Dúvida sobre gravação - Master volume 0 dB ou +6 dB

Autor Mensagem
El Musicista
Veterano
# jan/16


Boa tarde pessoal.

Gostaria de tirar uma dúvida que não encontrei nos tópicos anteriores.

Me lembro de ter lido num tutorial sobre o Samplitude há muuuito tempo atrás que antes de gravar qualquer instrumento, a primeira coisa a se fazer era elevar (ou diminuir) 6 dB do Master Volume, pois na mix/master, o volume seria normalizado em 0 dB.

Essa informação confere? Vocês fazem isso antes de gravar? Aumentam ou diminuem o volume do Master Gain em 6 dB?

Wade
Membro Novato
# jan/16 · Editado por: Wade
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Eu gravo tudo em 0db. Digo, o volume das tracks (master e do instrumento em si) em 0db.

Antes da MIXAGEM, eu diminuo o volume do canal master pra uns -3db. Coloco o canal do bumbo em -6db e começo a mixar por ele. O que importa é não deixar nada clipar. No final, coloco a música pra rolar e vou ajustando o volume do canal master até que o pico máximo da música bata em uns -6db ou -5db.

Daí então é partir pra masterização.

Iversonfr
Veterano
# jan/16
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Wade

Essa ânsia de gravar colado no clipping para afastar o ruído, aumentando a distância da relação sinal/ruído, era devido os equipamentos serem analógicos.

Hoje gravando digitalmente, ainda mais em 24bit, isso é totalmente desnecessário, sendo um risco sem motivo. Não há problema nenhum hoje em dia gravar com bastante folga, por volta de -16db. Se o inglês tiver afiado, assiste esses vídeos:





Adler3x3
Veterano
# jan/16 · Editado por: Adler3x3
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El Musicista

Eu não tenho o Samplitude, mas tenho o Magix Estudio, que são do mesmo fabricante.
Na hora de exportar nas configurações eu desabilito a normalização do áudio e faço parecido com o que o Wade faz.
E os -3 db é só um exemplo, dependendo dos instrumentos e do projeto pode ser menos ainda.
Tem um post mais antigo aqui no fórum em que se discute isto.
Eu uso o Magix como uma ferramenta auxiliar, para gerar certas tracks, depois importo no Mixcraft Pro Studio.
Se ficar tudo em zero db depois não tem espaço para usar os efeitos para masterizar.
E o efeito de normalizar é aplicável em certo casos de tratamento de áudio, para exportar a track não acho legal.
Depois sempre uso um visualizador de frequências para analisar como esta o comportamento da track.

marcelosz
Membro Novato
# jan/16
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Iversonfr
Ótimas referências. Principalmente o segundo vídeo. Esse cara desse canal The Recording Revolution é bom, dá altas dicas (recomendo se cadastrar na mailing list dele).

Mas já vi vários caras recomendarem o contrário (gravar o mais colado no 0db possível). Provavelmente por serem caras que trabalharam muito tempo no analógico (um deles é o Paulo Anhaia).

Eu particularmente tento gravar perto do -12db, não deixando o master bus passar de -6db.

Wade
Membro Novato
# jan/16
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Iversonfr
Sim sim, to ligado. Eu gravo em 16 e ainda tem um tico de ruído por ali. Mas sei que dá pra ter mais folga. É costume mesmo. Vai no automático.

Ismah
Veterano
# jan/16
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Bem a estrutura de ganho diz que o master sempre deve ficar acima dos faders individuais. Não sei dizer se o processamento digital isso interfere, mas por padrão se parte da mixagem com o master a 0dBu.

Wade

Vc é meio maluco... Pare de olhar VU's e escute!

Jabijirous
Veterano
# jan/16
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Ismah
Pare de olhar VU's e escute!

Perfeito. Por mim podem fechar o tópico. kkkk

Wade
Membro Novato
# jan/16
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Ismah
???

Estamos falando aqui de "regrinhas" e, principalmente, de hábito. Meu ouvido, infelizmente, não consegue detectar com precisão a quantos dbs a música está. Se o seu funciona assim, parabéns.

Wade
Membro Novato
# jan/16
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Pare de olhar VU's e escute!


E outra, por que eu não posso fazer as duas coisas simultaneamente?

Não tenho que escolher entre um e outro, lol.

Jabijirous
Veterano
# jan/16
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Wade

Amigo, a questão não é detectar quantos dbs, e sim ouvir e sentir a necessidade de aumentar e diminuir.

