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dibass Veterano |
# mar/11
Vou postar aqui algumas informações sobre tipos de madeiras, verdades e mitos na construção de instrumentos e características delas. Como não sou Luthier peço ajuda de quem entende melhor do assunto para corrigir os artigos postados. Abçs
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dibass Veterano |
# mar/11
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Hoje, após muito estudo e um bom tanto de prática vejo muitos luthieres iniciantes e músicos falando erroneamente sobre madeira. Questões como: _ Madeira clara dá/possui timbre grave/agudo _ Madeira densa dá/possui timbre grave/agudo _ Cor da madeira define timbre _ Madeira X é melhor que madeira Y _ Madeira X tem mais sustain que madeira Y _ Para o instrumento ser bom a madeira precisa secar por pelo menos N anos. Estas e inúmeras outras questões são levadas como verdades absolutas por algumas pessoas, mal sabem elas que todas são falsas verdades. Para começar, vamos a uma pequena explanação sobre o comportamento da madeira e algumas de suas características principais e determinantes. 1. A Madeira é um material higroscópico, ou seja, ela absorve e perde água para o ambiente onde está. Logo, o período de secagem não é tão influente quanto a qualidade e condições em que esta secagem foi feita. Uma estufa pode fazer em alguns meses o que a natureza nunca chegaria a fazer ou demoraria décadas. Isto nos remete à seguinte questão "Para o instrumento ser bom a madeira precisa secar por pelo menos N anos". FALSO! O que é verdadeiro é o aumento da estabilidade da madeira com o passar dos anos. Quanto mais velha a madeira, mais estável, portanto, mais favorável à construção de instrumentos musicais. No entanto, por mais velha que a madeira seja, não servirá para luthieria se possuir um alto teor de umidade (12% já é um bom patamar, acima de 20% é inútil para luthieria). 2. Madeira não dá som, tira som! A madeira não produz frequências, quem produz é a vibração das cordas, o captador capta estas vibrações e o meio em que ele está, seja madeira, acrílico, alumínio ou qualquer outro material, influencia na transmissão destas ondas. Cada peça de madeira tem características próprias e corta determinadas frequências. Um exemplo clássico é o mogno, que mesmo variando de peça para peça, é rotulado como tendo um favorecimento aos graves. O mogno não favorece as baixas frequencias, na verdade ele corta mais as faixas agudas, fazendo com que a ênfase seja nos médios/graves. Falando de forma simplificada e direta: a madeira funciona como uma espécie de equalizador natural do instrumento. Por isso, algumas combinações de madeiras e alguns tipos específicos raramente se transformam em um bom instrumento. 3. A Densidade da madeira. Há muita gente que relaciona timbre à densidade. Mais uma vez, lenda. A densidade não tem influência direta com timbre. Para quem não sabe, densidade é massa dividida por volume. Há diversas características físicas que podem influenciar a timbragem da madeira, dentre elas, Frequencia de vibração, comprimento de onda, Decaimento logarítmico, posição dos veios, poros abertos/fechados, etc. Não existe uma única característica que prove sua influência direta no som. Além destes, ainda temos a imensa influência dos vários tipos de captação, seus esquemas elétricos, amplificadores, cabos, pedais, etc. Vamos aos exemplos: Madeiras secas a aproximadamente 12%: Agathis - Densidade em 0,45g/cm³, cor clara à média, som característico: valorização dos agudos. Mogno - Densidade em torno de 0,65g/cm³, cor mediana, som característico: valorização dos graves. Basswood - Densidade em torno de 0,4g/cm³, cor clara, som característico: valorização dos médios/graves. Maple - Densidade em torno de 0,65g/cm³, cor clara, som característico: valorização dos agudos. Jacarandá - Densidade em torno de 1g/cm³, cor escura, som característico: valorização dos agudos. Comparando estes exemplos podemos ver que não há influencia de cor e densidade no timbre final das madeiras em geral. Logo: - Cor da madeira NÃO influencia diretamente no som. - Densidade da madeira NÃO influencia diretamente no som. 4. Melhor Madeira e Madeira com maior sustain. Aí, novamente entram as lendas da luthieria. Primeiramente vamos ao assunto 'Madeira X é melhor que madeira Y'. Há inúmeras espécies que podemos usar na luthieria, dentro deste limite de espécies que possuem as características necessárias para serem usadas, encontramos um grande preconceito contra as madeiras pouco usuais e um grande favorecimento às clássicas como o maple, mogno, abeto (spruce), alder, ash, etc. Com a prática aprendi que não há uma madeira melhor ou pior (salvo algumas exceções), e sim uma melhor peça de madeira. A escolha da peça a ser trabalhada possui influência infinitamente superior à espécie a qual esta peça em questão pertence. Agora, finalizando, entramos na questão do sustain. Há uma forma de medição, o Decaimento Logarítmico, que pode indicar peças de maior e menor sustain. Algumas espécies possuem uma leve tendência a possuir um baixo índice logarítmico (quanto menor o índice, maior o sustain). Contudo, novamente, a variação de peça para peça é muito grande. Até mesmo pedaços de uma mesma árvore podem apresentar diferentes significativas. Algumas pessoas preferem dizer que a Les Paul tem sustain maior que a Stratocaster porque a Les Paul é de mogno. Novamente... FALSO! O fator que mais influencia o sustain é o modo de construção. Além disso, existem fatores como captação, posicionamento dos captadores, ferragens (ponte, tarrachas, etc) e parte elétrica, que influenciam diretamente em todo o som do instrumento, inclusive em seu sustain. Logo, não se pode afirmar que uma madeira por si só, dará um timbre 'melhor' que outra. Por falar nisso... só uma curiosidade: O mogno possui decaimento logarítmico um tanto alto (em torno de 0,027 enquanto o jacarandá possui valores próximos a 0,016), portanto ele deveria possuir menos sustain... Então???
