azul do céu, imaginem aprender Stairway to Heaven em plenos anos 70.
Adolescente é foda mesmo, primeiros acordes e a gente já estava se achando os fodões. Bem, em todo caso ainda ia demorar muito para ver aquela música pronta, bastava ele ter aula de violão e pronto todo mundo lá para ver o professor dele tocar. O cara abusava, as vezes tocava Rock'n Roll no violão mesmo e a gente delirava.
Bem daí para frente começamos todos a experimentar um pouco de violão, alguns acordes daqui, uns power notes dali e até saía alguma coisa.
Um certo dia aquele outro amigo que era mais largadão apareceu com uma guitarra e um cubo. Cada um sabia um pouquinho, mas na verdade éramos todos experimentais. Bends fora de tom, guitarra semi tonada, timbres horríveis, pudera, mas o lance era tocar e experimentar.
Em todo caso tudo era ruim, mas para gente tava louco de bom, não tínhamos nem noção do que era um equipamento bom, até por que no Brasil militar da época raríssimas pessoas tinham algo que realmente prestava.
Esse meu amigo era uma figura estranha e talentosa. Tinha algo diferente, era uma pessoa mais solta, mais arriscado, não esquentava muito com nada. O tipo do cara que pegava as coisas com muita facilidade. Enquanto a gente fazia coisas horríveis na guitarra, o cara pegava e arrancava umas notas sabe Deus da onde.
Como a guitarra não ajudava, para nós era um atrapalho, na mão dele soava perfeita, afinação, bends, tudo certinho, parecia mágica.
Bom a gente ficava só de olho no que o cara fazia e tentava copiar, mas não tinha jeito, na nossa mão era uma bosta mesmo.
Engraçado que ele se transtornava quando pegava a guitarra, tinha a guitarra realmente na mão, pegava com vontade, não sobrava alternativa para a guitarra a não ser ceder mesmo, estava domada nas mãos dele.
Com o tempo e vendo ele tocar fomos aprendendo um pouco, melhoramos muito nos bends e tals. Ele sempre elogiava a gente, mas ele estava num outro estágio, o cara evoluiu muito, parece que ele havia nascido para tocar guitarra. Seu abuso nos bends era espantoso, quando a gente fazia direitinho o cara atingia 2 tons na maior facilidade, criava frases muito inteligentes, e as notas pareciam que mergulhavam nos acordes de rock.
Era realmente impressionante seu jeito de tocar, além de um domínio pleno de escalas os bends e vibratos eram tão perfeitos que vc não conseguia entender qual nota foi executada.
O que bem mais tarde alguém ensinou como escala pentatônica, o cara já dominava e arrasava lá naquela época. Tirava os solos do Page e do Hendrix tudo de ouvido. Era muito rápido não precisava ouvir mais do que 2 vezes a musica para tirar.
Ele sempre falava que aqueles guitarristas escondiam o jogo, e que não havia segredo na técnica deles, e sempre explicava tudo bem direitinho, mas nós tapados como umas antas não entendíamos uma palavra sequer do que ele estava falando.
Teve um dia que ele esperou os pais dele irem dormir e foi assistir um show do Blindagem num boteco. Como a gente já sabia que não rolava entrar, ele ficou do lado de fora olhando pela janela. Nossa me lembro que ele chegou pálido e disse que o Paulo Teixeira estava com uma Gibson Les Paul igualzinha a do Page.
Aquelas tardes dos anos 70 eram realmente legais. A gente se reunia com uma bosta de guitarra, uma porcaria de vitrola, medonha de feia e o pior som que vc já ouviu na sua vida escutando alguns poucos álbuns e tocando guitarra.
Como não havia tecnologia em nada, nem de estudo, restava afinar os ouvidos e tocar até alguma coisa começar a acontecer. Os professores de música ou tocavam clássico, ou samba e MPB. Ninguém manjava nada de Rock. Quem sabia escala pentatônica era " o cara " na guitarra, pudera não tinha ninguém para ensinar. Além do que Rock pauleira (este termo é ótimo) era coisa de maconheiro, que como já falei era péssimo.
Ah ! sim ! eu estava dizendo que a guitarra estava me atrapalhando em certas coisas. Na verdade, esse meu amigo que tocava pra caralho sumiu, nem disse adeus, sei lá que fim deu. Não sei exatamente o que rolou por que de vez em quando eu até via os pais dele por ali, mas nunca tive coragem de perguntar.
Na minha cabeça esse lance de guitarra ficava batendo o tempo inteiro. Ir para a escola era uma desgraça, minhas notas estavam cada vez piores, eu não conseguia pensar em outra coisa, era só guitarra na minha cabeça.
Tive que abrir mão dessa parada, mas só de lembrar meu amigo tocando já dá uma alegria.
Quem sabe ele é um desses caras famosos por aí, tocando em alguma banda fudida. Deus sabe, Deus sabe tudo.

