Como explorar o Máximo da Taxa de amostragem.

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    Sand W.S
    Veterano
    # fev/12 · Editado por: Sand W.S


    Não sei vcs mais noto uma diferença gritante entre uma música em wav alta amostragem e uma mp3 ou wma, abri esse tópico por q estou pretendendo fazer uma captação de vocal com um mic condenser intermediário uma placa com taxa de 192 e 24 bits, uma mesa behringer e um direct box, vou modelar o som captado desse c1 pra um neuman com antares, notei q da uma diferenlha consideravel na saturação e brilho da voz dai penso do que adiantaria gravar com uma amostragem alta se o máximo q um cd tolera são 44 e 16 bits? Alguém tem uma solução pra esse dilema?

    Adler3x3
    Veterano
    # fev/12
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    Sand
    Concordo com você.

    O problema são as mídias comerciais da atualidade, que não se modernizaram, ou porque a relação custo benefício ainda não atingiu o nível ideal que justifique a melhora na qualidade final do som que se ouve.
    E existem vários formatos:
    - cd 44 e 16 bits;
    - dvd 48 e 24 bits;
    - mp3;
    - flac;
    - ogg;
    - e muitos outros.

    Para a maioria dos ouvintes a qualidade do CD atende estas necessidades.
    Para muitos até o mp3 esta ótimo.
    Mas uma pessoa com bons ouvidos sabe que é ruim, e é ruim mesmo.

    A diferença de qualidade é real.
    Um exemplo prático é ouvir uma mesma música em DVD e CD.
    Só aqui já se nota uma grande diferença.

    Nós que trabalhamos com produção musical temos uma audição mais apurada, e somos privilegiados.
    Escutar a música numa DAW é um privilégio, com a resolução bem alta, captamos todos os detalhes.
    Num segundo passo quando exportamos para WAW, já ocorre uma primeira degradação do áudio, mesmo que exportada em altas resoluções.
    Uma coisa é escutar diretamente na DAW, outra coisa já é escutar o arquivo gravado. (por isto somos privilegiados).
    Na DAW quando ouvimos parece perfeito, e que nem necessita de uma melhor masterização, mas depois quando já esta em WAV o outro formato, necessita de masterização.
    Numa terceira etapa quando num editor externo transformamos o arquivo para outro formato, a perda de qualidade se acentua.
    Infelizmente nos dias de hoje a grande maioria dos ouvintes, esta escutando músicas com qualidade duvidosa, principalmente os tais dos "mp3".
    Característica dos dias atuais, em que a pressa e a comodidade vem em primeiro lugar.
    Mas então por que gravar com mais qualidade se tudo no final (a maioria) vai se transformar em mp3 de baixa qualidade?
    Possíveis respostas:
    - Gravar com resoluções mais altas permite que a aplicação de efeitos numa outra etapa seja feita com mais qualidade, e assim por mais degradado que fique no final, vai ficar menos ruim;
    - Preservar as gravações em alta qualidade para futuro uso, quando as mídias comerciais evoluirem para tocar com mais resolução.
    Se você gravar agora tudo com 44 e 16 bits, no futuro não vai poder fazer uma remix das suas músicas para o novo formato com mais qualidade.
    A desvantagem atual é que quanto mais resolução, mais se exige do processamento do computador, e também ocupa muito mas muito mais espaço no HD.
    Assim por enquanto o ideal seria trabalhar com altas e baixas resoluções, tendo backup de tudo.
    E principalmente paciência para trabalhar com as altas resoluções, que prejudicam o desempenho do micro, e as vezes é melhor gravar individualmente cada track.

    E assim o dilema persiste.
    E o futuro é que vai dar as respostas, que passa necessariamente pela evolução dos players de música atuais.

    Sand W.S
    Veterano
    # fev/12
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    Adler3x3 Vc respondeu com perfeição minha pergunta esclarecendo todas minhas dúvidas a esse respeito grato por sua atenção.

    Sand W.S
    Veterano
    # fev/12
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    Cara me surgiu outra dúvida q devem ser de muito esclareça-nos por favor.

    Vamos supor q eu baixe um álbum em mp3 e grave em cd esse arquivo wav

    terá a qualidade como se fosse captado ou nunca chegará a isso ele no caso

    ganha alguma qualidade eu pude notar isso mas é mínima isso procede

    amigo?

