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badari Membro |
# out/13
estou fazendo uma musica mas percebi que os instrumentos de frequencia grave estão ''lutando'' pra aparecer - o volume deles fica oscilando, mesmo se eu mexer no PAN. como eu faço pro som ficar distribuído sem dar essa coisa?
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Iversonfr Veterano |
# out/13
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Quais são os instrumentos?
Não existe regra, mas tenta colocar um High pass em torno de 120 hz em todos os instrumentos que não precisem do grave (guitarra, vocal, etc). Assim já alivia um pouco a região dos graves. Se por acaso for a famosa briga do bumbo com o baixo, pode cortar a frequência do bumbo que esteja brigando com o baixo e boostar a frequência logo depois. Também pode usar compressão paralela. Procura videos no youtube sobre isso que tem de monte e é mais fácil de entender. Abs!
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Slash_1989 Veterano |
# out/13 · Editado por: Slash_1989
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badari Basicamente isso que o Iversonfr falou. Corta o grave de tudo que não seja baixo e bumbo, e nesse dois, corta 60hz e "boosta" 120hz no baixo, e faz o contrário no bumbo. Se não funcionar, usa compressão sidechain!
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makumbator Moderador
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# out/13
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Uma dica (complementando o que o pessoal já citou) é no caso de dificuldade em mixar bumbo e baixo usar um som "trigado" no bumbo, para dar aquele ataque mais incisivo, sem perder o grave (que continua no som "normal do tambor).
No caso de bateria real já gravada, pode-se usar plugins de substituição de peças de bateria para criar uma pista extra com o som "trigado". Ao misturar ambos se consegue um equilíbrio entre "corpo" e "ataque".
Em baterias virtuais pode-se usar os recursos que muitas já oferecem para criar esse efeito.
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Adler3x3 Veterano |
# out/13 · Editado por: Adler3x3
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Quais são os instrumentos? Em que oitavas estão ocorrendo os problemas? Em que notas ou acordes esta ocorrendo o conflito? Sem saber isto não dá para ajudar. Fora disso é tudo especulação, como já foi citado nos posts anteriores. E especulando: Muitas vezes o problema esta na própria composição/arranjo, quando ocorre a disputa pelo espaço sonoro, e daí não tem plugin e pan que dê jeito, e o máximo que se consegue é minimizar o problema, que na verdade tem outra origem. Durante o processo de mixagem dá para perceber quais instrumentos que estão lutando. E tem que analisar qual a vantagem e expressividade que tem na música. Se esta ocorrendo um choque é porque a composição ou arranjo nesta parte pode não estar bem feita. Nem sempre dois instrumentos diferentes tocando as mesmas notas combinam, pois pode ser necessário alterar o envelope, pois muitas vezes é feita uma simples replicação de uma track para se usar um outro instrumento, e aí podem aparecer problemas (muito cuidado com replicação de tracks, principalmente as que contém acordes com mudanças de oitavas). E em outros casos o volume e velocidade de cada nota, tem que analisar compasso por compasso. Pode ser que a instrumentação é que esteja errada, e isto dá para notar mesmo sem usar nenhum plugin nas tracks individuais ou na master. Basta ouvir somente os instrumentos envolvidos no início da mix, que o problema já aparece de cara. Não existe harmonia, se não existe harmonia a aplicação de qualquer efeito só vai aumentar o problema. O básico da harmonia são os acordes, que podem ser feitos por um só instrumento, mas podem também ser montados por instrumentos diferentes, cada um tocando uma nota só, e depende também por quanto tempo cada instrumento soa. (Atack, Decay, Sustain, Release, e em alguns caso hold). Assim antes de usar compressores para alterar o Atack, é melhor alterar o envelope do instrumento. E os instrumentos vem com presets, e conforme a música em particular é necessário fazer alterações para adaptar a música em si. Acorde vem de acordo. Quando existe harmonia a notas entram de acordo entre si e nasce a magia musical.
Dois instrumentos soando junto com envelopes diferentes pode ocasionar problemas. Isto ocorre com certa frequência quando usamos instrumentos virtuais. Numa música com instrumentos reais cada músico conhece intimamente o seu instrumento de labor, e assim toca naturalmente em conjunto com os outros músicos. Já com instrumentos virtuais a coisa é bem mais complicada, pode-se por exemplo usar dois diferentes Vstis, que podem entram em conflito, pois possuem envelopes diferentes e até reverbs e outros efeitos diferentes, e até formas de loops dos samplers diferentes. E assim o ideal seria numa música utilizar somente Vstis de um mesmo fabricantes, pois foram projetados para trabalhar juntos de forma equilibrada. Mas nem sempre isto é possível, temos limitações de instrumentos, e assim quando for usar diferentes Vstis, surge a necessidade de se fazer ajustes para buscar o equilibrio. E cada efeito se analisarmos as ondas de áudio ouvindo cuidadosamente, sempre geram uma certa sujeira em cima do som original Se não soam bem juntos é um sinal que algo esta errado, e nem sempre o uso de efeitos vai corrigir o que é incorrigível. Muitas vezes pode ser necessário alterar oitavas e até excluir um dos dois ou mais instrumentos que estejam com problemas. (deixando a track muda e ir experimentando). Ou simplesmente trocar o instrumento. E até alterar toda a sequência de notas de um determinado instrumento. E usar compressores em instrumentos de orquestra não é coisa lá muito recomendável.
