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gbmeioponto Veterano |
# mar/13
Fala galera,
Tava pesquisando mas não encontrei informação no google, se existe fita regravável. Alguém ai sabe?
Obrigado, abc.
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.omni Veterano
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# mar/13
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gbmeioponto Que tipo de fita? Todas são, até onde sei.
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brunowebguitar Veterano |
# mar/13
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gbmeioponto Pelo que eu sei, todas são regraváveis, mas não sei até que ponto você pode reutilizá-las sem ter algum problema!!
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gbmeioponto Veterano |
# mar/13
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Os rolos de fita utilizados pra gravação, todos são regraváveis?
Por exemplo, pessoal diz que um ponto negativo de gravar em fita é que o rolo de fita é caro. Se é regravável, porque então precisa-se comprar mais?
Abc.
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brunowebguitar Veterano |
# mar/13
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gbmeioponto Se é regravável, porque então precisa-se comprar mais? Porque você não quer perder tudo o que você gravou anteriormente né?? Não faz sentido reaproveitar fita de um projeto anterior, você vai perder tudo o que fez a cada nova gravação??
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gbmeioponto Veterano |
# mar/13
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brunowebguitar Entendi!
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Ramsay Veterano |
# mar/13
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gbmeioponto
Os rolos de fita são todos regraváveis, mas, existe um limite. Depois de algumas dezenas de gravações a fita começa a se degradar e a qualidade de gravação cai, o som fica pior e a qualidade vai caindo mais a cada gravação.
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kiki Moderador |
# mar/13
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gbmeioponto Por exemplo, pessoal diz que um ponto negativo de gravar em fita é que o rolo de fita é caro. Se é regravável, porque então precisa-se comprar mais? porque se voce fizer isso voce perde as gravações originais.
o estudio da EMI (abbey road) fez isso com algumas canções iniciais dos beatles, que foram gravadas em 4 canais e mixadas em mono (isso lá pra 1963). Em 2009 foram relançar tudo em estéreo e algumas ficaram em mono (Love me do, She loves you...) fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/The_Beatles_Stereo_Box_Set#Missing_stereo _session_tapes
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gbmeioponto Veterano |
# mar/13
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kiki Entendi. Sabe dizer qual o processo de regravar? Existe a possibilidade de "zerar" a fita? Deletar todo áudio dela?
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Ramsay Veterano |
# mar/13
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gbmeioponto
Nas fitas, o novo aúdio é gravado por cima do áudio anterior. Os gravadores possuem uma cabeça apagadora que apaga o aúdio anterior antes do novo som de áudio ser gravado na fita.
Se vc quiser apagar o aúdio de uma fita, basta colocar o aparelho para gravar e não ligar nada na entrada de áudio do gravador.
Isso apaga a fita, mas, não zera, porque permanece um ruído residual tipo "hiss" que é maior quanto mais velha e utilizada for a fita.
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brunowebguitar Veterano |
# mar/13
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gbmeioponto Sabe dizer qual o processo de regravar? Acho que é simplesmente colocar ela pra rodar novamente. A nova gravação vai sobrepor a antiga.
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gbmeioponto Veterano |
# mar/13
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Existe algum meio de apagar somente um trecho da fita, sem ter que cortá-la?
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makumbator Moderador
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# mar/13
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gbmeioponto Existe algum meio de apagar somente um trecho da fita, sem ter que cortá-la?
Claro. Basta gravar "nada" no trecho escolhido, sobrepondo o que estava ali.
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kiki Moderador |
# mar/13
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gbmeioponto voce nunca usou fita cassete?
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makumbator Moderador
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# mar/13
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kiki
voce nunca usou fita cassete?
Pois é! Também achei estranho, pois será que estou tão velho assim e a nova geração não se recorda de nada de como funcionavam as fitas K7?
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fernando tecladista Veterano |
# mar/13
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voce nunca usou fita cassete? me perguntei isso durante o meio do tópico
K7 ou VHS a forma de uso de apaga, grava, regrava, rebobina....é a mesma
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kiki Moderador |
# mar/13
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makumbator eu me achava o rei da edição quando consegui "cortar" uma musica certinha do radio!
e depois eu "inventei" a gravação com overdub pingpong, tocando a fita com eu tocando violao gravado no radio e gravando no meu walkman o som do radio mais eu no baixo! só depois descobri que essa gambiarra já foi método proficional
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makumbator Moderador
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# mar/13
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kiki e depois eu "inventei" a gravação com overdub pingpong, tocando a fita com eu tocando
Fiz muito isso. Meu limite de over era quando o chiado ficava mais forte que a música (normalmente na terceira "geração" o hiss já dominava). Era muito legal.
fernando tecladista K7 ou VHS a forma de uso de apaga, grava, regrava, rebobina....é a mesma
Pois é, na essência esses conceitos são os mesmos para os gravadores de rolo de estúdio.
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gbmeioponto Veterano |
# mar/13
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Eu só cheguei a usar VHS e K7 quando eu era bem pequeno.. Não cheguei a saber como funciona gravar, regravar e apagar em fitas. Tenho 17 anos.