Por muito tempo eu colocava um limiter na master e todas as tracks com -6 e quantizava os áudios. Hoje eu não faço nada disso, 99% ouvido 1% olho hehehehe

Adler3x3
Veterano
# jan/16 · Editado por: Adler3x3
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É que a pergunta do tópico é outra e trata de VU e db.
E isto é só uma pequena parte
É óbvio que a primeira coisa que se aprende é que deve também ouvir, ouvir e ouvir, o VU é apenas mais uma outra ferramenta auxiliar, diria que é uma importante ferramenta.
Ouvir e seguir o ouvido é o básico do básico, claro para produzir música tem que saber ouvir.
E tem VUs e VUs, nem todos tem informações precisas.
E a resposta foi pertinente a pergunta.
Não entendo porque tanta polêmica.

O Wade sabe do que esta falando ele grava músicas com um som bem decente, e sabe que tem que ouvir também, isto não estava em questão.
Se é a melhor técnica é outra questão, mas no mundo digital existem "n" formas de fazer a mesma coisa com diferentes técnicas.
E num tópico só não dá para discutir o complexo processo que envolve toda uma mixagem e masterização.

Jabijirous
Veterano
# jan/16
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Adler3x3

Quer ver uma coisa que sempre me deixava encafifado?

Tem track que a onda é pequena, mas o som é alto. Não tem nada, apenas o som sem ser processado. E tem onda quase clipando, mas o som sai "baixo".

A questão é que o carro chefe sempre vai ser o ouvido. É como compressor, tem a conta, mas no final, o ouvido "fala" mais alto.

No geral, se a música for bem gravada, eu nem olho VU.

Pra dizer que não olho VU, eu olho no VU do maximizer e na master quando uso o mesmo hehehehe

Adler3x3
Veterano
# jan/16 · Editado por: Adler3x3
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Jabijirous
escreveu:
"Tem track que a onda é pequena, mas o som é alto. Não tem nada, apenas o som sem ser processado. E tem onda quase clipando, mas o som sai "baixo".


Outro dia esta pensando nisto, já reparei a ocorrência deste fenômeno em algumas tracks.
Acho que é a cadeia de efeitos que causa isto, efeito sobre efeito, tem alguma coisa errada.
É o mesmo que aconteceu com um amigo meu de adolescência, os pais dele, estavam viajando e ele inventou de fazer comida, primeiro exagerou no sal, para contornar, depois colocou açúcar, e como não ficou bom depois colocou mais sal.
E tem efeito que diminui o volume, depois o sujeito coloca outro para aumentar, depois fica meio alto, e aí o cara coloca outro que abaixa, e fica perdido.
rss,,,

E também depende do equilíbrio entre os graves e agudos, que no espaço visualizado no gráfico pode distorcer e enganar a forma da onda.
E pode ser um puro bug, acredito que a maioria dos VU e visualizadores não são tão precisos.
Mas de certa forma a visualização de algo estranho pode indicar alguma anomalia no processo de produção, que causou este aparente erro, com certeza algo esta errado.
São os compressores e limiters que devem influenciar nisto.
Só um engenheiro de som que desenvolve estes softwares pode explicar isto.
Mas certeza não tenho de nada, também fico pensando qual foi a causa? e fico encafifado assim como você.
A gravação não é real, não é música, parece mas não é, engana os nossos ouvidos, e engana o nosso cérebro, que depois até aceita como música.
É artificial.
Se não é real sempre vai estar sujeita a distorções (não no sentido de distorção de guitarra), sempre vai soar falso.
Já dizia isto um maestro da antiga cortina de ferro, depois do advento da era digital.
E outro Americano da década de 30 que também dizia a mesma coisa.
Música de verdade mesmo só ao vivo e num espaço pequeno,muito embora os Gregos na Antiguidade tinham um bom conhecimento de acústica, e dava e dá para escutar num estádio lá no um último degrau o que um harpista tocava no centro da edificação, e cantor fazia uma declamação e todo mundo escutava perfeitamente. (isto foi testado, e em algumas cidades mais antigas da Itália, ainda tem estádios perfeitamente conservados, em que o pessoal aproveita para fazer festivais de música.)
Os alto falantes ajudam, mas não é aquele som puro do instrumento original, parece mas não é.
Já num show ao vivo moderno, peca por usar amplificadores e mesas de efeitos, o som que sai também sofre dos mesmos problemas de uma gravação de estúdio.

Ismah
Veterano
# jan/16
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Wade
Não tenho que escolher entre um e outro

O que importa se está a -10dBu, -3dBu... se está soando bem? Simplesmente nada! Vc não precisa saber quantos dB está.

