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Matt.41.JW Veterano |
# jan/09
Boa tarde pessoal,
Bem, eu me intereso muito por gravação em estúdios e tudo o mais, entao tava querendo aprender sobre as etapas de uma gravação. Seria legal não só pra mim, mas pra todo mundo ter um "tutorial" sobre as etapas de uma gravação e descrevendo o que é cada uma delas: a gravação em si, mixagem, masterização etc e tal. Alem de dicas sobre quais softwares de melhor qualidade para cada etapa. Bem, quem quiser me ajudar, estou ai. Vou tentar depois colocar um pouco sobre o que eu sei. Abraços.
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Matt.41.JW Veterano |
# jan/09
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Bem vamos lá, uma produção de um albúm (ou somente um música) se baseia em 5 etapas: - Pré-produção. - Gravação. - Pós-produção. - Mixagem. - Masterização.
PRÉ-PRODUÇÃO
A pré-produção é a parte mais importante de todo o trabalho a ser feito. De que adianta ir a um estúdio sem saber o que gravar? É por isso que na pré-produção você e sua banda (ou só você) irão decidir como criar o trabalho de vocês.
Na pré-produção que você escolhe o seu repertório, compõe as suas letras, escolhe os tons, os timbres. Resumindo, na pré é onde você faz a sua música e ensaia com a sua banda. Escolhe as guitarras, as baterias, os baixos e todos os instrumentos que serão utilizados na gravação.
Nessa parte o que vale muito é ter talento. Do que adianta uma produção maravilhosa se a música é péssima?
GRAVAÇÃO
Bem, agora que você já tem tudo pronto, toda uma ideía de como será a sua música, é hora de gravar. Ao longo da gravação deverão surgir dúvidas ou idéias novas sobre o que introduzir ou retirar na música, isso é inevitável, mas é por isso que você fez a pré-produção, pois agora as suas idéias já estão mais maduras e você consegue perceber melhor o que pode ser melhorado.
Hoje em dia a gravação é feita em hd's, logo vale ressaltar que é de extrema necessidade ter um hd de backup, pois se algo der errado, bye-bye tudinho.
Depois de ter comprado 2 hd's (sendo um pra backup), esta na hora de agendar as gravações. Neste ponto fica a critério da banda, dependendo de como é a sua música. Normalmente se grava a base de todas as músicas, onde todos tocam juntos, como em um ensaio. Nisso você pode marcar uns 2 a 3 dias. Depois começa a gravar os instrumentos separados, primeiro a guitarra base, e depois solo, ai vem o baixo, teclado, bateria etc e tal. Se for só esses instrumentos, pode agendar ai uns 4 a 5 dias. Depois vem o vocal, então pode ser uns 2 dias. Como na pré já foi definido os arranjos, timbres, instrumentos, e coisa e tal, as coisas deverão ser tranquilas.
PÓS-PRODUÇÃO
A pós é uma parte de extrema importância, pois é ela que dá aquela "arrumadinha" na sua música. As vezes alguma parte da musica a guitarra ficou mais baixa, ou a bateria ficou alta demais, uma passagem ficou rapida demais, ou até uma nota errada que passou desperçebida na gravação, e é na pós que vc ajusta tudo isso, deixando todos os instrumentos com o volume correto para a mixagem. Sem contar que hoje em dia existem programas que afinam a voz, deixando ela toda bonitinha. Isso não quer dizer que você pode colocar um Beavis ou um Butthead pra cantar. Mas é sim uma ferramenta muito importante.
Durante a pós você pode ajustar a distorção da guitarra, e sem dúvidas alguma, limpar os ruídos que por alguma razão vazou na gravação. É na pós que você vê as melhores partes que serão utilizadas na mixagem. Por exemplo, se o refrão de uma música é repetido 3 vezes, você escolhe a que ficou melhor e copia para as outras 2 partes. isso vale pra voz, guitarra, baixo, bateria, enfim, pra todas as partes que possam se repetir. Mas a escolha da melhor gravação não se aplica somente às partes que se repetem, obviamente, pois com certeza você terá gravado mais de uma vez a mesma música, aí por exemplo você escolhe em quais das gravações a intro ficou melhor.
