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WormKrash Veterano |
# jan/08 · Editado por: WormKrash
lendo, estudando e experimentando, tirei algumas conclusões que para mim se aplicaram muito bem, e teriam me poupado muito tempo e vícios se alguém as tivesse dito, então passo adiante:
estas dicas eu formulei/adaptei visando os seguintes pontos: velocidade, limpeza e coerência.
1. A mão esquerda se desenvolve no contrabaixo de uma maneira muito maior se aplicarmos a mesma idéia da mão esquerda do violão clássico em relação ao polegar. ele sempre acompanha os dedos posicionado atrás do braço (em uma região que facilite a digitação para todos os dedos), servindo de apoio para a digitação, e não apoio para a mão. o pensamento é que quem está assistindo teu show, jamais poderá ver o polegar da mão direita.
2. os dedos da mão esquerda levemente inclinados, tocando apenas com a ponta dos dedos (e não a falange) dão uma clareza maior em execuções rápidas.
3. a mão direita deve ser leve, acima de qualquer coisa. eu cresci vendo steve harris, e sei que isso é difícil de aceitar... não precisa esmurrar as cordas para que saia som, e com essa prática, dá pra concluir que é bem o contrário.
4. escute bem as diferentes posições da mão direita. ponte = precisão, definição, som seco. quanto mais em direção à escala, a pegada se torna mais macia, perde definição e o som sai mais gordo. linhas rápidas e constantes eu movo a mão um pouco mais para a região central do corpo, fora isso, toco sempre na ponte, mesmo nas quebradeiras... a definição mora ali.
5. estudos para ambas as mão devem ter um pensamento bem simples: "encurte os movimentos". movimento = perda de tempo. digite sempre o mais próximo, mexendo o mínimo possível seus dedos, tanto nos movimentos individuais, quanto nas trocas de digitações.
6. o caminho da velocidade é a leveza... frizo mas uma vez: toque o mais leve possível.
7. escute pelo menos o mínimo de funk... baixo tocado (e não smplesmente executado) precisa de swing, e ali é a escola.
o cara que eu vi tocando na minha frente até hoje que mais chega perto disso foi o Michael Lepond do Symphony X. ele acaricia as cordas, parece que nem tá encostando... se fechar os olhos pra ouvir apenas o som, não dá pra acreditar que o movimento das mãos é tão leve.
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Gui Veterano |
# jan/08
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WormKrash muitas coisas eu já faço..mas acho que a pegada vai de cada um..minha pegada é estranha...o que muda mesmo dai das suas dicas..é a mão direita, pra mim..apesar de leve..ela é estranha!
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maquiro Veterano |
# jan/08
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WormKrash Muito boas as dicas, mas concordo com o Gui, a pegada é que diferencia o estilo de cada um. Apesar de não me preocupar com velocidade, minha pegada no pizzicato é leve, mas gosto de fazer uns realces tipo "palhetada" com a ponta dos dedos perto da ponte. Valeu
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WormKrash Veterano |
# jan/08
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claro, pegada é a parte mais pessoal do som, sempre vai ser diferente, tem que ser. já vi baixistas que seguiam muito essas idéias (alguns até dividi palco e pude trocar idéias depois), que tinham uma maneira bem particular de tocar. não é uma lei, daqui a pouco alguém aparece dando marretadas e tirando notas trasparentes, mas em uma generalização bem grande de estudo, essa é uma das maneiras de estudar, que das coisas que já vi, é uma das que faz mais sentido... velocidade, precisão e movimentos longos, são coisas que não existem... da mesma forma que aquele lance do dedão, ninguém vai conseguir executar um arpejo de 6 cordas com o polegar coçando a parte de cima da escala... mas quem tá lá surrando pra tocar normalmente nem percebe esses detalhes ;)
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rcardo_lemos Veterano |
# jan/08
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Sobre velocidade e leveza, eu procuro tocar sempre o mais pesado mas sem prejudicar a tocabilidade Ja fui criticado por falta de pegada, e era justamente por isso... minhas frases nao se destacavam...É claro que nao eh pra ser um steve harris
Tbm nao possuo um equipamento que de um belo ganho no baixo, nem um baixo com um belo ganho.. talvez a historia fosse diferente hehe Mas sempre busco pegada e precisao
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Cerberus Veterano |
# jan/08
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Tbm nao possuo um equipamento que de um belo ganho no baixo, nem um baixo com um belo ganho.. talvez a historia fosse diferente hehe
provavelmente esse é o problema. Para tocar rápido e ficar bom, o melhor é tocar com leveza. Ontem mesmo estava praticando isso. Quando toco com força, fica 'embaralhado' o som.