Até porque isso é medida da frequência mais alta no momento, se te mandar uma track sobrando uma freq, vc vai me dizer que tá alto pra caramba olhando o VU, mas tá uma merda no ouvido...

Primeiro escute, depois se preocupe com gráficos. Principalmente se for um VU (vulgo multímetro), porque esse pode ser bem enganoso. Analisador de espectro, fase (principalmente, já que somos pouco sensíveis a isso) esse sim ajudam pra quem não tem ouvido aprimorado - e nem nunca vai ter se continuar usando gráficos.

Não tem pra onde correr, melhor exercício pra mixagem é uma console de 6 recursos: ganho, grave, médio, agudo, pan e volume. Se tirar som dali, o resto só vem pra somar.

O Adler3x3 tem razão, tem que ver o sentido de colocar um efeito, não adianta fazer assim porque outros fazem assim. Tem baterista que não precisa de compressor (volume em função do tempo), como tem casos que equalizador (volume em função da frequência) é obsoleto.

Jabijirous
Veterano
# jan/16
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Artigo pra integrar no assunto

http://www.soundonsound.com/sos/sep13/articles/level-headed.htm

Wade
Membro Novato
# jan/16
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Ismah
Mas fazendo do jeito que eu faço, com a regrinha, soa bem. Então continuo fazendo. E fiz tanto que acostumei. Não atrapalha, então por que iria mudar? Não senti necessidade de mudar isso até agora, então não vou, desculpa.

Vocês tem uma mania horrível de tentar passar suas formas de fazer para os outros "desprezando" a forma como os outros fazem. Eu sei que isso eleva o ego, mas...

Se eu faço as coisas de forma X é porque a forma X faz soar bem e funcionou até hoje. Se soar ruim, não vou insistir nisso.

Como eu disse, não preciso escolher entre ver e ouvir. Eu posso (e faço) os dois simultaneamente. Vocês se perdem no preciosismo. As ferramentas atuais possuem UIs excelentes e eu vou sim usá-las. E usar muito. É pra isso que elas servem.

Ouvir é a prova final. Se o que fiz acabou soando ruim, desfaço. Se soou bem, tá lá. No final de tudo, o crivo que passa é a audição. Você deve achar que no final eu importo a música e analiso o espectro pra ver se fiou bom ou não. Não. Esse não é o crivo final. Eu ouço. Mas dou sim uma olhada no espectro pra complementar a audição. Pra bater o martelo de vez.

Vocês julgam demais os outros e acabam não percebendo que no final, quem são os malucos são vocês. Presos em algo e não aceitando que os outros saiam desse algo.

Não vou ficar perdendo tempo baixando slider com o ouvido colado no monitor fingindo ser um gênio até encontrar a folga perfeita. Eu vou colocar meus -3db na master, meus -6db no bumbo e pronto. Não perco mais que 10 segundos fazendo isso e sei que essa fórmula funciona muito bem para a forma como gravo e me dá headroom suficiente. Então...

Não sou nem defensor de UI nem paladino da audição (como vocês). Defendo os dois em conjunto. São importantes e complementares.

Paz.

Wade
Membro Novato
# jan/16 · Editado por: Wade
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Outra coisa que percebo muito nesse fórum é um preciosismo exagerado com coisas que se tornaram "padrão", mas que eram feitas de tal forma devido a limitações técnicas das épocas passadas. Tava inclusive em uma discussão dias desses em um outro fórum, sobre masterizar direto na mixagem, sem dar bounce.

O consenso de se masterizar separado é um resquício da época analógica e, em seguida da época em que o processamento dos computadores era limitado. Hoje em dia, podemos nos dar ao luxo de fazer isso, gozando da imensa praticidade que isso traz, mas ainda há a resistência purista.

Grandes produtores e engenheiros já largaram mão e estão fazendo assim. Mas vá tentar enfiar isso na cabeça dura de certas pessoas...

Enfim. Como sempre, o que importa é o resultado. Os meios só interessam a quem vai fazer o trabalho e só a ele.

Jabijirous
Veterano
# jan/16
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Wade

Tudo é assim, né? Conservadorismo X Modernismo, Direita X Esquerda, Feijão com Arroz X Arroz com Feijão...

O lance é a gente abraçar a nossa causa e ser feliz!

daimon blackfire
Membro Novato
# jan/16
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E eu q se for mixar alguma coisa vai ser 100% ouvido, quero ver como vai ficar graficamente.

