Gutovysk Veterano |
# set/15 · Editado por: Gutovysk
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LeandroP Fala Leandro! Obrigado pela consideração. ;-)
Mozart e Beethoven eram mestres em realizar tais acordes "disfarçados". Na verdade, utilizavam os acordes com duplas interpretações. Beethoven pegou alguns maneirismos de Mozart e pôde, devido a sua época de vivência, ir mais além... ora utilizava acordes de empréstimo como sua função original, ora utilizava de outra forma. Por exemplo, em uma sonata em Dó Maior - movimento na forma Allegro-Sonata, Beethoven poderia colocar ao final de sua exposição (obs.: a tonalidade já estaria em Sol Maior) o acorde Eb7 (Eb-G-Bb-C#) servindo de sexta-germânica (II+) para resolver em Ré Maior (dominante de Sol Maior), e no mesmo trecho ao final da reexposição (obs.: a tonalidade estaria em Dó Maior), o mesmo acorde (obs.: só que agora seria Ab7, já que a tonalidade estaria em Dó Maior) não faria o papel anterior de II+, mas sim um acorde de dominante secundário para Db, podendo modular para esta última região (tão distante de Dó Maior)!!!! Ou seja, se a função na exposição é de II+, na reexposição seria de V/Nap!!! Essa dupla interpretação é muito bacana de se usar.
Analisei os 2 primeiros movimentos dos concertos de piano para Mozart (K451 e K453), no qual ele utiliza uma progressão de acordes criando esses empréstimos. Vou postar tais análises no YouTube, no momento certo, já que preciso antes acertar algumas questões sobre isso. Se quiser acompanhar tais progressos, dá uma vasculhada em meu blog http://www.tecnicasdecomposicao.com.br/
abraços, Carlos Correia
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