Quanto melhor for feita a pós produção, mais facil ficará pra ser feita a mixagem.
MIXAGEM
Na mixagem, todos sabem, coloca um efeitinho aqui, outro ali, e coloca tudo no seu lugar. Você pode decidir em colocar um reverb na bateria, na voz, ou até adicionar uns sons diferentes na música. Pode escutar os albuns de hoje em dia e ver que há muitos efeitos dos quais são feitos na pós-produção, alguns sons diferentes etc e tal.
Normalmente se usa mais uns reverbs em bateria e voz, no baixo não se faz muita alteração, a não ser em casos que ela ganha mais destaque, e na guitarra o mais dificil já foi escolhido na pré-produção, como timbre, distorção, qual amplificador usar etc e tal.
Como você vai colocar a sua música fica a seu critério. Algumas pessoas ajustam primeiro a bateria, pra ter um sentido melhor do tempo. Depois o baixo, a guitarra e por ultimo a voz. E depois que vc escutar toda a sua música, ver que tudo esta corretamente no lugar, tudo pronto, certo? Errado.
Se tem uma coisa importante e de certa forma difícil na mixagem é a localização panorâmica. Achar a melhor forma de utilizar a pan é de extrema importância pra que a sua música ganhe um pouco mais de "vida". Colocar tudo no centro pode ficar meio estranho, por isso é bom fazer testes sempre, ficar alterando até achar uma localização pra cada instrumento que te agrade melhor. Depois é só enviar pra masterização.
MASTERIZAÇÃO
A masterização se baseia nas seguintes etapas:
- Colocar as músicas na ordem em que elas aparecerão no álbum.
- Acertar os volumes entre as músicas, para não haver mudanças de uma musica pra outro.
- Colocar o número do ISRC (International Standard Recording Code ou Código de Gravação Padrão Internacional) em cada faixa.
- Correção e equilíbrio de equalização, compressão, etc e tal.
- Acertar os finais de músicas, como os fade outs.
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Matt.41.JW Veterano |
# jan/09
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Ninguem?
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BaNdAiD Veterano |
# jan/09
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Matt.41.JW
O que mais vc quer?
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gwallner Veterano |
# jan/09 · Editado por: gwallner
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Matt.41.JW
Só um comentário:
Vc disse "Depois começa a gravar os instrumentos separados, primeiro a guitarra base, e depois solo, ai vem o baixo, teclado, bateria etc e tal. Se for só esses instrumentos, pode agendar ai uns 4 a 5 dias. Depois vem o vocal, então pode ser uns 2 dias."
Não sería meio diferente essa sequência de gravação de instrumentos? Por exemplo: 1- bateria, 2- baixo, 3-guitarras, 4- vocais. Outra pergunta, esses vários dias para a gravação de uma música sería uma hora por dia ou várias horas por dia? Creio que uma música pode ser gravada em no máximo dois dias.
Somente estou questionando para podermos deixar um pouco mais clara a questão de tempo de gravação para cada música. Se pegarmos 7 músicas para serem gravadas para fazer um EP, podemos gravar a batera (de preferência com metronomo) e baixo em um dia, guitarras no outro dia ou em dois dias e vocais em mais de 3 dias, já que na minha opinião é a parte mais complicada e o vocalista tem que estar 100% sempre. É importante termos a gravação de cada instrumento de uma vez só para cada música, ou seja, gravar a batera para as 7 músicas, depois o baixo, depois guitarras, depois vocais.... para poder termos a mesma consitência em todas as músicas.
Abraço.
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Matt.41.JW Veterano |
# jan/09
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O que mais vc quer?
Ué, um forúm não serve para debates também? Poderiamos debater aqui formas melhores de uma produção. Pessoas que tenham experiencia para compartilhar conosco. Teoria é uma coisa, prática é outra.
Creio que uma música pode ser gravada em no máximo dois dias.
Sim, no caso eu escrevi como se fosse gravar um album inteiro, e não só uma música.