Calime
Veterano
# jan/16
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Marcando

Ismah
Veterano
# jan/16
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Wade
Vocês tem uma mania horrível de tentar passar suas formas de fazer para os outros "desprezando" a forma como os outros fazem. Eu sei que isso eleva o ego, mas...

Não é por ego, estou te dizendo o que eu acho, não impondo que as faça. Talvez ache isso por usar muito o modo imperativo, mas pra mim realmente tanto faz se vc mixar numa analógicamente numa SSL ou numa Oneal... Ou até se juntar os fios da saída da placa, jogar na corneta do carro de pamonha, microfonar com um condensador de eletreto a 15m de altura...

Vocês julgam demais os outros e acabam não percebendo que no final, quem são os malucos são vocês. Presos em algo e não aceitando que os outros saiam desse algo.

Bem, estou seguindo sua filosofia: se veio dando certo até hoje mixar no ouvido, não no gráfico, porque mudar?

Não vou ficar perdendo tempo baixando slider com o ouvido colado no monitor fingindo ser um gênio até encontrar a folga perfeita. Eu vou colocar meus -3db na master, meus -6db no bumbo e pronto. Não perco mais que 10 segundos fazendo isso e sei que essa fórmula funciona muito bem para a forma como gravo e me dá headroom suficiente.

Como vc percebe (espero) estou falando de forma genérica. Pelo que posta, imagino que a bateria seja digital, ou sequenciada no seu caso. Enquanto eu, trabalho com humanos, set's diferentes, captações diferentes, pegadas diferentes etc...

Mas das duas uma: ou os técnicos atuais que prestam cursos, não são inovadores, ou tu estás tentando reinventar a roda. Mas não mude! Talvez você consiga (e não é irônia).

O consenso de se masterizar separado é um resquício da época analógica e, em seguida da época em que o processamento dos computadores era limitado.

Na verdade não. Mixar e masterizar após uma forma moderna de mixar, e o motivo é plausível: quem faz tudo, tem tendência a fazer tudo meia boca. Masterizar sem bounce, remonta as primeiras gravações, em um canal monofônico, onde se gravava já masterizando. Vem ocorrendo, porque mesmo a qualidade caindo, ela gera maior fluxo, já que não existe translado dos dados.

Eu não sou muito fã, quanto mais pessoas garimpando uma obra, mais fácil de chegar num denominador comum.

El Musicista
Veterano
# jan/16
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Puxa vida, muito obrigado a todos pela contribuição! Vou assistir os vídeos recomendados por vocês e continuar estudando o assunto em cima da contribuição de vocês para o tópico. Obrigadão moçada! Abraço!!!

Wade
Membro Novato
# jan/16 · Editado por: Wade
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Ismah
Na verdade não. Mixar e masterizar após uma forma moderna de mixar, e o motivo é plausível: quem faz tudo, tem tendência a fazer tudo meia boca. Masterizar sem bounce, remonta as primeiras gravações, em um canal monofônico, onde se gravava já masterizando. Vem ocorrendo, porque mesmo a qualidade caindo, ela gera maior fluxo, já que não existe translado dos dados.

As técnicas de mixagem e masterização antigamente eram muito mais "trabalhosas" que hoje em dia. Tecnicamente não mudou muita coisa. O "por trás " de tudo permanece, afinal as leis da física não mudaram e nem vão mudar. Mas para chegar em um ponto X antigamente, você precisava de muito mais conhecimento técnico e jogo de cintura. Hoje o que se fazia apertando vinte botões, girando 50 knobs, plugando e desplugando 700 cabos, você faz girando um knob digital.

Hoje é muito mais comum a mesma pessoa fazer os dois processos porque é mais fácil e viável fazer. O dispêndio de energia para cada um é menor, o que possibilita que mais pessoas se tornem boas em fazer tanto um quanto o outro. E em virtude da praticidade, tempo e custo, é isso que tem ocorrido cada vez mais.

Dividir o processo em várias etapas realizadas por pessoas diferentes tem suas vantagens? Tem, claro. Mas a questão é se essas vantagens podem ou não ser "superadas" em virtude de custo x benefício. E em custo não inclua apenas dinheiro.

Gravar, mixar e masterizar antigamente de forma completamente analógica era um parto em cada etapa. Obviamente, o caminho era se especializar em uma delas e deixar a outra pra outra pessoa que se especializou na outra. Porque ninguém é da Vinci. Quem muito tenta dominar tudo acaba não dominando nada.