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Basshero Veterano |
# jan/08
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WormKrash Muito legais suas dicas brother. To pra ver alguem com uma pegada monstra maior que Louis Johnson...aquele cara devia deixar academicos de cabelo em pé com sua maneira peculiar de tocar....rsrs
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WormKrash Veterano |
# jan/08
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Basshero
opa, pra ser sincero não ouvi falar dessa figura, mas vou lançá-lo no youtube!
pessoal, essa questão de ganho, apesar dos mais "naturalistas" acharem apelação, pra mim foi resolvida com compressão. dizem que o compressor tira a cor do contrabaixo, mas francamente, bem regulado, só adiciona...
é uma escolha, ou o cara toca uma levada constante em semicolcheia sem compressão onde as pessoas só escutam "vrrrrrrrmmmmmm", ou o cara comprime e o baixo soa como um soco junto com o bumbo, estourando o grave no peito de quem escuta... tecnologia tá aí pra usar.
outra coisa é a regulagem do instrumento. pegada leve e próxima da ponte faz a corda vibrar bem menos, então é possível colar elas nos trastes, deixando a pegada muito mais macia.
compressor é um equipamento que adiciona muito ao som, ou destrói ele completamente...
eu uso mais força na mão direita quando quero um som mais percursivo ou quando a dinâmica da música pede, mas se o cara consegue dosar a "leveza", a "força" se torna mais um adicional pra expresar o som!
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Basshero Veterano |
# jan/08
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WormKrash
Uma outra observação nesses casos é saber utilizar de dinamica...em uma música 4/4 onde é o tempo forte...tdo isso é importante pra nao acentuar em lugares errados. Uma boa dinamica é fundamental pra uma boa "pegada"
opa, pra ser sincero não ouvi falar dessa figura, mas vou lançá-lo no youtube!
Confira o Louis Johnson...o cara é doidão tocando...rsrs
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WormKrash Veterano |
# jan/08
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Basshero
exatamente! é preciso que a bateria e o baixo entrem no mesmo clima pro som ficar coeso... bateria é repleta de dinâmica, e uma boa cozinha precisa de músicos que se escutem.
to no serviço, mas assim que estiver online fora daqui vou marcar esse nome pra dar uma curtida!
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Tarracha Veterano |
# jan/08
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é uma escolha, ou o cara toca uma levada constante em semicolcheia sem compressão onde as pessoas só escutam "vrrrrrrrmmmmmm", ou o cara comprime e o baixo soa como um soco junto com o bumbo, estourando o grave no peito de quem escuta... tecnologia tá aí pra usar.
Para o estouro no peito, é feito com o compressor?
