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quenaiplei Veterano |
# mai/12
Tenho visto com certa frequência guitarristas investindo no estudo do contrabaixo.
Ultimamente tenho pensado em fazer o mesmo por imaginar que conseguirei me desenvolver melhor no segundo instrumento mas tenho receio em investir demais.
Alguém com histórico parecido poderia compartilhar suas experiências e sugestões (equipamento, métodos, etc)?
Grato
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Blindshaman Veterano |
# mai/12
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Realmente não acho q vale a pena tocar baixo só pq é parecido com guitarra, pq apesar da semelhança aparente são instrumentos com funcionalidade e finalidade completamente diferentes.
Digo isso pq comecei na guitarra mas nunca fui feliz como guitarrista, então larguei meus 10 anos na guitarra para recomeçar no baixo. hj me considero totalmente um baixista e não encosto em uma guitarra a mais de um ano...
Outra coisa que digo é que guitarra e baixo são instrumentos do mesmo estilo e por isso pouco um pode somar ao outro, se você toca guitarra fica mais fácil começar no baixo, porém só vale a pena (ao meu ver) se você realmente quiser se tornar um baixista, caso seja apenas para acrescentar em sua cultura musical acho que talvez buscar um instrumento de outro estilo (percussão por exemplo) pode te ajudar muito mais a crescer como músico.
Agora respondendo as perguntas: O investimento para comprar um baixo e um amp de maneira a não comprar um instrumento muito ruim fica em torno de 1000 reais (500 para o baixo, 500 para o amp.) o método de aprendizagem pode variar muito, não sei qual o seu conhecimento teórico na guitarra, mas o baixo segue a mesma base com algumas alterações, existem centenas de videos e tutoriais que dão uma boa base para vc começar.
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Renan Gonçalves Flores Veterano |
# mai/12
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AVISO: Texto longo, mas acredito que para o autor do tópico seja legal essa experiência.
Meu nome é Renan, codinome: guitarrista frustrado.
Tenho 21 anos. Comecei a tocar violão aos 13, passei para a guitarra aos 14. Passei anos tentando encontrar banda e nunca consegui (na época eu gostava de metal e nu metal, com uma guitarra Phoenix de 200 real, um cubo de 15W e uma super mega pedaleira Zoom 505 II from hell). Minhas maiores inspirações na época eram King Crimson, Pink Floyd, Black Sabbath, System of a Down, Slipknot.
Decidi então trocar para o baixo, tamanha a frustração em não conseguir montar banda. Passei para o baixo elétrico aos 18. Consegui entrar numa banda rapidinho. Só que de jovem-guarda. Mas conforme eu fui crescendo, sempre com a mente aberta, aprendi não só a gostar de muitos outros gêneros musicais que eu sequer chegava perto (como rap, seresta, calipso, rockabilly), como também aprendi a gostar do baixo. Um Condor BC 400 usado, humbucker, ativo e um cubo Meteoro de 50W. Meus herois: Les Claypool (Primus), o baixista do Arctic Monkeys, Marcus Miller, o cara que gravou o primeiro disco do Secos e Molhados, etc.
Aos 20, ou seja, ano passado, comprei uma guitarra semiacustica Condor JC 501. Investi em tarraxa com trava, cabos, um Big Muff Pi todo fodido que eu consertei, etc. Atualmente estou juntando pra colocar captadores Seymour Duncan e ponte Bigsby. Não pretendo investir em amp porque na banda tem dois de 100W bem parrudos. Meus herois atualmente: Chuck Berry e Jack White.
Atualmente leciono contra-baixo para um amigo. Perdemos o guitarrista da banda. Estou querendo chamar esse amigo pra tocar o baixo (será a primeira banda dele). E eu passaria para a guitarra.
Acredito que toco baixo, guitarra e violão razoavelmente. Até porque são instrumentos bem parecidos em sua construção. Mas o uso é bem diferente, tenha isso em mente. Além disso, arranho bateria, percussão, flautas, piano, órgão. Estudo Rádio e TV, e quando terminar, pretendo iniciar um curso formal de música. Também pretendo cursar eletrônica básica (para pequenos consertos de pedais, upgrades, fontes) e também lutheria bem básico (só conserto e modificação de instrumentos pessoais, criação de instrumentos próprios tipo Uakti).