J. S. Coltrane
Veterano
# jan/08
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Da hora o texto. "Rock que é Rock mesmo" Impagável esse título. É verdade que na época os caras faziam maior zona no cinema durante esse filme?

castanho
Veterano
# jan/08
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jimmt vandrake


Vou imprimir pra ler em casa,
depois comento!

jimmy vandrake
Veterano
# jan/08
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J. S. Coltrane

sim eu ia assistir na seções da Meia Noite, reprise geral em 79 ou 80. As filas começavam às 21:00 e era uma zona total, igual a um show, só que no cinema.

qew
Veterano
# jan/08
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ficaram horrorizados com as fotos que vinham no encarte do álbum do Led
isso ainda acontece cmg mas agora com a internet num eh com o album do led nem nd, soh com as fotos dos cara minha mae jah me enxe o saco
ow seja o tempo passou... eas dificuldades com os pais ainda naum sao muito diferentes....

qew
Veterano
# jan/08
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obs.: lí td \o/

jimmy vandrake
Veterano
# jan/08
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up

Desprogramador
Veterano
# jan/08
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Grande texto cara!

Curly
Veterano
# jan/08
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muito bom mano, vc deveria escrever um livro nessa linha, sobre o que é nascer rockeiro no país do futebol, imagina, um garoto tentando advinhar o que acontecia no mundo, já que não existia informação nenhuma num país onde todos estavam aprisionados numa geléia fedida feita de futebol, samba e carnaval !!!!

Gasoline
Veterano
# jan/08
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muito legal.
bem nostalgico, e consigo me relacionar com boa parte disso.
hehe.
Maneiro.

Anderson Grant
Veterano
# jan/08
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Muito bom o texto, consegui até viver as mesmas emoções lendo isto, apesar de ter vivido minha adolescencia numa época totalmente diferente.

mlorenzo
Veterano
# jan/08
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Pra vc ver como a falta de informação pode ser legal... hoje em dia temos tudo na mão, milhares de escalas, podemos ouvir qquer banda na internet, equipamentos pra todos os gostos...

Talvez isso tenha feito tudo perder um pouco a mágica que o texto descreve. A ânsia, a descoberta pouco a pouco, a surpresa.

Se pudesse escolher com ctz teria nascido nessa época (de preferência não no Br neh... maldita ditadura ehasuesa)

laemcasa
Veterano
# jan/08
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jimmt vandrake

Belo texto, parabéns! Pena q é só uma crônica, se fosse um livro eu teria o maior prazer em ler :) Abraços!