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dibass Veterano |
# mar/11
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Fontes:
TELES, R. F. Avaliação Acústica das novas espécies para utilização em instrumentos musicais. Brasília, 2005. FERNANDES, G. de A. Avaliação de madeiras brasileiras para utilização em guitarras elétricas. Brasília, 2004. BUCUR, V. Acoutics of Wood. CRC Press. 1995 http://www.ibama.gov.br/lpf/madeira João Guilherme Penteado - Luthier Red Fox Guitars.
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dibass Veterano |
# mar/11
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Maple: Ótima para ser usada em braços devido sua grande estabilidade. Ótima para guitarras acústicas e Semi-Acústicas também, porem gera harmônicos menos definidos. Ótima ressonância e resposta de som.
Obs: Usada na Shelter Chicago 400(copia da Gibson es335).
Mogno: Madeira pesadona. Som bem encorpado, bem cheio, bastante sustain, dizem que tem bem mais sustaine que o Basswood, perfeita para fundos e laterais de Violão, pode ser usada no braço também com bons resultados. Madeira encontrada aqui no Brasil por preços bem accessíveis e de ótima qualidade.
Obs:Parece ser boa para ser usada no braço quando o corpo também é em mogno, acredito que também fique bom quando o corpo é de Cedro.
Alder: Madeira muito bem equilibrada, boa resposta sonora, madeira muito versátil, fica boa com todos tipos de captadores.
Obs: Por isso que dizem que é a melhor madeira para Strato, a madeira mais versátil na guitarra mais Versátil(ou talvez nem tanto, comparando com as PRS's).
Grumixava: Balanço tonal claro e definido, bons agudos. Indicado para o Braço.
Ash: Bom corpo sonoro,agudos definidos e ressaltados, considerada uma madeira de primeira para ser usada em corpos de guitarra, bastante usada em guitarras CustomShop.
Swamp Ash: Parecido com o ASH, mas varia bastante de região para região. Tem menos brilho,bastante volume e mais ataque que o ASH.
Vinhático: Bons agudos e Graves
Ébano: A madeira mais dura. Considerada pela maioria como a melhor madeira para escala. Timbre consistente, duro e com bastante ataque.
Rosewood: Muito boa e muito usada em escalas de guitarras e violões, boa para folhagens de corpos (tampos e fundos de guitarra), brilho médio e timbre bastante macio. No violão resulta em um som Alto e grosso.
Jacarandá da Bahia: Madeira usada em braços, folhagens, escalas. E perfeita para fundos e laterais de violão.
Pau Marfin: Parecido com o Maple. Madeira bem rígida e boa para o braço.
Obs: Muito usada nas Tagimas feitas aqui no Brasil e com bons resultados pelo jeito.
Cedro: Semelhante ao Mogno. Sonoridade com menor peso e bastante aberta, balanço de som com bom equilíbrio. Usada em corpos, principalmente de Stratos.
Marupa: Agudos encorpados, boa para Stratocaster's e Telecaster's.
Bsswood: Madeira muito leve. Tem ataque moderado e Sustain incrível. Resolução sonora perfeita, ótima para Rock em volumes elevadíssimos, assim ajudando a não perder a resolução mesmo em altos volumes. Não é a madeira ruim que muitos pensam ser, o problema é que existe muito compensado de Basswood assim confundindo os menos entendidos. É uma madeira bastante macia, leve e de fácil reflorestamento, por isso ela tem um bom custo beneficio, assim você pode comprar uma boa madeira com menos dinheiro, assim barateando muitas Guitarras que antes usavam outras madeiras mais caras e talvez nem tão apropriadas.