E já vi um estudio aqui na minha cidade onde o cara gravava a guitarra antes. As vezes vai de acordo com a pessoa, de como ela lhe da com a situação. Eu acho melhor a bateria, pra usar como referencia de tempo, usando um metronomo. Algumas pessoas preferem usar a base da guitarra, vai saber.
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gwallner Veterano |
# jan/09
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E já vi um estudio aqui na minha cidade onde o cara gravava a guitarra antes
Sim... isso fiz com uma outra banda também. O guitarrista gravou uma pista de guitarra somente como referência e também foi deixada uma pista de vocal (rascunho). Depois apagaram essas pistas e gravaram as pra valer. Mas depende de cada músico e de cada banda. De qualquer forma é sempre bom e recomendável fazer uma gravação com metrônomo no primeiro instrumento que for gravado.
Abraço.
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shoyoninja Veterano |
# jan/09
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Simplificando um pouco e pensando apenas em uma música.
Se o batera for bom e souber toda a música e as variações de dinâmicas direitinho, acho que o mais fácil e gravar a batera com o metrônomo e pronto.
Se não, uma guia com base e voz marcando bem as variações de dinâmica e metrônomo. Mas tem que ficar linda, pro batera não ter que lutar com ela :P.
Depois baixo, base, guitarra solo e por último vocal, assim que eu faço pelo menos.
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Bog Veterano
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# jan/09
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Matt.41.JW
Concordo com o pessoal aí, acho mais natural começar pela bateria e baixo, e depois montar o resto por cima da cozinha.
Mas isso tudo vale para estúdios "de verdade", né? Hoje em dia, com todo mundo fazendo tudo em casa, dá para subverter o negócio completamente, gravar um pedaço hoje e outro daqui a 2 meses. Tem muito profissional se esbaldando nisso, agora ficam brincando em casa até estarem felizes com a música, nem que no final acabem regravando 500 vezes a guitarra só para ver como ficam outros timbres e arranjos!
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Meu filho ouvirá Classic Rock Veterano |
# jan/09 · Editado por: Meu filho ouvirá Classic Rock
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Hoje em dia a gravação é feita em hd's, logo vale ressaltar que é de extrema necessidade ter um hd de backup, pois se algo der errado, bye-bye tudinho.
Uma vez eu gravei uma música do Iron, lá na minha escola de música, e acho que o PC do meu professor não tem esse recursso. Resultado: No meio da música o programa deu pau, e ... Bye-bye tudinho...
Matt.41.JW
Bom tópico, merece Stick =)
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BaNdAiD Veterano |
# jan/09
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gwallner
Creio que uma música pode ser gravada em no máximo dois dias.
Ou dois meses...depende de vários fatores!!
Não sería meio diferente essa sequência de gravação de instrumentos? Por exemplo: 1- bateria, 2- baixo, 3-guitarras, 4- vocais.
Concordo...porém não é uma regra. O que eu acho mais complicado é não gravar a bateria primeiro. De resto, conta mais a habilidade das pessoas envolvidas no processo!
Bog Mas isso tudo vale para estúdios "de verdade", né? Hoje em dia, com todo mundo fazendo tudo em casa, dá para subverter o negócio completamente, gravar um pedaço hoje e outro daqui a 2 meses. Tem muito profissional se esbaldando nisso, agora ficam brincando em casa até estarem felizes com a música, nem que no final acabem regravando 500 vezes a guitarra só para ver como ficam outros timbres e arranjos!
AMÉM!!! Meus projetos estão todos enrolados!!
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gwallner Veterano |
# jan/09
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BaNdAiD
Ahhh sim, concordo contigo. Mas eu táva falando com base em gravações em studio. Quando o assunto é homestudio aí levo séculos pra gravar algo pq quero sempre a perfeição rsrsrs. Fico testando milhares de timbres de guitarra e batera. Geralmente gravo a guitarra ou teclado antes de tudo, com metronomo e somente como referência.... dependendo de onde criei a melodia da música.... e depois faço a batera com o Battery. Mas em studio, dá pra gravar uma música, que já esteja bem ensaiada e definida, em 1 ou 2 dias sem problema. Quanto à mixagem e masterização, aí são outros quinhentos.