Meu objetivo: trabalhar como compositor, instrumentista, arranjador, produtor e, orem por mim, quem sabe maestro! Fazer jingles, trilhas para filmes ou publicidade, eventos. Trabalhar como músico de apoio ou fazer arranjos. Produzir um artista, fazer gravações de demos ou álbuns. O que eu quero não é ficar no palco. Quero ajudar as pessoas que querem subir no palco. Caso eu tenha que subir, quero ficar lá atrás, servindo de apoio a esses caras. Não quero meu nome estampado na capa da Guitar Player.
RESUMINDO: Pra mim, guitarra e baixo se completam. Não só eles, mas todos os outros instrumentos musicais e "não musicais" (me refiro a panelas, brinquedos, garrafas de vinho). Meus amigos brincam que eu sou um guitarrista frustrado. Quando eu passei para o baixo, eu realmente era. Hoje não me vejo mais assim. Hoje me vejo como um músico cujo instrumento são os ouvidos e o coração das pessoas. Qualquer objeto que eu usar para tocar esses instrumentos, seja um piano ou uma caixa de fósforos, tá valendo.
Então quenaiplei, pergunte-se: por que eu deveria tocar baixo? É por que não consigo vaga como guitarrista? É por que não consigo tocar como o Zakk Wylde? É por que eu gosto de baixo? É por que eu quero experimentar um instrumento novo? Não se preocupe. Ninguém é obrigado a ficar preso ao instrumento em que começou. E também não é errado passar para o baixo e se tocar que seu instrumento é realmente a guitarra. Mas aí entra o fator dinheiro. Quanto você está disposto a gastar nessa brincadeira?
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Renan Gonçalves Flores Veterano |
# mai/12
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A pergunta é: O que você está disposto a tocar? Guitarra, baixo ou o coração das pessoas?
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TerraSkilll Veterano |
# mai/12
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Acho que eu tenho um complexo de generalista. Não consigo me contentar em saber uma coisa só, então arranho violão, guitarra, baixo, e estou caminhando pra aprender viola, e a lista não deve parar por aí (ah, pena que os pianos são tão caros...). Mas o baixo é (ainda) meu instrumento principal.
quenaiplei Alguém com histórico parecido poderia compartilhar suas experiências e sugestões (equipamento, métodos, etc)? Depende do seus objetivos. Se quer ser um músico profissional, acho que, inicialmente, vale investir forte em um dos instrumentos apenas, aprendendo tudo o que puder sobre ele até tocar com qualidade. Nesse meio tempo, encare o segundo instrumento como hobby, ou seja, estude-o, mas nunca de forma a prejudicar o estudo sério do seu primeiro instrumento. Claro, quando estiver suficientemente seguro da sua técnica no primeiro instrumento, pode dedicar-se mais ao segundo.
Se o objetivo é só hobby (como o meu caso), aprenda os dois e mais quantos desejar. Apesar das diferenças de execução, a teoria por trás do estudo é basicamente a mesma. E a diversão se multiplica.
Renan Gonçalves Flores O que você está disposto a tocar? Guitarra, baixo ou o coração das pessoas? Nunca fui bom cirurgião cardíaco, então desisti disso aí antes que matasse alguém =D
Abraços.
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JGBASS Veterano |
# mai/12
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A pergunta é: O que você está disposto a tocar? Guitarra, baixo ou o coração das pessoas? Entendi , faz sentindo mas na boa ri demais OPAKSOPAKSPOKS
quenaiplei
Acredito que infelizmente muitos guitarristas tendem a investir no contra-baixo porque acham que é mais facil , o que é um erro. Vou tentar explicar:
Na guitarra existem tecnicas e tecnicas muito complicadas que nos ,baixistas, realmente nao conseguiriamos fazer a principio . Levaria muito tempo e paciencia . O problema é que os muitos guitarristas acham o baixo mais facil porque em geral musicas mais puxadas na guitarra tem linhas de baixo retas ou faceis ( de marcação ) e tambem que com a velocidade e conhecimento que eles tem em uma guitarra vão se dar bem no outro instrumento. Mas o baixo não é só isso , na minha opinião, um baixo requer muito mais gingado ,groove , feeling sabe : o dom . Não o dom de " aaa o cara toca muito " ou " aaa o cara toca todas as musicas" , mas sim o de voce amar o que esta fazendo .
bom , espero que tenha entendido na minha opinião o que acontece. é claro que em varios casos não é assim , mas e o que vejo geralmente.
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Msess Veterano |
# mai/12
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quer um motivo pra rir? mande um guitarrista fazer um groove com uns slaps.