Obs: Por isso é bastante usada pelo Joe Satriani e outros guitarristas Virtuosos desse estilo.
forum.cifraclub.com.br/forum/3/211944/
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dibass Veterano |
# mar/11
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Mogno (Mahogany): Madeira macia, pesada, com o som "morno", repleto de frequências baixas e médias. Usada nas Gibson e PRS dentre outras. http://www.musiciansfriend.com/document?base_pid=517536&cpd=0OEY&doc_i d=99371&index=0
Almieiro (Alder): Madeira dura, densa, de som cheio e encorpado, frequências bem equilibradas. É a madeira clássica das fender strato. http://en.wikipedia.org/wiki/File:Fender_strat.jpg
Freixo (Ash): Madeira dura, densa, pesada, porosa, de som estridente. É muito rica em agudos. Foi usada nas primeiras stratos e nas teles. Atualmente é usado nos modelos mais caros da Fender. Som mais bluseiro. http://www.fender.com/products/prod_images/guitars/0101400752_xl.jpg
Bordo (Maple): Madeira muito densa e dura. Ideal para suportar a tensão das cordas. Por isso é muito utilizada como braço para os instrumentos. É também utilizada como "Cobertura" no corpo dos instrumentos mais caros de mogno (como nas Gibson Standart e Custom, bem como nas PRS), pois além de ser bonita, acrescenta frequências mais altas à sonoridade obscura do mogno. É muito pesada para servir de corpo, mas existem guitarras com corpo de maple. http://www.modernguitars.com/archives/004605.html
Ébano (Ebony): É muito densa, escura, linda, muito brilho, e caríssima, quase extinta no mundo. É usada como escala das guitarras mais luxuosas. http://www.bcrich.com/lrg_bass_zombie_ec.html
Jacarandá (Rosewood): madeira escura, densa, de cor marrom, do avermelhado ao quase preto. Sonoridade rica, grave cheio, boa "mordida" em altas frequências e médios aveludados. Madeira muito porosa, usada na escala de instrumentos. Muito cara e rara. http://www.musicgadgets.net/2007/03/12/fender-rosewood-telecaster/
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dibass Veterano |
# mar/11 · Editado por: dibass
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Mais tarde pesquiso mais algumas coisas. Peço desculpas por informações repetidas e muita coisa direcionada a guitarra, porém, o conteúdo pode ser muito útil num contexto geral.
Vlw povo!
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dibass Veterano |
# mar/11
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Lista de baixos e suas respectivas madeiras
Fender Marcus Miller Jazz Bass - corpo em ash; braço em maple "C" shape (1pç); escala em maple.
Fender Am Deluxe Precision Bass - Corpo em Select Alder; braço em maple "modern C" shape; escala em rosewood
Fender Am Deluxe Jazz Bass Ash - Corpo em Premium Ash; braço em maple "C" shape c/ reforço em grafite; escala em maple
Fender Am Standard Precision Bass - Corpo em alder; braço em maple "modern C" shape; escala em rosewood
Music Man Sting Ray 5 - Corpo: Hardwood selecionada Escala: Rosewood 34"
Fender Squier Vintage Modified Jazz Bass - - Corpo: Agathis. Braço: Maple "C" Shape. Escala: Escala Fretless em Ebanol.
Strinberg CLB17A - - Corpo: Mahogany. Braço: Maple. Escala: Rosewood.
Strinberg CLB19A - Corpo: Ash. Braço: Maple, Braço Inteiriço. Escala: Rosewood.
Condor Precision P Master Vintage - Corpo: Alder. Braço: Maple Parafusado.Escala: Maple.
RockBass by Warwick Corvette 5 Cordas Fretless - Corpo: Alder. - Braço: Maple. Escala: Rosewood (fretless)
Washburn T15A B - - Corpo: Basswood. Braço: Maple. Escala: Rosewood
Shelter Eclypse 951 - Corpo: Ash. Braço: Maple. Escala: Rosewood.
Shelter Topaz 300 - - Corpo: Basswood. Braço: Maple. Escala: Rosewood
Strinberg CLB34A - Corpo: Mogno, Maple, Rosewood. - Braço: Maple. - Escala: Rosewood.
Strinberg CLB35A - Corpo: Mogno, Maple, Rosewood. - Braço: Maple. - Escala: Rosewood.
Tagima TW4 - Corpo: Mogno Africano. Braço: Maple.
Cort Action DLX CRS - Corpo: Agathis Braço: Maple Escala: Rosewood.
Cort Action V Dlx Crs - corpo: Agathis. Braço: Maple
Peavey Milestone - Corpo em basswood. Escala em rosewood.
