Ensaio nº1 sobre som em ambiente controlado - Cabelo Técnico

    Autor Mensagem
    Ismah
    Veterano
    # out/14


    Tirando o cabelo da cara

    Depois de muito tempo sem produzir exatamente nada, vivendo na estrada e blá blá blá, faz algum tempo que decidi voltar a gravar. Foi o que fiz, mas ainda está tudo em fase de testes, pois estou enferrujado. Principalmente compor, que já não fazia a anos, se tornou um desafio grande, as palavras não fluem mais como antes. Eu, não canto, assim passar a melodia adiante é a parte mais complicada.

    Bom, como técnico, acabei querendo inovar e quebrar os velhos paradigmas (podem ver pelo tipo de tópico que andei criando), entre eles está a forma de mixar. Andei pesquisando MUITO sobre surround, biaural e o conceito de STEREO, para levar minha mix a um novo nível.

    Um som surround, ou som holográfico, se tornou comum no cinema, com os sistemas 2.1, 5.1, 6.1, 7.1, e uma infinidade até 10.4. Basicamente ele serve para imergir o expectador na mix, como se estivesse vendo a cena. Também há um nome na jogada com esse sistemas: Dolby Digital. Ainda estudo sobre a empresa, entretanto a tecnologia é antiga, mais do que se pensa provavelmente.

    O stereo ou estéreo, seria o mais antigo de todos, se equivalendo ao 2.0. Mas existe uma tecnologia que não vingou, não caiu no gosto popular.

    Em meados de 70~80 (eita período abençoado), surgia o som biauricular. Que consiste em gravar o som já em stereo, usando dois microfones, paneados, um em cada canal. A distância deles é determinante para o efeito final. Geralmente é na casa dos 20cm (distância aproximada entre nossos ouvidos).

    Pink Floyd - como não poderia deixar de ser - gravou usando esse método. Deixo para os fãs de progressivo comentarem sobre.

    Até aqui tudo simples, e nada interessante pra nós. O tempo passou, e a tecnologia evoluiu. Mesas digitais, gravação digital. Numa dessas voltas da vida, me vi olhando para uma 01V96i. E lá me chamou a atenção um recurso, um tanto quanto curioso: SURROUND.

    Sim. Hoje é possível mixar em surround. E ao vivo. Depois disso decidi que queria mixar em surround. E cheguei a isso já.

    Como teste, sempre uso uma música de terceiros. Usei uma open track que encontrei na internet (se desejarem posto as faixas individuais).

    Remember December

    Postarei logo mais, sobre o que uso, como e quando uso.

    Cabelo, aquele que vos escreve. Prazer.

    Lelo Mig
    Membro
    # out/14
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    Ismah

    Marcando para ouvir e descer o pau depois!....hehehe (já que não tenho como ouvir neste momento).

    Curioso Mode On

    Ismah
    Veterano
    # out/14
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    O máquinario e a máquina

    Vou ser mais direto no que usei para chegar na track acima.

    Computador: Notebook HP
    Processador: I3 Dualcore (4 núcleos virtuais) @ 2.30GHz
    RAM: 4Gb

    Aqui, sugiro uma alteração de configuração, que ajuda pra caramba.



    Existem diversos outros tutoriais. Mas acho esse o mais direto.

    Software Reaper v4.731 x64

    Aqui entra uma importância porque de usar ele: processamento. Até o momento usava o FLS10, porém as mix pesavam muito, porque o programa só "sabia" usar dois núcleos. O Reaper porém ,sabe usar os quatro, o que me permite muito mais coisa, sem lag.

    VST's

    Além dos nativos (que uso muito pouco), uso 2 pacotes pequenos, mas muito eficientes. Tenho também um da Waves, mas não utilizo ele no projeto.

    Toa Core (Surround) - Blue Ripple Sound
    Power Suíte 5 - Wave Arts

    O Power Suíte 5, inclui 5 softwares

    TrackPlug 5 - Cumpre a função do que seria um processador num PA, com compressor, limiter, gate, analisador de spectro (comum a quase todos os plugins da marca) eq... só não faz café
    MasterVerb 5 - Reverb bem complexo, com ajuste de reverberação por faixa de freqência etc
    FinalPlug 5 - Limiter, compressor equalizador, próximo do que faz o Waves L1
    MultiDynamics 5 - Compressor multi-banda
    Panorama 5 - Gerador do "3D Surround Stereo"

    Ismah
    Veterano
    # out/14
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    O TOA, já é BEM mais complexo. Tanto que acabei usando ele para efeitos nos back vocals.