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busterchair Veterano |
# jan/09
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qual a versão mais atual desse Battery? tenho o ezdrummer e o addictive aki, mas keria testar esse ai
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Matt.41.JW Veterano |
# jan/09
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Normalmente as minhas gravações nem envolvem bateria, pois eu acabo compondo algo mais só violão, voz e uns efeitos.
Mas to começando a testar umas composições com guitarra, baixo e bateria. Mas como não tenho bateria, nem como grava-la, teria que usar algum software.
Vo ver esse Battery ai.
Achei legal fazer este topico pra ajudar a quem (incluso eu) quer fazer uma produção legal, seguindo etapas que ajudam a nao comer nenhum detalhe importante. Experiencia sempre ajuda nesses casos.
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gwallner Veterano |
# jan/09
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busterchair Mais atual Battery 3. Ele completo são 2 DVDs. Por aí vc também acha só o programa separado do seus banco de dados. Aí tem que pegar o banco de waves dele.
http://www.native-instruments.com/index.php?id=battery3&ftu=623f93926e a485f
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Slash_1989 Veterano |
# jan/09
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- Colocar o número do ISRC (International Standard Recording Code ou Código de Gravação Padrão Internacional) em cada faixa.
oq seria isso?
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guitarg3 Veterano |
# jan/09
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bom topico.. estou para gravar com minha banda daki a 2 semanas.. estamos na pre produçao ainda.. da um trampo do carambaaa... axo q eh a parte q da mais trampo pros musicos =S
sobre a mixagem nao sabia desse negocio d localizaçao panoramica.. talvez seja por isso q algumas musicas qnd ficam gravadas ficam sem brilho... meio vazias.. sera q eh isso?
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guitarg3 Veterano |
# jan/09
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A pré-produção. Cada álbum é uma história. Aqui vou focar na pré-produção de uma banda de rock/pop. Porque um artista solo com músicos convidados, uma banda de axé, ou um coral, usam uma metodologia um pouco diferete da que mostrarei aqui.
Antes de você pensar entrar em um estúdio para gravar a seu trabalho, você tem que saber o que, e como gravar. Porque lá, preste bem atenção, se chama estúdio de gravação, não de composição, ou ensaio, ou de escolha de timbres. Assim que você tiver tudo planejado, aí sim pode pensar em achar um estúdio de gravação para registrar o seu material. Para isso você precisa de uma pré-produção bem feita. Essa pré pode ser feitar durante os ensaios com a sua banda, em casa, ou no estúdio de ensaio.
A pré é a etapa mais importante para a realização de um trabalho. Durante a pré a gente "resolve o álbum". Durante a pré é que se escolhe o repertório, resolvemos dúvidas de arranjos e tonalidades. Isso porque é comum uma banda ou artista chegar no estúdio e a música estar no ton errado. Isso acaba prejudicando a performance do cantor, um ton baixo faz com que o coitado tente cantar como Tim Maia, e um ton alto como Tetê Espíndola.
No instrumental também, por exemplo, um solo longo demais ou uma parte instrumental desnecessária, faz com que a música acabe perdendo a dinâmica que precisa. Decidir com qual bateria e peles gravar, qual baixo e guitarra, também faz com que você ganhe tempo durante as gravações. Tudo isso na pré. E as letras? Claro que as letras são importantíssimas, e uma atenção especial é fundamental. Afinar as letras com o compositor é muito importante. Porque não adianta ter um material super bem gravado, mixado e masterizado, se o que for dito não seja interessante.
Claro que a história pode se estender bem mais, mas o intuito aqui é apenas esclarecer o que é cada etapa do processo de produção de um álbum.
http://www.blogdolampadinha.com.br/?p=1013
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guitarg3 Veterano |
# jan/09
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A gravação Depois da pré resolvida, chegou a hora de ir para o estúdio registrar tudo.
Afinal de contas como eu disse, o estúdio é de gravação. Então já que tudo está certo, antes de gravar precisamos decidir em que formato vamos registrar o trabalho, fita ou hd?