Ibanez GSR 200 EX - Corpo Basswood
Yamaha BB 425 - Corpo: Alder Braço: Maple Escala: Rosewood
Cort Curbow - Corpo: em Luthite (resina sintética) Madeira do braço: 3 pçs em Maple
Tagima Tp - Corpo: Basswood Braço: Maple Escala: Rosewood
Washburn Xb 126 - corpo: Basswood braço: Maple escala: Rosewood
Washburn Xb 125 - corpo: Basswood Braço: Maple Escala: Rosewood
Giannini GBX-1 - Corpo: Basswood Braço: Maple Escala: Rosewood
Giannini GBX-2 - Corpo: Basswood Braço: Maple com tensor Escala: Rosewood
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dibass Veterano |
# mar/11
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em breve posto mais baixos na lista.
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dibass Veterano |
# mar/11
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putz que decepção ninguém se interessa por madeira hehehe
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Toni_Gospel Veterano |
# mar/11
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dibass
Amigo, eu não tinha comentado mas estou acompanhando tudo o que você tem postado sobre madeiras!
Essa é uma curiosidade que tenho há muito tempo.
Abraço.
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dibass Veterano |
# mar/11
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Toni_Gospel
hehe isso me consola
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Biologista Veterano |
# mar/11
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Complementando com alguns artigos:
Madeiras e Timbres por:
Fabio Batanj:
Não existem "listas com as sonoridades das madeiras" tudo não passa de especulação e achismo na maioria das vezes. Primeiro, que as características acústicas das madeiras estão muito mais relacionadas à transmissão e "filtragem" das frequências emitidas pelo conjunto e é daí vem a relação com a fonte emissora (cordas vibrando) e com o elemento coletor/transdutor (captador).
Tudo irá influir salvas as devidas proporções : material da ponte, construção da ponte, modelo da ponte, calibre das cordas, afinação, liga dos trastes, nut, distância dos captadores para as cordas, tipo de acabamento do corpo (encerado, pintura opaca, verniz, etc), madeira da escala, madeira(s) do braço e obviamente, a(s) madeira(s) do corpo do instrumento. Obviamente, que por serem de famílias diferentes e principalmente por terem densidades e organização das fibras diferentes, diversos tipos de madeiras reagem diferentemente se comparadas, por exemplo em instrumentos de formas construtivas, ferragens, captadores e acabamentos idênticos.
No geral, entende-se que madeiras mais resinosas nas escalas e tops, tendem a filtrar mais as frequências agudas e daí vem a prevalecência dos graves brilhosos, além do fato de não aceitarem facilmente acabamento, os poros da superfície no caso das escalas ficam expostos. Madeiras como o jacarandá-da-bahia e o ébano por exemplo. Por outro lado, madeiras claras rígidas e densas como o hard maple, o pau marfim, a abiurana, que tem ótima resitência mecânica e fibragem, porém possuem pouquíssima resinosidade e tendem a filtrar mais as frequências graves, o que causa a evidência dos agudos brilhosos bem característicos.
O bom luthier com sua experiência acumulada, tende a combinar estes dois universos extremos com madeiras intermediárias que contenham riquezas acusticamente interessantes como é o caso do mogno e do cedro, que são madeiras de densidade média mas possuem em sua fibragem um alto índice de "aeração" como eu costumo apelidar. Ou seja, depois de seca (umidade em torno de 15%) a madeira possui um índice de vazios interiormente onde antes era ocupado pela seiva e é por estes dutos que o som se propaga, filtrando certas frequências e vibrando conjuntamente com outras.
Uma das melhores combinações para a construção de uma guitarra maciça tradicional na minha opinião é: corpo em cedro ou mogno, braço em marfim ou maple e escala em jacarandá. Estas três partes se completam muito bem dando equilíbrio sonoro a uma gama muito grande de frequências e direcionamentos mais apurados podem ser dados adicionando um top ao corpo, adicionando longarinas ao braço ou trocando a madeira da escala.
Pelo luthier Pedro Wood (Wood Guitars):
Em um instrumento musical elétrico as madeiras funcionam como filtro de frequências, ou seja, elas adicionam características timbrais ao conjunto através da subtração de frequências, ou seja, "madeira não tem som, ela tira som", portanto madeira não tem timbre, por mais que usemos esse termo didaticamente de vez em quando.
De qualquer modo esse conhecimento é válido para quem está construindo um instrumento ou desenvolvendo um projeto de instrumento musical elétrico por ser esse o referencial utilizado. Alguns músicos confundem as coisas e acham que devem escolher o instrumento pela madeira do corpo, que por usar determinada madeira o instrumento terá determinado timbre, coisa que absolutamente não é verdadeira nesse nível de simplificação. O músico deve pegar o instrumento, testar e levar se gostar do timbre, da pegada, do acabamento, se confiar na marca e etc. Quem pensou nas características da madeira do corpo e no resto do projeto foi quem o idealizou e chegou no resultado, e é o resultado que agradará ou não ao músico. Se o caso for o de um músico querendo construir um instrumento, ele já conversará com o luthier a respeito do que deseja (sempre utilizando referenciais) para que o luthier, junto com ele, escolha os materiais e desenvolva o projeto a fim de chegar no objetivo pretendido.