    Segue a lista de efeitos do pacote:

    TOA Panners (Standard, Classic, Hemisphere and Two Channel)
    TOA Decoders (Mono, Stereo and 5.1 Basic)
    TOA Beamer
    TOA Gain
    TOA Virtual Microphone
    TOA Rotation
    TOA Metering (Standard and Signal)
    TOA Visualisers (Standard and Hemisphere)

    Links

    wavearts.com/products/suites/power-suite
    www.blueripplesound.com/products/toa-core-vst

    Adler3x3
    Veterano
    # out/14 · Editado por: Adler3x3
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    Ismah

    Ficou Show de bola.

    Conta os detalhes, tipo ficha musical. (instrumentos reais, instrumentos virtuais, softwares, plugins de efeitos, samplers (loops), vozes etc..)

    Não tá tão enferrujado assim.

    Adler3x3
    Veterano
    # out/14 · Editado por: Adler3x3
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    Ismah

    Outra coisa que atrapalha são os programas antivirus.
    Deixam qualquer máquina lenta.
    Quando vou trabalhar com áudio por um bom tempo, fico desconectado da internet e desligo o antivirus, dá uma melhoria no desempenho geral.
    Uso o Avast é já estou cheio deste programa, será que tem um anti-virus que consome menos recursos (mas no geral é tudo a mesma coisa).
    Na última vez que li uma pesquisa sobre desempenho o Avast era o que menos devorava os recursos do computador, mas de um tempo para cá esta Avast tá me enchendo o saco.
    Este Windows 7 é muito ruim.
    To com saudades do Linux, tenho que reinstalar com urgência.
    Só uso o Windows por causa do meu trabalho profissional, onde impera o monopólio, mas no dia que me aposentar, a primeira coisa que vou fazer é formatar tudo é mandar o windows para pqp.

    entamoeba
    Membro Novato
    # out/14
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    Ismah
    Muito bom! Curto vocal feminino!

    Só achei que naquela Mix 1.1.2. tem algumas virtudes que você não aproveitou nessa. Tipo, a guitarra tá mais na frente, com mais médios. Nessa última parece que foi tudo lá pro fundo. Sei lá. É válido também!


    PS1: ouvi em fones de ouvido.
    PS2: foi você que cantou, né?

    rhoadsvsvai
    Veterano
    # out/14
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    Ismah
    eu acho que o maior problema disso é que a maioria das pessoas ouve a musica de fontes 2.0 mesmo,então não adianta muito mixar em 7.1 pro cara ouvir em 2.0, o que da pra fazer é brincar com pans e volumes pra dar aquela ilusão auditiva de quem o 2.0 tem mais de duas camadas.

    Ismah
    Veterano
    # out/14
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    Adler3x3

    Usar anti-vírus ou não é algo que depende de você. Eu não uso ativado. Uso uma partição exclusiva pra download e instalação de teste (Disco D), e uma exclusiva para software (Disco E). Formato regularmente essas unidades, e uso um antivírus instalado num pen drive - sim é possível - para scan periódico.

    Quanto a ficha musical... Nem você nem os demais leram que são open tracks, encontradas na internet para estudo. Me parece muito antiético e nada profissional, usar tracks de pessoas que vem gravar comigo (até porque muitas vezes são apenas demos, para venda).

    Realmente deve fazer um ano mais que uso essas tracks, então já não lembro mais. Mas posso assegurar algumas coisas....

    - Todos são instrumentos reais
    - Todo rig é de ponta
    - Todos são/eram músicos de uma mesma banda

    entamoeba

    A Mix "oficial" é a primeira. As outras são apenas as outras. hehe

    A 1.1.2 é mixada em stereo apenas - isto é diferença de volume para L ou R. A Surround, tem diferença de tempo para L e R, e o reverb também é baseado desse ponto, numa "live room".

    Se eu cantei? Bom não... Provavelmente se cantasse assim, não seria técnico de som. Venho de família de cantores, mas eu sou a ovelha negra (\m/) e sou instrumentista.

    Como disse acima, são open tracks. Não sei mais quem canta ou toca.

    rhoadsvsvai

    Estou mixando em surround 2.0, ou binaural. Mixar em mais canais exigiria de mim ter um sistema com 7.1. Se ver o wave form, vai ver que cheguei no stereo "perfeito". Ali não brinquei apenas com pans e volumes, mas com tempo de execução entre L e R, e tempo de reverb na sala.

    TODOS

    Mapa de palco


    ------------------VOZ------------------------
    -----------GT Base2¹-----GT Solo¹------------
    Bass¹---------------------------------GT Base
    -------------------Bateria²------------------
    ---------------------------------------------
    -------------------Strings-------------------


    ¹ - Voz na mesma posição
    ² - A bateria está disposta também pela sala, e o baterista é a posição de observação

    fernando tecladista
    Veterano
    # out/14
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    Mas existe uma tecnologia que não vingou, não caiu no gosto popular.
    surgia o som biauricular

    pelo explanação pensei que iria falar do quadrafonico!