Com o passar do tempo gravar em fita acabou se tornando inviável, não só por causa do custo altíssimo dos tapes, mas também pelo caminho que as produções tomaram. Pra você ter uma ideía, uma fita de duas polegadas suporta apenas 15 minutos de gravação. Hoje em dia é muito comum um trabalho com 48 canais, isso em uma banda de rock, um sertanejo por exemplo chega facilmente a 60. Sem contar que as máquinas analógicas tem apenas 23 canais de uso, porque o canal 24 fica sempre reservado para o sinal de SMPTE, que é o responsável pelo sincronismo entre as máquinas.
Sem contar que se você tiver 60 canais, você precisará linkar três máquinas para mixar esse trabalho! O qua acaba inviabilizando o trabalho por ordem técnica, pois não existem mais estúdios que tenham em qualquer sala três máquinas de duas polegadas a disposição. Sem contar o custo, que pode chegar facilmente a R$10.000,00 só de fita.
Já gravando em hd, além de você ter brincando 100 canais, o preço do hd varia de R$200 a R$1.000,00. Sem contar que com um hd de 300Gb por exemplo, você consegue fazer dois ou três trabalhos. Três discos com R$1.000,00 de hd! Não precisa ser economista pra sacar a diferença né? Digamos que você compre dois hds, um para trabalhar e outro para backup, porque como sempre digo, no digital quem tem um, tem nenhum. Mesmo assim você gastará no máximo R$2.000,00! Lembre-se que naquele valor das fitas não tinha backup heim? Se alguma fita mastigasse ou arrebentasse, um abraço!
Bem, já que decidimos em que formato gravar, o ideal é armar a nossa agenda de gravação, por exemplo numa banda independente, dois dias para as bases, onde todos tocam mas o foco é a bateria, três dias para guitarras e baixo e três dias para as vozes. Como já definimos na pré os arranjos, bateria, peles e instrumentos, as coisas serão mais fáceis. Claro que ao longo do trabalho algumas dúvidas irão surgir e as mudanças serão inevitáveis. Mas isso faz parte, e é por isso que já demos um start na pré não é mesmo? http://www.blogdolampadinha.com.br/?p=1021
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guitarg3 Veterano |
# jan/09
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A pós-produção Nos trabalhos atuais a pós acabou se tornando obrigatória.
Antigamente quando não tínhamos a pós, logo depois da gravação já era a mix, hoje não dá mais pra ser assim. A pós é tão importante que costumo dizer que na verdade ela é uma pré mix. Na pós você faz um pente fino de tudo que foi gravado, desde bateria até a voz.
Na bateria você pode arrumar todas as deficiências que houverem, como uma caixa, um tomtom, um bumbo que falhou, ou uma virada que ficou um pouquinho corrida. Também se você quiser dá pra colocar um som adicional (da própria caixa e bumbo se quiser) só para dar uma firmeza maior na pegada do batera. Mas nem sempre precisa. Nos tambores as vezes é legal dar uma acertadinha nos volumes, mas não exagere pra não tirar a dinâmica que o músico colocou na execução. Pode ser que tenha uma tomtomzada mais fraca, outra mais forte, e assim por diante.
No baixo dá para dar um tapa naquela nota que não ficou muito clara ou até mesmo uma que ficou errada, e sabe lá porque passou batido na gravação. Também dar uma limpada onde não se toca para tirar um barulinho ou outro é uma boa.
Nas guitarras a gente pode dar uma ajustada nas palhetadas que não ficaram justinhas, e dar uma limpada na barulheira que fica nos vazios, principalmente quando se usa uma guitarra com distorção. Ajustar pra que fique igual um início de um trecho com uma pegada mais forte é uma boa. Colocar em um nível legal as guitarras clean que ficaram um pouco baixas na gravação ajuda bastante, e isso serve para os violões também.