Fonte: www.luthierbrasil.com
PS: Eu mudaria o tílulo para "Luthieria - (Quase) Tudo sobre Madeiras".
Em tempo, ótimo tópico!
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Toni_Gospel Veterano |
# mar/11
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dibass
Estou montando um fretless com as seguintes madeiras:
Braço em Balfourodendron riedelianum; Escala em Dalbergia nigra; Corpo em Cedrela fissilis. Você acha que vai ficar legal?
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xGumAx Veterano |
# mar/11
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Tópico foda, eu tbm tenho acompanhado de perto seus posts dibass...
Fale mais sobre madeiras indicadas para contrabaixos e uma dúvida q sempre tive:
Tem dessa de "ponte tal fica melhor em madeira tal", ou, melhor dizendo. Desejo uma sonoridade X, existem indicações de madeira X ferragens?
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dibass Veterano |
# mar/11 · Editado por: dibass
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Seguinte, antes de tudo é preciso esclarecer que eu não entendo muito sobre o assunto. Só sou um curioso. E por gostar disso acabo aprendendo bastante coisa. Quanto ao tópico, o que tenho postado é as coisas que achei mais interessante.
Toni_Gospel Seria mais fácil vc usar os nomes não científicos né mano. Braço em marfim, escala jacarandá da Bahia. A propósito, ouvi dizer que essa madeira é bem cara e difícil de achar. E o corpo feito em cedro? ...vc ta fazendo essa baixo mesmo ou ta zoando aí??? rsrs
xGumAx cara, não sei isso ao certo. Mas axo que o lance é ter uma boa ferragem, que vai ser usada em qualquer madeira. Por exemplo, a galera lá que faz os Ledur usam todas ferragens gotoh.
Mas vale lembrar que ferragens melhores fazem a diferença sim.
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Ian Anderson Veterano |
# mar/11
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dibass Andou estudando em...agora vai fazer o seu proprio baixo? =P
mas algumas coisas
Jacarandá (O famoso Rosewood) Densidade em torno de 1g/cm³, cor escura, som característico: valorização dos agudos. Sempre ouvi dizer q ele valoriza + os graves...
Mógno Madeira encontrada aqui no Brasil por preços bem accessíveis e de ótima qualidade. Olha, eu tentei fazer minha guitarra de mógno, mas o ibama proíbe o corte dessa madeira... não eh toda madeirieira que vende e não é tão barato assim.
Cedro eh bem leve essa madeira, usei ela no corpo da guitarra, ficou um "pluma"
E parabéns pela iniciativa =D
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Toni_Gospel Veterano |
# mar/11
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dibass
hahaha... Bem, usei os nomes científicos para zoar um pouco, mas o resto é sério mesmo. O projeto é o seguinte, comprei um baixo com trastes de uma marca Tabajara feito dessas madeiras citadas e pedi ao meu luthier de confiança para transformá-lo em fretless (inclusive ele se admirou da escala por não ver jacarandá dando sopa por aí todos os dias!). Eu disse que se eu gostasse do baixo como fretless, o levaria lá de volta para uma reforma geral, na qual ele daria um acabamento melhor, pois o original é bem ruim, e pintaria de uma cor bacana. Detalhe que ele disse que vai me fazer gostar do baixo sim, inclusive fazendo um pequeno enxerto com uma madeira diferente para "limpar" um pouco o som! Por enquanto não vou citar detalhes desse baixo, mas se der certo eu posto algumas fotos e até som se for possível! Abraço.
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dibass Veterano |
# mar/11 · Editado por: dibass
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******************************************************* Mais informações sobre madeiras Como as madeiras tradicionais estão cada vez mais escassas e caras, algumas madeiras como alternativa de substituição. Revew de madeiras conhecidas e outras não tão faladas.
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TAMPO E ESTRUTURA Abeto Alemão
German Spruce - (Picea Abies) - Densidade média 0,45 g/cm3 Esta é a madeira mais tradicional para tampos de instrumentos acústicos, muito usada nos tampos de violinos, violoncelos além dos violões. Ela é encontrada nas regiões alpinas da Europa, na Escandinávia e nos países do Leste europeu. Demora um pouco a abrir o som no violão clássico, mas continua ganhando variações no som com o passar dos anos.
Abeto Engelmann
Engelmann Spruce - (Picea Engelmannii) - Densidade média 0,38g/cm3 É o abeto menos denso dentre os usados na luthieria, é encontrado nas Montanhas Rochosas nos E.U.A e Canadá. Em peças bem selecionadas, é uma madeira muito boa para instrumentos, de grã fina, regular e cor bem branca, tem um ótimo acabamento e sonoridade. Diz-se que dentre os abetos, é o que abre o som mais rapidamente; e quando bem trabalhado, produz instrumentos de excelente sonoridade.