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makumbator Moderador
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# mar/13 · Editado por: makumbator
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gbmeioponto
Eu só cheguei a usar VHS e K7 quando eu era bem pequeno.. Não cheguei a saber como funciona gravar, regravar e apagar em fitas. Tenho 17 anos.
Nosso espanto é mais de diferença de geração mesmo, de observar que estamos ficando velhos! Achei que você tivesse essa faixa de idade de 15, 16 anos(ou menos) para não ter tido a vivência de fita K7 ou VHS. É até natural que você não saiba isso pois é algo fora de sua geração.
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Lelo Mig Membro
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# mar/13
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gbmeioponto
Já que você não viveu essa época....
As fitas de rolo ou K7, eram fitas cobertas com óxido de ferro ou cromo que recebiam uma "impressão" magnética longitudinal, (cabeça fixa) no caso das K7, ou helicoidal (cabeças rotativas) no caso de alguns rolos e VHS.
O cabeçote de gravação é um eletroímã minúsculo. O eletroímã consiste de um centro de ferro com um fio enrolado em volta. Durante a gravação, o sinal de áudio é enviado através da bobina pelo fio para criar um campo magnético no centro. Este fluxo é o que magnetiza o óxido na fita. Durante a reprodução, o movimento da fita puxa um campo magnético variável pelo intervalo. Isto cria um campo magnético variável no centro e, dessa forma, um sinal na bobina. Este sinal é amplificado para ser enviado para os alto-falantes.
Em um reprodutor de cassetes normal, há dois destes pequenos eletroímãs que juntos têm aproximadamente a metade da largura da fita. Os dois cabeçotes gravam os dois canais formando o estéreo.
É uma tecnologia simples, barata e eficiente... e uma das propulsoras da revolução na eletrônica moderna. À partir dela, aparelhos portáteis começaram a surgir no mercado.
Essa tecnologia ainda é utilizada (tarja magnética do cartão de crédito por exemplo)
As edições eram feitas fisicamente, cortando e emendando a fita nos pontos onde se desejasse, com um aparelho de corte e uma fita adesiva específica para tal.
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Mr. Phil Veterano |
# mar/13 · Editado por: Mr. Phil
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Realmente estamos ficando velhos... rsrsrs... meu filho pega uns celulares antigos e toca na tela achando que é "touch"... (ou até na televisão). Eu morro de rir... depois fico "deprimido" pelo contraste tecnológico generacional... :T
gbmeioponto Existe um aparelho para apagar fitas k7 e vhs em menos de 3 segundos, era muito usado em empresas e na produção (e pirataria) em larga escala. O aparelho, difícil de se encontrar hoje em dia, (tenho um aqui, se quiser vendo por 5000 reais) nada mais é do que um ímã que "apaga" tudo após passar a fita 2 ou 3 vezes pelo seu gap. Provavelmente, se usar um ímã de grandes dimensões (ou até o auto-falante de uma caixa de som "velha", de alta potência) irá funcionar. Mas considere que poderá haver uma considerável diminuição na capacidade de retenção de novas gravações... (é o tal do magnetismo residual). Para que essa "perda" se reduza, precisa usar uma "máquina de apagamento" ou, simplesmente, um desmagnetizador (i.e. transformador de baixa tensão), mas onde vc irá achar uma atualmente?!
Mas pq usar fitas K7 hoje em dia?!?
Abç, ;P
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Adler3x3 Veterano |
# mar/13
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gbmeioponto
Tudo o que disseram e recomendaram acima esta certo. Para apagar basta regravar. Mas não é muito recomendável ficar regravando em cima a toda hora. O ideal é preservar as gravações. Mas qual é a finalidade destas gravações? Na década de 70 eu fazia gravações em K7 num gravador estéreo, e gravava as minhas músicas por etapa, usando mais de uma gravador. Por exemplo: - Gravava uma base de um violão; - depois conectava com cabos na saída de um canal um aparelho k7 reprodutor na entrada no K7 gravador, e gravava o solo do violão pelo microfone. - esta primeira gravação em dois canais ficava até que razoável; - quando fazia a gravação de um terceiro instrumento o som começava a degradar;
Já no início da informática no tempo que não existia cd, eu fazia gravações das minhas músicas do computador para o k7, via um cabo normal, e ficava muito bom. Usava principalmente o formato "mod" que tinha até um som bem razoável e outros softwares que hoje não existem mais. Usava mais para escutar no som do carro. Hoje ainda dá para fazer isto, basta montar a música na DAW e e conectar um cabo na saída da placa de som e nas entradas do gravador.