Hoje é diferente, bem diferente. Gravar não é mais um parto. Bem como mixar e masterizar. É muito mais viável se especializar e executar ambos sem deixar nada a desejar. A tecnologia permite isso.

A execução de um trabalho acompanha as necessidades da época. Sempre foi assim e sempre vai ser. Não há outro motivo pra escolher um caminho menos eficaz que não por preciosismo e mente estagnada. Ou hábito, talvez, pra quem realmente viveu em uma outra época.

mixar no ouvido, não no gráfico, porque mudar?

Aí que está. Vocês insistem nessa dicotomia. Não é preciso escolher entre mixar apenas no ouvido ou apenas em gráfico. Um é complementar ao outro.

Óbvio que a audição tem mais peso, pois não estou fazendo edição de vídeo e sim de audio. NO FINAL, o que importa é a audição e como tudo está soando.

Porém, no processo, se eu tenho uma ferramenta que me permite criar "regrinhas" que funcionam e poupam tempo e trabalho, por que infernos não utilizar?

O assunto do tópico era sobre quantidade de dbs que se devia baixar para garantir um bom headroom.

Eu prefiro usar uma regrinha simples que eu já sei que funciona (pelo menos para a forma como gravo/mixo). Não faz sentido algum eu descartar essa regrinha pra ficar baixando slider com o ouvido colado e sentindo meu espírito me mostrar quando está bom, lol. Eu perco 10 segundos setando -3 em um canal, -6 em outro e pronto. Eu sei que aquilo ali vai me garantir, com 99% de certeza, headroom suficiente pra master. SE, no final, não deu, ok, foi uma exceção e vou corrigir isso normalmente.

Só isso.

Os programas tem uma interface gráfica por um motivo.

É como querer programar diretamente em linguagem de máquina sendo que hoje existem um milhão de ferramentas e linguagens gráficas que te fazem programar em uma hora, sozinho, o que levaria uma semana em binário sendo escrito por várias pessoas.

E por que ignorar a tecnologia? Como se ela fosse um dia sumir magicamente. Por que eu deveria não depender mais de calculadora pra fazer os cálculos do meu trabalho se sempre terei uma calculadora ali no escritório?

Mantenho: grande parte das coisas defendidas hoje com unhas e dentes pelos saudosistas eram/são assim porque na época em que surgiram, era a ÚNICA forma disponível de se fazer.

Não mais.

Mas enfim, eu entendo que vocês são puristas. Entendo o pensamento, mas nunca vou concordar. E assim seguimos o/

Pelo que posta, imagino que a bateria seja digital, ou sequenciada no seu caso. Enquanto eu, trabalho com humanos, set's diferentes, captações diferentes, pegadas diferentes etc...

Não. Trabalho com os dois cenários. Tanto com instrumentos digitais quanto reais, incluindo bateria. Também com outros estilos que não são Rock/Metal. Não pense que o que eu penso em relação a mixagem vem de uma "vivência limitada" a VST e Metal. Eu lido com humanos e dinâmicas diferentes. E minha opinião não muda.

Veja, novamente, sobre o que é o tópico.

Wade
Membro Novato
# jan/16
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Ah, um adendo:

Sobre o que falei sobre mixar e masterizar no mesmo projeto, sem bounce, me refiro a produção de músicas independentes.

Para a produção de um CD, por exemplo, é mais prático e eficiente fazer a master depois do bounce, claro. Pra fazer a comparação entre as tracks em tempo real e padronizar todas.

Adler3x3
Veterano
# jan/16
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Lembro a todos que existem outros tópicos sobre VU, Meters e DB aqui no fórum.

E pelo que lembro o enfoque e os pontos de vista abrangem muito mais do que aqui foi comentado.
Não deixa de serem temas bem complexos.
Vale a pena pesquisar.

Ismah
Veterano
# jan/16
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Wade
mais pessoas se tornem boas em fazer tanto um quanto o outro
Você mesmo já respondeu porque isso não acontece... Quem muito tenta dominar tudo acaba não dominando nada.

ser "superadas" em virtude de custo x benefício

Vejo que entramos no dilema de produzir mais com menos...
Eu quero é que vá pra casa da fruta que caiu essa ideia rsrs

Arte se faz com calma, não vi sucesso nas coisas feitas as facão ainda...

Óbvio que a audição tem mais peso, pois não estou fazendo edição de vídeo e sim de audio. NO FINAL, o que importa é a audição e como tudo está soando.