Abeto Sitka
Sitka Spruce - (Picea Sitchensis) - Densidade média 0,40g/cm3 Este é o abeto mais usado para violões de corda de aço por ser mais resistente. Tem a coloração mais rosada que os outros abetos. Encontrado no noroeste dos E.U.A, costa oeste do Canadá e Alaska.
Cedro Vermelho
Western Red Cedar - (Thuja Plicata) - Densidade média 0,35g/cm3 Apesar do nome, não tem nada a ver com os gêneros Cedrela (cedro brasileiro), é uma conífera como os abetos e cresce nas regiões frias do Noroeste da América do Norte. É uma excelente madeira para tampos, por ser menos densa, é bastante frágil e marca com facilidade, mas produz instrumentos de grande volume e abre o som quase imediatamente. Foi introduzida na luteria de violões clássicos por José Ramirez III nos anos 70 e ganhou popularidade depois disto. Coloração bem mais escura e avermelhada. Encontrada na costa oeste dos E.U.A e Canadá.
Marupá
(Simarouba Amara) - Densidade média 0,40g/cm3 Madeira leve de cor branco amarelado. Bem resistente e leve, usada em peças internas no violão podendo ser usada até como madeira para tampos. É uma madeira que vem conquistando espaço aos poucos na luthieria com bons resultados. Encontrada na Região Norte do Brasil.
CAIXA, BRAÇO E ESCALA
Jacarandá da Bahia
Brazilian Rosewood - (Dalbergia Nigra) - Densidade média 0,87g/m3 É a madeira preferida por luthieres e músicos, utilizada principalmente nas laterais e fundo por praticamente todos os luthiers do mundo. Madeira muito bonita, que tem uma grande variedade na cor e desenhos, geralmente avermelhada com listras negras, porém as vezes marrom escura ou quase preta. Muito vibrante e sonora, possui som profundo de timbre muito rico com excelente sustentação. Hoje está quase extinta, então se tornou uma madeira muito difícil de ser encontrada com qualidade suficiente para luteria, e por isso, extremamente cara. Sua exploração comercial está banida há vários anos, assim, em geral, as peças conseguidas são de demolições ou móveis antigos. Encontrada nas regiões de Mata Atlântica do Brasil.
Jacarandá Indiano
Indian Rosewood - (Dalbergia Latifolia) - Densidade média 0,85g/cm3 Madeira de grande beleza, a cor é mais arroxeado do que o do Jacarandá da Bahia, mas também exibe listras negras e geralmente encontra-se peças bem quarteadas. Mais fibrosa, mais estável e um pouco menos densa que a espécie Baiana. Tem um timbre rico, ótima sustentação e sonoridade. Começou a ser usada com mais freqüência a partir da década de 60, e devido a restrições impostas pelo governo indiano à exploração, hoje ainda é encontrada com certa facilidade.
Pau Ferro
(Machaerium scleroxylon) - Densidade média 0,88g/cm3 Também conhecida como caviúna em algumas regiões, esta madeira tem um aspecto parecido com o do Jacarandá Indiano. Madeira dura e resistente, possui desenhos e coloração variados. Usada geralmente para fundos e laterais e escalas, ficou mais conhecida pelo uso em laminados como folha decorativa. Produz instrumentos de boa sonoridade e atualmente é está tão escassa quanto os Jacarandás. Encontrada em vários estados do Nordeste, Sudeste e Centro-oeste do Brasil.
Pau Marfim
(Balfourodendron Riedelianum) - Densidade média 0,84g/cm3 Madeira pesada de cor dourada clara. Sua densidade é boa e similar à dos acarandás, apresenta diversos tipos de figuras e pode ter a grã reta ou ondulada. Tem boa estabilidade quando bem seca e quarteada. Tem um bom som, porém com mesno sustentação e tende mais aos agudos. Encontrada no Sul do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina
Acero
(Muito conhecido como Faia) - Maple - (Acer spp.) - Densidade média 0,65g/cm3 Madeira de cor clara e brilho natural. Sua sonoridade não é tão profunda e não tem tanta sustentação, mas possui grande projeção e equilíbrio entre graves e agudos. Usada preferencialmente na fabricação de fundos e faixas dos instrumentos da família do violino e das guitarras archtop acústicas. Madeira bem estável e resistente. Originária das florestas de clima temperado da Europa e da América do Norte.
Conduru
Muirapiranga - Falso Pau Brasil (Brosimum paraense) - Densidade média 0,83g/cm³ Madeira pesada, dura de grande resistência. Possui cor vermelho forte, podendo variar até um laranja avermelhado. Ocorre na amazônia, especialmente na região do Pará. Madeira pouco usada ainda na luthieria, mas que vem sendo aplicada em partes de instrumentos, e mais recentemente na confecção de laterais e fundos. Possui uma boa sonoridade e dá um ótimo equilíbrio entre médios e agudos.