    Adler3x3
    Veterano
    # fev/12
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    Bem primeiro de tudo, não sou mestre na questão.
    Mas vou dar a minha opinião.
    A simples conversão de uma resolução mais baixa para uma resolução mais alta não vai aumentar a qualidade não.
    O que pode ocorrer é que após a transformação usando um editor de audio o novo arquivo ganhe um pequeno aumento de volume com a adição de novos efeitos.
    Sempre que reduzimos a resolução de áudio ocorre uma perda de qualidade, que não é recuperada mais.
    O áudio fica mais compactado, não é a mesma coisa que uma compactação de software para economizar no tamanho do arquivo. (tipo zip)
    A transformação para mp3 elimina muitas frequências.
    E o simples fato de aumentar a resolução do arquivo de mp3 para wav não vai aumentar ou recuperar a qualidade perdida.
    Na prática o que acontece é que o arquivo só fica maior.
    Ao meu ver arquivos mp3 não servem para serem utilizados em projetos, exceto para pequenas partes de um áudio que você utilize em um novo projeto. (tipo de um som de efeito por exemplo de mar, vento etc...)
    Mas é melhor ripar um cd em wav, do que pegar um arquivo mp3.
    Existem muitos arquivos de playback em mp3 que servem para acompanhamento tipo karioke, mas o resultado final da mistura não é bom.
    O processo de gravação de arquivo de mp3 em cds de audio passam por um outro processo de transformação e gravação que em alguns casos conforme o software pode adicionar alguns ganhos, e o cd parece soar melhor, mas é pura ilusão.

    .omni
    Veterano
    # fev/12
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    Sand W.S
    Você está confundindo algumas coisas.
    Existem basicamente três elementos em jogo no caso aí. O bit rate, o sample rate e o bit depth.
    O sample rate é a taxa de amostragem, é a quantidade de samples por segundo você vai ter (44.1kHz, 48kHz, 96kHz, etc). Isso não tem nada a ver com o formato final do áudio.
    Como já disseram, o motivo pelo qual é melhor gravar num sample rate maior é a maior fidelidade da onda, o que quer dizer que você pode mexer mais nela sem inserir muitos artefatos e "jitter".

    Mas o processo de downsampling é feito na master e é bem mais complicado do que o que a gente faz em casa. Basicamente você usa dois sistemas simultâneos, um toca a mix, passa por todos os outboards (ou não) e entra em outro sistema em 44/16. Pela qualidade da conversão e etc, você acaba não perdendo muita coisa.

    Ao converter pra MP3 você certamente perde bastante coisa dependendo do bit rate. Pense no áudio como se fosse uma fotografia. Se você pegar uma imagem em uma resolução alta e converter ela pra uma resolução baixa. Se você quiser aumentar de novo o tamanho você até pode, mas na verdade só está ampliando os pixels, não vai ter nenhum ganho de qualidade (pelo contrário, só vai ter perdas).

    estou pretendendo fazer uma captação de vocal com um mic condenser intermediário uma placa com taxa de 192 e 24 bits,

    Sua preocupação com a qualidade é legal, mas não é pertinente.
    A qualidade da conversão não tem (quase) nada a ver com a taxa de amostragem. Não significa que a qualidade vai ser melhor se você gravar em 192. Aliás, 192 é um exagero até em sistemas muito bons, 96kHz numa placa top é mais do que o bastante pra tudo o que você possa imaginar.
    Dependendo do caso vale (bem) mais a pena gravar em 48 num puta sistema do que em 96k num conversor pior. Enfim, se eu fosse você eu não me preocuparia muito com isso, ainda mais num ambiente de home studio, não vai fazer a menor diferença pra você. Grave tudo em 48/24, ou mesmo 44/24. Vai ocupar menos espaço, exigir menos do computador e você vai ter o mesmo resultado.

    Só não entendi onde o direct box tem algum papel nessa cadeia.

    vou modelar o som captado desse c1 pra um neuman com antares

    Ah... o poder da propaganda.
    "Aperte aqui para u67, aperte aqui para c12 e aqui para Ela 251."

    Se tudo fosse tão simples...

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