    Ismah
    Veterano
    # out/14
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    fernando tecladista
    Iria... Mas é difícil alguém ter um sistema desses.

    Adler3x3
    Veterano
    # out/14 · Editado por: Adler3x3
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    Também pensei e como fica o quadrafônico.
    Os discos do Pink Floyd eram para este sistema de quatro canais com quatro caixas de som.
    Escutei a opera Tommy do The Who num sistema destes era show.
    Soava bem legal mas o disco tinha que ser novinho.
    Passava um tempo o disco perdia a qualidade.
    E escutar os discos num sistema normal ficava meio esquisito.
    Tenho um sistema Gradiente com 4 caixas de som (não quadrafônico), para ficarem dispostas duas na frente e duas atrás, dá uma boa sensação espacial.
    O maior problema é que a maioria dos ouvintes não preza pela qualidade, muitas pessoas nem sabem o que é estéreo, que necessita de no mínimo duas caixas de som, ou que o fone de ouvido também é estéreo.
    Outro dia fui numa festa e tinha um DJ com um som mono (uma droga de som).

    Ismah
    Veterano
    # out/14
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    Adler3x3

    Não creio que no auge do pink floyd tenha GRAVADO, em quadrafônico... Ao menos desconheço um modo de registrar 4 canais sem ser digitalmente, e isso inclui a fita.

    Adler3x3
    Veterano
    # out/14 · Editado por: Adler3x3
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    Ismah.

    Veja este exemplo:

    http://pinkfloydarchives.com/Discog/Brazil/LP/AHM/AHMq2/labels.jpg

    Eu tinha alguns discos neste formato mas não tinha o aparelho, escutava na casa de amigos.
    Tinha um do Ten Years After que era muito bom, mas fiz a besteira de emprestar e nunca me devolveram.

    Ismah
    Veterano
    # out/14 · Editado por: Ismah
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    Adler3x3

    Pelo que encontrei, o quadrafônico é uma derivação do stereo. Fui precipitado quanto a minhas afirmações. Pelo que entendi, antes do CD4, o circuito usado era o de Hafler.

    Link

    Adler3x3
    Veterano
    # out/14 · Editado por: Adler3x3
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    Ismah.

    Sim.
    Parece que deriva do sistema do Hafler.

    No aparelho normal em estéreo estes discos soavam meio que esquisito, parecia com mais agudos do que o comum.

    E como esta escrito no artigo que você postou o importante agora, não é o saudosismo, mas sim em aproveitar a tecnologia atual e fazer um quadrafônico digital bom.

    Ismah
    Veterano
    # out/14
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    Adler3x3

    Acredito que os agudos se devam devido a gravação ser em vinil. Pois os agudos sempre eram destacados para facilitar a leitura - maior amplitude significa mais profundos sulcos.

    Alguns vinis rippers são feitos com o sinal vindo direto da agulha, para evitar a coloração do sinal.

    Em lógica, deveria soar mais grave na finalização. Afinal o sistema gera cancelamento de fase, e ela começa a parecer mais nos graves. Mas é hipotético essa consideração.

    Adler3x3
    Veterano
    # out/14 · Editado por: Adler3x3
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    Ismah.

    Experimentei o plugin TOA e gostei fiz algumas experiências mesmo sendo num som 2.0 e até que deu alguns resultados interessantes numa primeira avaliação.
    Este TOA é bom e o melhor de tudo Free.

    Poste um tópico especial aqui no fórum, uma espécie de review dando mais detalhes e algumas dicas de uso.

    Ismah
    Veterano
    # out/14
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    Adler3x3
    Vc é mais capaz que eu para isso. Este é o que menos usei - achei complexo.

    Adler3x3
    Veterano
    # nov/14 · Editado por: Adler3x3
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    Ismah

    Não.
    Eu sou dei uma experimentada.
    Mas percebi por exemplo que o com Toa Hemesphere dá para posicionar o instrumento musical no ambiente no lugar da sala (hall, etc..) que você quiser.
    Muito fácil de usar, pois se move o instrumento no ambiente com o simples arrastar do mouse.
    Fácil de colocar o instrumento ou voz na frente, para direita, para a esquerda para o fundo.
    Atenção galera, vale a pena experimentar.
    Sabe quando ocorre aquele problema da voz que fica muito no fundo, daquele instrumento que não quer aparecer, com este plugin dá para ajustar fácil.

    Muito bom este TOA, recomendo o download e instalação.

    Ismah
    Veterano
    # nov/14
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    Adler3x3
    quando ocorre aquele problema da voz que fica muito no fundo, daquele instrumento que não quer aparecer, com este plugin dá para ajustar fácil.

    Nem me ocorrera essa função hehe

    Outra qualidade que se consegue neles são reverbs de posicionamento.

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