Mas antes de qualquer gravação recomenda-se a limpeza do cabeçote de gravação, eu usava um cotonete com uma gota de alcool para limpar, de forma bem leve e retirar a sujeira, que aparece na cabeça do cotonete. Depois usava um segundo cotonete, ou o outro lado para verificar se estava tudo limpo. Quando o cotonete fica limpo (em branco) é sinal que a cabeça do gravador/reprodutor esta limpa. Mesmo nos dias de hoje uma gravação bem feita deve soar bem, só cuidado com o nível de volume na saída para não causar distorções. É bom fazer testes para descobrir o volume ideal, que não pode ser nem muito alto, e muito menos baixo, o melhor a fazer é gravar pequenas partes anotando tudo, e depois ouvindo no aparelho com boas caixas de som. Qualquer dia desta vou fazer isto de novo, só para relembrar e e verificar como fica a qualidade comparada ao som digital de hoje.
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kiki Moderador |
# mar/13
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Mr. Phil meu filho pega uns celulares antigos e toca na tela achando que é "touch"... (ou até na televisão). Eu morro de rir... ahsuhasuhaushuahs e eu morri aqui!
Lelo Mig makumbator gbmeioponto Eu só cheguei a usar VHS e K7 quando eu era bem pequeno.. Não cheguei a saber como funciona gravar, regravar e apagar em fitas. Tenho 17 anos.
era isso que eu imaginava, por isso perguntei! enfim, acho que o pessoal já explicou bem, mas se ainda ficar duvidas avisa aí!
Adler3x3 - depois conectava com cabos na saída de um canal um aparelho k7 reprodutor na entrada no K7 gravador, e gravava o solo do violão pelo microfone. legal, seu método é um pouco melhor que o meu...
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JJJ Veterano
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# mar/13
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kiki voce nunca usou fita cassete?
pois é... quepariu... tô virando peça de museu...
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gbmeioponto Veterano |
# mar/13
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Obrigado pelas informações galera!
Queria saber disso pois tava com umas ideias na cabeça, pensando com os meus botões sobre as diferenças da gravação de rolo e gravação digital, sobre o quanto era difícil e demoro manipular o áudio naquela época, coisa que hoje em dia fazemos com muita facilidade. E estava pensando porque ainda não inventaram algum sistema de automação de gravação em fitas, como se fosse um computador manipulando esse áudio em fita. Por exemplo: você seleciona uma parte do áudio e deleta, como se estivesse fazendo no pro tools, e o sistema apaga essa parte correspondente na fita.
Pode ser muita viagem, mas eram só ideias na cabeça.. Quem sabe um dia eu não tenho um surto de inspiração e crio um sistema de gravação de rolo totalmente automatizado? (será que existe?) hehe
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.omni Veterano
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# mar/13
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gbmeioponto E estava pensando porque ainda não inventaram algum sistema de automação de gravação em fitas, como se fosse um computador manipulando esse áudio em fita. Por exemplo: você seleciona uma parte do áudio e deleta, como se estivesse fazendo no pro tools, e o sistema apaga essa parte correspondente na fita.
Eu entendo como isso poderia ser legal, mas teria que ser um processo mecânico pra ficar escrevendo e reescrevendo a fita, eu acho que isso iria acabar com ela rapidamente. Antigamente as fitas tocavam seus respectivos canais, eles iam pra mesa, eram mixados nela com seus respectivos outboards, reverbs e etc e depois o resultado final disso era gravado em dois canais de uma fita.
Hoje em dia o que se faz é quase a mesma coisa, mas ao invés de fitas tocarem o multitrack, quem faz isso é um DAW (onde tudo pode ser editado), e daí em diante é igual, o som vai pra mesa, é mixado e é gravado em dois canais, tanto em digital como numa fita. Mas geralmente quem ainda usa rolo são masterizadores. Ainda assim, o áudio sai da fita e termina em um arquivo digital de novo.
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makumbator Moderador
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# mar/13 · Editado por: makumbator
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.omni gbmeioponto
Mas pior é que tem isso. Eu não lembro o nome, mas já vi isso em algum site há algum tempo. É basicamente um sistema de automação da fita, que avança e retrocede para pontos específicos que vc marca no equipamento, apaga só aonde quer, etc... tudo na fita, mas sem precisar do trabalho manual.
É bem legal, mas caro pra cacete caso a pessoa resolva comprar tudo (ou seja, sem ter um gravador compatível já de antemão).
EDIT:
Achei um. Não era exatamente esse que vi anos atrás, mas é parecido:
http://www.endlessanalog.com/what-is-clasp
http://www.soundonsound.com/news?NewsID=13595
Com ele dá para usar o som da fita integrado a uma DAW. Não é exatamente a mesma coisa, mas é o melhor em integração entre fita e DAW.
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.omni Veterano
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# mar/13
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makumbator Ah, o lance das memórias eu conhecia, mas não sabia que dava pra editar também. Show de bola! A Studer continua bombando, tanto nas fitas como com mesas digitais!
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makumbator Moderador
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# mar/13 · Editado por: makumbator
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.omni
Muito doido o lance. Aqui o cara explica melhor (detalhe para os óculos escuros dentro de um estúdio escuro...hsahsahas):
http://www.youtube.com/watch?v=hEdDbhizIDs
Além da parte em hardware tem um plugin controlador para Pro tools e Cubase/Nuendo.
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