Imbuia
Brazilian Walnut - (Ocotea Porosa) - Densidade média 0,65g/cm3 Madeira moderadamente pesada e bastante estável, de cor muito variada, indo de um tom amarelado ao marrom escuro. As tábuas mais densas e escuras produzem excelentes violões, com graves profundo e bonitos. É encontrada na região sul do Brasil, nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Mogno
Honduras Mahogany - (Swietenia macrophylla) - Densidade média 0,50g/cm3 Madeira moderadamente pesada, dura, de grã entrelaçada, que lhe fornece grande estabilidade. Tem um belo aspecto visual, com sua cor avermelhada e sua variedade de figuras. Usada geralmente em braço, mas também podendo ser utilizada nas laterais e fundo, em alguns casos, até em tampos. É mais conhecida na caixa de violões de aço. Ocorre em toda região da amazônia, sendo particularmente freqüente no sul do Pará. Devido ao corte indiscriminado, hoje tem corte proibido e está cada vez mais escasso nas madeireiras.
Cedro Rosa
Spanish Cedar - (Cedrella spp.) - Densidade média 0,40g/cm3 O cedro brasileiro tem 3 espécies: odorata, mais leve, ocorre na Amazônia; fissilis, ou cedro vermelho ou rosa, que ocorre em vários estados centrais e do Sul do país; e angustifolia, que é o mais pesado e raro, ocorrendo em Minas Gerais. Madeira resistente e estável, comumente usada em braços e estruturação do fundo, mas também podendo ser usada em laterais, fundo e tampo.
Cedro Arana
Cedrorama (Cedrelinga catenaeformis) - Densidade média 0,54 g/cm³ Madeira moderadamente pesada de cor vermelho-róseo, bastante resistente. Ocorre na amazônia, principalmente na região de Roraima. Esta é uma boa substituta para o cedro rosa e o mogno para braços de violão e estruturação interna do fundo. Tem ótima resistência e é estável quando seca. Talvez um possível teste para laterais e fundo em um violão.
Ebano Africano
African Ebony - (Diospyrus spp.) - Densidade média 1,00g/cm3 Espécie de origem indiana ou africana, muito dura e pesada, apresenta coloração preta, podendo ter alguns rajados de cinza. É mais comum seu uso em escalas de violões e instrumentos de arco, mas também é madeira que está cada dia mais escassa e cara.
Roxinho
Peltogyne angustiflora) - Densidade média 0,80g/cm3 Madeira pesada, dura de grande resistência, ocorre do sul da Bahia até São Paulo. Apresenta uma cor pardo escura ao corte e vai tomando uma cor roxa com a exposição ao ar. É mais comum o seu uso em escalas, longarinas e detalhes em instrumentos, mas vem sendo testada por alguns luthieres em laterais e fundos de violão.
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Ian Anderson Veterano |
# mar/11
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Diferença entre uma escala de maple e rosewood
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Leo Limabass Veterano |
# mar/11
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dibass
putz que decepção ninguém se interessa por madeira hehehe
sempre quis saber sobre esse assunto, que pra mim é mto importante, mto boa sua iniciativa de criar um opico como esse que esta tirando mtas duvidas minhas.
Bsswood: Madeira muito leve. Tem ataque moderado e Sustain incrível. Resolução sonora perfeita, ótima para Rock em volumes elevadíssimos, assim ajudando a não perder a resolução mesmo em altos volumes. Não é a madeira ruim que muitos pensam ser, o problema é que existe muito compensado de Basswood assim confundindo os menos entendidos. É uma madeira bastante macia, leve e de fácil reflorestamento, por isso ela tem um bom custo beneficio, assim você pode comprar uma boa madeira com menos dinheiro, assim barateando muitas Guitarras que antes usavam outras madeiras mais caras e talvez nem tão apropriadas.
eu achava que basswood era uma madeira ruim... quero saber se a madeira desse baixo é basswood mesmo ou é compensado?? obs: é um squier p-bass classic vibe http://www.squier.com.br/padrao/padrao.php?link=lista_produto&cod_linh a=1225&produto=10179
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DotCom Veterano |
# mar/11
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Leo Limabass Meu chute é que é madeira de verdade... Não sei se dá pra soar tão bem sendo compensado.
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iRock Veterano |
# mar/11
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dibass
Boa velho, esse é um tópico realmente útil. Parabéns.
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dibass Veterano |
# abr/11 · Editado por: dibass
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iRock Obrigado mano.
Aproveitando pra postar as especificações do meu baixo. (minha decadência com relação a instrumento. Ooh vida dura rsrs Por motivos "R$" tive que me desfazer dos outros que tinha)
Giannini GIB 440 ACT (Mod. MusicMan) Corpo: Basswood Braço: Maple Escala: Rosewood e Maple Fretless
...à propósito, estou pensando em colocar um Cap. Seymour Duncan + Preamp Tonechaser TC3B... Sei que é motor de ferrari em fusquinha mas.... vamos ver o que dá. Alguma sugestão ou ideia??