Na voz é claro que usaremos um software de afinação, hoje em dia todo mundo usa, todo mundo mesmo. Então porque não usar? Só pra falar que gravou sem? Besteria. Até Frank Sinatra usava. É como ter um carro com ar condicionado e não usar em um dia de calor absurdo! Faz sentido? Claro que não. O que as pessoas não entendem é que esses softwares de afinação foram feitos pra quem canta, não para quem não canta. Quanto melhor o cara cantar, menor será o trabalho para afinar. Quem não canta que vá aprender cantar, para depois pensar em gravar! Não existe (ainda) um software que faça entrar uma gralha com um tiro na traquéia de uma lado, e sair uma Elis Regina do outro! A emoção é única, não adianta uma voz afinada como um sino, se a emoção for de um copo d´água. Afinar a voz hoje em dia faz parte do trabalho, é igual afinar um violão para gravar.
Depois que a gravação em hd entrou no music business muitas coisas mudaram, antigamente se um coro cantava em vários trechos da música a mesma coisa, era precisa gravar cada trecho. Hoje não mais, se é igual, e é pra ficar igual, por que não copiar o trecho? Isso mesmo! CRTL C e CTRL V! Qual o problema? Lembre que o estúdio é pago por hora, ai você vai concordar comigo. Também é bem legal dar uma alinhadinha nos finais de frases do coro, além de colar o que mais for preciso.
Se você usar com bom senso essas ferramentas que a tecnologia de hoje nos proporciona, com certeza terá um material bem preparado para mixar. Pense no seguinte, se a sua pós estiver redondinha você levará menos tempo para mixar!
http://www.blogdolampadinha.com.br/?p=1022
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guitarg3 Veterano |
# jan/09
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A mixagem. Depois da pré amarradinha, da gravação bem captada e daquele tapa dado na pós, chegou a hora da mix. Agora é a hora em que agente vai colocar tudo o que foi gravado em seu devido lugar, mesmo porque já temos os timbres todos bem definidos de baixo, guitarras, bateria e vozes.
Na primeira música sempre a gente fica um pouco mais de tempo, porque é nela em que você decide as ambientações e planos que serão padrão. Não serão uma regra mas uma base para as outras músicas.
Vou dividir a mix em quatro partes, começando pela batera. Já que ela já está no lugar, é só decidir qual será a ambientação para aquela música, através da colocação de efeitos como o reverb. Claro que cada um tem a sua metodologia de trabalho, na minha eu costumo trabalhar apenas com quatro reverbs principais, um grande, um médio e um pequeno, além de um delay que varia de acordo com o andamento da música. Claro que existem momentos em que a gente precisa de um delay específico, como na voz só para repetir "aquela palavra", ai como já estamos trabalhando em workstations fica fácil, é só criar um canal só com aquela palavra e colocar o plugin de delay que quiser. Aí você pergunta, mas você usa o mesmo reverb para a bateria e para o resto? Sim. Qual o problema? Tá soando bem não tá? Então tá bom! Lembre que você mixa com os ouvidos não com os olhos. Ouça, se estiver bom, manda bala!
O baixo se não tiver nenhum tipo de efeito especial, depois que você achar o lugar dele na mix, dificilmente ele dará trabalho, exceto uma frase ou outra para evidenciar.
Guitarras, todo o trabalho mais complicado já foi feito, a escolha do instrumento, amplificador e timbres. Então é só colocar no plano que você quiser. Simples assim. Claro que existem frases de guitarras que necessitam como o baixo de uma certa evidência em alguns momentos. Aí é só dar aquela "pilotada" e tudo bem. O que muita gente não entende é que mix é mix, não pós, por isso que muita gente se ferra, os caras deixam para decidir muita coisa na mix, aí meu amigo, aquela mix de 3 horas virá 8 fácil. E cá entre nós, eu não aguento mixes de 8 horas, depois da quarta eu já tô é com o saco na lua! Quem disse que precisa de trocentas horas pra que a mix fique boa?