Dois ou mais instrumentos com as mesmas características tocando as mesmas notas pode embolar. E aí não é problema de mixagem e sim de instrumentação e até da própria música que nesta parte esta mal feita. O que quero deixar claro é que antes de se procurar soluções em pan, plugins etc.., deve-se observar primeiro o critério de harmonização de dois ou mais instrumentos tocando juntos. Fazendo o trabalho por partes (ouvindo) de acordo com os timbres e famílias de instrumentos. Por exemplo no Rock: Bateria e Baixo; Na música clássica: Tímpanos e Contrabaixo e Violoncelo;
Escutar os acordes feitos pelos diferentes instrumentos, e assim por diante. Toda música necessita de Graves, Médios e Agudos. Qualquer desiquilíbrio nesta relação traz problemas. Se o problema estiver na harmonia não adianta cortar frequências. Numa música gravada com instrumentos reais parte-se do pressuposto que a mesma esteja bem composta e com uma boa harmonia e bem executada, caso contrário os músicos nem gravariam. (o que nem sempre acontece, e acham que depois os efeitos podem corrigir). Já com instrumentos virtuais o processo é completamente diferente. O compositor pode até ouvir o som na sua mente, mas quando usamos a DAW e os instrumentos sintetizados para conseguir um bom resultado dá muito trabalho de edição, e nem sempre numa música os instrumentos vão combinar bem.
Se a harmonia estiver correta aí sim buscar soluções de mixagem.
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MMI Veterano
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# out/13
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Faltou só uma coisa: problema de monitorização. O que se escuta não é nada confiável, daí para mixar esses graves com fones de ouvidos (ainda mais se for mais baratos), se for com monitores simples num ambiente sem tratamento, com os ouvidos cansados... Vai dar zica mesmo.
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Adler3x3 Veterano |
# out/13 · Editado por: Adler3x3
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MMI Faltou só uma coisa: problema de monitorização.
Tocou em outros pontos importantes. Este é o maior problema do home estúdio além do próprio ambiente caseiro como você citou. Devido a estas limitações só o método de tentativa e erro pode possibilitar um bom resultado final.
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El_Cabong Veterano |
# out/13
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Na minha opinião os únicos instrumentos que devem ter bastante grave são: - Bumbo da bateria - Contra baixo - Tuba (quando tiver naipe de sopros na banda)
O resto todo da banda deve ter os graves bem atenuados.
- Ahhh !! Mas aí os outros instrumentos vão ficar sem peso !! - Simples !! Estes outros instrumentos que tem um espectro de frequências mais acima que os três citados, consegue-se colocar peso no timbre deles regulando os médio-graves.
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makumbator Moderador
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# out/13
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El_Cabong Na minha opinião os únicos instrumentos que devem ter bastante grave são: - Bumbo da bateria - Contra baixo - Tuba (quando tiver naipe de sopros na banda)
Mas mesmo esses devem ser relativizados. Por exemplo, é comum colocar um bumbo com menos corpo e mais ataque no metal, justamente para fazer ele aparecer no oceano de graves de baixo e guitarras com afinação baixa.
No contrabaixo é comum também subir regiões mais médias do instrumento para fazer ele aparecer (ao contrário do senso comum de meramente subir os graves nele, o que pode atrapalhar a mix se ficar excessivo).
No samba por exemplo é comum ter um timbre de baixo ao mesmo tempo com peso no grave mas com brilho nos médios e médios agudos. Ajuda a fazer aparecer na mix e articular as notas, evitando-se a embolação.
Até certo ponto isso também vale para tuba, contratuba, bombardão, contrafagote, clarone e adjacências.
Concordo que eles devem ter peso e grave, mas mesmo neles na maioria das vezes deve ser algo natural, pois se puxar grave demais pode desequilibrar a mix.
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badari Membro |
# out/13
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acho que deve ser o baixo...está muito grave, pois tem um conjunto de baixos fazendo sustain e um cello fazendo melodia, também bem baixa. ai chega a percussao e fica um bolo só. obrigado pelas dicas, funcionou que é uma beleza =]
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Jabijirous Veterano |
# out/13
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acho que deve ser o baixo...está muito grave, pois tem um conjunto de baixos fazendo sustain e um cello fazendo melodia, também bem baixa. ai chega a percussao e fica um bolo só. obrigado pelas dicas, funcionou que é uma beleza =]
Olha, harmonia no grave tende a embolar mais (vide série harmônica). A dica do amigoIversonfr é válida, mas 120 Hz eu acho muito corte do grave.
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El_Cabong Veterano |
# out/13 · Editado por: El_Cabong
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makumbator No bumbo, como eu não gosto daqueles "bumbos anos 80", eu corto um pouco os médios e agudos deixando praticamente só os graves. No meu gosto fica bom. --------------------------- No baixo, normalmente eu gosto de deixar sim um bom grave, mas também com médios e agudos para pegar todas as harmônicas e agudos e ruídos das cordas. A única exceção é quando eu faço um baixo para Reggae. Aí sim eu procuro cortar mais os médios e agudos para o som do contrabaixo ficar bem grave mesmo, ou então num reggae mais moderninho eu uso um baixo sintetizado (senóide fundamental) aí sim !! É só porrada de grave mesmo. --------------------------- No caso da tuba, estes tempos eu tive que fazer um arranjo para um hino de uma escola (tipo banda marcial) aí eu coloquei a equalização da tuba um pouquinho a mais nos graves que os outros instrumentos e ficou muito bom. eu fiz o arranjo em MIDI no meu teclado Yamaha Motif XS7.
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MMI Veterano
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# out/13
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El_Cabong
Você pode até reduzir médios e agudos, mas mesmo assim via de regra acho que são frequências importantíssimas para baixo (especialmente) e bumbo.
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