Isso deve explicar a mixagem monoaural, e saturada.

eu entendo que vocês são puristas

Não estou sendo purista, mesmo o sendo. Se eu fosse de fato purista, estaria te julgando por converter áudio em bits.

Sobre o que falei sobre mixar e masterizar no mesmo projeto, sem bounce, me refiro a produção de músicas independentes.

Não pensei em nenhum momento em coisas autorais feitas num fundo de quintal. Isso pra mim é tão influente quanto o vento mudar de direção para uma montanha...

Mas ... Esse quadro esta presente nos altos escalões da música. O Paulo Anhaia vem fazendo isso já a certo tempo.

Pra fazer a comparação entre as tracks em tempo real e padronizar todas

Há controvérsias. Alguns alegam que masters muito diferentes soam como coletânea. Eu não penso assim, mas também não precisa ser tiroteio.

Sobre VU's então...

É via de regra se usar estrutura de ganho com o estágio antecessor abaixo do atual, e este abaixo do sucessor. Existe uma explicação física para isso, e estou aguardando a resposta de um canal do u2b acerca de porque isso. Suspeito que tenha relação com distorção.

Para entender porque não são confiáveis, passe a entender como funcionam...
https://en.wikipedia.org/wiki/VU_meter

Começam as perguntas...

Qual a melhor escala para usar?Gradiente? Linear? RMS?
Medir em dBrms, dBu?!

Quem garante a precisão da medida? (não é algo que vá danificar nada, mas é algo importante para quem está usando).

Uma senóide pode gerar 200% da potência de um circuito de amplificação, sem distorcer, enquanto ruído rosa não chega bem a 12%. No VU a primeira aparece como clip, a segunda, provavelmetne nem aparece...

Wade
Membro Novato
# jan/16 · Editado por: Wade
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Você mesmo já respondeu porque isso não acontece... Quem muito tenta dominar tudo acaba não dominando nada.

Antigamente...

Vejo que entramos no dilema de produzir mais com menos...
Eu quero é que vá pra casa da fruta que caiu essa ideia rsrs


Tudo é produzir mais com menos, pois ninguém chega ao mais absoluto. Lógica simples.

Arte se faz com calma, não vi sucesso nas coisas feitas as facão ainda...

Não mixar em uma SSL girando knobs = fazer a facão? Ok.

Não estou sendo purista, mesmo o sendo. Se eu fosse de fato purista, estaria te julgando por converter áudio em bits.

Existem níveis. Novamente dualidade. Você pensa como uma máquina.

Não pensei em nenhum momento em coisas autorais feitas num fundo de quintal. Isso pra mim é tão influente quanto o vento mudar de direção para uma montanha...

Por música independente me referi a produção de uma música isolada, sem fazer parte de um conjunto maior (CD).

Se for pra pinçar, tirar de contexto e interpretar ao bel prazer, me abstenho. Se nos dois posts não conseguiu me entender, não será no terceiro.

Enfim, já dei minha contribuição ao tópico. Wade out o/

Adler3x3
Veterano
# jan/16 · Editado por: Adler3x3
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erro, ao editar criei um post duplo.
acho que é quando editamos e ficamos ansiosos, e não prestamos a atenção e fazemos ficar duplo, se clicar no editar não tem erro, mas se clicar no texto do post em si e editar desta forma pode gerar o erro.

Adler3x3
Veterano
# jan/16 · Editado por: Adler3x3
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Todos.

Para manter melhor o foco acho que deveríamos criar um novo tópico.
Pois estamos desvirtuando o tópico atual, e estamos meios fora de foco e sem objetivos.
Quanto ao título tem que saber usar o poder de síntese.
Master, dB, VU, Meter e mais, aplicativos e soluções
Um tópico geral para concentrar todas as dúvidas e controvérsias sobre estes temas, pois hoje esta tudo meio esparso aqui no fórum.
Tem pequenas partes dos temas, mas esta tudo meio indefinido.
E a escolha adequada do título do tópico é o primeiro desafio.
Existem muitos pontos a estudar, as vantagens e desvantagens de cada sistema, as variadas técnicas e muito mais, a audição e as ferramentas etc...
Quando confiar no ouvido, quando confiar nas ferramentas e vai por aí...
Pontos de vista diferentes e até opostos, o que importa é o resultado final, ou seja aquele som que cada um quer produzir, e não aquele que outro acha que é certo, e é só este.
Todos aqui tem mais pontos de atenção em comum e conhecimentos parecidos do que divergências.
E as divergências são saudáveis, e assim devem ser tratadas.

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