A voz! Cara na boa, se o cantor mandar bem não é muito difícil achar um microfone para ele, então na mix a voz captada já é para estar com "um puta som de voz"! Não tem como fugir, a voz é que é o principal do trabalho (a não ser que seja um trabalho instrumental né), então ela deve ter uma atenção super especial. Hoje em dia com a gravação em workstations dá pra dar um trato master-power-plus nela! Deixando do jeitinho que você quer. Se liga, a ambientação toda e o local em que os instrumentos ficarão não só na questão de volume, mas também de localização panorâmica, serão decididos na mix. Colocar o instrumento no local correto no "pan" é muito importante, por exemplo, se a guitarra estiver no centro e você colocar só um pouquinho para a esquerda, ela já fica em evidência pra caramba! Por isso fique esperto no pan! Ele é super importante na mix. Mix pronta? Então agora é só copiar no formato que você quiser e mandar para a masterização.
http://www.blogdolampadinha.com.br/?p=1031
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guitarg3 Veterano |
# jan/09
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A masterização Antigamente muita gente costumava dizer, "depois a gente arruma na mix". Se você leu os outros posts sobre as fases de uma produção, sabe que isso é pura lenda. Só que depois que a masterização apareceu com entrada do CD no mercado, a frase mudou para "depois a gente arruma na master"! Putz! Pior ainda! A sacada é a seguinte, pré bem feita, músicos tocando bem, gravação bem captada e mix redondinha. Tudo isso resulta em uma masterização tranquila, porque ai o Engenheiro de Som responsável pela master não precisará tentar "arrumar" o que alguma dessas etapas tenha feito errado.
A masterização consiste basicamente das seguintes etapas:
01 - Colocar as músicas na ordem em que elas aparecerão no álbum. 02 - Acertar os volumes entre as músicas, para que quando vc troque de uma faixa para outra, o volume não estoure os seus auto-falantes por exemplo. 03 - Colocar o número do ISRC em cada faixa. O ISRC é a abreviação de International Standard Recording Code (Código de Gravação Padrão Internacional), ele é um padrão internacional de código para identificar de forma única as gravações sonoras e de video, tipo um RG de cada música. 04 - Correção e equilíbrio se necessário, de equalização, compressão, ou no caso de você querer uma sonoridade diferente depois da mix. Como por exemplo, uma cara de "banda com um som bem comprimido". 05 - E dependendo do caso, acertar os finais de músicas, como os fade outs. Aqueles finais de músicas que vão abaixando bem devagar.Você pode perguntar se uma masterização pode ser feita em casa, pois hoje em dia softwares que masterizam estão aos montes pela net. Claro que pode, da mesma maneira que vocÇe pode gravar e mixar em casa também, só que em um estúdio profissional, com um time de profissionais que só fazem isso há anos o resultado será outro. No áudio tudo dá, não existem regras, mas como costumo dizer, você tem que saber muito para mexer pouco, isto é, quanto mais experiência você tiver, menos você vai dar voltas, porque você já sabe onde quer e vai chegar.
http://www.blogdolampadinha.com.br/?p=1045
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Matt.41.JW Veterano |
# jan/09 · Editado por: Matt.41.JW
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Legalização.
Para que o músico possa dormir descansado, certo de que ninguém lhe vai roubar o direito às suas músicas, tem que registar cada uma delas num organismo competente. Em Portugal, quem trata da segurança dos autores é a SPA (Sociedade Portuguesa de Autores).
É também a SPA que concede licenças para duplicação e comercialização do CD, depois de verificar que o produto não viola os direitos de outros autores já registados. Fabricação.
Qualquer CD em comercialização tem uma capa (salvo raras excepções). Esta, depois de concebida e elaborada, deverá ser entregue numa disquete, juntamente com o master, ou uma cópia deste, à fábrica que se irá encarregar da duplicação dos CDs. Os CDs copiados na fábrica são prensados e não gravados a laser, como acontece com os gravadores CD-R. O preço de um CD prensado é muito mais baixo do que o de um CD-R. Distribuição e Comercialização.
Para que haja certeza de que o CD chega a toda a gente, é feito um acordo com uma empresa de distribuição. É claro que sai muito mais caro do que se fossem os próprios músicos a fazê-la, mas as probabilidades de sucesso também são muto maiores.