B.Frusciante
Veterano
# jan/08
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Muito foda..

old steel
Veterano
# jan/08
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Blza Vandra.E ainda por cima "Roqueiro Brasileiro tem cara de Bandido"
Alguém falou
Abço

old steel
Veterano
# jan/08 · Editado por: old steel
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post 2

toty
Veterano
# jan/08
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jimmt vandrake

puta que o pariu

cara seu texto é massa.....!!!!!!!
na verdade hoje eu tenho 26 anos sou casado, tenho minhas responsabilidades,essas drogas de regras que a sociedade nos impoe mas qdo passo em frente a loja de guitarras, cara eu me sinto, como se fosse uma """criança numa loja de doces ou brinquedos"""", eu fico encantado, sinto vontade de pegar todas as guitarras, nem que seja apenas pra senti-las em minhas mãos...

ei ja disse isso uma vez e digo dinovo......eu sou seu fã!!!!!!!!!

teclaudio sound and som
Veterano
# jan/08
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Vandrake,

taí algo que um porrilhão de músicos têm em comum no início, a mistura de: pouca grana, falta de incentivo, dificuldade de local para ensaiar/tocar, todos os pretensos "certinhos" dizendo que música não leva pra lugar nenhum e uma puta vontade de fazer e curtir o bom e velho roquenrrôu.

ainda bem que esse embroglio todo acaba forçando a gente a assumir uma atitude e remar contra a corrente

ontem, na televisão, a declaração de um chef baiano (que, aliás, se intitula "cozinheiro", mesmo) serviu como uma luva para definir minha formação musical:

"sou autodidata, ignorante por conta própria"

abração e parabéns pela crônica

jimmy vandrake
Veterano
# jan/08
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Não sei como agradecer o prestigio e opinião de vcs todos, mas é uma satisfação muito grande ter compartilhado esta crônica com vcs.

pacificpoker
Veterano
# jan/08
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jimmt vandrake
já esta nos favoritos...

Adrianodevil
Veterano
# jan/08
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Fico massa cara...
Queria ter nascido nessa época também...

yehrubin
Veterano
# jan/08
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Muito BOM!! Sinta se livre e estimulado por todos aqui a escrever mais coisas nesta linha!

jimmy vandrake
Veterano
# jan/08
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Curly

sua conclusão é precisa, viver naquela época era exatamente isto, tentar fazer as coisas sem o mínimo de informação. Imagine que não tinha nem video k7, não tinha como dar replay em algum lance de guitarrista para tentar entender o que estava acontecendo. E para ajudar os militares não deixavam entrar nada, tudo era previamente analisado quando não censurado. Não tinha informaçõa mesmo, ninguém podia escrever artigos nos jornais, nem crônicas que não fossem submetidas a censura militar. O jogo era duro mesmo, é o que vc disse aí, uma geléia fedorenta de futebol, samba e cerveja. Viviamos de sobras da cultura.

jimmy vandrake
Veterano
# jan/08
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Up para a turma da madrugada.

castanho
Veterano
# jan/08
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jimmt vandrake

hasuas pqp, finalmente li
e li umas 3 vezes acho,
é até errado, mas eu viajei só de ler isso,
é como se eu estivesse lá, secando a guita na vitrine,
o que já fiz muitas vezes...

Acho muita sorte de quem viveu nessa época,
não sei se a próxima geração vai querer ter vivido na minha,
é meio que nostalgia
mas anos 70 e 80 aqui no Brasil foi demais, pelo menos em questão de Rock N' Roll.

Ah, o texto também foi bem escrito,
gosto de crônicas e contos em geral, bem elaborado,
mais foda ainda quando o assunto é Rock N´Roll

\,,/ Abraços.

Andre_lokao
Veterano
# jan/08
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cara, texto muito bom! muito bom mesmo!
nasci em 94' e nao tive o prazer dessa epoca :(

jimmy vandrake
Veterano
# jan/08
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Adrianodevil
yehrubin
castanho
Andre_lokao

Valeu moçadada, mais uma vez obrigado.

Robson Mattos Rezende
Veterano
# jan/08
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Muito interessante a cronica.
Queria ter feito parte dessa geraçao.

Koisa
Veterano
# jan/08
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Estamos em 1977, já é..

Ah, skece..

Arpeggios From Hell
Veterano
# jan/08
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Mto nostalgica, bem escrita ... Outros tempos msm ... Mais "inocencia", menos informação e mais gana em viver e aprender ... Hoje é toda essa merda plástica ... Mas, cabe a nós mudar tdo isso !!!

Parabens cara !!!

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