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MMI Veterano
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# jul/11
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dibass
Dando um "up" a pedidos...
Eu também não sou luthier, minha pouca experiência é empírica mesmo, de curioso no assunto também. Também não sou físico ou algo parecido para discutir mais tecnicamente aspectos de vibração sonora, condução etc. Outra coisa é que de baixo eu entendo bem pouco, minha praia é mais para o lado das guitarras. De qualquer forma, vou colocar umas ideias aqui.
Acho que uma grande guitarra ou baixo é uma somatória de pequenos detalhes, muitas vezes mínimos ou quase imperceptíveis, mas que no fim, somando tudo faz uma diferença. Outro li numa revista que se um cientista diz que não é possível notar diferença com um detalhe de construção, mas um guitarrista ou baixista diz que dá diferença, acredite no músico... A mesma coisa em respeito às madeiras pode ser dita a respeito de "boas ferragens" (foi dito ali em cima que faz uma boa diferença, eu concordo), mas tirando a questão de segurar afinação, fica difícil explicar o porquê faz tanta diferença. Diz a Gibson que as pontes em ABR-1 fazem diferença em relação às outras de ligas diferentes. Eu considero isso como um detalhe mínimo, como disse antes, mas que no fim a somatória desses detalhes mínimos traz um resultado perceptível.
Boas madeiras e boa construção faz diferença sim, pelo menos em minha percepção. Só que a característica da madeira vai bem além do que a simples densidade. Se fosse só a densidade o que contasse para luthieria, madeiras como o marfim seria praticamente a mesma coisa que o jacarandá indiano, e não é nem perto. Já li que tem relação com o tamanho das fibras, mas não sei, não entendo disso. No site da Taylor tem uns gráficos interessantes a respeito de madeiras. Aliás, dê uma olhada em outras madeiras para enriquecer seu tópico, especialmente do gênero Dalbergia, a qual faz parte o jacarandá da bahia. Uma madeira muito bonita que eu tinha curiosidade em conhecer era o Cocobolo, que eu experimentei em violões e achei bem legal. Tem uns baixos de cocobolo que dizem ser muito bons.
Abç
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ValveWah Veterano |
# out/11
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Estava dando uma estudada pois tb quero fazer meu(s) instrumento(s).
A maioria das madeiras comercializadas possuem índice de umidade de equilíbrio (UE) de 13%, que é o utilizado em construção civil e móveis. porém, segundo minhas pesquisas, para instrumentos, o ideal é no máximo 7%, ou seja, as madeiras precisam de uma secagem melhor do que o normal.
Chegou a pesquisar sobre a secagem das madeiras?
E fornecedores de madeiras (certificadas e adequadamente secadas) para instrumentos (eis o 'x' da questão)?
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Ian Anderson Veterano |
# out/11
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ValveWah sinceramente nunca vi isso na literatura, mas vlw por essa curiosidade.
não faço idéia quantos % a madeira tava seca, mas a guita ta de boa até então =P
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ValveWah Veterano |
# out/11
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Eu entrei em contato com a empresa ECO MADEIRA LTDA de Manaus. Eles fornecem a madeira para a escola de luthiers que tem lá e são tipos parceiros dessa escola. Tem um lado social e ecológico bacana, além de fornecerem madeiras preparadas especialmente para instrumentos musicais, mas ainda não tive resposta. Eles não possuem site.
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jeanwhite Veterano |
# out/11
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Olá, eu estava vendo umas informações da minha washburn (x series), eu eu vi q a madeira do corpo é HARDWOOD, q eu ñ sei q madeira ela se refere, se é boa, ou sei lá, queria ver se vale a pena dar umas tunadas, trocar captador etc...
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Andy.13 Veterano |
# nov/11
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Caras vcs sabem se Ipê serve pra fazer um corpo?
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JL_Marcondes Veterano |
# nov/11
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jeanwhite Cara.. se ela é boa ou não, tipo.. meu termômetro seria os stingray.. já toquei em um bass de luthier que tinha o corpo feito em hardwood tb e eu curti pra caramba. Mas só um detalhe.. até onde o Bertola aqui do fórum informou, Hardwood seria a junção de varios "restos" de madeiras etc etc.. eu já ouvi o mesmo de basswood.. mas enfim.. não acredito que seja isso não.. pode até ser que mtos baixos vem com esses aglomerados/compensados/restos e na descrição do bass colocam que é hardwood ou basswood.. mas daí pra q tdo basswood ou hardwood sejam de restos etc etc é generalizar... enfim.. não acredito que a ErnieBall faz os MusicMan com restos.. eu curto mto Basswood e Hardwood...
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