Por fim, o produto chega às rádios e às discotecas e começa a promoção do CD, que é feita de inúmeras formas, como por exemplo: concertos ao vivo.
fonte: http://student.dei.uc.pt/~pribeiro/relatorio.htm
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gwallner Veterano |
# jan/09 · Editado por: gwallner
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guitarg3
Somente vale ressaltar que as gravações em fita têm bem mais qualidade, mas, como vc mesmo disse, são muito caras.
PS: fitas de 2".
Abraço.
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BaNdAiD Veterano |
# jan/09
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gwallner
Somente vale ressaltar que as gravações em fita têm bem mais qualidade, mas, como vc mesmo disse, são muito caras.
?????????? Quem te disse isso?????
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gwallner Veterano |
# jan/09 · Editado por: gwallner
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BaNdAiD
Engenheiros de audio do studio Signal Sound Source em Chicago e também os dois engenheiros de audio que também são guitarrista e baterista da minha ex banda em Chicago. Eles são primos do dono do studio que tem uma banda chamada Left Setter. Gravar em fita de 2" dá muito mais qualidade. Eu achei estranho também a principio, mas eles estávam certos. Gravamos todos os instrumentos, menos a voz nas fitas. Pra quem tem clientes como Smashing Pumpkins ( no passado lógico ), Slipknot, Anthrax, Mudvayne...e por aí vai..... acho que não estão falando besteira. Alem do que eu pude comprovar as diferenças. Eles gravam batera, baixo e guitarras tudo em rolo e também utilizando o Protools como host em um Mac... depois transferem para o HD toda a gravação. Claro, alem de terem toda a parafernalha de alta qualidade por trás de tudo isso, pois lá tudo é muuuuito mais barato do que aqui. Alem disso eles procuram não utilizar os plugins do Pro Tools. Somente hardware.
Nome das máquinas de 2" tape: Otari MX80 2" 24 track analogue tape machine Otari MX5050 ¼" 2 track tape machine
No site deles tem toda a gear que eles usam www.signalsoundsource.com
PS: é claro que a qualidade da gravação vai depender da qualidade da máquina e do resto da parafernalha. Com certeza se vc tiver tudo do melhor, a gravação em um tape de 2" vai ser superior a qualquer outra. Uma máquina de tape 2" rodando em 30ips sem noise reduction processará uma melhor qualidade do que sua equivalente em modo digital.
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BaNdAiD Veterano |
# jan/09
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gwallner
Muito legal o site! Eu imaginava que as gravações digitais fossem melhores por não ter problemas com ruido de fita e coisas assim, não sabia que as fitas eram tão boas!!!
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gwallner Veterano |
# jan/09 · Editado por: gwallner
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BaNdAiD
Eu pensáva o mesmo que vc até conhecer esses caras. Fiquei impressionado. Gravações digitais tem pouco ruído. Mas tem mais do que gravações em tapes de 2", que até hoje são as mais limpas. Mais uma muito interessante que aprendi !
Quando gravei com eles, me montaram uma configuração com um Ampeg Bass Cabinet 8x10", um cabeçote Ampeg SVT-3 que eu tinha comprado e meu baixo Ibanez. Me senti o Steve harris com o timbre que eles conseguiram...rsrsrsrs.
Fizemos uma gravação totalmente digital de todos os instrumentos em nosso estudio de ensaio com Mac e Protools + plugins e depois gravamos as mesmas músicas neste estudio em fitas de 2" e sem plugins, somente hardware. A diferença foi animal!!
Abraço.
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BaNdAiD Veterano |
# jan/09
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gwallner
Além disso, o maior diferencial está na pessoa pilotando as máquinas, né? Essa sim é uma peça fundamental!!
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gwallner Veterano |
# jan/09
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BaNdAiD
Ah sim, isso sim. Sem as pessoas certas, nenhuma máquina pode fazer milagres por mais boa que seja. O dono do studio, o batera e o guitarrista da minha ex banda sabiam demais de engenharia de audio. Um absurdo. Aprendi muita coisa lá e até hoje fiquei sem entender muita coisa também.
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