As dicas acima foram demais, vou usa-las para deixar minha pegada mais limpa pq qdo eu toco, eu escuto aquele 'plac plac' de corda batendo no braço/traste. Nunca reparei se com o amplificador fica assim tb, mas deve ficar =/
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WormKrash Veterano |
# jan/08
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Tarracha
eu uso o crossover do compressor normalmente lá nos 350Hz, assim tenho um canal que vai mais ou menos do low end até a faixa da gordura, e o outro canal com as frequencias dos harmonicos. o canal grave eu doso o limiter e o compressor até um ponto que fique um grave mais seco, pesado, mas procuro manter antes de virar "plástico"... é muito questão de testar mesmo, varia pelo gosto, mas é ali que o grave fica pesado e definido. limiter e compressor bem dosados dão aquele grave definidão que a gente escuta nas boas gravações... no canal agudo deixo com a compressão e o limiter bem mais leves, pois ali está a definição das notas, que consequentemente vai dar o brilho do som todo.
compressores de verdade são no mínimo dual-band, nunca vi um pedalzinho que desse pra comparar... mono-band vai comprimir agudo com grave e o som fica pastel em compressões mais pesadas.
esse "plac" muitas vezes não sai no ampli, equalização também limpa muito isso (e compressão). também tem que ver a regulagem do instrumento, mas é por aí :-)
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Tarracha Veterano |
# jan/08
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WormKrash Eu consigo isso em uma pedaleira da zoom? :D
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WormKrash Veterano |
# jan/08
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Tarracha
eu não consegui nem num PODxt da Line6 :-P ele até tem uma simulação de compressor com crossover, mas é muito limitado... me obriguei a comprar um compressor de rack, daí sim comecei a ser feliz. vale a pena, equipamento de rack é outro mundo.
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denismonteiro Veterano |
# jan/08
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WormKrash boas recomendações, mas para tocar rápido apenas! eu acho que a pegada exige sim uma certa dose de força! principalmente em instrumentos pasivos! no fender jb que eu tive o som era incrivelmente melhor qudo aplicada uma certa "ignorância" de mão direita iauheaiuheiauhea com o fender jb mm pego um pouco mais leve, mas ainda assim sinto que pegada pesada de mão direita é tudo pra quem quer ter um timbre marcante! talvez por ter estourados algumas cordas MIs e um SI eu deva pegar mais leve... iauheiauheiauhea mas o "som na porrada" é irresistível! esmurre um fender JB e seja feliz!
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hyuuga_adam Veterano |
# jan/08
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como eh q vc consegue estourar a E e a B com os dedos?!!? oO...
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Muniz DH Veterano |
# jan/08
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legais as dicas do WormKrash... tb faço a maioria das coisas... a não ser tocar leve... só consigo quando estou treinando baixinho... mas bota uma banda junto e ja era... toco realmente forte... e não gosto do timbre quando se toca perto da ponte... apesar de facilitar quando precisa de velocidade, raramente toco ali... prefiro mais pro meio...
hyuuga_adam
toco 4 cordas... mas contando até hoje, ja estourei todas as cordas inclusive a E... mas acho que a que mais estouro é a A...
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DotCom Veterano |
# jan/08
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a parte em que ele fala "movimento = perda de tempo" pra mim é a mais importante... pode ver que geralmente quanto mais habilidoso o músico, menos ele parece mexer os dedos. não dá pra ser rápido gastando movimento a toa (e pra os que falam que velocidade não é tudo, concordo. mas pra colorir o som com ghost notes e notas de passagem, você tem que tocar mais rápido do que a linha aparenta ser).
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jholanda Veterano |
# jan/08
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3. a mão direita deve ser leve, acima de qualquer coisa. eu cresci vendo steve harris, e sei que isso é difícil de aceitar... não precisa esmurrar as cordas para que saia som, e com essa prática, dá pra concluir que é bem o contrário.
aproveitando a oprtunidade, aí vai uma pergunta de um aprendiz: eu tenho tentado tocar desse jeito, mas tenho sentido pelo menos uma nota soando depois que tiro o dedo da corda. Assim, por exemplo, na escala de C maior, quando tiro o dedo 4 da nota Lá, não consigo evitar isso a não ser usando o dedo indicador que ao tocar a nota si encosta na corda Ré. é assim mesmo ou tem alguma outra mágica? ;-)
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WormKrash Veterano |
# jan/08
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jholanda
enfrentei muito o mesmo problema! agora fiquei pensando em qual seria a maneira pratica de evitar isso... o abafamento é mais questão de controle mesmo, notei uma melhora depois que procurei tirar coisas com mais dead notes, e procurar as levadas percursivas, onde a duração da nota é fundamental. acho que é um bom estudo pra isso!