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kiki Moderador |
# mai/12
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quenaiplei eu!
na verdade eu tenho uma crise de identidade constante entre guitarra baixo e violão. mas atualmente eu tenho assumido mais meu lado baixista, até por que venho desempenhando mais essa função pois to tocando mais em banda. até comprei um ampli de baixo de verdade pela primeira vez na vida!
baixo é meio ingrato, pois voce tem mais ampli, ninguem te ouve, etc. etc. etc., mas eu acho uma delicia de tocar.
eu acho uma escolha bem de personalidade: voce tem que curtir segurar a peteca pra nao cair a musica e nao querer aparecer. em algumas musicas o baixo tem destaque, mas na maioria do tempo voce vai ser a segurança do negocio.
pra mim, foi fundamental aprender violao e baixo, pois entender de harmonia é super enriquecedor pro baixo. eu penso tudo em acordes e arpejos. migrar de um pra outro sempre pode ser muito rico. eu sempre acho que qualquer instrumento acrescenta.
se voce tiver restrições economicas ou de espaço - só puder ter um instrumento - aí tem que pensar bem. mas se puder ter os dois, recomendo.
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kiki Moderador |
# mai/12
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Renan Gonçalves Flores O que eu quero não é ficar no palco. Quero ajudar as pessoas que querem subir no palco
muito bonito seu depoimento. acho que um pouco diferente eu passo pelo mesmo processo... fico me metendo com luthieria e audio sem nem saber aonde ir com a musica!
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JGBASS Veterano |
# mai/12
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pra mim, foi fundamental aprender violao e baixo, pois entender de harmonia é super enriquecedor pro baixo. eu penso tudo em acordes e arpejos. migrar de um pra outro sempre pode ser muito rico. eu sempre acho que qualquer instrumento acrescenta.
Falou tudo
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MeGustaCookie Veterano |
# mai/12
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Praticando alguns solinhos e bases na guitarra e no violão, notei algumas características e dificuldades que se tornam evidentes quando eu deixo o baixo de lado por alguns minutos... (alguns minutos mesmo, pois meu amor pelos graves é supremo, DHISHIDHSIHDIS)...
A primeira delas é que tenho uma facilidade tremenda em fazer todo tipo de bend, hammer-on, pull-off, tapping, etc e tal... Sabe, fazer um bend de 1 tom ou de 1 tom e 1/2 no baixo é um verdadeiro sacrilégio, se for com mais de uma corda ao mesmo tempo, aí só com musculação... Quando pego na guitarra, fico impressionado com a facilidade com que executo o bend e como consigo alcançar a afinação correta sem fazer careta. O mesmo vale pro tapping... Eu estou bem longe de dominar essa técnica no baixo, e nem precisa dizer que também num é muito gostoso para as pontas dos dedos... Já na guitarra consegui pegar alguns exercícios simples de tapping relativamente rápido, novamente, a leveza me impressionou.
POR OUTRO LADO,
Embora todo baixista se defenda usando o velho argumento do "groove", tenho que falar, meu ritmo com a mão direita é absolutamente ZERO. Além da maldita palheta escapar o tempo todo, claro. Um groove como aquele do começo de "Pinball Wizard" é uma tarefa basicamente impossível para mim....Não consigo nem "Another Brick in The Wall", se facilitar. As pestanas também são um empecilho bem chato... Se for uma música inteira de acordes abertos, ótimo...inteira andando com a pestana, também. Agora, não me peça pra fazer uma passagem de A - C#m - D - F#m, porque intercalar os dois é receita para o desastre. Meus dedos simplesmente não gostam de segurar mais de uma corda ao mesmo tempo, talvez desse mesmo fato que derive minha facilidade para solar...
Em resumo, é bastante pessoal... Mas sem dúvida alguma, como foi repetido inúmeras vezes acima, quanto mais instrumentos se souber (desde que se toque todos com a técnica correta), mais conhecimento e "malandragem" são acrescentados.
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vinibassplayer Veterano |
# mai/12
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quer um motivo pra rir? mande um guitarrista fazer um groove com uns slaps.
ih já ri dimais disso!!!!!kkk
ou vc pode pegar um baixo e achar q tá tocando guitarra, tipo joey demaio ou billy sheehan...
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quenaiplei Veterano |
# mai/12
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Muito obrigado pelas respostas.
Acabei pegando um Fender Standard Precision Bass (mexicano) e uma caixa Maverick para baixo da Selenium.
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