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ThePhilosopher Veterano |
# fev/08
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Boas dicas...
Eu gostaria de me concentrar na (1) e na (3):
De fato, pouco a pouco percebi que o posicionamento adequado do polegar, na mão direita, resulta num aproveitamento surpreendente no quesito VELOCIDADE. Além disso, exige menos esforço na execução dos movimentos, favorecendo o equilíbrio lateral dos dedos (já que quando o polegar está apoiado perpendicularmente ao corpo do baixo, ou sobre os captadores, por exemplo, os demais dedos tendem a se abrir mais).
Entretanto, tenho de admitir também que há alguns aspectos quanto a esta maneira de postar a mão direita, que geram dificuldades, as quais não aparecem quando se usa o polegar como ponto de apoio sobre o corpo do instrumento... por exemplo:
o acesso às notas mais agudas, nas regiões mais próximas ao corpo do baixo (as notas mais agudas das cordas G (instrumentos com 4, 5 cordas) ou B (instrumentos com 6 cordas)) se torna mais difícil, na medida em que o polegar se torna como que "bloqueado" pelas cordas mais graves (superiores) do instrumento;
ainda, justamente por conta disso, é mais provável que haja um maior "vazamento" de ruídos, devido ao constante choque entre o polegar e as cordas que não estão sendo tocadas;
Por fim, o polegar usado como uma espécie de "centro de força", permite um deslocamento vertical da mão inteira, em bloco, na execução de linhas mais alternadas e rápidas... o que de outra forma acontece de maneira imperfeita, permanecendo vacilante toda a extensão que se prolonga desde o antebraço até a ponta dos dedos e, mais que isso, forçando-nos a tencionar todo o braço no sentido do corpo, nosso e do instrumento.
Deixarei aqui o link para um vídeo de Alex Webster, um de meus baixistas favoritos (além do próprio Steve Harris), que creio ser um bom exemplo de instrumentista que consegue conciliar as duas técnicas, extraindo linhas limpas, definidas e fortes:
http://www.youtube.com/watch?v=ZQ9W_HM-Rmg
Valeu!
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ThePhilosopher Veterano |
# fev/08
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Confira o Louis Johnson...o cara é doidão tocando...rsrs
Valeu pela sugestão, cara!
Eu realmente não o conhecia... muito interessante, detona mesmo. Confesso que não é a minha maneira de tocar: cresci ouvindo baixistas cuja abordagem do instrumento é outra, mas mesmo assim devo reconhecer que a pegada do cara é forte, além de não perder a harmonia mesmo quando incrementa no swing!
Legal!
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Will Piasecki Veterano |
# fev/08
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WormKrash
Bicho, me sane umas duvidas sobre compressor... Eu peguei um comp emprestado e ele mata um monte de agudos e definição quando comprime o slap! O pizzicato comprimido tbm fica uma nhaca, sem definição e talz.. Ele só tem um jack de entrada e um jack se saida, isso quer dizer que ele eh "mono band"?
Tarracha
Tem uma cover baixo em que o Felipe Andreoli (baixista do Angra) escreveu uma matéria sobre como se destacar numa banda de metal, e ele explicava que uma das maneiras é justamente este *plec plec* de corda batendo no braço pra destacar o baixo. Vai do gosto né. =)
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WormKrash Veterano |
# fev/08
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Will Piasecki
compressor dual-band vai ter sempre mais de um controle de compressão (um pra cada banda), e nos melhorzinhos um crossover para selecionar onde a frequencia é dividida. pode ter uma ou duas saidas.
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